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28/05/2003 – Santos 1 x 0 Cruz Azul – Copa Libertadores

Santos 1 x 0 Cruz Azul

Data: 28/05/2003, quarta-feira, 21h40.
Competição: Copa Libertadores – Quartas de final – Jogo de volta
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 18.977 pagantes
Arbitro: Epifanio González (PAR)
Cartões amarelos: Júlio Sérgio, Diego, William (S); Zepeda, Jiménez, Cabrera e Campos (CA).
Cartão vermelho: Brown
Gol: Robinho (13-1).

SANTOS
Júlio Sérgio; Wellington, Pereira, Alex e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano (Nenê) e Diego; Robinho (Fabiano) e William (Douglas).
Técnico: Emerson Leão

CRUZ AZUL
Perez; Cabrera (Zepeda), Angeles (Gutiérrez), Brown, Osorio e Jiménez; Hernandez, Corona (Ledesma) e Chitiva; Palencia e Campos.
Técnico: Enrique Meza



Santos vence Cruz Azul e está nas semifinais da Libertadores

Quem esperava um show dos meninos de Leão acabou vendo uma exibição pragmática, bem mais ao estilo Luiz Felipe Scolari. Sem criatividade e numa noite pálida, o Santos priorizou o futebol de resultados e venceu o Cruz Azul por 1 a 0, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro.

Com o placar, se classificou para as semifinais da Taça Libertadores da América _no jogo de ida, disputado na Cidade do México, houve empate de 2 a 2.

Agora, o campeão brasileiro aguarda o vencedor do confronto entre Independiente de Medellín e Grêmio, que se enfrentam na noite de quinta-feira na Colômbia, para conhecer seu próximo rival no torneio. As semifinais devem começar na próxima quarta-feira.

Confira aqui os principais lances do jogo.

O silêncio da torcida do Santos durante boa parte do primeiro tempo disse tudo: o jogo foi monótono e os dois times _principalmente o do México_ erraram tudo o que tinham direito. Até passes curtos, mais simples de serem executados, foram desperdiçados várias vezes.

Como abriu o placar logo aos 13min (Robinho aproveitou rebote do goleiro Pérez após chute de William), o clube brasileiro ficou tranquilo e deixou de jogar em velocidade. Decidiu esperar o Cruz Azul em seu campo e contar com as inúmeras trapalhadas do meio-campo asteca, que tinha dificuldades em sair jogando.

Sem a pressão por ter de correr atrás do resultado, o Santos foi levando a partida em banho-maria. Salvo algumas jogadas individuais de Diego e Robinho, a equipe se portou sem brilho _daí a apatia da torcida, satisfeita com o resultado parcial que levava o time do técnico Leão às semifinais do torneio continental.

Enquanto isso, o Cruz Azul não tinha grandes recursos para provocar maiores emoções. Sempre com Palencia e Chitiva, a equipe tentava chutar a gol de todas as distâncias. Sempre fraco, nas mãos do goleiro Júlio Sérgio, ou então muito longe do gol.

O intervalo não foi capaz de por fim à apatia santista na Vila Belmiro. O Cruz Azul, pelo menos, teve de sair para o ataque, mas suas deficiências técnicas ficaram ainda mais evidentes com as frustradas tentativas de chutes de longa distância e nenhum sucesso na ligação entre meio-campo e ataque. Pior que isso, a defesa fez todo o possível para entregar o jogo. Em várias oportunidades entregou a bola de graça para o adversário, que não soube aproveitar as chances.

Aos 20min, Leão tirou Robinho e colocou Fabiano _numa clara opção pela manutenção do resultado. Antes, William havia dado lugar a Douglas, mas a mudança não surtiu efeito. Na prática, significou apenas a troca de um atacante atabalhoado por outro atacante atabalhoado.

Assim, a partida foi se arrastando até o final. Só aos 39min a torcida resolveu começar a acreditar na classificação iminente e cantou. Mas ficou o susto e a impressão de que, se repetir a exibição desta noite, o Santos pode ver o sonho do tricampeonato continental adiado mais uma vez.

Santos avança à semifinal e persegue rastro de 1963

Time bate o mexicano Cruz Azul e está a 4 jogos da glória que viveu há 40 anos na Libertadores

Uma semifinal contra um rival brasileiro. Uma final contra o Boca Juniors. E uma decisão do Mundial contra o Milan. O ano de 1963 está bem vivo para o Santos.

O time de Robinho e Diego bateu o Cruz Azul por 1 a 0 ontem na Vila Belmiro e já está entre os quatro melhores da América no ano.

Espera pelo adversário das semifinais, que pode ser o Grêmio (há 40 anos foi o Botafogo), vislumbra uma final da Libertadores contra o mais popular time argentino (foi assim no bicampeonato continental) e está de olho no campeão europeu (em três partidas, duas sem Pelé, superou o Milan para ser o melhor do planeta).

Apesar de não ter feito grande partida ontem, o Santos conseguiu a vantagem mínima que precisava depois do empate em 2 a 2 no México. De quebra, manteve a sua invencibilidade na Libertadores -desde 1978, uma equipe não ganha o principal interclubes do continente sem derrota.

O solitário gol santista saiu cedo. Aos 14min da primeira etapa, Robinho foi bem mais esperto que o goleiro Perez. O arqueiro mexicano saiu bem do gol quando Willian recebeu na entrada da área, fez boa defesa, mas deixou a bola escapar. Robinho deu um salto sobre Perez e saiu com a bola. Com o gol escancarado, só rolou para abrir o marcador.

Na comemoração, o meia-atacante atravessou o campo, tirou a camisa e extravasou como há muito não se via -após ser comparado com Pelé no México, o jogador caiu muito de rendimento.

Se no estádio Azteca o Cruz Azul mostrou velocidade e fôlego, na Vila Belmiro o tradicional time mexicano exibiu lentidão e pouca disposição física. Os santistas pressionavam e pouco eram ameaçados em contra-ataques.

Autor de dois gols no jogo de ida, o atacante Palencia teve atuação discreta. Pouco criou e, quando teve a chance de finalizar, no nível do mar (onde a “”velocidade da bola” é menor), errou a meta.

Sem Fábio Costa no gol e sem Ricardo Oliveira no ataque, o time do técnico Leão não esteve muito inspirado. Se o jogo contra o Nacional nas oitavas-de-final foi dramático, a partida de ontem foi quase sempre morna, insossa.

No segundo tempo, Robinho foi mais uma vez sacado da equipe. Além do gol, o jogador brilhou em um lance de efeito, em que deu um chapéu no adversário e armou o contra-ataque com um passe de letra. No mais, foi bem marcado e pouco produziu.

Fabiano, que substituiu Robinho, teve a grande chance para ampliar o marcador aos 24min do segundo tempo, mas na cara de Perez mandou a bola por cima do travessão com um chute potente.

Diego mais uma vez comandou o time. No México, seu talento decretou o empate com gol de fora da área. Ontem, seu controle de bola e sua catimba (levou cartão por simular falta) deram o tom.

A única boa chance de gol do Cruz Azul veio apenas nos minutos finais, quando Zepeda bateu forte de fora da área -o goleiro Júlio César, prestigiado por Leão apesar de Fábio Costa ter sido liberado pelos médicos, espalmou de forma estranha para escanteio.

Os torcedores deixaram a Vila Belmiro eufóricos mesmo com a atuação razoável da equipe, que enfrentará nas semifinais o Grêmio ou o Independiente Medellín.

E para os santistas que já pensam no Milan, vale a pena lembrar que o time italiano tinha em 1963 vários brasileiros: Dino Sani, Amarildo e Altafini, o Mazzola. Neste ano, a equipe conta com Dida, Roque Júnior, Serginho e Rivaldo. O vice-campeão de 1963 também contava com um Maldini (Cesare), assim como o Milan atual (Paolo).

Rendimento foi insatisfatório, admitem atletas

Jogadores do Santos procuraram ao final da partida ressaltar o êxito de ter alcançado a vaga para a fase semifinal e minimizar o rendimento da equipe, considerado insatisfatório por eles mesmos.

O discurso segundo o qual “o importante foi o resultado” predominou. “Libertadores não é campeonato de excelentes partidas, é de resultado. Não estou aqui para dar show. Estou aqui para vencer”, declarou o lateral-esquerdo Léo.

O meia Renato destacou o futebol do Cruz Azul, que, segundo ele, não se intimidou com o fato de atuar na “panela de pressão” da Vila Belmiro.
“O time deles é muito bom. Não repetimos o futebol de outros jogos, mas saímos com a vaga. É o que importa.”

O novato meio-campista Wellington, que atuou improvisado na lateral direita, disse que se preocupou em cumprir as instruções de Leão -anular os avanços do adversário pelo lado e dar apoio ofensivo ao meia Elano. “Fizemos o que pudemos. Infelizmente, não deu para marcar mais gols.”

Segundo o meia Diego, o principal mérito do time foi conseguir manter o equilíbrio emocional e ter capacidade para sustentar o 1 a 0 quando percebeu a dificuldade para marcar o segundo gol. “A equipe batalhou muito, mas não foi feliz. Graças a Deus, soubemos administrar o resultado.”

Para o zagueiro Alex, destaque santista no jogo, o placar não foi mais elástico porque o time estava ansioso demais para garantir a vitória. “A equipe se superou, mas faltou um pouco de tranquilidade na hora de finalizar por causa da ansiedade de acabar logo com o jogo.”

Preterido, Fábio Costa absolve Leão

Sacado da partida de ontem por Emerson Leão, o goleiro Fábio Costa se disse insatisfeito por ter ficado de fora, mas afirmou compreender a atitude do treinador.

Embora os médicos do clube tenham liberado Fábio Costa, recuperado de uma lesão na virilha, Leão preferiu manter na equipe o reserva Júlio Sérgio, alegando que precisava preservar o titular.

Para Fábio Costa, a controvérsia acerca do episódio estava “sendo criada” pela imprensa. “É claro que eu gostaria de jogar. Não fiquei satisfeito, mas acatei a decisão e, de certa forma, até compreendo a intenção dele”, disse.

Mesmo fora do time, Fábio Costa e o zagueiro André Luis, que também não atuou por contusão, chegaram à Vila no ônibus da delegação, junto com os demais companheiros, e assistiram à partida do setor de cadeiras.



Técnico estuda utilizar mais um “menino” (Em 28/05/2003)

O meia Wellington, 21, poderá se converter hoje na surpresa da escalação do Santos, atuando improvisado na ala direita.

Por considerar Reginaldo Araújo um lateral de estilo acentuadamente marcador, o técnico Leão busca um jogador de característica ofensiva para ocupar o setor nos momentos em que o time atacar.

Ele já testou -e aprovou- o meia Elano na posição, mas prefere aproveitar o jogador no meio-campo, onde o atleta seria mais útil.

Embora meia de origem, Wellington estava na lateral-direita quando ascendeu dos juniores para o time principal, em 2000. Ontem, ele participou do treino coletivo entre os titulares, mas o técnico não assegurou que o aproveitará.

“O Wellington é um jogador que possui velocidade e habilidade. Estamos procurando alternativas”, disse o treinador.

No comando do ataque, desta vez Willian deverá ganhar a disputa com Douglas para ser o titular. Embora Douglas tenha sido escalado nas três últimas partidas, Willian foi colocado no time titular no treinamento de ontem.


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