Vídeos: (1) Gols e (2) melhores momentos.
Corinthians 1 x 1 Santos
Data: 27/10/2013, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 31ª rodada
Local: Arena Fonte Luminosa, em Araraquara, SP.
Público: 17.949 pagantes
Renda: R$ 587.694,00
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Auxiliares: Fábio Rogério Baesteiro (SP) e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (SP).
Gols: Douglas (26-1); Gustavo Henrique (16-2).
SANTOS
Aranha; Cicinho, Edu Dracena, Gustavo Henrique e Mena (Emerson); Alison, Arouca, Cícero e Montillo (Alan Santos); Willian José (Victor Andrade) e Everton Costa.
Técnico: Claudinei Oliveira
CORINTHIANS
Walter; Edenílson, Gil, Paulo André e Alessandro; Ralf, Guilherme (Rodriguinho), Diego Macedo (Alexandre Pato), Renato Augusto (Danilo) e Douglas; Emerson Sheik.
Técnico: Tite
Walter e a trave garantem empate nos 100 anos de Corinthians x Santos
No fim, Everton Costa chuta em cima do goleiro e Douglas carimba o poste. Em resultado ruim para ambos, Peixe ainda sonha com a Libertadores
De um lado, Walter. Do outro, a trave. Não se pode acusar Corinthians e Santos de não terem tentado a vitória no clássico em Araraquara. O goleiro do Timão evitou gol de Everton Costa, sozinho na área. Já Douglas, que já havia marcado um, carimbou o poste a minutos do fim. Esforço, brios… Mas nada que tenha evitado um desanimador 1 a 1. Ruim para ambos, que comemoram em 2013 os cem anos de um clássico que até valeu uma taça simbólica, conquistada pelo Timão nos critérios de desempate (cartões recebidos), mas representou pouco em termos de classificação no Brasileiro.
O placar foi ruim, mas perfeito para refletir as temporadas de um Timão, apesar dos títulos paulista e da Recopa, muito aquém do que se imaginava, e um Peixe que tenta se redescobrir após a saída de Neymar. No time alvinegro da capital, é tão difícil, mas tão sofrido fazer um gol, que Douglas comemorou o seu na maca, já que se chocou com Arouca ao cabecear. No praiano, ao menos ainda segue viva a chama da Libertadores. Se Grêmio ou Atlético-PR vencerem a Copa do Brasil, o G-4 vira G-5. Neste momento, cinco pontos separam o Santos do Goiás, quinto colocado.
Vaias antes e depois do clássico. Antes, só para Alexandre Pato, ainda resultado da cobrança de pênalti que dormiu nas mãos de Dida. Depois, para todos. O pacto que os corintianos haviam anunciado para vencerem todos os jogos até o fim de 2013 já cai por terra na primeira oportunidade. O time não vence duas seguidas no Brasileiro desde o início de agosto, quando bateu Grêmio e Criciúma.
Já eliminados da Copa do Brasil, os alvinegros paulistas vão descansar e treinar durante essa semana, e voltarão a campo somente no próximo domingo. O Timão vai a Salvador, onde enfrentará o Vitória, que também faz parte da briga por uma vaga na Libertadores. Já o Peixe terá um difícil compromisso contra o líder e quase campeão Cruzeiro, na Vila Belmiro. Ambas as partidas serão realizadas às 17h.
O jogo
Os corintianos revelaram um pacto para vencerem todos os jogos até o fim do ano após a eliminação na Copa do Brasil, nos pênaltis, na cavadinha de Pato, contra o Grêmio. Deviam ter feito pacto antes, pensaram os torcedores no primeiro tempo em Araraquara. Não que tenha sido uma maravilha, mas a disposição, a pegada, o ritmo da equipe ao menos lembrou, de longe, no fundo da memória, seus melhores momentos.
É verdade também que Paulo André teve atuação segura na defesa, e Renato Augusto deu toque de qualidade ao setor ofensivo. Talvez tenham sido os melhores. Mas o símbolo da mudança de atitude foi Emerson. Em temporada apagada, um dos heróis do inesquecível ano de 2012 correu demais. Começou o jogo pela esquerda, onde chutou com perigo para defesa de Aranha. Foi para a direita, e lá cruzou para Douglas marcar. E terminou como centroavante, perdendo chance incrível após ganhar de Cicinho.
O Santos se assustou com o ímpeto do rival. Talvez estivesse acostumado ao marasmo habitual. Encolhido, o Peixe deixou Willian José isolado à frente, e o resto do time foi sendo sufocado pela pressão do Corinthians, que sofreu no início pela ausência de um atacante com características para atuar dentro da área: Guerrero está machucado, e Pato machucou tanto a torcida com seu pênalti displicente que ficou no banco – e foi muito hostilizado.
Quando Cícero participou mais da partida, o Peixe cresceu. Ele apareceu na área para concluir de cabeça, sua especialidade, bom cruzamento de Mena. Walter espalmou. Aranha não teve a mesma sorte. Douglas cabeceou para o fundo do gol após passe de Sheik, e comemorou na maca, já que Arouca acertou, sem querer, seu nariz.
Edu Dracena, Gil, Everton Costa… Tantos poderiam ter decidido o clássico. Mas só Gustavo Henrique, zagueiro de 18 anos que talvez nem devesse estar na área do rival, conseguiu. Aproveitou o domínio errado de Everton Costa para ganhar de Walter e garantir o ponto do Peixe.
O Santos tinha de se soltar. Precisava avançar. Não havia o que fazer após 45 minutos de apenas uma chance. Os laterais passaram a atacar mais, com as coberturas de Arouca e Alison. Ao menos virou um clássico de verdade, equilibrado. Cícero continuou sendo o mais perigoso. Ele bateu falta com força, da entrada da área, e novamente parou em Walter.
Tite já havia avisado que Renato Augusto não aguentaria os 90 minutos, resultado de uma artroscopia no joelho direito. Mas os torcedores que não receberam o aviso reclamaram quando ele foi substituído por Danilo. Compreensível. O camisa 8 dá um toque diferente ao time. Fez muita falta na temporada ao se lesionar demais.
Edu Dracena cabeceou para fora, sozinho, após cobrança de falta de Montillo. Eram tantos jogadores do Santos livres que até ele deve ter pensado estar impedido. Não estava. Gil também estava sozinho, e também cabeceou para fora. Zagueiro-artilheiro só Gustavo Henrique.
O estádio ficou barulhento quando Tite chamou Alexandre Pato. Ele foi vaiado, aplaudido, fotografado, xingado… E entrou na vaga de Diego Macedo. Não fez nada de mais nem de menos. Apenas torceu. Torceu muito para que Everton Costa perdesse o gol. Lançado na área, ele estava livre, mas não se livrou de Walter. Chutou em cima do goleiro.
Pato torceu também para o chute de Douglas entrar. Não entrou. Carimbou a trave. Foi o último ato de um clássico que mereceu aplausos pela dedicação, não pela qualidade.
Corinthians leva título simbólico contra o Peixe por tomar menos cartões
Em ‘campeonato à parte’, pelos cem anos do clássico, Corinthians fica com título simbólico por levar um cartão amarelo a menos nas duas partidas
O Corinthians ganhou o título simbólico colocado em jogo na tarde deste domingo, na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara, pelo centenário do clássico contra o Santos. Com o empate por 1 a 1 – mesmo resultado da partida na Vila Belmiro, no dia 7 de agosto, o Timão levou a melhor por ter acumulado um cartão amarelo a menos que o rival no primeiro confronto. Caso as equipes também estivessem iguais neste critério, o título seria decidido no par ou ímpar (veja os melhores momentos do clássico deste domingo no vídeo acima).
O árbitro Leandro Pedro Vuaden não aplicou nenhum cartão na tarde deste domingo, no interior paulista. Assim, foram levadas em conta apenas as advertências da partida na Baixada. Pelo Timão, Douglas e Edenílson foram advertidos com cartões amarelos, enquanto Paulo André acabou expulso. Pelo Peixe, um amarelo a mais: Neilton, Alison e Edu Dracena, além de Willian José, que recebeu o vermelho.
Corinthians e Santos se enfrentam cinco vezes em 2013. Além dos dois empates nas partidas no Brasileirão, pelo Campeonato Paulista, foram três jogos: empate sem gols pela primeira fase, vitória por 2 a 1 do Timão no jogo de ida da final, no estádio do Pacaembu, e empate por 1 a 1 no jogo de volta, na Vila Belmiro – resultado que deu o título estadual à equipe comandada por Tite.
Santistas deixam o clássico lamentando oportunidades perdidas
Resultado de 1 a 1 com o Corinthians deixa a equipe mais distante de vaga na Libertadores
Os santistas deixaram o gramado da Fonte Luminosa neste domingo lamentando as chances perdidas quando o placar do clássico contra o Corinthians já marcava 1 a 1, que viria a ser o resultado final. O capitão Edu Dracena destacou oportunidade desperdiçada por ele aos 29 minutos do segundo tempo, quando subiu sozinho de cabeça, mas não conseguiu direcionar a finalização para o gol.
“Não poderia ter errado nunca. A gente podia ter matado o jogo naquele lance”, declarou Edu Dracena em entrevista à TV Bandeirantes.
Aos 36, o Peixe perdeu outra chance, desta vez nos pés de Everton Costa, que tabelou com Willian José e saiu na frente de Walter. O atacante santista finalizou em cima do goleiro corintiano.
“Tentei tirar (a bola) dele, mas infelizmente ele fez uma bela defesa. Só erra quem está ali dentro. Mas bola para a frente”, afirmou Everton Costa ao Premiere FC.
O empate deixou o Santos com 44 pontos, a oito do G-4. No próximo domingo, a equipe praiana enfrenta o líder do Brasileirão, Cruzeiro, na Vila Belmiro.
Gustavo Henrique celebra gol que garantiu empate contra o Corinthians
“Foi um bate-rebate, e a gente conseguiu fazer o gol”, avaliou o jovem zagueiro do Santos
O zagueiro Gustavo Henrique ganhou a posição de titular no Santos nesta edição do Campeonato Brasileiro, relegando Durval, que formava a dupla com Edu Dracena desde o início de 201,0 ao banco. E, neste domingo, quando fazia seu primeiro clássico contra o Corinthians como profissional, o defensor marcou o gol que garantiu o empate ao Peixe.
“Foi um bate-rebate, e a gente conseguiu fazer o gol. Eu vi que a bola estava vindo na minha direção, mas não consegui pegar, aí ela sobrou para o Everton (Costa), que chutou. Depois, consegui pegar o rebote”, disse o zagueiro.
O gol santista, marcado aos 16 minutos do segundo tempo, teve origem nos pés de Gustavo Henrique, que saiu do campo de defesa e tocou para Mena. O chileno foi à linha de fundo e cruzou. Everton Costa perdeu o domínio da bola e o próprio Gustavo Henrique, na verdade, finalizou. No rebote do goleiro Walter, o zagueiro mandou a bola para o fundo das redes.
“Eu imaginei que aquela bola poderia ira para a área. Como sou alto, resolvi me posicionar lá, e, graças a Deus, deu certo”, disse o zagueiro de 1,93m.
Claudinei minimiza influência de Zinho em substituição no time do Santos
“De maneira alguma. Ele está ali para tentar ajudar. Todos queremos vencer. Essa figura do auxiliar fora de campo não tem tanta influência nos jogos na Vila”, disse o treinador
O principal assunto da entrevista coletiva concedida pelo técnico do Santos, Claudinei Oliveira, após o empate nclássico contra o Corinthians , disputado neste domingo, em Araraquara, foi uma substituição. Aos 38 minutos, o treinador santista colocou o jovem Victor Andrade no lugar de Willian José, uma mudança que teria sido sugerida pelo gerente de futebol santista, Zinho, que acompanhava a partida no banco de reservas.
Arzul, preparador de goleiros do Santos, segundo as palavras do próprio Zinho, sugeriu ao dirigente a substituição de Willian José, que parecia cansado. O gerente de futebol, então, teria sugerido a mudança ao auxiliar técnico de Claudinei, Marcelo Fernandes.
“Ele (Zinho) não me chamou para passar orientação. O treinador normalmente trabalha com dois auxiliares técnicos, mas eu só tenho um. O Nei Pandolfo (antigo gerente de futebol) ficava na cabine e me passava o que via, porque debaixo a gente não tem a mesma visão. Hoje, não podemos mais usar o rádio. O Zinho chamou o Marcelo e falou que o jogador estava desgastado. Então, achei que era o momento de colocar o Victor e tirar o Willian José”, declarou Claudinei.
O treinador santista negou que Zinho interfira na escalação do time. “De maneira alguma. Ele está ali para tentar ajudar. Todos queremos vencer. Essa figura do auxiliar fora de campo não tem tanta influência nos jogos na Vila. O caso de hoje foi pontual. O trabalho do Zinho tem ajudado bastante. Aqui, não tem vaidade. É algo normal de quem quer ajudar. Pensar que alguém vai escalar o meu time é não me conhecer”.
Claudinei pede definição da diretoria sobre sua permanência no Santos
Técnico santista disse que não pode esperar até o dia 31 de dezembro, pois não quer ficar à margem do mercado, após as definições para a próxima temporada
Mesmo efetivado oficialmente desde o final de agosto, o técnico Claudinei Oliveira é frequentemente questionado sobre sua permanência no Santos em 2014. Na entrevista coletiva que concedeu em Araraquara, após o clássico deste domingo contra o Corinthians, o treinador santista pediu publicamente pela primeira vez que a diretoria se posicione em relação ao seu futuro.
“O presidente parece estar satisfeito com o meu trabalho, mas ainda não confirmou a minha permanência. Eles (dirigentes) devem julgar que o que eu fiz até agora não garante a minha permanência”, disse Claudinei.
Apesar de elogiar a atual comissão técnica santista, o gerente de futebol do clube praiano, Zinho, já disse em mais de uma oportunidade que a manutenção de Claudinei está condicionada aos resultados conquistados pela equipe. “Preciso definir a minha vida também, não posso esperar até o dia 31 de dezembro, porque senão não ouço outras propostas. Quando tiver uma definição, espero que me falem, para eu não ficar à margem do mercado em 31 de dezembro, depois que todos os clubes já tiverem definido seus treinadores”, declarou o técnico santista.
Claudinei Oliveira assumiu o comando do Santos no dia 31 de maio, após a demissão de Muricy Ramalho. O momento de maior turbulência por que passou o treinador foi após a goleada de 8 a 0 contra o Barcelona, no começo de agosto. A recuperação do time no Campeonato Brasileiro, no entanto, garantiu a permanência de Claudinei, que assinou novo contrato e ganhou reajuste salarial.
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