Londrina 0 x 1 Santos
Data: 17/03/2015, terça-feira, 19h30.
Competição: Copa do Brasil – 1ª fase – Jogo de ida
Local: Estádio do Café, em Londrina, PR.
Público: 10.917 pagantes (11.755 presentes)
Renda: R$ 396.370,00
Árbitro: Paulo Henrique de Melo Salmazio (MS)
Auxiliares: Leandro dos Santos Ruberdo e Sérgio Alexandre da Silva (ambos de MS).
Cartões amarelos: Paulinho, Germano e Dirceu (L); Lucas Lima, Cicinho e Valencia (S).
Gol: Robinho (07-2, de pênalti).
LONDRINA
Vitor; Lucas Ramon, Dirceu, Silvio e Lino; Diogo Roque, Germano, Léo Maringá (Rone Dias) e Celsinho (Koffi); Arthur e Paulinho (Wéverton).
Técnico: Claudio Tencati
SANTOS
Vanderlei; Cicinho, David Braz, Werley e Vitor Ferraz; Valencia, Renato e Lucas Lima; Geuvânio, Robinho (Gabriel) e Ricardo Oliveira (Thiago Ribeiro).
Técnico: Marcelo Fernandes
Peixe vence com pênalti polêmico, mas goleiro garante jogo de volta
O Santos poupou seus principais titulares no fim de semana e mandou força máxima para enfrentar o Londrina na estreia da equipe na Copa do Brasil. Porém, mesmo assim não evitou o jogo de volta para definir a vaga na 2ª fase da competição. O único gol do jogo na noite desta terça-feira, no estádio do Café, foi marcado por Robinho, em cobrança de pênalti. Aliás, o lance gerou muita reclamação por parte de jogadores e torcedores do Tubarão, já que árbitro viu mão na bola em jogada que Germano afastou o perigo com o ombro.
Mesmo assim, o nome do jogo foi Vitor. O goleiro do Londrina realizou pelo menos quatro grandes defesas e, assim, garantiu o segundo jogo entre as equipes dia 16 de abril, uma quinta-feira, às 21h30, na Vila Belmiro.
O Peixe jogará pelo empate e apenas o placar de 1 a 0 para o time paraense levará a decisão para os pênaltis.
O jogo
Com o apoio da torcida, o Londrina partiu para cima do Santos logo após o apito inicial. Sem tanta efetividade, o Tubarão jogava no campo de ataque, tinha mais a bola em seus pés e buscava uma brecha na zaga santista, que se postava muito bem. Aos 7 minutos, o time da casa chegou a balançar as redes, mas a festa da torcida foi frustrada pelo impedimento corretamente marcado pelo auxiliar, após cobrança de falta na área.
Aos poucos o Santos foi se soltando e aproveitando a grande extensão do campo no Estádio do Café. A primeira finalização veio só aos 13 minutos, em cobrança de falta de Ricardo Oliveira, facilmente defendida por Vitor.
Cinco minutos depois, porém, o camisa 1 do time paranaense salvou sua equipe. O camisa 9 do Peixe recebeu de Robinho e, de fora da área, soltou um petardo, no ângulo. Vitor tocou na bola antes que dela explodir no travessão.
O jogo ficou mais equilibrado e aberto, com possibilidades para os dois times, após a primeira metade da etapa inicial. Robinho teve uma boa chance ao receber uma bola de presente da zaga do Londrina, mas bateu colocado, para fora.
Aos, 30, Vanderlei evitou o gol dos mandantes em bela cobrança de falta do experiente Celsinho, mas as 36, Vitor chamou a atenção para si novamente.
Ricardo Oliveira saiu da área, atraiu a marcação e deu uma linda assistência para Vitor Ferraz. O lateral, que mais uma vez atuou improvisado na esquerda, ainda teve tempo e limpar a marcação antes de bater, praticamente da marca do pênalti, mas o arqueiro Vitor mostrou que estava inspirado e realizou uma defesa espetacular.
O Santos ainda criou uma boa oportunidade com Lulas Lima antes do apito do árbitro, mas os times desceram para o vestiário sem mexer no placar.
A segunda etapa começou e logo aos cinco minutos um lance polêmico. Após jogada de Lucas Lima pela direita, Ricardo Oliveira finalizou e Germano, ex-jogador do Santos, abriu o braço, mas tirou a bola para escanteio com o ombro. Porém, o árbitro entendeu que o volante tocou a bola com o braço e deu pênalti, além do cartão amarelo para Germano.
Depois de muita reclamação, Robinho bateu com força e superou Vitor, que acertou o canto, mas não evitou a abertura do placar.
Aos 11 minutos, o Londrina tentou responder e foi a vez de Celsinho pedir pênalti após ser derrubado na área. O juiz mandou seguir e percebeu que estava dali para frente carregaria a pressão por ter assinalado a penalidade máxima contra o time da casa.
O Londrina se abateu e, diferente do primeiro tempo, não conseguia agredir a zaga santista. E o prejuízo só não era pior porque Vitor seguia provando que estava em grande noite.
Aos 22, Robinho arriscou de fora da área e o goleiro voou para espalmar. No rebote, com o camisa 1 ainda se recuperando, Ricardo Oliveira cabeceou, de primeira, e Vitor mais uma vez salvou o Tubarão, desta vez com os pés.
Quinto colocado no Campeonato Paranaense e sem vencer há três jogos, o Londrina percebeu que dificilmente superaria o Peixe na técnica e passou a tentar se defender de todas as maneiras para levar a definição da vaga para o segundo jogo. A esta altura, Vanderlei era apenas um espectador no jogo.
E depois de ser beneficiado pelo erra da arbitragem, aos 30 do segundo tempo foi a vez do Santos reclamar. Lucas Lima foi tocado por trás depois de fazer fila, caiu dentro da área, mas o juiz mandou seguir a jogada e nada marcou.
O Peixe encontrava muito espaço e sobrava em campo. Cicinho e Robinho não só não definiram a classificação por causa da pontaria torta.
Não faltavam oportunidades. Aos 37, o Londrina saiu jogando errado três vezes seguidas na entrada de sua área, mas os paulistas, até com uma certa displicência, não aproveitavam. Robinho, apesar do gol de pênalti, perdeu uma grande oportunidade ao finalizar de pé esquerdo.
Bastidores – Santos TV:
Robinho vence sal grosso e comemora; Germano reclama de pênalti
Antes de Santos e Londrina entrarem em campo, a torcida do Tubarão já fazia pressão no Estádio do Café. Uma torcedora chegou a afirmar que Robinho não faria gol por causa de seu sal grosso. Porém, a partida terminou com o placar de 1 a 0 favorável ao Peixe, e justamente com o gol assinalado pelo camisa 7. Depois da partida, Robinho brincou com a situação.
“Eu sou cristão, o meu Deus é muito maior do que sal grosso. Quem está com Deus não precisa disso. Sal grosso é bom no churrasco”, disse, aos risos, em entrevista ao Sportv. “Ganhamos, era o que queríamos, poderíamos ter matado o jogo, mas estamos satisfeitos. O sal grosso manda ela (a torcedora) me dar para eu colocar na minha picanha”, completou, sempre em tom sarcástico.
O lance que definiu o placar do jogo gerou muita reclamação dos jogadores do Londrina. Germano chegou a abrir o braço, mas afastou o perigo da área de seu time com o ombro. No entanto, o árbitro apontou a marca da cal.
“É interpretação. O jogador abriu o braço, o juiz que tem que saber se foi ou não. Bati bem e fiz o gol. Poderíamos caprichar mais na finalização, mas o time está de parabéns com a vitória”, finalizou o capitão santista.
Por outro lado, Germano, que atuou com o próprio Robinho em 2010, no time de Vila Belmiro, deixou o campo revoltado.
“Não foi pênalti, a bola pegou no meu ombro, o que nos deixa mais tristes. Não é questionar a qualidade do Santos, mas fizemos um jogo de igual para igual e, de repente, o juiz vem e acaba atrapalhando todo o trabalho, prejudica a nossa equipe, as metas, os propósitos”, disse.
“Poderíamos ter tomado gol e sermos eliminados. Acho que fizemos um bom trabalho”, analisou, ainda de sangue quente.
Para Renato, goleiro rival e falta de pontaria adiaram classificação
O Santos bateu o Londrina por 1 a 0 e abriu vantagem na briga por uma vaga na segunda fase da Copa do Brasil. Mesmo assim, alguns jogadores lamentaram o fato de não terem eliminado a segunda partida, que será disputada dia 16 de abril, uma quinta-feira, na Vila Belmiro.
“Dava (para classificar). Tivemos oportunidades, mas o goleiro deles foi o melhor em campo. A equipe correu, lutou, buscou o segundo gol. Infelizmente, não conseguimos”, comentou Renato. “O Santos está criando, faltou um pouco de sorte para fazer o gol”, completou.
Vitor, o goleiro do Londrina, foi o grande nome do jogo. No primeiro tempo, o camisa 1 fez duas espetaculares defesas em finalizações de Ricardo Oliveira e Vitor Ferraz. Já na segunda etapa, o camisa 9 santista e Robinho voltaram a parar no arqueiro.
“Hoje o Londrina não foi eliminado pelo goleiro”, enfatizou Renato. “Ele fez grandes defesas. Não temos que lamentar, não”, completou o camisa 8.
“Na volta, temos que jogar 90 minutos como jogamos aqui, com atenção ao contra-ataque deles e não vacilar. Serão 90 minutos para decidir em casa”, avisou o experiente volante.
Vitor Ferraz, lateral que talvez tenha tido a chance mais clara de gol no jogo, também evitou lamentar a vitória pelo placar mínimo. “Eu já estive aqui, sei das dificuldades, o campo é grande, pesado. Dominamos o jogo e saímos satisfeitos”, disse.
Agora, o time de Marcelo Fernandes, técnico que chegou ao quatro jogo seguido com vitória à frente do Peixe, se concentra para enfrentar o Audax, às 16 horas (de Brasília) deste sábado, no Pacaembu, pela 11ª rodada do Campeonato Paulista.
Classificado no Paulista
Com a derrota do Penapolense por 2 a 0 para o Botafogo, na noite desta terça-feira, em Ribeirão Preto, o Santos já garantiu sua classificação antecipada nas quartas de final da competição regional. O alvinegro, além de liderar o grupo D, também está na ponta da classificação geral, com 26 pontos. Ainda faltam cinco rodadas para o fim da primeira fase do Paulistão.
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