Santos 0 x 1 América-MG
Data: 29/07/2018, domingo, 19h00.
Competiçao: Campeonato Brasileiro – 16ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 8.691 pagantes
Renda: R$ 155.868,00
Árbitro: Rafael Traci (PR).
Auxiliares: Bruno Boschilia (Fifa/PR) e Rafael Trombeta (PR).
Cartões amarelos: Alison e Gustavo Henrique (S); Carlinhos e Juninho (A).
Gol: Ruy (38-1, de pênalti)
SANTOS
Vanderlei; Victor Ferraz, David Braz, Gustavo Henrique e Dodô; Alison, Diego Pituca (Jean Mota) e Eduardo Sasha (Yuri Alberto); Rodrygo, Bruno Henrique e Gabriel (Arthur Gomes).
Técnico: Serginho Chulapa (interino)
AMÉRICA-MG
João Ricardo; Aderlan, Messias, Matheus Ferraz e Carlinhos; Juninho, David, Gerson Magrão (Zé Ricardo) e Ruy (Judivan); Giovanni e Marquinhos (Ademir).
Técnico: Adilson Batista
Gabigol perde chances, Chulapa mexe mal e Santos é derrotado pelo América-MG
O Santos perdeu por 1 a 0 para o América-MG neste domingo, na Vila Belmiro, e pode terminar a rodada 16 do Campeonato Brasileiro na zona de rebaixamento se o Bahia empatar com o Atlético-MG, em casa, nesta segunda-feira. O Peixe ficou com a 16ª colocação e o Coelho subiu para 10º.
O gol do América foi marcado por Ruy, em pênalti inexistente de Alison em Marquinhos aos 38 minutos do primeiro tempo – o goleiro Vanderlei quase defendeu. E na segunda etapa, faltou talento e sorte para o alvinegro.
Gabigol desperdiçou chances claras e a saída para a entrada de Arthur Gomes foi comemorada pela torcida. Yuri Alberto perdeu oportunidade incrível no rebote do goleiro João Ricardo e Gustavo Henrique e Rodrygo acertaram o travessão.
É necessário destacar que o técnico interino Serginho Chulapa também foi mal. Eduardo Sasha sentiu a coxa esquerda e foi substituído no intervalo para a entrada de Yuri Alberto. Com isso, Rodrygo, destaque pela direita no primeiro tempo, foi para a armação e sumiu. E aos 14, o treinador sacou Diego Pituca, o melhor da equipe, para dar vaga a Jean Mota. A torcida o chamou de burro.
O jogo
O Santos dos primeiros 45 minutos contra o América-MG foi parecido com o time do ex-técnico Jair Ventura. Posse de bola, passes curtos, lançamentos, cruzamentos e poucas chances claras criadas.
O Peixe parecia controlar o jogo e foi perigoso principalmente pelo lado direito, na afinidade da dupla Victor Ferraz-Rodrygo. Na ala esquerda, porém, Dodô e Bruno Henrique não se entenderam, assim como no empate em 1 a 1 com o Flamengo.
E quando a partida caminhava para o intervalo com o zero no placar, a arbitragem virou protagonista. Marquinhos caiu após leve toque de Alison e o pênalti foi assinalado aos 38 minutos. O goleiro Vanderlei quase pegou, mas Ruy converteu.
Depois de sair atrás, o Santos aumentou o ritmo e passou a assustar mais o goleiro João Ricardo. Aos 44, Bruno Henrique chutou na rede pelo lado de fora e enganou alguns torcedores.
O Santos voltou para o segundo tempo com Yuri Alberto na vaga de Eduardo Sasha, que sentiu um desconforto na coxa esquerda. E a alteração comprometeu a criação ofensiva.
A substituição forçou Rodrygo a atuar pelo meio e deslocou Gabigol para a direita. A joia sumiu, Gabriel errou em demasia e o time passou a ser dependente do lado esquerdo, onde Dodô e Bruno Henrique passaram a acertar mais.
E aos 14 minutos, o técnico interino Serginho Chulapa ouviu vaias e gritos de “burro” ao tirar Diego Pituca, o melhor do time, para a entrada de Jean Mota, que nada fez. Gabigol, depois de três boas chances desperdiçadas, recebeu xingamentos a cada vez que pegou na bola. A torcida comemorou a saída do camisa 10 para dar vaga a Arthur Gomes.
De forma atabalhoada, o Santos se lançou ao ataque e percebeu a partir dos 20 minutos, que a noite não seria de sorte. Rodrygo acertou o travessão em cobrança de falta. Aos 32, Jean Mota arriscou de longe, João Ricardo espalmou e Yuri Alberto, sozinho, com o goleiro caído, chutou para fora. E aos 37, Gustavo Henrique cabeceou no travessão. Os minutos finais foram de desespero e nada da rede balançar.
A atuação santista neste domingo mostrou a necessidade urgente de um substituto para Jair Ventura e a carência de um centroavante. Gabigol, camisa 10 e maior salário do elenco, está cada vez mais perto do banco de reservas.
Bastidores – Santos TV:
Chulapa defende Yuri e Gabigol, mas pede um 9 e lamenta falta de treinos no Santos
Sem pontaria, o Santos perdeu por 1 a 0 para o América-MG neste domingo, na Vila Belmiro. O Peixe finalizou 30 vezes e cruzou 69 bolas na área. Gabigol e Yuri Alberto foram os maiores “vilões”. Gabriel desperdiçou ao menos três boas chances e Yuri, sozinho, com o goleiro João Ricardo caído, chutou para fora após rebote em chute de Jean Mota no segundo tempo.
O técnico interino defendeu a dupla, mas foi mais um a pedir um centroavante no alvinegro, assim como fazia o ex-técnico Jair Ventura. O único de origem é Yuri Alberto e a falta é sentida desde a saída de Ricardo Oliveira, em dezembro, para o Atlético-MG.
“Gabriel é o seguinte: não é centroavante. Quando ele jogava com o Ricardo Oliveira, toda hora estava na cara do gol. Ele tem que vir de trás e pelas pontas. E tinha um centroavante de referência. Quando tiver, tendência é que ele melhore”, analisou Chulapa, antes de falar sobre Yuri.
“Não (ficará queimado). É um moleque de 17 anos, acompanho desde pequeno. Teve uma grande chance, mas ele tem personalidade, estou com ele no dia a dia. Isso faz parte, mas ele podia fazer o gol, né? Tem que dar moral. Entrou, procurou fazer o melhor e, infelizmente, não deu”, completou.
Chulapa ainda “culpou” a falta de treinamentos pelas várias finalizações erradas na Vila Belmiro. E o treinador admitiu que o time não conseguiu cumprir à risca uma orientação.
“Falei na preleção para cruzar por baixo por causa dos zagueiros altos e insistiram pelo alto, mesmo com a bola na trave do Gustavo. É o desespero, principalmente no final. Com defesa alta, Santos tem que jogar no chão, fez isso em alguns momentos e levou perigo”, explicou.
“Negócio é treinar, meu! Não tivemos tempo de treino necessário, uma semana, para finalizações. Futebol tem que treinar fundamentos no dia a dia e não tivemos esse tempo. Quando tivermos, pontaria vai melhorar. Gostei do empenho, criamos bastante, mas não fizemos. Se conseguíssemos pelo menos o empate, ficaria de bom tamanho. Agora é pensar no jogo difícil de quarta-feira”, concluiu.
O Santos voltará a campo para enfrentar o Cruzeiro na quarta-feira, de novo na Vila Belmiro, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. O Peixe ainda não definiu um substituto para Jair Ventura e pode ter Serginho Chulapa mais uma vez no banco de reservas.
Chulapa vê Santos ‘correspondendo às expectativas’ e minimiza vaias: “Nunca fui burro”
O técnico interino Serginho Chulapa foi vaiado e chamado por alguns de burro durante a derrota do Santos por 1 a 0 para o América-MG neste domingo, na Vila Belmiro. O auxiliar aprovou o empenho do time e minimizou a cobrança da torcida.
“Foi um jogo em que tivemos sete finalizações (certas), América-MG veio por uma bola, pênalti duvidoso… Não faltou empenho e dedicação dos jogadores. Chances umas cinco ou seis para empatar e não tivemos competência. Foi um resultado injusto, mas o que vale é bola na rede e não adianta lamentar. Time correspondeu à expectativa, mas vitória não veio”, disse Chulapa, em entrevista coletiva.
“Eu não ligo, nunca fui burro. Pituca estava um pouco esgotado e Jean Mota entrou bem. Não ligo, isso faz parte do folclore do futebol. Não se pode satisfazer a todos. Fiz a substituição com a maior certeza”, completou Chulapa.
Eduardo Sasha sentiu um desconforto na coxa esquerda e foi substituído no intervalo para a entrada de Yuri Alberto. Com isso, Rodrygo passou a ser armador e “sumiu” em campo depois de um bom primeiro tempo. Na sequência, Diego Pituca, um destaque, saiu para dar a vaga a Jean Mota. Por fim, com a derrota parcial, Gabigol foi sacado e vaiado para Arthur Gomes atuar.
O Santos voltará a campo para enfrentar o Cruzeiro na quarta-feira, de novo na Vila Belmiro, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. O Peixe ainda não definiu um substituto para Jair Ventura e pode ter Serginho Chulapa mais uma vez no banco de reservas.
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