Bolívar 4 x 3 Santos
Data: 16/02/2005, quarta-feira, 21h45.
Competição: Copa Libertadores – Grupo 2 – 1ª rodada
Local: Estádio Hernando Siles, em La Paz, Bolívia.
Público e renda:
Árbitro: Carlos Torres (PAR)
Cartoes amarelos: Pizzarro e Angulo (B); Paulo César (S).
Gols: Zermatten (02-1) e Deivid (25-1); Zermatten (09-2), Deivid (11-2), Zermatten (40-2), Cabrera (42-1) e Robinho (45-2).
BOLÍVAR
Mauro Machado; Pachi, Sandy, Sanchez e Colque; Pizzarro, Angulo, Galindo e Zermatten; Andaveris (Guirberguis) e Cabrera.
Técnico: Vladimir Soria
SANTOS
Henao; Paulo César (Flávio), Ávalos, Domingos e Léo; Fabinho, Bóvio, Tcheco (Leonardo) e Basílio; Deivid (Rossini) e Robinho.
Técnico: Osvaldo de Oliveira
Santos perde do Bolívar na estréia da Libertadores
Um Santos com uma postura bem diferente daquele que bateu o Corinthians no final de semana foi derrotado por 4 a 3 pelo Bolívar nesta quarta-feira, no estádio Hernando Siles de Milaflores, em La Paz, na Bolívia. A partida marcou a estréia do time brasileiro na Libertadores 2005.
Com este resultado, a equipe da Vila Belmiro segue com um retrospecto ruim quando joga na altitude. Desde 2003, quando o clube voltou a disputar a competição internacional (e também a Sul-Americana), foram duas vitórias, dois empates e cinco derrotas.
No confronto com o Bolívar, a derrota do alvinegro foi consolidada em apenas dois minutos. Depois de estar atrás no placar em duas oportunidades, o Santos conseguiu empatar, mas vacilou no final da partida e sofreu dois gols: um aos 40min e outro aos 42min.
O destaque do Santos neste duelo foi o atacante Deivid, que marcou dois gols (Robinho marcou o outro). No entanto, ele saiu de campo no segundo tempo sentindo os efeitos da altitude.
Do lado boliviano, o ponto positivo foi a atuação do meia Zermatten, que infernizou os zagueiros santistas e ainda marcou três dos quatro gols da equipe do Bolívar.
Quanto ao colombiano Henao, que ganhou a preferência do treinador para defender o gol alvinegro na Libertadores, sua atuação foi razoável. Inseguro em alguns lances, ele falhou no primeiro gol.
O Santos volta a campo no próximo domingo, dia 20, quando enfrenta o Ituano, às 18h, no estádio Novelli Junior, em Itu, pela oitava rodada do Paulista. O alvinegro está na segunda colocação do certame com 17 pontos, dois a menos que o líder São Paulo.
O jogo
Desde que soube que jogaria sua primeira partida na Copa Libertadores da América na altitude de La Paz, na Bolívia, o Santos logo se preocupou com as consequências que isso teria, principalmente com relação ao fôlego dos atletas e também dos chutes.
Foi até por isso que o técnico Oswaldo de Oliveira optou por colocar o goleiro Henao como titular. “Ele é um goleiro que já está acostumado a jogar na altitude e também é experiente na Libertadores”, comentou o treinado alvinegro no final de semana.
A preocupação do Santos, porém, aumentou logo no primeiro minuto da partida. Em cobrança de falta da ala esquerda, o meia do Bolívar Zermatten chutou cruzado, a bola passou por toda a zaga e enganou o camisa 1 do time brasileiro.
Empolgados com a vantagem no placar, os bolivianos começaram a explora bastante os chutes de fora da área. Aos 9min, Angulo avançou pelo meio e chutou de longe. Henao, bem colocado, espalmou por cima do gol.
O time do téncico Oswaldo de Oliveira, no entanto, não se intimidou e partiu para cima. Só que os atacantes santistas pararam na forte marcação dos zagueiros da equipe boliviana.
A melhor jogada do alvinegro antes dos 20min aconteceu com Tcheco, que, aos 14min, avançou sozinho pela direita, passou por vários marcadores e cruzou para a área. A bola saiu sem direção e ficou nas mãos do goleiro Mauro Machado.
Sem desistir, o clube da Vila Belmiro conseguiu chegar ao empate ainda na primeira etapa. Aos 24min, após cruzamento da direita, a bola sobrou para Basílio, que chutou em cima do zagueiro. No rebote, o atacante Deivid acertou o gol.
Dez minutos depois, o Santos teve uma excelente oportunidade de ampliar. O atacante Robinho avançou no contra-ataque e tocou para Deivid, que dominou mal na grande área e permitiu o corte da zaga adversária.
Após sofrer o gol de empate, o Bolívar voltou a arriscar os chutes de longa distância, mas sem sucesso. A última tentativa da etapa incial aconteceu aos 37min, quando Galindo chutou rente à trave direita de Henao.
No segundo tempo, ambas as equipes voltaram com a mesma formação e postura do primeiro tempo: o Bolívar com forte marcação e o Santos tocando bastante a bola e cadenciando o jogo.
Apesar da melhor técnica santista, o time da casa ampliou primeiro. Aos 8min, o meia Zermatten recebeu a bola na grande área e, sem a marcação de Domingos, que lhe deu espaço, chutou cruzado.
A equipe brasileira mais uma vez não se abalou e conquistou o empate aos 11min. Em cobrança de tiro livre indireto de dentro da área, o atacante Robinho rolou para Deivid acertar um forte chute rasteio no canto direito de Mauro Machado.
Sentindo a pressão do Bolívar após o empate, o técnico Oswaldo de Oliveira preferiu adotar o esquema 3-5-2. Aos 25min, ele sacou o meia Tcheco e colocou o zagueiro Leonardo.
Depois de dez minutos, o Santos perdeu mais uma ótima oportunidade de ficar à frente no placar. O atacante Robinho avançou pela direita, passou por três marcadores e cruzou para Basílio, que, de frente para o gol, chutou em cima da zaga.
O Bolívar, por sua vez, não desperdiçou quando teve uma chance. Após chute de Pachi no travessão, o meia Zermatten aproveitou novo rebote e marcou seu terceiro gol no jogo.
Dois minutos depois, o time da casa ainda marcou mais um. O atacante Cabrera avançou pela esquerda e chutou de fora da área. A bola entrou no canto direito do goleiro Henao.
O Santos ainda encontrou forças para diminuir. Aos 45min, o atacante Robinho avançou no contra-ataque e chutou na saída do goleiro Mauro Mendonça. A reação, no entanto, foi tardia.
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