Rio Branco 2 x 0 Santos
Data: 17/02/1994, quinta-feira, 21h00.
Competição: Campeonato Paulista – 1º turno – 8ª rodada
Local: Estádio Décio Vitta, em Americana, SP.
Público: 3.968 pagantes
Renda: CR$ 8.950.000,00
Árbitro: Dagoberto Teixeira
Gols: Rudnei (42-1) e Aritana (19-2).
RIO BRANCO
César; Marcinho, Pinga, Ruyler e Paulo César; Cristóvão, Nei, Souza e Rudnei (Rogério); Júnior (Balu) e Aritana.
Técnico: Sérgio Ramirez
SANTOS
Edinho; Índio, Júnior, Marcelo Fernandes e Piá; Dinho, Gallo e Ranielli (Neizinho); Macedo, Guga e Luciano Nunes (Paulinho Kobayashi).
Técnico: Pepe
Santos vai a Americana para provar recuperação
O Santos pode confirmar sua reabilitação no Campeonato Paulista, hoje às 21h, contra o Rio Branco, em Americana, com transmissão ao vivo pela TV Bandeirantes. Depois de conseguir sua primeira vitória, contra o Mogi Mirim, sábado passado, o time santista ganhou tranquilidade, segundo o treinador Pepe. Além disso, deve jogar completo contra o lanterna da competição.
Mesmo assim, o técnico não deu folga aos jogadores no feriado e o time acabou treinando forte ontem e na terça-feira, em meio às latas de cerveja deixadas no gramado pelos foliões que compareceram aos bailes na Vila Belmiro.
Os zagueiros Marcelo Fernandes e Júnior, e o meio-campo Gallo, que estavam suspensos, retornam à equipe. Deve voltar também o volante Dinho, que estava com uma lesão muscular na virilha. O jogador, que ficou fora do jogo contra o Mogi Mirim, poderia ser poupado para jogar no time misto que fará as próximas duas partidas do Campeonato Paulista.
Pepe espera reverter a campanha medíocre do Santos com a volta do artilheiro Guga. O time está em 11º lugar, com apenas 5 pontos em 12 disputados. Perdeu duas partidas, empatou três e só conseguiu vencer na última rodada, graças ao oportunismo do atacante, que marcou o único gol da partida contra o Mogi.
Artilheiro do Campeonato Brasileiro do ano passado, Guga estava sem contrato e por isso não participou dos cinco primeiros jogos do Santos. Em seu primeiro jogo, depois de dois meses parado e 1,5 kg acima do peso, mostrou que não perdeu o oportunismo. “Imaginei que o zagueiro ia falhar e me posicionei bem atrás dele. Graças a Deus ele errou mesmo”, disse.
No setor defensivo, as esperanças de Pepe recaem sobre o goleiro Edinho, o filho de Pelé, que tomou apenas um gol nos três jogos em que participou. “Ele salvou o time em Campinas, contra a Ponte Preta, e está se firmando cada vez mais”, disse o treinador.
Edinho diz que está tranquilo para enfrentar o Rio Branco. A tensão fica para o fim-de-semana, quando o Santos enfrenta o Corinthians, no Pacaembu. “Já joguei fora de casa, com chuva e com um jogador a menos no time. Só está faltando um clássico para ficar totalmente confiante”, afirmou.
Rio Branco inaugura o seu ‘sistema uruguaio’
O Rio Branco pega o Santos hoje tentando implantar o “estilo uruguaio de jogar” proposto pelo ex-jogador da seleção do Uruguai, Sérgio Ramirez, que faz sua segunda partida no comando do time.
Lanterna do Paulistão, com apenas dois pontos, o time deixa de lado o esquema ofensivo de Cilinho para inaugurar uma forte marcação no meio-campo, sem dar chances para o adversário “respirar”, como define Ramirez.
O novo treinador do Rio Branco era um jogador viril, que ficou conhecido dos brasileiros por ter corrido atrás de Rivellino até os vestiários do Maracanã, no final de um amistoso entre Brasil e Uruguai, nos anos 70.
Sua principal preocupação para o jogo de hoje é em relação ao atacante Guga. “Ele é muito perigoso e pode decidir a partida a qualquer instante”, diz. “Mas o certo não é marcá-lo individualmente. Temos que parar os jogadores que criam as jogadas para ele, como o Paulinho Kobayashi e o Luciano”, disse o treinador.
Quanto à escalação, Ramirez ainda tem uma dúvida. O lateral-esquerdo Paulo César, que fez sua estréia contra o São Paulo, sente uma contusão na coxa e pode desfalcar o time. Se ele não jogar, Ramirez vai improvisar o zagueiro Riuler na lateral e promover a volta do zagueiro César, que estava suspenso. Caso Paulo César jogue, César vai para o banco.
Devem estrear no time de Americana os volantes Ney e Cristovão. O primeiro veio do Paraná Clube e foi indicado pelo próprio treinador, que conheceu o jogador na época em que trabalhava no Atlético (PR). Já Cristovão (ex-Fluminense, Corinthians e Portuguesa), vem para dar a experiência ao time. “Para definir o grupo só faltam dois homens de frente que façam gols, pois centroavante tem um monte por aí.”
Fonte: Estadão
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