Técnico rejeita culpa pelo tropeço na Vila e fala na venda de Robinho
Um dia depois de Robinho ser o destaque da estréia do Brasil na Copa das Confederações, uma vitória de 3 a 0 sobre a Grécia, o técnico Carlos Alberto Parreira pôs lenha na crise entre o Santos, clube do atacante, e a CBF.
Questionado pela Folha sobre o fato de o clube paulista e seus torcedores o culparem e à CBF pela eliminação na Libertadores, após reiterados apelos para que liberassem o jogador, o normalmente comedido Parreira atacou o Santos e de quebra foi mais um a confirmar que estão contados os dias de Robinho no futebol brasileiro.
“O Santos está reclamando, daqui a pouco vai vender o Robinho, como vendeu seis ou sete jogadores na temporada passada. E não tem jeito, o Robinho daqui a pouco acabará indo embora mesmo. Não tem como deixar de resistir às investidas do futebol europeu. São altíssimas, não há como prender”, disse em referência à provável transferência do craque de 21 anos para o Real Madrid.
O discurso desafina com o do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que tem repetido que a confederação fará o possível para manter os jovens craques no país.
Parreira avaliou ter sido até benevolente com o Santos. “Estamos muito tranquilos. Fizemos o melhor para o Santos e para a seleção. Pela primeira vez, abrimos uma exceção, liberar um jogador convocado para as eliminatórias. Se por acaso ele tivesse se contundido contra o Atlético-PR, quem seria o responsável? Com certeza, seria eu. A seleção tem que estar acima de qualquer competição.”
Logo após dizer que Robinho deixará o país “daqui a pouco”, Parreira mudou o raciocínio: “A não ser que o Santos se mobilize e consiga um consórcio, seria maravilhoso manter o grande ídolo do futebol brasileiro no Brasil”.
Até o presidente da Fifa, Joseph Blatter, entrou na questão. Para ele, a culpada pelo imbróglio foi a Conmebol. Em entrevista à “Agência Estado”, o dirigente disse que o Santos foi prejudicado pela Conmebol, que não poderia ter marcado os jogos para a época da Copa das Confederações.
Alheio à polêmica, Robinho, que ontem não treinou, assim como os jogadores que participaram da vitória do Brasil sobre a Grécia, foi citado nos principais jornais alemães como o destaque da partida, corroborando a decisão da Fifa.
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