Santos 0 x 1 São Paulo
Data: 05/11/2006, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 33ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 12.369 pagantes
Renda: R$ 209.375,00
Árbitro: Paulo César Oliveira
Cartões amarelos: Domingos e Zé Roberto (S); Miranda (SP).
Gol: Mineiro (31-1).
SANTOS
Fábio Costa; André, Domingos, Ávalos e Kléber; Heleno, André Luís (Wellington Paulista), Cléber Santana (Rodrigo Tiuí) e Zé Roberto; Rodrigo Tabata e Reinaldo.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
SÃO PAULO
Rogério; André Dias, Fabão e Miranda; Ilsinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior (Richarlyson); Leandro (Thiago) e Lenílson.
Técnico: Muricy Ramalho
São Paulo vence o Santos e mantém vantagem na liderança
O São Paulo recuperou sua auto-estima e provou ser um visitante indigesto no atual Nacional-06. Derrotou o Santos por 1 a 0, em plena Vila Belmiro, e manteve sua vantagem na liderança da competição, ficando cada vez mais próximo do seu quarto título nacional.
Faltando cinco rodadas para o encerramento do Campeonato Brasileiro, o time do Morumbi chegou aos 67 pontos, cinco a mais do que o vice-líder Internacional, que ganhou o clássico contra o Grêmio por 1 a 0, no Olímpico.
Além de se aproximar de uma conquista que não vê desde 1991, o resultado positivo fora de casa ocorre três dias após um empate inesperado dentro de casa para a Ponte Preta diante de quase 60 mil pessoas.
Um dia antes do clássico, o técnico Muricy Ramalho havia afirmado a importância de uma vitória contra um concorrente direto pelas primeiras posições na classificação.
E mais: reforça ainda mais sua excelente campanha fora de casa. Até o momento, atuou 17 vezes como visitante. Foram sete vitórias, somando essa contra o Santos, e apenas três derrotas.
O triunfo é ainda mais representativo ao se analisar o adversário. Até o início da 33ª rodada, os comandados por Vanderlei Luxemburgo tinham o melhor desempenho como mandante na competição. Essa foi apenas a segunda derrota em 17 confrontos.
Com o resultado, o Santos permanece com 55 pontos, cada vez mais distante do título, e foca suas atenções em uma vaga na Taça Libertadores do próximo ano.
Depois de duas derrotas seguidas, o Santos vai buscar sua reabilitação no Nacional-06 na próxima quarta-feira, contra o Internacional, em Porto Alegre. Um dia depois, o São Paulo recebe o Botafogo, no Morumbi.
O jogo
Os dois técnicos esconderam suas escalações até o último momento. O suspense só foi desvendado quando os times entraram em campo. Todos com novidades.
Luxemburgo até cogitou em deixar Fábio Costa, recuperado de uma contusão no ombro, no banco de reservas. No entanto, Fábio Costa não só começou o clássico como foi capitão.
Do lado do São Paulo, Muricy Ramalho iniciou o duelo com três zagueiros –Fabão, André Dias e Miranda. Por outro lado, optou pela entrada de Lenílson no lugar de Aloísio, suspenso, no ataque.
Apesar de toda a expectativa criada principalmente após o empate do São Paulo contra a Ponte Preta, o clássico deste domingo foi marcado pela cautela inicial dos treinadores. Os times começaram com apenas um atacante –Leandro, pelo São Paulo, e Reinaldo, pelo Santos.
O meio-campo ficou congestionado. Oportunidades de gol eram raras. Para se ter idéia, a primeira chance apareceu aos 29min. E o São Paulo foi eficiente.
A defesa santista não acompanhou o volante Mineiro, que recebeu de Lenílson e tocou com tranquilidade no canto direito de Fábio Costa.
Atrás no placar, Vanderlei Luxemburgo não pensou duas vezes. Primeiro sacou André Luiz e colocou mais um atacante –Wellington Paulista. Antes mesmo do encerramento da etapa inicial, outra alteração. Cléber Santana, que sentiu uma lesão, deu lugar para outro jogador com estilo ofensivo –Rodrigo Tiuí.
Para o segundo tempo, o Santos voltou mais agressivo. Até acertou a trave de Rogério Ceni, com menos de 1min. E ainda fez um gol, anulado pela arbitragem, em uma jogada confusa.
Aos 14min, Rodrigo Tiuí, impedido, recebeu lançamento e chutou cruzado. O meia Zé Roberto, em posição legal, marcou, porém o árbitro Paulo César de Oliveira anotou impedimento.
Em vantagem no placar, o São Paulo esteve recuado em boa parte da etapa final, tentando explorar os contra-ataques. Mesmo com três atacantes, o Santos tentou pressionar. Porém, faltou organização, o que facilitou a marcação adversária até o final do jogo.
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