Veja acima a matéria do Globo Esporte – Partes 1 e 2.
Santos 3 x 1 São Paulo
Data: 24/11/2002, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – Quartas-de-final – Jogo de ida
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 18.627
Renda: R$ 253.359,00
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (RS)
Cartões amarelos: Robert e Preto (S); Rafael (SP).
Gols: Alberto (30-1) e Kaká (46-1); Robinho (06-2) e Diego (21-2).
SANTOS
Fábio Costa; Maurinho, André Luís, Alex e Léo (Preto); Paulo Almeida, Renato, Elano (Alexandre) e Diego (Robert); Robinho e Alberto.
Técnico: Emerson Leão
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Rafael, Ameli, Jean e Gustavo Nery (Jorginho Paulista/ Wilson); Júlio Santos, Fábio Simplício, Ricardinho e Kaká; Reinaldo e Luís Fabiano.
Técnico: Oswaldo de Oliveira.
Santos vence o São Paulo e está perto das semifinais
Em apenas 90 minutos, o Santos transformou hoje em pó a vantagem que o São Paulo ganhou depois de uma das mais brilhantes campanhas da sua trajetória na história do Brasileiro.
O Santos venceu o São Paulo por 3 a 1 na Vila Belmiro e pode perder por até um gol de diferença na próxima quinta-feira no Morumbi, que mesmo assim estará nas semifinais do Campeonato Brasileiro. De quebra, derrubou a invencibilidade de 12 jogos do rival, que vinha de 10 vitórias seguidas.
Além de ver quebrada uma série de dez vitórias seguidas, seu recorde no Nacional, o São Paulo corre sério risco agora de ser eliminado por um time que terminou a fase de classificação com 13 pontos a menos.
A derrota aconteceu para um rival que estava em baixa. Com cinco derrotas nos últimos nove jogos da primeira fase, o Santos só classificou-se às finais, na oitava colocação, com a ajuda de outros resultados na última rodada.
Contra o Santos, o ataque que ameaçava quebrar o recorde de gols em uma edição do Nacional não funcionou. Com exceção de Kaká, os demais jogadores ofensivos do São Paulo tiveram atuação apagada.
A dupla Luis Fabiano e Reinado, que marcou 30 gols na fase de classificação, passou em branco e ainda pouco incomodou. Segundo o Datafolha, os dois finalizaram apenas quatro vezes, sendo que três foram para fora.
De um modo geral, a pontaria são-paulina foi péssima. Em 13 conclusões, só duas foram na direção do gol do adversário.
Já o trio ofensivo do Santos não decepcionou. Alberto, Robinho e Diego marcaram os gols que fizeram o time reverter a vantagem que o rival tinha até hoje.
O Santos abriu o placar, aos 31min, depois que Elano, na entrada da pequena área, disputou a bola com três defensores são-paulinos. A bola sobrou para Alberto, que chutou de perna esquerda no canto esquerdo de Rogério.
Graças a Kaká, o São Paulo, que não teve o lateral-direito Gabriel, machucado, não foi para o intervalo em desvantagem no placar. Aos 46min, o meia-atacante arrancou pelo lado direito da defesa rival, ganhou a disputa com Paulo Almeida e chutou forte. Fábio Costa, que voltava ao time depois de meses machucado, ainda tocou na bola, mas não evitou o gol.
Além de não acompanhar o desempenho ruim de seus companheiros, Kaká, dessa vez, não repetiu os lances violentos de outros confrontos. Sem cometer uma falta sequer, ele também não reclamou da arbitragem e terminou a partida sem levar cartões -na primeira fase acumulou nove amarelos e um vermelho.
Durante o primeiro tempo, o clima dentro de campo não lembrou em nada o que aconteceu na primeira fase, quando o jogo entre os dois times, vencido pelo São Paulo por 3 a 2, teve um nível de tensão inédito na competição.
Foram poucas faltas (24), discussões entre os jogadores e reclamações com o juiz gaúcho Carlos Eugênio Simon, que assim não precisou mostrar o cartão amarelo em nenhuma oportunidade.
O segundo tempo começou novamente com o São Paulo um pouco melhor. Mas, aos 6min, foi o Santos que conseguiu marcar. Depois de passe do lateral-direito Maurinho, Robinho chutou forte, no ângulo, para desempatar. O jovem atacante, além do gol, ajudou na marcação -fez seis faltas, recorde da partida.
Com seu time em desvantagem, novamente Kaká tomou para si a responsabilidade de comandar o São Paulo à frente. Como o são-paulino levava seguidamente vantagem, Emerson Leão, técnico santista, alterou sua equipe, trocando Elano por Alexandre.
A substituição deu resultado. Mais seguro na defesa, o time da casa começou a atacar com mais eficiência e acabou marcando o terceiro, aos 22min, com Diego, que antes de vazar Rogério tirou Ameli da direção da bola com um drible de corpo.
Na comemoração, o meia-atacante, que na véspera do jogo foi recebido em Santos com faixas de protesto pelos torcedores organizados do clube, fez a única comemoração mais exaltada da partida. Na primeira fase, as celebrações das duas partes geraram muita confusão.
A partir desse momento, o ritmo do jogo diminuiu bastante e mais faltas passaram a acontecer, fazendo com que Simon exibisse três amarelos.
Pelo retrospecto da primeira fase, vencer por dois gols de diferença não é uma tarefa das mais difíceis para o São Paulo: até agora, o time ganhou nove vezes por dois gols ou mais de vantagem sobre o rival.
Em compensação, o Santos, nas 25 vezes que entrou em campo na fase de classificação, só perdeu por mais de um gol de diferença em três oportunidades.
Fontes: UOL e Revista Lance.
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