Santos 1 x 1 Fluminense
Data: 12/06/2005, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 7ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 15.296 pagantes
Renda: R$ 130.000,00
Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR)
Auxiliares: Gilson Bento Coutinho e Faustino Vicente Lopes (ambos do PR)
Cartões amarelos: Halisson, Zé Elias, Giovanni, Mauro e Bóvio (S); Rodrigo Tiuí, Radamés e Igor (F).
Cartões vermelhos: Deivid (S); Rodrigo Tiuí (F).
Gols: Deivid (19-1) e Tuta (45-1).
SANTOS
Mauro; Flávio, Ávalos, Halisson e Wendel (Elton); Bóvio, Fabinho (Luciano Henrique), Zé Elias e Giovanni; Deivid e Fabiano (Danilo).
Técnico: Gallo
FLUMINENSE
Kléber; Gabriel (Schneider), Zé Carlos, Igor e Juan; Marcão, Radamés, Fernando (Alex) e Juninho (Maicon); Tuta e Rodrigo Tiuí.
Técnico: Abel Braga
Em jogo brigado, Santos e Fluminense empatam
Quem esperava que Santos e Fluminense fossem fazer um jogo com cara de amistoso neste domingo, por terem partidas decisivas na próxima quarta-feira, se enganou. Em confronto muito movimentado, as equipes empataram por 1 a 1 nesta tarde, no estádio da Vila Belmiro. Deivid fez para os santistas, enquanto Tuta marcou para o Flu.
Se a partida não teve um nível técnico muito alto, devido aos desfalques de ambos os times, ao menos não faltou disposição aos jogadores, que em certos casos abusaram das reclamações e das faltas desleais. Por isso muitos cartões foram distribuídos, sendo dois vermelhos, para Deivid (Santos) e Tiuí (Flu).
Com o resultado, os times viram o Botafogo, líder com 18 pontos, se distanciar ainda mais na ponta da tabela. O Santos pulou para 13 pontos e segue atrás do Fluminense, que foi para 14 pontos.
A partida marcou a estréia do meia Giovanni no Santos. O jogador, que brilhou na década de 1990 com a camisa 10 de Peixe, voltou após nove anos no exterior e teve boa participação, demonstrando categoria e criando bons lances de ataque.
Além disso, o Santos segue com o tabu de seis anos sem perder para times cariocas no estado de São Paulo, em partidas válidas pelo Brasileiro. Já o Flu, que completou três rodadas sem vitória, há três anos não consegue um triunfo em terras paulistas, desde que derrotou a Ponte Preta por 3 a 2, em 2002.
Agora, o pensamento das equipes volta definitivamente para quarta-feira. Na Vila Belmiro, o Santos precisa vencer o Atlético-PR para passar às semifinais da Copa Libertadores, já que no jogo de ida perdeu por 3 a 2, no Paraná, e gol fora de casa conta como critério de desempate. Para esta partida, o técnico Gallo deverá ter Ricardinho e Paulo César, que lesionados não enfrentaram o Flu neste domingo.
No mesmo dia, o Fluminense começará a decidir a Copa do Brasil contra o Paulista, em Jundiaí. Para este duelo, o treinador Abel Braga poderá contar com Antonio Carlos, que suspenso não pôde enfrentar o Santos esta tarde.
Pelo Brasileiro, ambos os times voltam a jogar no próximo domingo. Às 18h10, o Santos enfrenta o Fortaleza, no Castelão. Já o Flu recebe o Internacional, em Volta Redonda, às 17h.
O jogo
O Flu começou melhor e criou as primeiras boas chances. Aos 10min, Juan chegou ao fundo e cruzou na segunda trave para Tuta, que dominou com a ponta da chuteira e bateu por cima do gol de Mauro. Aos 17min, Juan desceu com perigo até a meia-lua e bateu de perna direita, raspando a trave de Mauro.
Entretanto, apesar de ter maior volume de jogo, o time carioca sofreu um duro golpe aos 19min. No primeiro ataque com perigo, o Santos abriu o placar. Bóvio descobriu Deivid sozinho dentro da área. O atacante ajeitou e bateu forte, cruzado, sem chances para o goleiro Kléber.
A partir daí, a partida ficou equilibrada e os donos da casa quase ampliaram aos 30min. Flávio cobrou falta na segunda trave e Deivid, livre, acertou um belo voleio, mas Kléber fez grande defesa e espalmou. Aos 41min, novamente a defesa do Flu parou e Deivid desperdiçou novo cruzamento de Flávio, cabeceando para fora.
Até que aos 43min foi a vez da zaga santista falhar e o Flu chegar ao empate. Tuta roubou bola de Ávalos e tocou para Tiuí, que tentou driblar Mauro e foi derrubado. Os jogadores do Santos ficaram revoltados e, na reclamação, Deivid se excedeu e foi expulso de campo. Na cobrança, Tuta deslocou Mauro e deixou tudo igual.
Tão logo o árbitro encerrou a etapa, os atletas santistas, revoltados, o aplaudiram ironicamente e Zé Elias desabafou nos microfones. “A gente trabalha a semana inteira para ele vir aqui e fazer isso. Está prejudicando o Santos e ainda ameaça a gente, dizendo que vai nos expulsar”, disse, indignado, o volante.
Para o segundo tempo, o técnico Gallo tratou de recompor o meio-campo e tirou o atacante Fabiano, colocando o meia Danilo. Mesmo com dez, o Santos voltou melhor e Giovanni quase desempatou aos 8min, quando cobrou falta fechada e obrigou Kléber a espalmar para escanteio.
Abel então sacou Juninho e Fernando e colocou Maicon e Alex. Mas, quando o Flu passou a controlar a partida, Tiuí cometeu falta dura em Zé Elias aos 21min. Como já tinha cartão amarelo, recebeu o vermelho e também deixou os cariocas com dez.
A partida ficou aberta e, aos 33min, Alex, de calcanhar, acertou a trave de Mauro. Um minuto depois, o Santos deu o troco. Danilo invadiu sozinho a área tricolor, entrou cara a cara com Kléber, que fez a defesa no momento em que o meia tentou driblá-lo.
Giovanni é aprovado na volta ao Santos
Meia jogou bem e mostrou que será peça importante na equipe do Peixe no jogo de quarta-feira, pela Libertadores.
Após quase nove anos, o meia-atacante Giovanni voltou a vestir a camisa do Santos. O jogador, vice-campeão brasileiro com o Peixe em 95, teve uma boa atuação, principalmente no segundo tempo, sendo muito elogiado pelos torcedores do Alvinegro.
“Ele segurou bem a bola na frente. Falta um pouco de entrosamento, mas é uma boa opção”, disse o técnico Gallo. O treinador pediu a Giovanni que jogasse mais enfiando na área após a expulsão de Deivid no primeiro tempo (o atacante reclamou em excesso no lance do pênalti que originou o gol do Fluminense).
Essa deve ser a função que o ídolo santista irá exercer no jogo decisivo da próxima quarta-feira, contra o Atlético-PR, pelas quartas-de-final da Copa Libertadores da América, às 21h45, na Vila Belmiro.
Giovanni começou a partida deste domingo atuando como meia, função que exercia em 95. Com a volta de Ricardinho à equipe, o recém-contratado irá atuar mais avançado. “Tenho certeza que o Ricardinho vai nos ajudar e que vamos nos dar bem na quarta feira”, afirmou o camisa 10.
O jogador voltou a vestir a camisa do Santos contra um adversário especial. Foi contra o Fluminense, pela semifinal do Brasileiro de 95, que Giovanni fez sua melhor partida com a camisa do Peixe. Naquela ocasião, ele marcou dois gols e deu o passe para outros três, na vitória do Peixe por 5 a 2.
“Foi muito bom poder voltar a jogar pelo Santos, ainda mais contra o Fluminense. Espero poder retribuir o carinho e a confiança da torcida”, disse Giovanni.
Ele também comentou a situação de seu ex-companheiro de clube em 95, o goleiro Edinho. “O Edinho era muito amigo meu. Espero que as coisas se resolvam da melhor maneira possível, para ele e para a família dele”.
Torcida do Santos xinga Carlos Alberto Parreira
Aos 33min do segundo tempo do empate em 1 a 1 com o Fluminense, um coro inusitado tomou conta da Vila Belmiro.
Inconformada com a não-liberação por parte da CBF dos craques Robinho e Léo, que estão servindo à Seleção Brasileira, a torcida santista não perdoou o técnico brasileiro e entoou um “ei, Parreira, vai tomar no…”.
Além do jogo de domingo, os dois santistas vão desfalcar sua equipe até o final da participação brasileira na Copa das Confederações, que está sendo realizada na Alemanha, e cuja final será dia 29.
Na quinta-feira, o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, deu a última cartada e tentou a liberação de Robinho, mas recebeu um “não” de Ricardo Teixeira, presidente da CBF.
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