Ponte Preta 1 x 0 Santos
Data: 17/09/2006, domingo, 18h10.
Competição: Campeonato Brasileiro – 24ª rodada
Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, SP.
Público: 6.474 pagantes
Renda: R$ 75.830,00
Árbitro: Alício Pena Junior (MG)
Auxiliares: Marco Antonio Gomes e Helbert Costa Andrade (ambos da MG)
Cartões amarelos: Rafael Santos e Iran (P); Heleno, Kléber, Domingos (S) e André Luís (S).
Gols: Tuto (27-2).
PONTE PRETA
Jean; Thiago Matias, Régis e Rafael Santos; Nei, Ricardo Conceição, Carlinhos, Fábio Baiano e Iran (Emerson); Tuto e Luis Mário (Almir).
Técnico: Marco Aurélio
SANTOS
Fábio Costa; Dênis, Luiz Alberto, Domingos e Kléber; Heleno (André Belezinha), André Luiz, Cléber Santana e Zé Roberto; Rodrigo Tiuí e Wellington Paulista (Jonas).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Ponte Preta pára o Santos e deixa zona de rebaixamento
O Santos não foi bem na estréia de Zé Roberto. Uma falha da defesa no segundo tempo fez o time da Vila Belmiro ser derrotado pela Ponte Preta por 1 a 0, no Moisés Lucarelli, neste domingo. Além de ver o líder São Paulo se distanciar ainda mais, o Santos foi ultrapassado pelo Grêmio e caiu uma posição na tabela. Por outro lado, os anfitriões deixaram a zona de rebaixamento após três rodadas.
O resultado levou a Ponte Preta aos 30 pontos, subindo duas posições na tabela e chegando ao 15° lugar. O time de Campinas vive duas realidades na competição, tendo o mesmo número de pontos do Atlético-PR, que está na área de classificação para a Copa Sul-Americana, além de estar apenas um ponto à frente do Goiás, na zona de rebaixamento.
“Tirar a Ponte do rebaixamento foi a melhor coisa que aconteceu hoje [domingo]”, disse o atacante Tuto, que sofreu e converteu um pênalti após falha do santista Domingos. “O gol é a conseqüência do trabalho de todos. Mas estamos ai para marcar quando der”, continuou.
Foi o oitavo gol de Tuto no Campeonato Brasileiro, dois a menos que Soares e Schwenck, do Figueirense, Souza, do Goiás, e Tuta, do Fluminense.
Já o Santos, depois dessa derrota, muda provisoriamente seus planos. Se antes a missão era alcançar o primeiro posto, o pensamento agora é reencontrar a vitória e reagir na competição. Além de ver o São Paulo disparar na ponta da tabela (a sete pontos), o Santos (que tem 39) viu o Grêmio assumir o terceiro lugar, o deixando na quarta colocação.
A partida marcou a estréia do meia Zé Roberto, que depois de dez anos fora do Brasil, retornou ao seu país de origem. Depois de um bom início de partida, o meia terminou apenas com uma atuação regular. “A lembrança que eu tenho é que há dez anos eu atuei aqui e pude voltar. Joguei pouco tempo no Brasil e tinha vontade de voltar. Hoje eu consegui estrear pelo Santos, que é um time de prestígio, e esperava a vitória. Não veio, mas é só o começo”, explicou.
A equipe da Baixada manteve a escrita de ser um mau visitante, tendo vencido apenas os rivais Palmeiras e São Paulo longe da Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro. Porém, se depender disso, o time de Luxemburgo pode comemorar, já que agora terá dois jogos seguidos em seu estádio para buscar a reação, contra Fluminense e Flamengo.
O jogo contra o tricolor carioca será na próxima quarta-feira, na Vila Belmiro, às 22h. No dia seguinte, a Ponte Preta visita o Grêmio, no Olímpico, às 20h30.
O jogo
Equilíbrio. Logo no começo da partida, as duas equipes não mostraram medo e partiram para o ataque. Zé Roberto, estreante da noite, foi quem ofereceu pela primeira vez perigo a Ponte Preta, no primeiro minutos de partida. O camisa 10 escapou do zagueiro, invadiu a área pelo lado direito e bateu forte; o goleiro Jean caiu bem e fez ótima defesa.
Dez minutos depois, a Ponte Preta respondeu, e foi mais perigosa que o ataque santista em sua primeira oportunidade. Tuto recebeu pela esquerda, deu belo corte na zaga santista e, com pouco ângulo para o chute, conseguiu carimbar o travessão do gol de Fábio Costa, que ficou sem reação.
As boas chances de gol pararam por aí. Depois dos primeiros minutos de partida, o jogo tornou-se mais cadenciado, com os dois times visando trabalhar mais a bola no meio-de-campo. Na metade da primeira etapa, o Santos passou a dominar esse setor, mas não conseguiu assustar Jean.
O Santos, quando buscou o ataque, procurou apoiar mais pelo lado esquerdo, já que contava com três canhotos na partida (Zé Roberto, André Luís e Kleber). Do outro lado, a Ponte Preta tentou aproveitar os contra-ataques com Luís Mário e Tuto. Porém, sem eficiência, as duas equipes foram para o intervalo com o empate no placar.
No retorno para o segundo tempo, Luxemburgo tentou mudar a postura santista: tirou Wellington Paulista, apagado no primeiro tempo, e colocou Jonas; e no meio-de-campo, tirou Heleno e colocou André. E deu certo, pelo menos no começo da segunda etapa.
Recuada, a Ponte Preta começou a abusar dos erros de marcação e assistiu o adversário manter-se em seu campo de ataque. Aos 7min, depois de receber na meia-lua, Cléber Santana tocou de calcanhar para Rodrigo Tiuí, mas o atacante não foi feliz na sua conclusão e mandou por cima do gol. Mesmo quase toda atrás, a Ponte conseguiu responder.
Aos 13min, após falha da zaga santista, Tuto recebeu livre pela direita, invadiu a área e bateu forte, cruzado, obrigando Fábio Costa a trabalhar e colocar a bola para escanteio.
Melhor na partida, o Santos pagou pelo erro de Domingos, que perdeu a bola no meio-de-campo. André Luís ainda tentou refazer a falha do zagueiro santista, mas acabou comentendo pênalti em Tuto. O próprio atacante bateu e abriu o placar no Moisés Lucarelli.
Em seguida, precisando do resultado, o Santos partiu para o ataque. Mas o esquema com três zagueiros da Ponte Preta funcionou e, apesar do sufoco, não deixou que os visitantes empatassem a partida.
Pontos perdidos saem caro
O Santos teve chances de se aproximar do líder São Paulo, mas não soube aproveitar, deixando aumentar a diferença para sete pontos na tabela. O rival viveu um momento de instabilidade no início do segundo turno, perdendo a Recopa Sul-Americana para o Boca Juniors e sendo criticado após um empate com dois a mais diante do Corinthians.
Nas cinco rodadas do returno, o São Paulo somou nove pontos em 15 disputados, tendo empatado três vezes, inclusive uma contra o Fortaleza, no Morumbi. Mas o Santos tropeçou ainda mais, contra rivais que ocupam a parte de baixo da tabela (como Ponte Preta, Atlético-PR e Fortaleza) e fez apenas sete.
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