Santos 2 x 0 Atlético-PR
Data: 23/04/2006, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 2ª rodada
Local: Estádio João Paulo II, em Mogi Mirim, SP.
Árbitro: Clever Assunção Gonçalves (MG)
Auxiliares: Marco Antônio Martins e Guilherme Dias Camilo (ambos de MG).
Gols: De Nigris (11-1) e Reinaldo (27-2).
SANTOS
Fábio Costa; Luiz Alberto (Domingos), Ronaldo Guiaro e Manzur; Neto, Wendel (Heleno), Cléber Santana, Léo Lima e Kléber; De Nigris (Rodrigo Tabata) e Reinaldo
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
ATLÉTICO-PR
Cléber; Danilo, Paulo André e Alex; Carlos Alberto (Denis Marques), Alan Bahia, Erandir, Evandro (Válber), Ferreira e Fabrício (Ivan); Pedro Oldoni
Técnico: Givanildo Oliveira
Completo, Santos bate Atlético-PR em Mogi Mirim
O técnico Vanderlei Luxemburgo rechaçou a possibilidade de poupar jogadores na segunda rodada do Campeonato Brasileiro em virtude da Copa do Brasil. E com o time completo, o Santos superou o Atlético-PR por 2 a 0 na tarde deste domingo, em Mogi Mirim, jogando com os portões fechados por punição do STJD. Pior para o time paranaense, que segue sem somar pontos na competição.
Longe de apresentar o mesmo futebol dos duelos com o Atlético-PR no Brasileiro de 2004 e na Libertadores de 2005, a equipe da Vila Belmiro não precisou se esforçar muito para conquistar sua primeira vitória no certame – o time alvinegro havia empatado com o Goiás na rodada de estréia – e chegar a quatro pontos.
“No Campeonato Brasileiro não podemos desperdiçar pontos. É um torneio muito difícil e não podemos nos distanciar dos líderes”, comentou o meia Rodrigo Tabata, que deu bom passe para o gol de Reinaldo.
Diante de um Atlético-PR enfraquecido em relação às últimas duas temporadas, o Santos foi pouco ameaçado. Desorganizado no meio-de-campo e sem força ofensiva, o clube rubro-negro conheceu sua segunda derrota consecutiva no Brasileirão (Fluminense e Santos).
Neste ano, aliás, a equipe paranaense tem vivido um momento muito ruim. Eliminado nas quartas-de-final do Campeonato Paranaense e na segunda fase da Copa do Brasil, o Atlético-PR ainda não se encontrou. A saída precoce do técnico Lothar Matthäus também ajudou a desestabilizar o time nos últimos jogos.
“É difícil explicar o que está acontecendo. Não estamos jogando bem e não estamos tendo força para reagir”, lamentou o zagueiro Paulo André.
O Santos, por sua vez, não sofre desse problema. Regular até aqui na temporada, o time do técnico Vanderlei Luxemburgo foi campeão paulista após quase 22 anos de jejum e continua bem na Copa do Brasil, considerado atalho para a Libertadores.
E é por essa competição que os santistas têm seu próximo desafio. Na quarta-feira, às 21h45, o time recebe o Ipatinga pela primeira partida das quartas-de-final.
Pelo Campeonato Brasileiro, o Santos volta a campo no próximo domingo. A equipe santista faz o clássico com o Palmeiras, às 16h, no estádio do Parque Antarctica, em São Paulo. Um dia antes, às 18h10, o Atlético-PR visita o Botafogo, no Rio de Janeiro.
O jogo
No Campeonato Brasileiro de 2004, quando brigaram pelo título até a última rodada, e na Copa Libertadores da América 2005, na qual se enfrentaram nas quartas-de-final, Santos e Atlético-PR protagonizaram duelos com estádios lotados. Neste domingo, por uma punição pendente do STJD, as equipes se enfrentaram com estádio vazio.
Mas nada que não motivasse o Santos a partir para cima em busca de sua primeira vitória nesta edição da competição nacional. Aproveitando o mau começo do Atlético-PR, o time da Vila Belmiro foi para o ataque. E teve boa chance aos 9min. Léo Lima cruzou da direita, e Reinaldo cabeceou no canto esquerdo de Cléber, perto da trave.
Dois minutos depois, a equipe paulista abriu o placar. Léo Lima tocou para Kléber. O lateral-esquerdo invadiu a área e, depois de disputar com dois marcadores, ajeitou de calcanhar para o mexicano De Nigris rolar para o gol vazio. Foi o primeiro do atacante com a camisa alvinegra – ele chegou ao clube no começo deste ano.
A pressão sofrida nos minutos iniciais fez o Atlético-PR acordar. E o time conseguiu equilibrar a partida. Aos 18min, Pedro Oldoni recebeu na grande área e chutou cruzado para boa defesa do goleiro Fábio Costa. Aos 22min, Carlos Alberto cruzou para Ferreira cabecear por cima da meta.
“O time está bem em campo, mas precisa ter mais tranqüilidade para finalizar”, analisou o meia Fabrício, do Atlético-PR, no intervalo do jogo. Neste domingo, ele jogou improvisado como lateral-esquerdo.
No segundo tempo, as equipes voltaram sem alterações. E o início da etapa foi parecido com o da primeira, com o Santos atacando forte. Tanto que o time só não ampliou o placar aos 4min porque Cléber fez grande defesa. Após cruzamento de Reinaldo, De Nigris cabeceou livre e o camisa 1 do Atlético-PR fez linda intervenção.
Diferentemente da etapa inicial, quando acordou depois de sofrer pressão, o Atlético-PR pouco fez para melhorar em campo. E dominado pelo time paulista se recuou demais e sofreu o segundo gol, que dificultou uma reação.
Aos 27min, o meia Rodrigo Tabata deu belo lançamento para Reinaldo. O atacante avançou pela esquerda da grande área e chutou forte na saída do goleiro Cléber.
Com os dois gols de vantagem, o Santos apenas administrou a posse de bola no campo de ataque e não deu espaços para uma possível melhora do Atlético-PR.
Vila Belmiro? Só na quinta rodada
Pelo Campeonato Brasileiro, o Santos atuará na Vila Belmiro apenas na quinta rodada, quando recebe a Ponte Preta, no dia 13 de maio. Isso porque o clube ainda cumpre punição imposta pelo STJD no ano passado (na partida contra o Botafogo, em novembro, objetos foram atirados pelos torcedores no gramado).
Além da partida deste domingo, que foi realizada em Mogi Mirim, o clube paulista terá de jogar longe de casa também na quarta rodada, contra Fortaleza, no dia 7 de maio. Apesar de estar agendado pela CBF para Mogi Mirim, o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, garante que o jogo será realizado em Santo André, no ABC paulista.
Atlético-PR vive má fase
Com a derrota deste domingo, o Atlético-PR já soma seis jogos sem vencer. A última vitória do clube de Curitiba aconteceu no dia 5 de março, contra o Cianorte, pelo Campeonato Paranaense. E de goleada: 5 a 1.
De lá para cá foram cinco derrotas (duas pelo campeonato estadual, duas pelo Campeonato Brasileiro e uma pela Copa do Brasil) e um empate (pela Copa do Brasil).
Comentários