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30/10/2005 – Santos 1 x 2 Cruzeiro – Campeonato Brasileiro

Santos 1 x 2 Cruzeiro

Data: 30/10/2005, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 35ª rodada
Local: Estádio Parque Antarctica, em São Paulo, SP.
Público e renda: jogo realizado com portões fechados.
Árbitro: Carlos Eugenio Simon (RS)
Auxiliares: Altemir Hausmann e José Otávio Dias Bitencourt (ambos do RS)
Cartões amarelos: Kleber, Paulo César e Diego (S); Wagner (C).
Gols: Irineu (18-1) e Basílio (23-1); Alecsandro (13-2).

SANTOS
Saulo; Paulo César, Ávalos, Halisson e Kleber (Wendel); Fabinho (Cláudio Pitbull), Heleno, Ricardinho e Léo Lima (Diego); Basílio e Geílson.
Técnico: Nelsinho Baptista

CRUZEIRO
Fábio; Jonathan, Irineu, Marcelo Batatais e Wagner; Fábio Santos, Diogo, Adriano e Kelly (Francismar); Diego (Marabá) e Alecsandro (Wando).
Técnico: Paulo César Gusmão



Cruzeiro ‘freia’ Santos e sonha com a Libertadores

O Cruzeiro manteve vivo o sonho de chegar à Libertadores ao vencer o Santos por 2 a 1, neste domingo, em São Paulo, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro – o jogo aconteceu no Parque Antarctica de portões fechados. Com o resultado, o time mineiro encostou um pouco mais na zona de classificação para o torneio sul-americano e ainda atrapalhou o alvinegro, que é um adversário direto na briga por uma vaga.

Com a vitória, o Cruzeiro foi a 54 pontos, pulou para a sétima posição e ficou a sete pontos do quarto colocado, o Goiás. Ao mesmo tempo, a equipe encostou no Santos, que ficou com 55 pontos, uma posição acima.

O resultado positivo deste domingo resgatou a esperança do Cruzeiro em chegar à Libertadores. O time passou a sonhar com essa possibilidade depois de ficar invicto por seis jogos, mas perdeu o jogo remarcado com o Paysandu, válido pelo primeiro turno, e se complicou.

Entretanto, o Cruzeiro venceu seus dois jogos seguintes, contra o Paysandu (segundo turno) e o Coritiba, e voltou a se encher de esperanças. Desta forma, a equipe conquistou sua terceira vitória seguida neste domingo e alimentou ainda mais a sua expectativa.

“Temos que pensar a cada jogo. Se a gente continuar com o aproveitamento nas últimas 11 partidas, temos uma grande possibilidade de conquistar uma vaga na Libertadores”, comentou o goleiro Fábio.

Enquanto isso, o Santos não conseguiu embalar depois do “trauma” da derrota para o Corinthians no clássico remarcado, válido pelo primeiro turno, que havia sido vencido pelo alvinegro praiano no dia 31 de julho.

O time se recuperou ao ficar invicto por três partidas – empatou com o Goiás e venceu os dois últimos jogos, contra São Paulo e Vasco. Mas a derrota deste domingo foi um balde de água fria na tentativa do Santos de dar uma arrancada rumo à Libertadores.

Santos e Cruzeiro voltam a campo na próxima quarta-feira, às 21h45, para a disputa da 36ª rodada do Campeonato Brasileiro. Enquanto o time paulista enfrenta a Ponte Preta, em Campinas, o mineiro encara o Corinthians, em Belo Horizonte.

O jogo

A ausência de torcida no Parque Antarctica pareceu ter esfriado os ânimos das equipes, que fizeram um jogo sonolento até os 15min, quando o Santos finalmente deu o primeiro susto. Geílson recebeu na grande área, driblou o goleiro Fábio e chutou, mas Irineu salvou de carrinho.

Entretanto, foi o Cruzeiro que abriu o placar aos 18min. Após cobrança de escanteio da esquerda, Irineu subiu mais alto do que os adversários e cabeceou no canto esquerdo de Saulo.

Mas o Santos não se abateu e empatou o jogo aos 23min. Geílson recebeu lançamento na ponta esquerda e cruzou na medida para Basílio, livre na grande área. Ele mergulhou de peixinho e colocou a bola no fundo do gol.

O jogo melhorou e o Cruzeiro chegou novamente com perigo aos 26min. Fábio Santos cruzou da direita, à meia altura e Jonathan, quase na pequena área, pegou de primeira. Mas o goleiro Saulo espalmou no susto e a defesa santista afastou para longe na seqüência.

O Santos voltou para o segundo tempo disposto a virar o jogo e criou uma boa chance logo aos 4min. Basílio recebeu livre na entrada área, mas chutou em cima de Fábio, que espalmou.

Mas numa falha individual, o Santos deu um gol de presente para o Cruzeiro, aos 13min. Ávalos pisou na bola e armou o contra-ataque para o adversário. Diego invadiu a grande área pela esquerda e rolou no meio para Alecsandro, que, totalmente livre, só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo do gol.

O gol animou o Cruzeiro, que deu um susto aos 18min. Diego arrancou pela ponta esquerda, invadiu a grande área, deu um drible num adversário e chutou cruzado. A bola passou rente à trave esquerda de Saulo.

O Cruzeiro passou a criar várias chances de gol e tomou conta do jogo. Aos 25min, Irineu cruzou da direita para a grande área e Diego, livre, cabeceou para o chão, mas a bola quicou no gramado e encobriu o travessão de Saulo.

O Santos só acordou aos 34min. Após cruzamento da direita, Cláudio Pitbull pegou a sobra dentro da grande área e chutou rasteiro, mas Fábio espalmou. No rebote, a bola voltou para o atacante santista, mas o goleiro do Cruzeiro salvou de novo, garantindo a vitória para o seu time.

Jogo sem torcida

A partida entre Santos e Cruzeiro foi disputada no Parque Antarctica sem a presença de torcida em função de pena imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ao alvinegro praiano.

O clube perdeu três mandos de campo e pagou multa de R$ 175 mil pela invasão de sua torcida ao gramado da Vila Belmiro durante clássico com o Corinthians, no dia 13 deste mês. Por isso, ainda vai enfrentar o Internacional e o Paraná Clube com portões fechados.

Peixe mantém meta, mas tempo é menor

Nelsinho Baptista mantém objetivo de completar 18 pontos nas dez últimas rodadas. Restam 12 pontos e sete jogos.

A derrota para o Cruzeiro neste domingo foi péssima para as pretensões do Santos no Campeonato Brasileiro. Além de ficar a seis pontos da zona de classificação para a Copa Libertadores da América, o time alvinegro viu os mineiros encostarem na briga pela vaga.

O tropeço, porém, não abalou muito o técnico Nelsinho Baptista, que mantém a mesma meta de duas rodadas atrás, quando iniciou a série dos dez últimos jogos da competição – na ocasião, vitória por 2 a 1 sobre o arqui-rival São Paulo.

“Nossa meta ainda são os 18 pontos [para chegar à Libertadores]. Dentro das dez [últimas] rodadas, queríamos seis vitórias. Agora terão de ser quatro triunfos em sete partidas”, declarou o comandante do Santos, que também venceu o Vasco nessa “caminhada final”.

Nelsinho Baptista não considerou que o cansaço do elenco tenha sido determinante para a derrota por 2 a 1 para o time de Belo Horizonte. Ele deu explicações táticas para o tropeço no estádio do Parque Antarctica – o Peixe jogou lá por causa de uma punição do STJD.

“Não faltou perna. No segundo tempo, nós tivemos de abrir o jogo [entrou um atacante no lugar de um volante] e isso proporciona espaços e contra-ataques ao adversário. Não foi um problema físico. Apenas não conseguimos traduzir em gols as chances”, comentou o treinador.

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