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17/11/1996 – Santos 3 x 2 Atlético-PR – Campeonato Brasileiro

Santos 3 x 2 Atlético-PR

Data: 17/11/1996, domingo.
Competição: Campeonato Brasileiro – 1ª fase – turno único – 21ª rodada
Local: Estádio Ícaro de Castro Mello, o Ibirapuera, em São Paulo, SP.
Público: 1.843 pagantes
Renda: R$ 20.120,00
Árbitro: Ubiraci Damásio de Oliveira
Cartões amarelos: Andradina e Robert (S); Pierkaski e Dedé (A).
Cartões vermelhos: Vagner (S); Paulo Rink, Roberto Ramos e Reginaldo (A).
Gols: Pierkaski (10-1), Alessandro (19-1), Paulo Rink (35-1) e Ronaldo Marconato (41-1); Alessandro (45-2).

SANTOS
Edinho; Marcos Adriano (Andradina), Jean (Vágner), Ronaldo Marconato e Daniel; Marcos Assunção, Élder, Robert e Jamelli; Camanducaia (Edgar Baez) e Alessandro.
Técnico: Orlando Lelé

ATLÉTICO-PR
Ivan; Alberto, Reginaldo, Jorge Luís e Branco; Alex, Roberto Ramos, Jean Carlo (Andrei) e Piekarski (Clóvis); Paulo Rink e Oséas (Dedé).
Técnico: Evaristo Macedo



Atlético-PR vê perseguição na derrota para o Santos

O Santos superou ontem o Atlético-PR por 3 a 2, tirando-o da liderança do Brasileiro. Com 27 pontos, os santistas não têm mais esperança de classificação, mas estão livres do rebaixamento. O Atlético, com 39, tem vaga assegurada para a segunda fase.

O jogo, tumultuado, teve quatro expulsões, três para o Atlético, uma para o Santos.

Os paranaenses foram mais perigosos no primeiro tempo. O meia Pierkaski armava as principais jogadas do time, tabelando com os atacantes Paulo Rink e Oséas.

Aos 10min, Jean Carlo tocou para Oséas, que passou para o polonês Pierkaski anotar 1 a 0.

Aos 19min, Alessandro, aproveitando rebatida de Ivan, empatou para o Santos.

Aos 35min, o Atlético aproveitou falha da defesa santista para chegar aos 2 a 1. Jean Carlo cobrou escanteio, Oséas tocou de cabeça e Paulo Rink, também de cabeça, marcou.

O Santos empatou novamente aos 41min. Quem anotou foi Ronaldo, cobrando falta. A barreira atleticana abriu, e o goleiro Ivan pulou atrasado.
No segundo tempo, quando a partida ficou mais tensa, ocorreram as expulsões.

Aos 18min, Vágner agrediu Paulo Rink no chão e os dois foram expulsos. Aos 22min, Roberto Ramos recebeu cartão vermelho por reclamação. Aos 33min, Reginaldo, que já tinha amarelo, cometeu falta e também foi expulso.

Com oito atletas em campo, o Atlético permitiu a virada santista. Aos 45min, Robert chutou na trave e, no rebote, Alessandro, de cabeça, marcou o gol da vitória.

Os protestos

A atuação do juiz Ubiraci Damásio revoltou o Atlético, que pretende protestar junto à Comissão Nacional de Arbitragem.

“Foi uma atuação facciosa”, disse Munir Kaluf, supervisor de futebol atleticano. “O Paulo Rink foi agredido e foi expulso. O Roberto Ramos fez uma falta normal e também foi expulso. É palhaçada.”

O presidente Mário Petraglia também reclamou. “São dois pesos e duas medidas. Se está em campo o Corinthians ou o Flamengo é uma coisa. Se é o Atlético-PR, o respeito não é o mesmo.”

O técnico Evaristo de Macedo preferiu ironizar. “O juiz foi ótimo. Só decidiu o jogo.”

Time usa luto por Dondinho

O Santos jogou ontem com uma tarja preta na camisa em homenagem a João Ramos do Nascimento, o Dondinho, pai de Pelé.

Samir Abdul-Hak, presidente do time, decretou três dias de luto no clube devido à morte de Dondinho, anteontem, em Santos.

O goleiro Edinho diz ter ficado emocionado quando foi respeitado um minuto de silêncio em memória de seu avô. “Fiquei com lágrimas nos olhos”, afirmou.

Antes do início da partida, alguns jogadores do Atlético-PR chegaram a procurar Edinho para lhe dar os pêsames.

O time paranaense entrou em campo com uma faixa condenando a violência da torcida do Fluminense, na partida da semana passada, no Rio de Janeiro. “Foi um dia de homenagens”, disse o atacante Paulo Rink. “O Santos homenageou o pai do Pelé, e a gente, o Ricardo Pinto.”

As críticas

Se Edinho se emocionou durante o minuto de silêncio por Dondinho, o goleiro deixou o estádio do Ibirapuera magoado com a própria torcida santista.
O goleiro foi hostilizado por alguns torcedores, que pediam a entrada do reserva Sérgio.

“Essas críticas magoam, porque são irracionais. Qualquer coisa que eu faça, lá vem um grupo chiar”, lamentou.

Além de Edinho, o presidente Abdul-Hak também foi criticado por parte da torcida. Assim que o jogo acabou, apesar da vitória santista, um grupo pedia sua saída da direção do clube.

A confusão

Não foram só homenagens e protestos que marcaram o jogo de ontem. Cenas confusas também.

Logo aos 6min de jogo, por exemplo, o zagueiro Jean machucou a cabeça e foi medicado à beira do gramado. Sem consultar o médico, Orlando Pereira o substituiu por Vágner.

Quando ia retornar ao campo, porém, o jogador percebeu que já tinha outro em seu lugar. Irritado, dirigiu-se ao vestiário.



‘Feridos do Rio’ desfalcam Atlético-PR contra Santos (Em 17/11/1996)

O Atlético-PR defende a liderança no Campeonato Brasileiro sem seus jogadores feridos na “batalha das Laranjeiras”, no domingo passado. Ele enfrenta o Santos, já eliminado, no estádio do Ibirapuera, em São Paulo.

O goleiro Ricardo Pinto levou uma paulada de um torcedor do Fluminense na cabeça e sofreu um traumatismo craniano, que exigiu até uma cirurgia no cérebro, para a drenagem de um coágulo. O meia Luiz Carlos levou um soco na boca, perdeu dois dentes e teve que sofrer uma cirurgia no local.
O goleiro não joga mais no Brasileiro, e o meia volta na próxima semana.

No lugar de Ricardo Pinto, que deve deixar o hospital onde está internado amanhã, entra Ivan, que também diz ter sido agredido pelo goleiro Léo, do Fluminense.

Ivan disse não ter medo de ocupar o lugar de Ricardo Pinto, que é ídolo em Curitiba. “Reconheço que o Ricardo Pinto é um excelente profissional e tem carisma, mas prometo cumprir o meu papel”, disse.

Santos

No clube paulista, o clima já é de fim de temporada. A equipe já não disputa mais nenhum título e nem está ameaçada de rebaixamento.

A diretoria já faz planos para a próxima temporada, que incluem rebaixamento de salários de alguns jogadores.

O técnico Orlando Pereira, que deve ser substituído no ano que vem, escalou dois atacantes velozes, Alessandro e Camanducaia. Ele voltou a adotar o sistema 4-4-2, com os laterais Ânderson e Marcos Adriano.


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