São Paulo 2 x 1 Santos
Data: 24/08/2014, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 17ª rodada
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo, SP.
Público: 31.281
Renda: R$ 955.453,00
Árbitro: Vinicius Furlan (SP)
Auxiliares: Vicente Romano Neto e Carlos Augusto Nogueira Junior (ambos de SP).
Cartões amarelos: Alexandre Pato, Rafael Toloi, Ganso, Paulo Miranda, Alvaro Pereira (SP); Vladimir, Gabriel e David Braz (S).
Gols: Ganso (23-1); Gabriel (40-2) e Alexandre Pato (42-2)
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi, Edson Silva e Álvaro Pereira; Souza, Denilson, Ganso e Kaká (Hudson); Alexandre Pato (Michel Bastos) e Alan Kardec.
Técnico: Muricy Ramalho
SANTOS
Aranha; Cicinho, David Braz, Edu Dracena e Mena; Alison (Souza), Arouca e Lucas Lima; Thiago Ribeiro (Patito Rodríguez), Gabriel e Leandro Damião (Rildo).
Técnico: Oswaldo de Oliveira
São Paulo leva susto no fim, mas bate Santos e assume vice-liderança
Ganso e Pato anotaram os gols que aproximaram a equipe do Morumbi da ponta do Campeonato Brasileiro neste domingo
O São Paulo assumiu a vice-liderança do Brasileirão graças à vitória no sufoco no clássico deste domingo. No Morumbi, o time de Muricy Ramalho venceu o Santos por 2 a 1. Depois de ter aberto o placar no início, chegou a sofrer o empate no fim, mas conseguiu o resultado positivo diante do rival e deixou o gramado aos gritos de “time de guerreiros”.
Em atuação inspirada, Paulo Henrique Ganso marcou um golaço para abrir o placar contra seu ex-clube, ainda na etapa inicial. Já aos 40 do segundo tempo, o árbitro Vinícius Furlan marcou pênalti de Álvaro Pereira sobre Rildo. Apesar das reclamações dos tricolores, Gabriel converteu a cobrança.
O São Paulo assumiu a vice-liderança do Brasileirão graças à vitória no sufoco no clássico deste domingo. No Morumbi, o time de Muricy Ramalho venceu o Santos por 2 a 1. Depois de ter aberto o placar no início, chegou a sofrer o empate no fim, mas conseguiu o resultado positivo diante do rival e deixou o gramado aos gritos de “time de guerreiros”.
Em atuação inspirada, Paulo Henrique Ganso marcou um golaço para abrir o placar contra seu ex-clube, ainda na etapa inicial. Já aos 40 do segundo tempo, o árbitro Vinícius Furlan marcou pênalti de Álvaro Pereira sobre Rildo. Apesar das reclamações dos tricolores, Gabriel converteu a cobrança.
No entanto, dois minutos depois, Alexandre Pato recebeu passe de Denilson para dar a vitória ao São Paulo, que chegou aos 32 pontos e foi beneficiado por tropeços de concorrentes diretos, assumindo assim o segundo lugar, atrás apenas do Cruzeiro. Já a equipe de Oswaldo de Oliveira tem 23 pontos, no meio da tabela.
O jogo
O São Paulo tentou assumir o controle da partida desde início, mas, em seu primeiro avanço, com menos de um minuto, Pato acertou o braço no rosto de Cicinho e recebeu o cartão amarelo. O Santos, então, mostrou que não estava disposto a ficar acuado em seu campo defensivo e, na resposta, forçou um erro adversário para ameaçar.
Paulo Miranda passou curto para Edson Silva, que bobeou e perdeu para Thiago Ribeiro. O atacante invadiu a área pela esquerda e tocou para Gabriel, mas Álvaro Pereira chegou na hora certa para atrapalhar o adversário. Os dois times apostaram na velocidade no começo do duelo, e Ganso fez passe preciso na esquerda para Álvaro Pereira, que cruzou rasteiro para a pequena área, mas, diante de dois são-paulinos, Aranha espalmou e ainda contou com o complemento da defesa.
Aos poucos, o São Paulo conseguiu se posicionar mais à frente, aproveitando a movimentação de Kaká, Ganso, Kardec e Pato. Por isso, o Santos se estruturou para evitar o toque de bola da rápida linha de passe dos mandantes. No entanto, o Peixe falhou em uma simples cobrança de lateral e acabou castigado.
Aos 23, Paulo Miranda fez o arremesso para a área, e Kardec desviou de cabeça para trás. Ganso, então, dominou de costas para a meta e girou sobre Alison para mandar no ângulo de Aranha, marcando um golaço no Morumbi. O gol desestabilizou o Santos, mas o São Paulo não conseguiu emendar lances de perigo para tentar ampliar.
Com falhas na hora de fazer o último passe antes da assistência, o São Paulo ainda tentou ameaçar novamente aos 34, quando Ganso passou na direita em busca de Paulo Miranda. A zaga afastou provisoriamente, pois a bola sobrou para Alexandre Pato arriscar, mandando direto para fora na sequência.
O Santos também lutava para encontrar alternativas no ataque, mas era parado pelos defensores são-paulinos. Já perto do fim da etapa, Thiago Ribeiro balançou na frente do marcador pela esquerda e rolou para Lucas Lima, que chegou chutando, mas acertou a defesa são-paulina. Na cobrança do escanteio, Edu Dracena levou a melhor pelo alto e mandou de cabeça, mas Rogério Ceni fez a defesa.
Do outro lado, o São Paulo deu a resposta. Alan Kardec aproveitou falha defensiva do adversário, dominou pela direita e cruzou na medida para Kaká, que cabeceou para fora. No intervalo, o técnico Oswaldo de Oliveira fez uma mudança na equipe, tirando Leandro Damião para a entrada de Rildo.
A mudança de postura das equipes ficou bem clara no início do segundo tempo, o Santos se lançando mais aberto ao ataque, dando espaços para os contragolpes são-paulinos. Logo na primeira chance da etapa, Mena avançou em velocidade pela esquerda e cruzou rasteiro para Gabriel, que, atrapalhado pela defesa, furou e não conseguiu aproveitar.
Porém, o São Paulo ficou bem posicionado para responder em velocidade. Depois que Edson Silva tirou de cabeça bola cruzada para a área, o Tricolor partiu para a resposta, e Kaká recebeu pela esquerda para arrematar, dando trabalho ao goleiro Aranha. Os visitantes perceberam que o caminho para a área são-paulina era pela esquerda do ataque, pelo setor defendido por Paulo Miranda. Foi assim que Mena chegou à linha de fundo e cruzou para Gabriel, que desperdiçou mais uma, mandando para fora.
A nova postura do Santos deixou o jogo melhor, porque o São Paulo também não desistiu de avançar. Assim, Alan Kardec recebeu pela direita e finalizou cruzado, rasteiro, fazendo com que Cicinho interceptasse, facilitando o trabalho de Aranha, que agarrou na sequência.
Em seguida, o ritmo do jogo caiu um pouco, e o Tricolor só voltou a ameaçar aos 18 minutos, no lance em que Ganso recebeu de Kaká pela direita da área e mandou atrás da zaga para Pato, que emendou um voleio, mas sem direção. Como não tem um meio-campo tão criativo quanto do rival, o Santos teve de recorrer às bolas aéreas e foi assim que Edu Dracena quase empatou, pois cabeceou raspando a trave depois de cobrança de escanteio.
Sem conseguir assumir um domínio para pressionar, Oswaldo de Oliveira fez mais uma alteração, com Souza no lugar de Alison. Mesmo assim, o Peixe continuou dando espaço para os contragolpes. Depois de mais uma bola aérea afastada pelo Tricolor, Ganso fez excelente lançamento para Alexandre Pato, que deixou Cicinho e Arouca para trás e saiu de frente para Aranha, mas o atacante finalizou em cima do goleiro.
No momento em que o Santos atacava já no desespero, o árbitro marcou pênalti de Álvaro Pereira sobre Rildo, em lance que gerou muita reclamação dos são-paulinos. Assim, aos 40, Gabriel fez a cobrança para empatar o jogo. Na comemoração, o garoto tirou a camisa e fez gesto de silêncio para a torcida adversária.
Porém, dois minutos depois, os são-paulinos vibraram. Ganso tocou para Denilson, que fez boa assistência para Alexandre Pato. Aranha fez a defesa no primeiro chute, mas a sobra ficou com o atacante, que mandou para a rede.
Oswaldo culpa mudanças obrigatórias por desatenções fatais em derrota do Santos
Treinador considera que a nova alteração na escalação teve peso determinante para o revés diante do São Paulo
Com a impossibilidade de escalar Robinho, o técnico Oswaldo Oliveira foi obrigado a modificar o Santos mais uma vez neste domingo. Estas mudanças forçadas foram apontadas pelo treinador como um dos motivos para a derrota diante do São Paulo no Morumbi por 2 a 1.
“Eu acho que espaços os dois times acabaram dando. É natural dar esse espaço. A questão é que a gente acaba mexendo demais no time, entra e sai jogador, perdemos a unidade, principalmente nos homens de trás, que eu gosto de mexer menos. Para uma equipe como o Santos, que depende da unidade, é muito penoso. A gente sofre mesmo”, disse Oswaldo de Oliveira.
O capitão Edu Dracena, apontado pelo treinador como um dos responsáveis para acertar a defesa nas próximas rodadas, também pediu mais atenção da equipe. De acordo com o zagueiro, depois de buscar um difícil empate no final do segundo tempo, o Santos precisa mostrar muita atenção nos lances seguintes para não perder o clássico em um gol marcado dois minutos depois.
“Não podemos perder um jogo assim, principalmente nossa equipe que lutou para empatar, de forma tão difícil como foi. No final tomar um gol desse é um castigo muito grande. Vivendo e aprendendo, temos que tomar essas lições, infelizmente uma lição bem doída. Essa equipe pode dar a volta por cima, porque, na minha opinião, Jogamos bem contra o São Paulo dentro Morumbi, mas ainda falta um algo a mais para dar sequência na competição”, avaliou o zagueiro.
Edu Dracena ainda foi acompanhado por Cicinho, que viu um clássico igual, mas decidido nos erros pontuais da defesa santista. “O time foi bem, tivemos várias oportunidades, assim como eles também tiveram. O segundo tempo ficou parelho, sabíamos que a equipe deles tem muita qualidade, e assim não poderíamos errar. Mas erramos duas vezes, e acabamos saindo com o resultado negativo”, completou o lateral.
Apesar de revés do Santos, Gabriel diz estar orgulhoso por marcar em desafeto
Atacante anotou o único gol santista no clássico vencido por 2 a 1 pelo São Paulo, neste domingo, no Morumbi
O Santos não conseguiu sair com a vitória no clássico deste domingo, diante do São Paulo , no Morumbi. Ainda assim, mesmo com a derrota por 2 a 1 , um jogador do time da Vila Belmiro saiu satisfeito com a sua atuação. Já no segundo tempo, o atacante Gabriel marcou o único gol da sua equipe, vencendo aquele que vem sendo seu desafeto nos encontros com o Tricolor.
Em outro clássico no Morumbi, Gabriel e Rogério Ceni já haviam trocado farpas na saída de campo. Neste domingo, a ruim relação dos dois jogadores ficou escancarada ao longo da partida. Após um lance na área do São Paulo, o garoto santista fingiu que havia sido atingido pelo goleiro. O fato irritou o capitão tricolor, os dois começaram a discutir e o árbitro precisou intervir.
Ao marcar o gol de pênalti, que no momento significava o empate do Santos na partida, Gabriel não se conteve, provocou a torcida do São Paulo e tirou a camisa na comemoração. Já na saída de campo, com a derrota confirmada no Morumbi, o atacante mostrou tranquilidade, disse que este tipo de ação é normal em um clássico que envolve duas grandes equipes.
“É assim mesmo, é clássico, é jogo grande, todo mundo querendo ganhar, nosso time jogou bem, empatou, pena que tomou o gol no final. O Rogério é um grande goleiro, e eu tenho muito orgulho de ter marcado um gol nele. No último clássico a gente também se desentendeu, fiquei muito feliz de ter feito o gol, mas triste por causa da derrota”, disse o atacante do Santos, derrotado por Rogério Ceni.
Além de ter marcado o gol de honra, Gabriel também mostrou sua versatilidade, que pode ajudar Oswaldo de Oliveira. No segundo tempo, o atacante assumiu a função de ser a referência santista dentro da área, no lugar de Leandro Damião, e assim pode ser uma opção para jogar ao lado de Thiago Ribeiro e Robinho – este último está machucado e pode voltar na quarta-feira.
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