Presidente reclama do tratamento diferente para Valdeir e Renato Gaúcho, que não foram julgados
O Santos bem que tentou, mas não conseguiu o efeito suspensivo para permitir a escalação de Vágner. O presidente do clube, Samir Abdul-Hack, acatou a medida do Tribunal Especial da CBF com indignação. “Foi um absurdo o que fizeram com o Santos”, disse. “O Tribunal não obedeceu a um princípio elementar do Direito: a isonomia”, comentou, referindo-se ao tratamento dado a Valdeir e Renato Gaúcho, do Fluminense, que ainda nem foram julgados.
Não discuto a punição ao jogador, mas a sua forma”, afirmava o presidente, que acredita que o Santos foi prejudicado quando o tribunal negou o pedido de adiamento do julgamento.
Segundo Samir, o Santos pediu adiamento do julgamento que fora marcado para terça-feira, pois queria produzir provas, o mesmo que fez o Fluminense com relação a Renato Gaúcho e Valdeir, dias antes de enfrentar o Santos pelas semifinais do Campeonato Brasileiro. “Os dois não foram julgados até hoje, e para o Vágner foi dado apenas um dia, com o julgamento ocorrendo 24 horas depois, o que é um absurdo, disse o presidente do Santos, também advogado.
Samir disse também que esse adiamento de um dia caracteriza cerceamento de defesa, o que prejudicou sensivelmente o Santos. O presidente afirma que tomaria essa atitude com relação a qualquer jogador do clube, e não só com relação a um titular, como é o caso de Vágner. “É uma questão de justiça, e nunca podemos ir contra a estes dois conceitos, pois agora o tribunal se reúne só para julgar nosso jogador, o que causou muita indignação.”
Na noite de quinta feira (14/12), Vágner foi julgado pela expulsão no jogo contra o Flamengo e foi suspenso por três partidas. Até o final da tarde de domingo, o departamento jurídico do Santos, representado pelos advogados Silvio Bitencourt, no Rio, Maurício Curi e José Alberto Zacker, mobilizou-se para conseguir o efeito suspensivo.
“O presidente do Tribunal não despachou”, disse Samir. A manobra jurídica sem êxito, no entanto, não tirou o otimismo do dirigente. Mesmo assim, o Santos vai entrar em campo com garra e amor à camisa”. E acrescentou: O projeto pés no chão começa hoje.”
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