Guarani 1 x 1 Santos
Data: 17/08/1996, sábado, 15h30.
Competição: Campeonato Brasileiro – Turno único – 1ª fase – 1ª rodada
Local: Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, SP.
Público: 7.957 pagantes
Renda: R$ 79.570,00
Árbitro: Alexandre Barreto (RS).
Auxiliares: Nelson Aparecido Sonego e Evandro Luiz Silveira (ambos de SP).
Cartões amarelos: Goiano e Alexandre (G); Robert (S).
Cartão vermelho: Jamelli (S, 26-2).
Gols: Camanducaia (13-1) e Aílton (34-2).
GUARANI
Hiran; Marcinho, Sangaletti, Sorlei e Júlio César; Élson, Goiano, Cairo (Edmilson) e Alexandre (Dega); Aílton e Marcelo (Dimas).
Técnico: Júlio Toledo Piza
SANTOS
Edinho; Ânderson Lima, Sandro, Narciso e Marcos Adriano; Marcos Assunção, Carlinhos, Jamelli e Robert (Juari); Camanducaia (Cuca) e Andradina (Piá).
Técnico: José Teixeira
Santistas culpam juiz por empate
Jogadores e o treinador do Santos, José Teixeira, culparam o árbitro Alexandre Barreto pelo empate contra o Guarani, em 1 a 1, na estréia de ambas as equipes neste Campeonato Brasileiro.
A partida em Campinas (99 km a noroeste de São Paulo) foi a primeira do juiz gaúcho em Campeonatos Brasileiros.
Entre as principais reclamações do time vice-campeão brasileiro, um pênalti do goleiro Hiran sobre o atacante Camanducaia, a expulsão do meia-atacante Jamelli e um impedimento no gol do Guarani.
Para os jogadores, além de o árbitro prejudicá-los com a expulsão do capitão Jamelli, pênaltis e faltas a favor do Santos deixaram de ser marcados. Como consequência, os santistas disseram que esses erros levaram a um resultado injusto.
O técnico José Teixeira também contestou a atuação do juiz. “Perdemos grandes chances de gol por causa da arbitragem”, reclamou.
Novo capitão
A expulsão do meia-atacante Jamelli, que estreava como capitão, traz problema ao Santos contra o Fluminense, nesta quinta.
O árbitro mostrou o cartão vermelho ao jogador por entrada violenta. Antes, Jamelli já havia recebido um cartão amarelo, que apenas adverte o jogador.
Reclamando do árbitro, José Teixeira criticou a saída de Jamelli, o que, segundo ele, “desestruturou a armação do Santos”. Ao sair de campo, Jamelli passou a faixa de capitão ao meia Carlinhos.
Santos pós-Giovanni prevê correria na estréia hoje (Em 17/08/1996)
O Santos estréia hoje, às 15h30, no Campeonato Brasileiro, contra o Guarani, em Campinas, iniciando no clube a “era pós-Giovanni”.
Segundo o técnico santista, José Teixeira, com a saída de Giovanni para o futebol espanhol o time vai mudar totalmente o estilo de jogo adotado no último Brasileiro.
“O Santos jogava em função do Giovanni e dependia de suas jogadas individuais. Agora o ponto forte da equipe será o conjunto.”
O meia ofensivo Jamelli será o novo comandante do time.
Teixeira prevê uma partida marcada pela “correria” hoje. “Os dois times são jovens e desentrosados, por isso a tendência é de um jogo em alta velocidade”, disse.
Ontem, em Bebedouro (383 km a noroeste de São Paulo), o técnico teve problemas para definir o time.
O volante Marcos Assunção e o meia Piá, contundidos, podem ficar fora. O colombiano Usuriaga ainda está sem a documentação regularizada e os recém-contratados Alessandro e Élder estavam treinando em Santos ontem.
Ânderson acha ‘vitrine’
O lateral-direito Ânderson, 23, foi apontado pelo treinador José Teixeira como a maior promessa do Santos para este Campeonato Brasileiro.
O jogador está confirmado para enfrentar hoje à tarde o Guarani, justamente a equipe que ele defendeu no Brasileiro do ano passado.
Repórter – Depois das passagens pelo Guarani e Juventus, será agora, no Santos, a sua oportunidade de “aparecer”?
Ânderson – Acredito que aqui o Santos será a minha grande vitrine.
Já tenho passagens por seleções brasileiras em categorias inferiores e, agora, pretendo chegar à seleção principal.
Repórter – O técnico José Teixeira apontou você como a maior promessa do Santos para o Brasileiro deste ano. Isso o surpreende?
Ânderson – É uma responsabilidade que pretendo assumir e corresponder durante o campeonato. Fico até surpreso com o elogio do treinador, por ser novo na equipe.
Repórter – Por ter atuado no Guarani na última temporada, quais são as maiores dificuldades que você acredita que o Santos deve enfrentar em Campinas?
Ânderson – A equipe mudou totalmente, mas eu posso afirmar que o Guarani é sempre um adversário complicado, ainda mais no Brinco de Ouro.
Repórter – A defesa foi o principal problema do Santos nos dois últimos campeonatos. Vocês têm conversado muito sobre isso?
Ânderson – Ainda não temos um padrão de jogo por falta de entrosamento, mas, durante os amistosos, a defesa atuou bem.
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