Fluminense 3 x 1 Santos
Data: 25/10/2020, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 18ª rodada
Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, RJ.
Público: portões fechados devido a pandemia de Covid-19.
Árbitro: Anderson Daronco (RJ).
Auxiliares: Rafael da Silva Alves e Michael Stanislau (RJ).
VAR: Daniel Nobre Bins (RJ)
Cartões amarelos: Michel Araújo, Dodi, Wellington Silva, Hudson e Fred (F); Felipe Jonatan, Arthur Gomes, Luan Peres e Jean Mota (S).
Gols: Luccas Claro (28-2) e Marinho (35-1); Nino (10-2) e Marcos Paulo (47-2).
FLUMINENSE
Muriel; Igor Julião, Nino, Luccas Claro e Danilo Barcelos; Hudson, Dodi, Michel Araújo e Nenê (Marcos Paulo); Caio Paulista (Ganso) e Fred (Yuri).
Técnico: Odair Hellmann
SANTOS
João Paulo; Madson, Laércio (Arthur Gomes), Lucas Veríssimo, Luan Peres e Felipe Jonatan (Jean Mota); Jobson (Alison, Marcos Leonardo) e Diego Pituca; Marinho, Soteldo e Lucas Braga (Angelo).
Técnico: Cuca
Santos perde para o Fluminense em confronto direto por uma vaga no G4
O Fluminense venceu o confronto direto por uma vaga no G-4 contra o Santos neste domingo. O Tricolor recebeu o Peixe no Maracanã pela 18ª rodada do Brasileirão e com o placar de 3 a 1, conquistou uma vaga no grupo de equipes que entrarão na fase de grupos da Libertadores. Luccas Claro, Nino e Marcos Paulo marcaram para o Flu, e Marinho descontou.
Com o resultado, o Tricolor ultrapassou o Peixe e o São Paulo, que teve o seu jogo da rodada adiado. O Fluminense assumiu a quarta colocação com 29 pontos, enquanto o Santos cai para sexto, com 27.
O jogo
O Santos surpreendeu ao entrar em campo com um esquema com três zagueiros e apenas dois volantes no meio campo. O vazio na faixa central deu vantagem ao Flu, que dominou as ações e criou as melhores oportunidades de gol no primeiro tempo.
O gol esteve perto aos 8 e aos 17, em chutes de Luccas Claro e Hudson, respectivamente. Aos 22, o goleiro João Paulo errou na saída de bola e deu de presente a Caio Paulista. O atacante foi em direção à área e tentou o chute da meia lua, mas a bola desviou na zaga e foi pela linha de fundo.
Depois de pressionar na primeira metade do primeiro tempo, o Tricolor chegou ao gol aos 28 minutos. Após um escanteio, a bola voltou para a intermediária e Michel Araújo lançou Danilo Barcelos em profundidade pela esquerda. O lateral cruzou na primeira trave e Fred cabeceou para o meio. Luccas Claro entrou de cabeça e da linha da pequena área testou para o fundo da rede.
O Santos resolveu acordar e acelerou os contra-ataques. Aos 35, o Peixe se aproveitou da ausência de Danilo Barcelos, que era atendido fora de campo para atacar pelo lado direito. Madson dominou na ponta e cruzou a meia altura em direção à pequena área. Oportunista, Marinho se antecipou a Nino na primeira trave e tocou para o gol.
O Flu teve uma baixa no final da etapa. Nenê sentiu lesão e foi substituído por Marcos Paulo.
Cuca abriu mão do esquema com três zagueiros na volta do intervalo, e sacou Laércio para a entrada do meia Arthur Gomes. Mas o Fluminense voltou melhor e pressionou pela vitória.
Os comandados de Odair Hellmann ficaram com a posse de bola e cercaram a área do Peixe até conseguirem o segundo gol. E aos 10 minutos, o Flu ficou novamente em vantagem. Danilo Barcelos cobrou falta na área da direita, Luan Peres afastou de cabeça. De fora da área, Michel Araújo pegou o rebote e, de cabeça, devolveu para a área. Nino desviou mandou para a rede.
Com a vantagem, o Flu diminuiu se ímpeto ofensivo. Odair tirou o atacante Caio Paulista para a entrada de Ganso, e o Tricolor perdeu em velocidade.
O Santos tentou pressionar, mas perdeu o contra-ataque com o recuo do Flu. Com dificuldades para penetrar na defesa adversária, o Peixe não conseguiu a igualdade. O Alvinegro teve dois gols anulados por faltas de ataque, ambas sobre o zagueiro Nino.
Nos acréscimos, escanteio da esquerda, Yuri tentou de cabeça e João Paulo rebateu. Ganso pegou o rebote do lado direito e cruzou rasteiro, e Marcos Paulo tocou para a rede.
Cuca critica a arbitragem, mas diz que o Santos não merecia sair com a vitória
Neste domingo, o Santos enfrentou o Fluminense no Maracanã, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro, e saiu derrotado pelo placar de 3 a 1. Em entrevista coletiva, o técnico Cuca criticou duramente a arbitragem de Anderson Daronco. O treinador não gostou dos dois gols alvinegros anulados e da não aplicação do cartão vermelho para Hudson por carrinho em Soteldo.
“Avaliar a arbitragem é ruim, não é função minha. Mas, o lance (do Hudson) era para vermelho. Estava a cinco metros de mim e dele. Não adianta passar essa situação para o VAR. É uma sensação que ele tem que ter no campo, como ele teve ao anular o nosso primeiro gol, que não foi nada. Ele teve uma interpretação de campo de anular e anulou. Então, foi nisso que eu falei que era tudo contra hoje. O segundo gol anulado é interpretativo. Se for buscar o movimento do Arthur, ele para, ele não faz uma carga. O jogo é de disputa de espaço. Se não desse falta em nenhum dos dois gols, passaria. Se desse falta no segundo, está bom. Mas no primeiro, não. Disputa natural de jogo, não tem o que fazer, e era o gol de empate”, declarou o comandante.
“Então, acho que a arbitragem do Daronco hoje foi muito ruim, não deixou o jogo fluir, amarrou o jogo, mas ele é bom árbitro. Esteve em um dia ruim hoje, assim como nós estivemos em um dia ruim e não merecemos vencer, mesmo que que tivessem sido validados os dois gols. São dias ruins que acontecem, como aconteceu para ele, na minha opinião. Não tira nada do que ele significa, que é um excelente árbitro, uma excelente pessoa, que esteve em um dia ruim. E nós não merecemos, jogamos mal e não merecemos vencer”, completou.
Para o duelo contra o Tricolor, Cuca optou por mandar a campo uma formação com três zagueiros de origem, com Felipe Jonatan atuando pelo meio-campo, Luan Peres na lateral esquerda e Laércio formando a dupla de zaga ao lado de Lucas Veríssimo. O treinador santista explicou o esquema.
“Primeiro que com a entrada do Luan, eu ganho a alternativa de diversos movimentos táticos dentro da partida: 3-5-2, 3-4-3 e 4-3-3, que foi geralmente o que se jogou, com o Luan na lateral, ele já fez muitas vezes isso, e com o Felipe Jonatan entrando na meia esquerda, do lado do Jobson e do Pituca. Então, teoricamente, seria um meio-campo forte, com Marinho, Soteldo e Lucas Braga, mas não encaixou. Depois, a gente inverteu logo na metade do primeiro tempo, abrindo o Felipe Jonatan pela esquerda e fazendo duas linhas de quatro, com Soteldo e Marinho soltos. Também não encaixou”, disse.
“Por fim, no segundo tempo, tiramos um zagueiro, passamos o Luan Peres para a zaga e pusemos o Arthur na meia, variando com o Soteldo, o que melhorou um pouco. A equipe ficou muito nervosa durante a partida devido aos erros que tiveram na arbitragem, o jogo que não fluía. Isso enerva muito e, de alguma maneira, afeta o jogador também. Mas eu não transfiro a eles a culpa do resultado”, concluiu.
O técnico do Peixe ainda apontou a semana cheia do Fluminense para treinamentos como decisiva para os adversários, enquanto a equipe paulista teve de jogar na última terça-feira pela Copa Libertadores.
“Sempre tenho falado que precisamos fortalecer o nosso elenco porque as competições são muito duras, e estamos disputando todas elas. O Fluminense teve a semana inteira para trabalhar, joga em casa, faz diferença. E hoje fez. Eles estavam menos desgastados do que nós”, pontuou.
Cuca nega “Marinhodependência”, mas diz que Santos tem “lacunas” no elenco
Neste domingo, o Santos foi derrotado para o Fluminense, pelo placar de 3 a 1, no Maracanã, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Recuperado de edema na coxa esquerda, lesão que o deixou de fora de três partidas, Marinho marcou o único gol do Peixe.
Perguntado sobre uma possível “Marinhodependência”, em entrevista coletiva após o confronto, Cuca negou. No entanto, o treinador alvinegro apontou que o elenco santista possui “algumas lacunas”.
“Não sei se é uma Marinhodependência, mas a gente tem algumas lacunas. Quando você monta um elenco, você pensa assim: ‘Vou ter duas peças por setor e vou fazer meia dúzia de meninos’. Então, você tem 22 jogadores mais sete ou oito meninos que às vezes ganham o espaço. Eu, quando perco um jogador em alguma posição, me faz muita falta. Um exemplo, o Felipe Jonatan, mesmo ele estando desgastado, eu não tenho essa opção para fazer a troca. O próprio (Wagner) Palha, que é um zagueiro e a gente improvisa na lateral, não pôde vir porque está com suspeita”, declarou o comandante.
“O grupo não é homogêneo. E essa é a minha luta, que eu já fui em reunião com o Conselho Gestor, com todo mundo, para explicar que temos que deixar o nosso grupo homogêneo. Lógico que não podemos contratar, então temos buscado na base esses meninos. Agora tem que ter paciência para que eles tenham uma sequência de minutagem para poder se desenvolver”, completou.
Das 18 partidas disputadas pelo Santos no Campeonato Brasileiro, em três Marinho não esteve presente. Nos confrontos, o Peixe perdeu para o Atlético-GO, empatou com o Corinthians e venceu o Coritiba. Nos outros 15 jogos, com o camisa 11, foram seis vitórias, cinco empates e quatro derrotas.
Na competição nacional, o atacante soma 11 gols marcados e quatro assistências.
Ângelo Gabriel se torna segundo mais jovem a estrear pelo Santos, e Cuca explica escalação
Apesar da derrota do Santos, o duelo deste domingo contra o Fluminense, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, foi histórico para o menino Ângelo Gabriel. Aos 15 anos, 10 meses e 4 dias de idade, o atacante se tornou o segundo jogador mais jovem a estrear como profissional pelo Peixe.
O Menino da Vila saiu do banco de reservas aos 15 minutos do segundo tempo para entrar no lugar de Lucas Braga. Em entrevista coletiva após a partida, o técnico Cuca explicou a decisão de colocar o jovem em campo.
“O que me fez trazer o Ângelo foram os jogos que a gente viu dele, os treinamentos e as informações que a gente tem em sincronismo com a base. O que me fez colocar o Ângelo no jogo foi a necessidade que a gente tinha de um jogador de velocidade pelo lado, uma vez que o Marinho estava mais por dentro. Hoje a gente não tinha o Kaio Jorge, depois colocamos o Marcos Leonardo para fazer dupla com o Marinho, então eu precisava da velocidade pelo lado direito. Lógico que ele vai render muito mais no decorrer da carreira dele, foi a primeira vez, e tende a ser bem melhor na segunda, terceira, pela experiência que o menino vai ganhar”, declarou o comandante.
Ângelo Gabriel, inclusive, assinou um pré-contrato profissional com o Peixe na última sexta-feira. O acordo será efetivado em dezembro, quando o atleta completará 16 anos. A ideia do clube é se proteger do assédio ao Menino da Vila enquanto ele já treina com o elenco principal sob o comando do técnico Cuca desde a última quarta-feira.
O atacante superou Pelé por apenas 11 dias no ranking dos mais jovens a estrear pelo Alvinegro Praiano e está atrás apenas de Coutinho.
Veja a ordem:
1. Coutinho
Idade de estreia: 14 anos, 11 meses e 6 dias
Partida: Santos 7×1 Sírio Libanês-GO, dia 17 de maio de 1958
2. Ângelo
Idade da estreia: 15 anos, 10 meses e 4 dias
Partida: Fluminense 3 x 1 Santos, dia 25 de outubro de 2020
3. Pelé
Idade de estreia: 15 anos, 10 meses e 15 dias
Partida: Corinthians de Santo André 1×7 Santos, dia 7 de setembro de 1956
4. Gabriel
Idade de estreia: 16 anos, 4 meses e 17 dias
Partida: Santos 4×0 Barueri, dia 16 de janeiro de 2013
5. Sandry
Idade de estreia: 16 anos, 5 meses e 1 dia
Partida: Bragantino 1×4 Santos, dia 31 de janeiro de 2019
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