Portuguesa 0 x 0 Santos
Data: 08/11/2001, quinta-feira, 20h30.
Competição: Campeonato Brasileiro – 1ª fase – 22ª rodada
Local: Estádio do Canindé, em São Paulo, SP.
Público: 20.305 pagantes
Renda: R$ 199.230,00
Árbitro: Cléber Wellington Abade (SP).
Cartões amarelos: Alexandre Chagas (P); Valdir e Lúcio (S).
PORTUGUESA
Carlos Germano; Alexandre Chagas, Silvio Criciúma, Élvis e Paulo Fabrício; Elson, Sandro Fonseca, Hernani e Evandro; Lúcio e Ricardo Oliveira.
Técnico: Candinho
SANTOS
Fábio Costa; Pereira, Preto e Cléber; Valdir, Marcelo Silva, Renato, Canindé (Elano) e Léo; Marcelinho Carioca e Viola (William).
Técnico: Cabralzinho
Santos e Lusa ficam distantes de vaga
Times empatam em 0 a 0 no Canindé e reduzem chances de classificação à próxima fase do Brasileiro
No jogo que consideravam fundamental para suas pretensões de classificação no Brasileiro, Lusa e Santos podem ter se condenado a, mais uma vez, “morrer antes mesmo de chegar à praia”.
A partida, disputada ontem, no Canindé, foi um dos dois jogos que terminaram com um 0 a 0 na rodada com maior média de gols deste Brasileiro (4,07 por partida).
Com o resultado, tanto o Santos como a Lusa viram suas chances de obter uma vaga para a próxima fase se tornarem muito remotas.
Desde o primeiro minuto, a torcida, que praticamente lotou o Canindé, pôde sentir o clima de decisão atribuído à partida pelos dois times por serem adversários diretos na disputa por um posto entre os oitos que se classificarão para a próxima fase.
Ambos esbanjavam técnica, num jogo muito movimentado e equilibrado no primeiro tempo.
O ritmo só diminuiu um pouco no início da etapa final, quando a Lusa passou a ter um ligeiro domínio sobre o Santos, criando mais oportunidades de gol.
Renato, dois minutos após o apito inicial, obrigou Carlos Germano a fazer sua primeira defesa.
O goleiro Fábio Costa foi acionado pouco depois, quando teve de defender uma cabeçada de Ricardo Oliveira, após cruzamento de Paulo Fabrício da esquerda.
Aos 21min, o mesmo atacante mandou uma bola na trave santista em cobrança de falta.
Enquanto a Lusa reclamava de um pênalti de Léo em Alexandre Chagas, derrubado na área, Marcelinho recebeu livre na direita, aos 24min, e deixou Viola livre. O atacante tentou encobrir o goleiro, mas errou o chute.
Marcelinho driblou três (Hernani, Élson e Sandro Fonseca), aos 29min, e cruzou na área, mas Viola novamente desperdiçou.
Ricardo Oliveira, aos 38min, conseguiu marcar, de cabeça, em uma bola cruzada na área do Santos, mas o gol foi anulado (leia texto nesta página).
Hernani interceptou, também de cabeça, outro cruzamento, aos 41min. No susto, Fábio Costa conseguiu dar um tapa e mandar a bola para escanteio.
O Santos, dois minutos depois, perdeu sua melhor chance. Marcelinho tocou para Canindé, que tentou passar para Viola, mas o atacante estava mal posicionado.
No segundo tempo, já perto dos 20min, quando o jogo parecia ter esfriado, as duas equipes voltaram a repetir o espetáculo digno de decisão do primeiro tempo, com praticamente uma chance para cada lado a cada minuto.
Substituído por William no final da partida, Viola saiu irritado com o técnico Cabralzinho.
Maioria no estádio da Lusa, a torcida santista deixou o Canindé chamando o treinador de burro.
No final de semana, o Santos jogará com o Cruzeiro, enquanto a Lusa pegará o Flamengo.
Candinho volta a reclamar da arbitragem
O técnico Candinho e os atletas da Lusa ficaram revoltados com a arbitragem ontem, principalmente no primeiro tempo, pela anulação de um gol e por um pênalti não marcado.
Antes do jogo, o treinador já havia manifestado a sua preocupação, dizendo que a Lusa vem sendo sistematicamente prejudicada pelos juízes nos últimos anos. Esse, para ele, é um dos motivos de a equipe sempre “”morrer na praia”.
O pênalti reclamado pela Lusa ocorreu aos 23min, quando o santista Léo derrubou Alexandre Chagas na área. O juiz Cléber Wellington Abade marcou apenas escanteio.
“”Foi um pênalti vergonhoso”, afirmou Candinho. “”Não sei se foi proposital, mas que o juiz errou, errou”, completou.
“”Não foi pênalti. O juiz estava perto e viu. Ele não se deixou influenciar pelo fato de a Lusa estar jogando em casa”, disse o goleiro Fábio Costa, do Santos.
O gol anulado da Lusa ocorreu aos 38min, marcado de cabeça por Ricardo Oliveira. O juiz alegou que o atacante havia empurrado o zagueiro Pereira.
“”Ele apitou o quê? Não pode anular um gol desses. O menino cabeceou sem encostar em ninguém”, disse Candinho.
“”Eu não empurrei. Não entendi o motivo de o gol ter sido anulado. Estou muito revoltado”, disse o atacante.
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