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07/07/2013 – São Paulo 0 x 2 Santos – Campeonato Brasileiro


Vídeos: (1) Gols e (2) melhores momentos.

São Paulo 0 x 2 Santos

Data: 07/07/2013, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 6ª rodada
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo, SP.
Público: 11.819 pagantes
Renda: R$ 345.930,00
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Júnior e Celso Barbosa de Oliveira (ambos de SP).
Cartões amarelos: Denilson (SP); Arouca (S).
Gols: Giva (12-2) e Cícero (38-2).

SÃO PAULO
Rogério Ceni; Rodrigo Caio, Lúcio, Rhodolfo e Juan (Ademilson); Wellington, Denilson (Maicon), Jadson e Ganso (Aloísio); Osvaldo e Luis Fabiano.
Técnico: Milton Cruz (interino)

SANTOS
Aranha; Rafael Galhardo, Gustavo Henrique, Durval e Léo (Emerson); Arouca, Cícero, Leandrinho e Montillo; Neílton (Pedro Castro) e Willian José (Giva).
Técnico: Claudinei Oliveira (interino)



Sob protestos, São Paulo perde para Santos e tem crise agravada

Com gols no segundo tempo de Giva e Cícero, time da Vila Belmiro sai do Morumbi com a vitória por 2 a 0 e vê torcida do rival se revoltar com resultado

Ainda abalado pela derrota na Recopa contra o Corinthians, o São Paulo perdeu mais um clássico e viu a crise se agravar. No primeiro jogo após a demissão do técnico Ney Franco, o clube do Morumbi foi derrotado dentro do estádio pelo Santos por 2 a 0 e voltou a ser vaiado por seu torcedor, que pediu novamente a contratação do técnico Muricy Ramalho e gritou “vergonha”.

Sob o comando interino de Milton Cruz, o São Paulo criou chances na frente enquanto o placar estava inalterado, mas desperdiçou. No segundo tempo, foi castigado com o gol do garoto Giva, que havia acabado de entrar no lugar de Willian José. Nos minutos finais, o ex-são-paulino Cícero também usou a cabeça para superar Rogério Ceni.

Antes mesmo de a bola rolar, um grupo de 40 são-paulinos protestou contra a diretoria em frente ao Morumbi. Já dentro do estádio, quando o placar estava sacramentado, a principal organizada acentuou as críticas, mas os demais tricolores pareceram atônitos e quase não esboçaram reação, ao mesmo tempo em que os santistas gritavam “olé”.

Enquanto o São Paulo se perde em uma crise cada vez maior, o Santos aproveitou o desespero do adversário para se distanciar da parte de baixo do Campeonato Brasileiro. O resultado positivo leva a equipe da Vila Belmiro aos oito pontos, igualando o São Paulo. Ambos os times aparecem na parte intermediária da tabela.

O São Paulo volta a campo já na quarta-feira, contra o Bahia, novamente no Morumbi, em rodada antecipada do Brasileirão por conta de compromissos internacionais do time. Já o Santos tem Copa do Brasil na quarta, diante do Crac, na Vila Belmiro.

O jogo

O interino Milton Cruz tentou encontrar o futebol de Paulo Henrique Ganso ao colocá-lo mais perto do ataque, com Luis Fabiano centralizado e Osvaldo posicionado pela direita, para explorar sua velocidade contra o jogador mais velho do rival, Léo. Mas a estratégia não começou bem.

Aos três minutos, Neílton avançou em velocidade pela esquerda e rolou na área para Montillo, que chegou batendo forte, mas a bola se perdeu pela linha de fundo. Dois minutos depois, Leandrinho escapou atrás da zaga em lançamento e, ao perceber Rogério Ceni adiantado, tentou imitar o gol do corintiano Renato Augusto, mas o chute por cobertura foi muito forte, para fora.

Depois dos sustos, o Tricolor respondeu. Juan invadiu a área pela esquerda, driblou Aranha e chegou à linha de fundo, cruzando rasteiro para trás em busca de Luis Fabiano, mas o atacante foi atrapalhado pela zaga na finalização. No lance seguinte, aos dez, Jadson bateu escanteio, a zaga santista abriu um buraco na área e Rodrigo Caio cabeceou sozinho, mas Aranha fez excelente defesa.

Aos poucos, o São Paulo melhorou, sem ter de se preocupar tanto com o sistema defensivo, já que Montillo e Willian José estavam muito apagados, sobrecarregando o garoto Neílton. Aos 17, o Tricolor quase abriu o placar. Depois de falta rápida cobrada por Jadson, Luis Fabiano recebeu com liberdade e dominou no peito, mas Gustavo Henrique se recuperou e travou na hora do chute.

Do outro lado, Durval surgiu como surpresa e recebeu para finalizar, mandando para fora. Pouco depois, ainda sem a ajuda dos colegas da frente, Neílton arrancou pela esquerda, driblou Lúcio e Wellington, antes de finalizar rasteiro, mas Rogério Ceni segurou sem perigo.

Já os minutos finais da etapa pertenceram ao São Paulo, que exerceu domínio sobre o adversário. Juan trabalhou a bola pela esquerda e cruzou para Luis Fabiano, que levou a pior mais uma vez em disputa com Gustavo Henrique, justamente quando armou a batida de dentro da área.

Na sequência, Jadson mostrou por que segue como o principal armador da equipe e foi preciso para deixar Luis Fabiano livre na área. O centroavante girou e bateu forte, exigindo grande defesa de Aranha. Instantes depois, o são-paulino não teve saudade de Willian José, que arriscou batida de fora da área e errou completamente o alvo.

Antes do apito para o intervalo, a torcida tricolor ainda gritou o nome de Muricy Ramalho nas arquibancadas, quase no mesmo instante em que Jadson finalizou de fora da área e assustou Aranha. Nos acréscimos, Rogério Ceni cobrou falta da meia-esquerda com ‘cavadinha’ para Lúcio estufar as redes, mas o árbitro assinalou impedimento corretamente.

As duas equipes não tiveram alterações no intervalo, mas o São Paulo quase inaugurou a contagem em belo lance. Lúcio deu um chapéu no meio-campo, tabelou com Luis Fabiano e fez a assistência na meia-lua para Jadson, que driblou Galhardo e bateu raspando a trave.

A resposta santista foi em cima do próprio pentacampeão, quando Neílton driblou o zagueiro em um pequeno espaço na área e só foi travado na hora de definir a jogada. Ao perceber a dificuldade de sua equipe na frente, Claudinei Oliveira tirou Willian José para a entrada de Giva.

Em menos de um minuto em campo, o garoto marcou seu gol. Aos 12, Montillo acordou para mostrar uma velocidade impressionante pela esquerda e alcançar a bola, fazendo o cruzamento na medida para Giva, que, em seu primeiro toque, mandou de cabeça para as redes.

Assim que sofreu o gol, Milton Cruz fez duas mudanças, tirando Ganso e Denilson para as entradas de Aloísio e Maicon. Mas a vantagem deu confiança ao Santos, que ameaçou novamente em chute forte pela direita, para defesa de Ceni. No lance seguinte, pelo mesmo setor, Giva foi fominha e também tentou bater, mandando na rede pelo lado de fora, enquanto Neílton pedia no meio da área.

Com insatisfação de seus torcedores, o Tricolor se sentiu na obrigação de ir ao ataque, abrindo espaços para contragolpes do rival. No desespero na frente, o time anfitrião quase empatou com Aloísio, que desviou depois de cruzamento, mas Aranha defendeu. Aos 38, o Alvinegro acabou com qualquer esperança dos donos da casa. Cícero recebeu cruzamento e, sozinho, cabeceou para superar Rogério Ceni.

Bastidores – Santos TV:

Santistas comemoram bom segundo tempo e vitória sobre o São Paulo

Gols de Giva e Cícero que determinaram triunfo do Santos no clássico do Morumbi aconteceram na segunda metade

A vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo neste domingo começou com o gol de cabeça do jovem Giva, revelação do Santos que se destacou no título conquistado na última Copa São Paulo de Juniores. O jogador, que estava afastado dos gramados por uma lesão no púbis, comemorou a volta às redes.

“Graças a Deus tive a oportunidade de entrar e concluir com o gol. Acho que quem tem estrela brilha sempre. Graças a Deus pude ajudar a minha equipe”, disse Giva após a partida.

Um dos destaques da partida desta tarde, o meia Montillo acredita que a equipe começa a se consolidar sob o comando de Claudinei Oliveira.

“O time está trabalhando bem. Tem muitos meninos. Não podemos jogar a responsabilidade para eles. Hoje o time jogou bem. Conseguimos fazer dois gols, o que é muito difícil aqui (no Morumbi)”, declarou o argentino.

Autor do segundo gol santista, também marcado de cabeça, o meia Cícero disse que o Santos passou a controlar o jogo depois da abertura do placar e comemorou o gol em cima do ex-companheiro Rogério Ceni.

“O Rogério é um goleiro respeitado por todos. A gente até tem uma certa amizade por termos trabalhado juntos. Eu sei da experiência e da grandeza dele debaixo da trave”, afirmou o camisa 8 santista.

Garantido no Santos, Claudinei vê evolução de Montillo e do time

Treinador destaca forte marcação da equipe e lembra que meia argentino é opção para o lugar de Messi na seleção de seu país

Visto por muitos como técnico interino do Santos , Claudinei Oliveira começa a ganhar a confiança de torcida e diretoria santistas. Na entrevista coletiva concedida após a vitória no clássico contra o São Paulo , neste domingo, o treinador do Santos destacou a evolução da equipe e do meia Montillo.

“Acho que nosso posicionamento melhorou. O time está mais compactado. A gente trabalhou muito a marcação pressão (nos treinamentos)”, disse o treinador sobre a atuação da equipe.

Sobre Montillo, Caludinei também teve apenas elogios a fazer. “Acho que fez uma grande partida. Mas o mérito é dele, ele tem a qualidade dele. Quando não joga o Messi (na seleção argentina), joga o Montillo”, afirmou Claudinei.

Com a permanência no cargo reforçada pelo vice-presidente do Santos, Odilio Rodrigues, após a partida desta tarde, Claudinei se mostrou tranquilo em relação à possibilidade de um treinador mais experiente assumir o time.

“Acho que nenhum treinador que está trabalhando hoje sabe se vai permanece. A função de treinador no Brasil não garante estabilidade. Eu procuro fazer o melhor pelo Santos. Não me sinto inferior a qualquer outro técnico. Qualquer outro do Campeonato Brasileiro está na minha situação”, disse. O treinador elogiou as atuações dos jovens atacantes Giva e Neilton, campeões da Copa São Paulo de Juniores deste ano sob o seu comando.

“O Giva faz muitos gols. Tem uma média de gols muito alta. Com relação ao Neilton, é um jogador que tem que fortalecer a parte física, mas tem uma técnica muito apurada e tem ajudado na criação de jogadas e na valorização da posse de bola”, declarou.

Sem pensar em aposentadoria, Léo cogita jogar no meio de campo no Santos

Lateral completou 38 anos, tem mais de 400 partidas pelo Santos e quer atuar até 2014

Os 38 anos completados na última semana não parecem ser o suficiente para impedir que Léo continue adiando sua aposentadoria. Com mais de 400 jogos disputados pelo Santos e maior vencedor de títulos após a era Pelé, o lateral esquerdo planeja continuar jogando em 2014.

“De repente eu posso querer mais um ano (de contrato), porque sei que tenho condição. Eu converso muito com preparadores e fisiologistas, mas você precisa ter os pés no chão. Minha maior dificuldade era o joelho, e ele está reagindo muito bem”, disse o atacante após a vitória contra o São Paulo, no último domingo.

Diante da contratação do chileno Mena, com quem deve disputar a vaga na lateral-esquerda, o veterano não descarta a possibilidade de atuar em outra posição.

“Eu queria me ver jogando em outra posição – talvez no meio. Mas não depende só de mim. É uma vontade que eu tenho, porque não comecei (a carreira) como lateral”, afirmou. Considerado interino mas garantido pela diretoria do Santos no cargo, o técnico Claudinei Oliveira admite a possibilidade de utilizar Léo em outro setor do campo.

“Ele (Léo) jogou algumas vezes como meia por dentro. Se não jogar na lateral, eu o vejo jogando como meia pela beirada”, declarou o treinador.

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