Santos 2 x 1 Figueirense
Data: 21/10/2006, 18h10.
Competição: Campeonato Brasileiro – 30ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 5.343 pagantes
Renda: R$ 59.844,00
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (Fifa-RJ)
Auxiliares: Aristeu Leonardo Tavares e Hilton Moutinho Rodrigues (ambos Fifa-RJ)
Cartões amarelos: Zé Roberto, Manzur, Cléber Santana (S); Marquinhos Paraná, Cícero (F).
Gols: Rodrigo Tabata (22-1); Wellington Paulista (03-2) e Soares (22-2).
SANTOS
Felipe; Manzur, Ronaldo Guiaro e Luiz Alberto; André Oliveira, Cléber Santana, Zé Roberto, Rodrigo Tabata (André Luiz – 31’/2ºT) e Kléber; Wellington Paulista (Rodrigo Tiuí – 26’/2ºT) e Reinaldo (Jonas – 10’/2ºT).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
FIGUEIRENSE
Andrey, Flávio, Vinícius, Thiago Prado e Édson (Alexandre – 10’/2ºT); Rodrigo Souto (Henrique – 35’/2ºT), Carlos Alberto, Marquinhos Paraná e Cícero; Soares e Schwenck.
Técnico Waldemar Lemos
Santos inicia nova meta e vence rival direto
Até a rodada passada do Campeonato Brasileiro, o Santos tinha o líder São Paulo como principal rival e o título como meta. No entanto, o revés diante do Botafogo mudou a realidade da equipe paulista, que “esqueceu” momentaneamente a taça e planeja primeiro se consolidar na zona de classificação para a Copa Libertadores de 2007. Neste sábado, no início de sua fase com objetivo mais modesto, o time da Vila Belmiro venceu o Figueirense por 2 a 1 em sua casa e aumentou sua diferença para um rival direto.
“O Figueirense é um dos candidatos às vagas na Copa Libertadores do ano que vem e isso mostra que eles têm qualidade. Por causa disso e pela postura deles, que foram ousados hoje [sábado], foi um jogo muito complicado. Mas conseguimos vencer, nos recuperamos depois da derrota para o Botafogo e aumentamos a vantagem”, comemorou o meio-campista Zé Roberto, que atuou como segundo volante neste sábado.
O triunfo deste sábado levou o Santos a 52 pontos. Assim, o time alvinegro assumiu momentaneamente a terceira colocação do Campeonato Brasileiro e garantiu sua permanência na zona de classificação para a Libertadores por mais uma rodada.
Além da seqüência na faixa dos times que garantem vaga no torneio sul-americano, o Santos aumentou sua vantagem para o Figueirense e reduziu muito as chances de o time catarinense se classificar. A derrota deste sábado manteve a equipe alvinegra com 43 pontos, na sétima colocação. “A Libertadores não dá mais. Agora precisamos trabalhar para vencer nossos jogos e garantir pelo menos a Sul-Americana”, admitiu o meia Cícero.
O alento do time catarinense, a despeito do pessimismo quanto à possibilidade de classificação para a Libertadores, é que o Figueirense jogou bem contra o Santos. “Nós criamos chances, diminuímos a vantagem deles e poderíamos ter até empatado o jogo. Enfrentamos uma grande equipe. E infelizmente, não conseguimos sair com um resultado positivo”, analisou o atacante Soares, autor do gol dos visitantes neste sábado.
Diante de um adversário de qualidade e com muitos desfalques (Fábio Costa, Denis, Maldonado e Heleno não puderam atuar), o Santos soube se valer do fato de atuar em casa. A vitória deste sábado foi a quarta consecutiva da equipe paulista em seus domínios, com apenas um gol sofrido nesses jogos.
“A Vila Belmiro sempre vai ser uma arma importante. Estamos fazendo uma boa campanha e contamos com o apoio dos torcedores. Isso reflete nos resultados e dá mais ânimo para a equipe buscar forças e continuar na briga até pelo título. Nós ainda acreditamos”, garantiu o meia Rodrigo Tabata, que fez o primeiro gol do Santos neste sábado.
As duas equipes voltarão a campo no próximo sábado. O Figueirense receberá o líder São Paulo no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, às 16h. Mais tarde, às 18h10, o Santos receberá o São Caetano na Vila Belmiro.
O jogo
A principal justificativa do técnico Vanderlei Luxemburgo para ter escalado o Santos no 3-5-2 neste sábado foi dar mais liberdade aos alas Kleber e André Oliveira (que é meia e atuou improvisado). No entanto, a marcação eficiente do Figueirense impediu que a equipe paulista usasse os lados do campo e deixou a partida extremamente lenta nos primeiros minutos. “Esperávamos uma pressão intensa, mas isso não aconteceu. O problema é que faltou velocidade na nossa saída de bola e não conseguimos encaixar os contra-golpes”, analisou Waldemar Lemos, comandante dos catarinenses.
Quando a marcação do Figueirense falhou e os alas do Santos tiveram espaço, contudo, o time da casa foi fatal. Kleber recebeu na esquerda aos 22min e fez um lindo lançamento para Rodrigo Tabata, do meio-campo para a grande área. O camisa 8 só teve o trabalho de tocar por baixo do goleiro Andrey para abrir o placar na Vila Belmiro. “Ele se movimentou bem, criou o espaço e facilitou o passe”, minimizou Kleber.
O gol parecia ser a chave para o Figueirense abandonar a postura extremamente recuada e dar espaços para o Santos dominar o jogo. Só que quando a equipe catarinense avançou, o time da casa se perdeu. “Nós começamos a encontrar dificuldades na movimentação e na marcação, e assim eles puderam tocar a bola com tranqüilidade”, resumiu o meio-campista Zé Roberto, que não conseguiu acertar a divisão da cobertura com Cléber Santana e ofereceu espaço para o meia Cícero articular jogadas para os visitantes.
Entretanto, o Figueirense não conseguiu aproveitar seu bom momento em campo e não criou oportunidades claras para empatar o jogo. “Faltou um pouco de profundidade”, admitiu o atacante Soares. Além disso, o time catarinense teve pouca participação ofensiva do centroavante Schwenck, que se mostrou mais preocupado em tentar cavar faltas do que com o desempenho ofensivo.
O equilíbrio do confronto durou até os 3min do segundo tempo. Rodrigo Tabata lançou da meia direita, por cima da zaga, para Wellington Paulista. O atacante recebeu dentro da área, deixou a bola tocar no gramado e concluiu de pé direito, no ângulo direito do goleiro Andrey.
Ao contrário do que havia acontecido no primeiro tempo, porém, o gol não animou o Figueirense. Em vez disso, fez com que o Santos passasse a dominar totalmente a partida na Vila Belmiro. Tanto é que o meia Rodrigo Tabata chutou uma bola da intermediária aos 16min e acertou a trave esquerda.
No momento em que o Santos era superior, o Figueirense descontou. Schwenck cruzou da direita para Soares, que desviou de primeira e venceu o goleiro Felipe. “Foi um vacilo muito grande da defesa. Ele não podia ter ficado tão livre”, reclamou o zagueiro Manzur, da equipe paulista.
O gol do Figueirense precedeu um momento de baixo nível técnico no confronto deste sábado. Um pouco pelo recuo do Santos e muito pela falta de potencial ofensivo do Figueirense, o jogo ficou extremamente lento e o placar não foi mais movimentado na Vila Belmiro.
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