Santos 2 x 1 São Paulo
Data: 19/04/2015, domingo, 18h30.
Competição: Campeonato Paulista – Semifinal – Jogo único
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 13.459 pessoas
Renda: R$ 720.850,00
Árbitro: Raphael Claus
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse e Miguel Caetano Ribeiro da Costa
Cartões amarelos: Leandrinho (S); Wesley e Michel Bastos (SP).
Gols: Geuvânio (35-1) e Ricardo Oliveira (30-2) e Luis Fabiano (41-2).
SANTOS
Vladimir; Victor Ferraz, Werley, David Braz, Cicinho; Renato, Valencia (Lucas Otávio), Lucas Lima; Geuvânio (Cicinho), Robinho (Leandrinho) e Ricardo Oliveira.
Técnico: Marcelo Fernandes
SÃO PAULO
Ceni; Paulo Miranda (Luis Fabiano), Toloi, Lucão e Carlinhos (Centurión); Denilson, Hudson, Wesley, Ganso e Michel Bastos; Alexandre Pato.
Técnico: Milton Cruz
Santos elimina São Paulo e encara Palmeiras em sétima final seguida
O Santos esteve na final nas últimas seis edições do Campeonato Paulista e estará também em 2015. No início da noite deste domingo, a equipe derrotou o São Paulo por 2 a 1, na Vila Belmiro. Geuvânio (que mais uma vez deu muito trabalho à defesa adversária, apesar de ter passado mal e vomitado no final da primeira etapa) e Ricardo Oliveira marcaram para o time da casa. No final, Luis Fabiano descontou. Desta vez, o adversário na decisão será o Palmeiras, que mais cedo eliminou o Corinthians nos pênaltis.
A primeira partida da final deverá ser confirmada para o próximo domingo, no Palestra Itália. Uma semana depois, o Santos decidirá o título como mandante, tentando ser campeão novamente, o que não ocorre desde 2012. Nas decisões de 2013 e 2014, o time litorâneo amargou o vice-campeonato. Já o São Paulo, eliminado antes da decisão da competição estadual pela nona vez consecutiva (sendo quatro delas justamente para o Santos), volta suas atenções para a Copa Libertadores. Na quarta-feira, faz jogo decisivo contra o Corinthians, no Morumbi, em busca de vaga nas oitavas de final do torneio continental.
O jogo
Neste domingo, o Santos praticamente começou o jogo com uma baixa. Logo aos três minutos, Valencia sentiu o joelho e deu lugar a Lucas Otávio. Alteração que não faria diferença alguma na estrutura tática da equipe, muito veloz nos contragolpes iniciados por Lucas Lima, que servia o trio formado por Robinho, Geuvânio e Ricardo Oliveira. O São Paulo, também sem um volante titular desde o início (dada a suspensão de Souza), em contrapartida, se recompunha com muita lentidão.
A diferença não ficou tão à mostra de início, quando os dois times arriscaram pouco. A primeira boa chance saiu aos 13 minutos, depois que Michel Bastos encontrou Paulo Henrique Ganso dentro da área, e o meia (muito vaiado pela torcida de seu ex-clube, como é costume quando retorna à Vila Belmiro) atrasou para Denilson emendar de primeira, à direita do gol de Vladimir. O Santos respondeu três minutos depois, em jogada individual de Robinho, que invadiu a área pedalando e finalizou para ótima defesa de Rogério Ceni. No lance seguinte, Wesley (igualmente vaiado pelos santistas) recebeu chance de bater a gol, mas teve o chute travado pela zaga.
Depois disso, praticamente todo o primeiro tempo foi do Santos, sob a liderança de Robinho e na velocidade de Geuvânio pelo lado esquerdo da defesa são-paulina, neste domingo de responsabilidade de Carlinhos. O clássico, porém, foi paralisado alguns minutos na metade da primeira etapa. Renato precisou trocar a meia, e o goleiro Vladimir pediu atendimento médico para que o Santos não ficasse sem o volante por muito tempo. Recomeçado o jogo, Robinho tratou de esquentar novamente a partida, carregando a bola com embaixadinhas na intermediária.
O gol não demorou muito mais para sair. Aos 35 minutos, Geuvânio disparou da intermediária defensiva em direção à entrada da área ofensiva. Até lá, passou entre Carlinhos e Denilson no meio-campo, deixou Lucão para trás e escapou também de um carrinho de Paulo Miranda antes de finalizar de perna esquerda, no canto direito de Rogério Ceni. “O correto teria sido matar a jogada lá na frente. Tivemos oportunidade de matar e deixamos”, resumiu bem o goleiro e capitão são-paulino, no final da etapa.
Antes do intervalo, Geuvânio ainda chamou atenção com mais uma boa jogada ofensiva pela ponta direita e por desabar pouco depois. O jovem atacante caiu no gramado, pediu atendimento médico e vomitou. Segundo ele, sentiu tontura e lhe faltou ar. Apesar disso, continuou em campo e voltou normalmente para o segundo tempo. Sem novas substituições, o técnico Marcelo Fernandes viu apenas o adversário mexer. No São Paulo, o interino Milton Cruz sacou o zagueiro Paulo Miranda para colocar o centroavante Luis Fabiano, deixando a lateral direita a cargo do volante Hudson, outro jogador improvisado.
Foi Hudson quem cruzou para Alexandre Pato, aos dois minutos, desperdiçar grande chance de igualar o marcador. O atacante dominou a bola dentro da área e finalizou para fora, na rede. Dois minutos depois, em trapalhada do árbitro na saída de bola são-paulina, ela sobrou para Ricardo Oliveira chutar rente à trave direita de Rogério Ceni.
Aos 23 minutos, Geuvânio, principal fator de desequilíbrio a favor do Santos antes do intervalo, foi substituído por Cicinho. Quase que imediatamente, Rick Centurión entrou no lugar de Carlinhos e virou esperança contra a apatia do time da capital. Esperança que foi por terra rapidamente, contudo. Aos 30 minutos, a segunda substituição de Marcelo Fernandes deu mais resultado do que a de Milton Cruz. Cicinho avançou pela meia esquerda e, na saída de Rogério Ceni, tocou para Ricardo Oliveira empurrar à rede, ampliar a vantagem e deixar a torcida confiante para gritar “olé” e cantar a classificação.
Havia tempo suficiente, entretanto, para um susto. Aos 43 minutos, servido por Alexandre Pato, Luis Fabiano diminuiu a diferença e deu novo ânimo para o São Paulo. O Santos tratou de gastar o maior tempo possível com a bola nos pés e assegurou a vaga diante da apreensão na arquibancada.
Bastidores – Santos TV:
Ricardo Oliveira não se surpreende com final e pede decisão na Vila Belmiro
Artilheiro e um dos principais jogadores do Santos na temporada, Ricardo Oliveira não se surpreende com a classificação da equipe à final do Campeonato Paulista. Mais que isso, o atacante acredita que o Peixe e o Palmeiras são capazes de protagonizar uma grande decisão no Estadual. O camisa 9 não escondeu o desejo de fazer o segundo jogo contra o Verdão na Vila Belmiro, onde o time conquistou a vitória sobre o São Paulo neste domingo.
“Para mim, não era improvável chegar à final. Não se pode desprezar dois grandes clubes, com histórico vencedor como Santos e Palmeiras. O bom do futebol é isso, ninguém sabe o que vai acontecer”, disse o centroavante. “Eu sempre preferi jogar em casa, mas vamos aguardar”, completou, quando questionado sobre a possibilidade do Alvinegro escolher o Pacaembu ao invés da Vila Belmiro.
As boas atuações e os dez gols marcados na competição remetem à problemática de renovação contratual. Ricardo Oliveira ainda não assinou novo contrato, mas negocia sua permanência na Baixada até 2017.
“Já falei para todo mundo, o Santos quer, eu quero. Essa semana será determinante, mas sem perder o foco na decisão. Espero anunciar o quanto antes a renovação. Porém, agora é pensar no Palmeiras, grande rival”, afirmou.
Santos e Palmeiras começam a decidir o campeão do Paulista no próximo fim de semana. Mais cedo, o Verdão bateu o Corinthians, na Arena, em Itaquera, nos pênaltis. O Peixe eliminou o Tricolor por 2 a 1.
Geuvânio marca golaço, quebra jejum e comanda classificação do Peixe
A velocidade de Geuvânio em campo foi o reflexo da vontade do elenco santista em vencer o clássico deste domingo, contra o São Paulo. O ex-camisa 45 e agora com o 11 nas costas correu 56 metros, passou por dois defensores e marcou um golaço na Vila Belmiro, quebrando um jejum de 15 jogos no Campeonato Paulista.
O esforço físico de Geuvânio foi tão grande no primeiro tempo de jogo deste domingo, que o garoto chegou a passar mal no final. No segundo, acabou substituído por Cicinho, mas não preocupa para a decisão contra o Palmeiras.
“Estava falando com Geuvânio. Ele tem um potencial enorme, mas leva a responsabilidade muito para cima dele. Acho que faz parte da evolução dele como jogador. É agudo, precisamos muito dele. Vai conquistar muito mais com certeza, sei que não posso ficar sem ele, é muito rápido”, disse o técnico Marcelo Fernandes em entrevista coletiva.
Geuvânio não balançava as redes desde a estreia do Peixe no Paulistão, contra o Ituano. A equipe da Baixada Santista chega à final estadual pela sétima vez consecutiva.
Antes de eliminar o São Paulo, o Santos assistiu à vitória do Palmeiras sobre o Corinthians, nos pênaltis, em Itaquera. O primeiro jogo da grande final acontece no próximo domingo.
O elenco santista se reapresenta no CT Rei Pelé na próxima terça-feira, às 9h30 da manhã, visando a grande decisão.
Robinho descarta falta de confiança no elenco: “Sempre acreditamos”
Bem como Ricardo Oliveira, Robinho reafirmou que o elenco santista sempre acreditou e confiou na própria capacidade. O camisa 7 garante que chegar à final do Campeonato Paulista não é nenhuma surpresa, mas sim algo conquistado com muito trabalho e união no dia-a-dia. No começo da temporada, o Peixe sofreu com a saída de alguns jogadores e problemas financeiros.
“A gente trabalhou muito duro e entramos desacreditados por vocês da imprensa. Com humildade, nós jogadores sempre acreditamos no grupo, no nosso potencial. Merecidamente, o Santos está em mais uma final do Paulista, o estadual mais difícil do país”, disse Robinho.
Eliminar o São Paulo significou para o Santos a sétima final consecutiva do Paulistão. Mais que isso, esta foi a quarta vez em seis anos que o Peixe tirou o Tricolor da competição em uma semifinal.
Santos e Palmeiras começam a decidir o campeão paulista no próximo domingo. Como fez melhor campanha, o Peixe poderá jogar a segunda partida na Vila Belmiro, caso entre em acordo com a Federação Paulista de Futebol.
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