Cruzeiro 3 x 0 Santos
Data: 17/08/2014, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 15ª rodada
Local: Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, MG.
Público: 41.967 presentes (39.215 pagantes)
Renda: R$ 2.047.658,00
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Auxiliares: Rafael da Silva Alves e Alexandre Kleiniche (ambos do RS).
Cartões amarelos: Éverton Ribeiro, Mayke e Julio Batista (C); Alan Santos (S).
Gols: Marcelo Moreno (24-1); Ricardo Goulart (02-2) e Julio Batista (42-2).
CRUZEIRO
Fábio; Mayke (Ceará), Dedé, Léo e Egídio; Lucas Silva, Henrique, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart (Dagoberto); Willian e Marcelo Moreno (Julio Batista).
Técnico: Marcelo Oliveira
SANTOS
Aranha; Cicinho, Bruno Uvini (Nailson), Edu Dracena e Mena; Alan Santos (Leandrinho), Arouca e Lucas Lima; Thiago Ribeiro, Robinho e Leandro Damião (Rildo).
Técnico: Oswaldo de Oliveira
Cruzeiro faz 3 a 0 no Santos de Robinho e retoma liderança após noite fora dela
Em uma grande partida de futebol no estádio do Mineirão, o Cruzeiro bateu o Santos por 3 a 0, com gols de Marcelo Moreno, Ricardo Goulart e Julio Batista, e voltou à ponta, alcançando aos 33 pontos. Já o Santos perdeu pela terceira vez seguida no Brasileirão e caiu mais uma posição na tabela de classificação, chegando ao 10º lugar, com 20 pontos.
O duelo, válido pela 15ª rodada, marcou o 100º jogo do técnico Marcelo Oliveira à frente do clube mineiro e com o melhor retrospecto de um treinador na história cruzeirense. Ricardo Goulart, ao marcar mais uma vez, agora soma 9 no campeonato e é o artilheiro isolado. O Santos, apesar da boa atuação, principalmente de Robinho, que comandou o time durante todo jogo, foi castigado por desperdiçar tantas oportunidades de gol. E mesmo com o retorno do zagueiro Edu Dracena, o alvinegro praiano acabou levando mais um gol de boa aérea, o quinto seguido.
O jogo
Como já se esperava na véspera, Cruzeiro e Santos mostraram desde o apito inicial que promoveriam um bom espetáculo no Mineirão. E também como já se imaginava, a Raposa começou partindo para cima, pressionando e buscando o gol, principalmente pelo fato de ter perdido a liderança para o Internacional, que venceu sua partida um dia antes.
Após rondar da área de Aranha por 18 minutos, a primeira boa chance veio depois da falha de Alan Santos na saída de bola santista. Marcelo Moreno recebeu, fintou, mas bateu fraco. No lance seguinte, Éverton Ribeiro abriu o placar, mas o gol foi corretamente anulado pela arbitragem, já que meia acabou usando a mão para dominar a bola antes de chutar para as redes. Apesar disso, não teve jeito. Aos 24 minutos o Santos levou o quinto gol seguido de bola alçada em sua área. O mesmo Éverton Ribeiro cruzou, Marcelo Moreno desviou de cabeça e Aranha acabou falhando ao tentar encaixar a bola.
Mas o Santos mostrou personalidade, mesmo com o Mineirão em êxtase, e partiu em busca do empate. Robinho assumiu a responsabilidade, chamou a bola e criou as melhores chances do Peixe. Aos 28, o camisa 7 deixou Cicinho em boas condições, mas o lateral errou ao tentar cruzar. Aos 32, Robinho fez bela jogada pela esquerda e rolou para Lucas Lima, mas Dedé salvou o time da casa ao travar o chute do meia alvinegro.
Aos 38, Damião, sozinho no meio da área cruzeirense, desviou chute cruzado e Mena, mas a bola saiu pela linha de fundo. Um minuto depois veio a melhor chance do Santos em meio a surpreendente pressão imposta pelo time de Oswaldo de Oliveira, que fez o Cruzeiro recuar todos seus homens no campo de defesa. Robinho arrancou pelo meio, tabelou com Damião e serviu Thiago Ribeiro, que limpou Dedé e bateu tirando de Fábio, cruzado, buscando o ângulo, mas a bola foi para fora, tirando tinta da trave.
Fim de primeiro tempo de um grande jogo de futebol em que o Cruzeiro começou pressionando, mas viu o Santos dominar os últimos 15 minutos e por pouco não chegar ao seu gol. Frenético
A etapa complementar seguiu com o mesmo ritmo. A proposta de atacar imperava em ambos os times, mas, com o jogo aberto, o Cruzeiro, em vantagem no placar, levava vantagem. Oswaldo foi obrigado a sacar Bruno Uvini no intervalo. O zagueiro levou uma pancada no rosto e precisou ser substituído por Nailson. A outra modificação foi tática. O técnico do Peixe resolveu apostar na velocidade e tirou Leandro Damião do time para a entrada de Rildo. O que Oswaldo não imaginava era levar um gol logo aos 2 minutos. E foi o que aconteceu. Ricardo Goulart recebeu no meio da área, livre e fuzilou de pé esquerdo. Aranha não conseguiu fazer a defesa e o Cruzeiro abriu 2 a 0.
Mais uma vez o Santos não se rendeu e correu atrás do prejuízo. Teve uma boa chance com Rildo, aos 15, batendo de primeira e assustando os torcedores no Mineirão, e depois Thiago Ribeiro mostrou que realmente não vive uma boa fase. O camisa 11, que perdeu dois gols inacreditáveis no meio de semana, contra o Londrina, teve uma oportunidade cara a cara com Fábio, mas batei em cima do goleiro e desperdiçou a chance de diminuir.
Aos 27, foi a vez do Cruzeiro lamentar, já que o Willian também teve a chance cara a cara, mas acabou tirando demais e batendo para fora. O jogo não parava e os contra-ataques aconteciam com initerruptamente no bom gramado do Mineirão. O Santos chegava com perigo, era mais incisivo, mas pecava nas finalizações. E o balde de água fria veio aos 42. Thiago Ribeiro perdeu uma bola dominada e armou o contra-ataque mortal. Éverton Ribeiro arrancou e serviu Julio Batista, que tirou de Edu Dracena e bateu sem chances para Aranha.
Final de jogo, 3 a 0 para o Cruzeiro e muita festa no Mineirão.
Bastidores – Santos TV:
Oswaldo aprova atuação do Santos, mas lamenta gols perdidos
As últimas três partidas do Santos no Campeonato Brasileiro foram verdadeiras pedreiras. Internacional, Corinthians e Cruzeiro acabaram vencendo o Santos e jogando o time da Baixada Santista para a parte de baixo da tabela. Mas o que o técnico Oswaldo de Oliveira mais lamenta é a pouca eficiência da equipe, que consegue equilibrar e muitas vezes ser melhor em campo, mas peca na hora de finalizar a gol.
“Estamos criando oportunidades a olhos vistos. É algo que eventualmente você não consegue resolver nem apontar o problema. Os jogadores estão criando, tentando. Estamos nos preparando para isso, mas não posso dizer mais nada a respeito”, disse o treinador, neste domingo, após ser derrotado pelo Cruzeiro por 3 a 0 em uma partida onde o placar não reflete o que se viu em campo.
“Já estou até ficando um pouco cansado de dizer isso. Guardando as devidas proporções, o quadro foi parecido contra Fluminense, Inter e Corinthians. Ocorre que o Cruzeiro está um palmo acima de todo mundo, por isso o placar dilatado no fim. Um time que entra com Júlio Baptista e Dagoberto nos minutos finais acelera e cria dificuldades para os adversários”, afirmou.
O desgaste físico do elenco santista, que atuou na quinta-feira à noite e teve apenas dois dias para descansar antes de viajar à Belo Horizonte, também foi destacado por Oswaldo, que também fez questão de reconhecer os méritos do líder do Campeonato Brasileiro.
“Acho que nos superamos porque, no fim do jogo, encurralamos o Cruzeiro. Fizemos a bola circular, muitos cruzamentos e criamos muitas dificuldades. O que desequilibrou foram as entradas do Julio Baptista e do Dagoberto, que são jogadores de outro naipe e fizeram a diferença”, ressaltou.
Leandro Damião mais uma vez saiu de campo sem balançar as redes, perdeu uma boa oportunidade e segue sem justificar o alto investimento feito pela diretoria do Santos. Após o jogo, no entanto, o técnico explicou porque sacou o camisa 9 no intervalo.
“Foi opção tática. Eu tinha ele e o Robinho, que não estavam conseguindo nos ajudar, na marcação adversária. Como o Rildo e o Thiago Ribeiro fazem o lado de campo, preferi ter o Robinho pelo meio para tentar chegar no gol e frear os avanços dos laterais do Cruzeiro, que estavam nos criando problemas”, finalizou.
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