Santos 3 x 0 Figueirense
Data: 11/07/2015, sábado, 18h30.
Competição: Campeonato Brasileiro – 13ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 8.393 pagantes
Renda: R$ 191.280,00
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO)
Auxiliares: Fabrício Vilarinho da Silva e Bruno Raphael Pires (ambos de GO).
Cartões amarelos: Paulo Ricardo (S); Yago, Cereceda, Rafael Bastos, Fabinho, Leandro Silva (F).
Gols: David Braz (30-1); Lucas Lima (22s-2) e Gabriel (17-2).
SANTOS
Vanderlei; Victor Ferraz, David Braz, Werley e Zeca; Paulo Ricardo (Leonardo), Thiago Maia (Lucas Otávio) e Lucas Lima; Gabriel (Marquinhos Gabriel), Ricardo Oliveira e Geuvânio.
Técnico: Dorival Júnior
FIGUEIRENSE
Felipe; Leandro Silva, Marquinhos, Bruno Alves e Cereceda (Marquinhos Pedroso); Paulo Roberto, Fabinho, Yago (Ricardinho) e Rafael Bastos; Thiago Santana e Everaldo (Marcão).
Técnico: Argel Fucks
Dorival reestreia no Santos com vitória tranquila sobre o Figueirense
Dorival Júnior encontrou um pouco de tranquilidade no início de sua segunda passagem pelo Santos. Na noite deste sábado, o técnico reestreou pelo clube com uma vitória sem maiores dificuldades sobre o Figueirense, por 3 a 0, na Vila Belmiro. Os gols foram do zagueiro David Braz, do meia Lucas Lima e do atacante Gabriel.
O resultado tirou o Santos, agora com 13 pontos ganhos, ao menos momentaneamente da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O Figueirense também está ameaçado, totalizando 15.
O jogo
Os atacantes do Santos tentaram mostrar serviço para o seu novo treinador desde os primeiros minutos de partida. Apoiados pelo público presente na Vila Belmiro, ele tomaram a iniciativa de pressionar o Figueirense, principalmente pelo lado esquerdo do gramado.
Sem se expor muito, os visitantes procuraram diminuir o ritmo santista colocando a bola no chão, com paciente troca de passes no campo defensivo. Faltava criatividade para o time dirigido por Argel Fucks fazer algo além de tornar o jogo um pouco mais entediante.
O Santos também não chegava a encantar, mas continuava a incomodar a defesa adversária. A pedido de Dorival Júnior, que cobrava variações da sua equipe, o time da casa começou a explorar também o lado direito, com uma série de cruzamentos vindos dali.
Foi de uma cobrança de escanteio da direita que saiu o primeiro gol santista. Aos 30 minutos, Lucas Lima fez bom levantamento na área, e Gabriel completou na trave. Na sobra, David Braz soltou o pé para estufar a rede da Vila Belmiro.
A defesa do Figueirense se desestabilizou com a desvantagem no placar. Pouco depois do gol, Geuvânio tabelou com facilidade com Ricardo Oliveira e finalizou cruzado, errando o alvo.
Para tentar corrigir os problemas de sua equipe, Argel Fucks, que discutiu com o veterano Elano ao final do primeiro tempo, recorreu à entrada de Ricardinho no lugar de Yago no intervalo. Não adiantou.
Com 22 segundos da etapa complementar, o Santos conseguiu ampliar. Lucas Lima contou com uma bola mascada em passe de Ricardo Oliveira para arrematar de primeira dentro da área, no canto.
O Santos ficou mais leve com 2 a 0 no placar. O jogo se tornou propício para Lucas Lima aparecer com destaque na armação do time de Dorival Júnior, forçando uma contenção mais violenta por parte do Figueirense. Argel, então, viu-se obrigado a mexer de novo, com Marquinhos Pedroso na vaga do truculento Cereceda.
A segunda alteração de Argel também não surtiu efeito. Aos 17 minutos, Victor Ferraz protagonizou boa jogada do lado direito e cruzou para Gabriel mostrar oportunismo e concluir para o gol, fazendo a alegria da torcida da casa.
Jogadores revelam pacto para “mostrar a cara do Santos” a Dorival
Dorival Júnior teve pouco contato com os jogadores do Santos até a sua reestreia. O próprio elenco, no entanto, resolveu tomar uma atitude para que o técnico iniciasse a segunda passagem pelo clube com uma vitória – o time derrotou o Figueirense por 3 a 0 na noite deste sábado, na Vila Belmiro.
“A mão do treinador foi importante, mas nós nos fechamos entre nós. Fizemos uma reunião e decidimos que a situação não poderia continuar assim”, contou o atacante Ricardo Oliveira, que passou em branco desta vez, mas saiu de campo satisfeito. “Essa é a nossa cara – uma equipe compacta, aguerrida, lutando por todas as bolas. Agora é ter tranquilidade e continuar com esse espírito.”
Autor de um gol em jogada que contou com a participação de Ricardo Oliveira, o meia Lucas Lima seguiu a linha de raciocínio do companheiro. “Fizemos por merecer o placar desde o começo do jogo, pressionando. A gente pôde mostrar a cara do Santos”, comemorou, agradecendo ao público que foi à Vila. “O apoio foi fundamental”, disse.
Para Ricardo Oliveira, a nova postura será uma constante no Santos sob o comando de Dorival Júnior. “Já chegamos ao limite de jogar daquela maneira. Não dá nem para tomar o jogo com o Goiás como parâmetro, já que tivemos 15 minutos horríveis. Deu para ver que o espírito é outro. Isso é importante e deve ser valorizado”, comentou.
Apesar da animação com o resultado positivo, Lucas Lima também se preocupou em fazer média com o seu antigo treinador, Marcelo Fernandes. “Ele não tinha culpa no que vinha acontecendo. A mudança ocorreu dentro de cada um e foi fundamental para vencermos”, concluiu o meia.
Dorival adota conservadorismo e credita reação aos atletas do Santos
Dorival Júnior evitou se vangloriar pela vitória por 3 a 0 sobre o Figueirense, neste sábado, na Vila Belmiro, em sua reestreia como técnico do Santos. Com pouco contato com os jogadores até então, ele procurou não inovar tanto e foi recompensado pelo comprometimento dos seus comandados.
“Eu não seria maluco de mudar em um momento como esse. Devemos ter paciência e fazer com que os jogadores resgatem a confiança para ter atuações do mesmo nível que já alcançaram neste ano”, comentou Dorival, que não mexeu no sistema tático santista.
Os próprios jogadores do Santos afirmaram que fizeram um pacto para reagir no Campeonato Brasileiro. Segundo o atacante Ricardo Oliveira, houve uma reunião para cobrar que atuações como aquela da derrota para o Goiás não se repitam.
“A mudança de postura foi dos atletas”, concordou Dorival. “Construímos um resultado importante, mas o técnico só participa de um detalhezinho ou outro. A mudança de postura cabe aos jogadores. Quando eles não assimilam, não adianta. Treinador pode até ajudar, mas, se o restante não quiser, as coisas não vão acontecer”, acrescentou, aproveitando para pedir que a culpa por eventuais fracassos não recaia sobre o técnico, como ocorreu com Marcelo Fernandes.
Com ou sem conservadorismo no comando, a meta de Dorival é fazer o Santos ser o mesmo da vitória sobre o Figueirense nas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro. “Não podemos baixar o nível. Podemos até perder, mas desde que seja dessa forma, com espírito de luta. Não devemos nos entregar com tanta facilidade como vimos no meio de semana”, concluiu.
Comentários