Santos 3 x 0 Botafogo
Data: 05/06/2016, domingo, 11h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 6ª rodada
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo, SP.
Público: 16.530 pagantes (17.033 presentes)
Renda: R$ 419.950,00
Árbitro: Sandro Meira Ricci (SC)
Auxiliares: Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Fabiano da Silva Ramires (ES).
Cartões amarelos: Thiago Maia (S) e Leandrinho (B).
Gols: Vitor Bueno (10-1) e Paulinho (35-1); Bruno Silva (24-2, contra).
SANTOS
Vanderlei, Victor Ferraz, David Braz, Gustavo Henrique e Zeca; Renato, Thiago Maia, Serginho, Léo Cittadini (Léo Cittadini) e Vitor Bueno (Valencia); Paulinho e Joel (Diogo Vitor).
Técnico: Dorival Junior
BOTAFOGO
Helton Leite, Diego, Emerson Silva, Emerson Santos e Victor Luis; Dudu Cearense, Bruno Silva, Leandrinho e Gegê; Anderson Aquino (Neilton) e Ribamar (Sasá).
Técnico: Ricardo Gomes
Peixe vence no Pacaembu, quebra jejum e joga Botafogo para a lanterna
Depois de três jogos sem vencer, o Santos deu um tempo na crise e fez a festa de sua torcida paulista no estádio do Pacaembu com bater o Botafogo por 3 a 0 em confronto válido pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os dois primeiros gols do jogo foram marcados ainda no primeiro tempo. Vitor Bueno, depois de um lindo chapéu no goleiro Helton Leite, abriu o placar, enquanto Paulinho contou com a colaboração do camisa 1 botafoguense para ampliar. Na etapa final, Bruno Silva marcou contra depois de cobrança de escanteio.
Essa é apenas a segunda vitória do Peixe no nacional, que agora chega aos 7 pontos e se afasta da zona de rebaixamento, mas serve para dar um pouco de paz a Dorival Júnior, que passou a sofrer muita pressão depois da derrota no contra Corinthians, no meio de semana. Agora, o treinador terá toda a semana livre para justar o time, que só volta a campo no domingo, para encarar o Santa Cruz no estádio do Arruda, às 19 horas.
Por outro lado, o Fogão já mostra que é um forte candidato a voltar à Série B em 2017. O alvinegro carioca estacionou com 4 pontos e é o lanterna do Brasileirão. Muito limitado no setor ofensivo e vulnerável atrás, a equipe de Ricardo Gomes foi preza fácil no duelo matutino deste domingo e ainda desperdiçou um pênalti com Neilton, ex-Santos, quando o placar ainda marcava 2 a 0 para os mandantes. Para tentar buscar uma reação, o Botafogo receberá o Vitória no próximo domingo, de novo às 11 horas, ainda sem local definido.
O jogo
Com o apito do árbitro Sandro Meira Ricci veio também a chuva ao estádio do Pacaembu. Mas, em campo, o Santos começou querendo colocar fogo no jogo. Logo no primeiro minuto, Renato deixou Vitor Bueno de frente para o goleiro Helton Leite. A finalização do meia saiu pela linha de fundo, mas animou os torcedores paulistas nas arquibancadas.
O Botafogo chegava a ser perigoso quando ultrapassava o meio de campo, mas pecava em demasia na saída de bola, com manhã ruim para sua dupla de volantes Dudu Cearense e Bruno Silva.
E em uma das bobeadas do Glorioso no centro do gramado, Thiago Maia usou o lado externo do pé para dar a Vitor Bueno sua segunda chance no jogo. Dessa vez, o jovem meia fez bonito. Chepelou o goleiro botafoguense e abriu o placar com uma verdadeira pintura.
Após isso, porém, o ritmo caiu e o Santos errava seguidamente no ataque, principalmente Joel, que cegou a ouvir alguns protestos disparados das cadeiras cativas do estádio. O castigo por pouco não veio aos 18 minutos. Depois de troca de passes de primeira, Anderson Aquino serviu Ribamar nas costas de Gustavo Henrique, mas Vanderlei saiu bem para salvar o time.
A partida ficou sonolenta, com o Botafogo escancarando suas fragilidades e limitações, enquanto o Peixe parecia satisfeito com a vitória parcial. Só aos 35 minutos o torcedor santista pôde gritar novamente.
Com paciência, o time de Dorival Júnior valorizou a posse de bola, rodou, tocou, se movimentou, até que Zeca tabelou com Joel e soltou para Léo Cittadini, que achou Paulinho na área. O atacante, até então melhor na marcação do que na sua verdadeira função, bateu cruzado. Helton Leite tocou na bola, mas não segurou firme e a bola foi às redes lentamente. 2 a 0 Peixe.
O último lance de perigo antes do intervalo veio aos 40 minutos e serviu para mostrar como a fase botafoguense é brava. Anderson Aquino invadiu a área pela direita e cruzou. A bola ficou limpa para Gegê, que finalizou para empatar, mas viu Ribamar, seu companheiro, tirar a bola da direção do gol.
Já sem chuva e com a torcida animada pela vitória parcial, o Peixe voltou para o segundo tempo com mais ímpeto pelo gol. Em pouco tempo, o Peixe já pressionava os cariocas no campo de defesa a rondava a meta de Helton Leite. Aos 5 minutos, o camisa 1 espalmou para fora a boa cobrança de falta de Vitor Bueno.
Mas, na primeira vez que foi ao ataque, o Botafogo calou o Pacaembu por alguns segundos. Neiton, aquele mesmo revelado pelo alvinegro praiano, foi derrubado por David Braz dentro da área e sofreu pênalti. O jovem atacante pediu para bater e teve a autorização de Ricardo Gomes. Na batida, Neilton deslocou Vanderlei, mas errou o alvo, para delírio dos santistas, que até hoje se sentem traídos pelo jogador do Botafogo.
E a situação do time de General Severiano ficou ainda pior aos 24 minutos. Depois de cobrança de escanteio, Bruno Silva se enrolou dentro da área e marcou contra. 3 a 0 e a torcida santista já ensaiava gritos de “olé” diante de tanta facilidade.
Assim, o time de Dorival Júnior precisou apenas administrar o resultado nos minutos finais. Vanderlei até foi exigido por causa de um relaxamento do time do Santos, mas, nada que mudasse mais o placar. O Peixe venceu no Pacaembu, ganhou um pouco de paz depois de uma semana tensa, e ainda jogou o Botafogo para a lanterna do Brasileirão.
Santos TV – Bastidores:
Jogadores do Peixe admitem alívio com vitória em cima do Botafogo
A vitória por 3 a 0 em cima do Botafogo neste domingo deu mais do que três pontos para o Santos no Campeonato Brasileiro. O time não vencia há três jogo e passou por uma semana de muitos questionamentos depois da derrota para o Corinthians, no clássico de Itaquera. Após a partida no Pacaembu, que contou com gols de Vitor Bueno, Paulinho e Bruno Silva (contra), o Peixe subiu para 7 pontos e se afastou da zona de rebaixamento. Os jogadores do Peixe, ainda no gramado, admitiram as sensações de alívio e de dever cumprido.
“Dá um alívio grande, mas a equipe está de parabéns, pela garra, pelo futebol. Pressionamos, como o Dorival pediu. Daqui para frente é melhorar e, se Deus quiser, brigar lá em cima”, comentou o atacante Paulinho, que teve discurso compartilhado pelo capitão Renato.
“Essa é uma situação incomoda (zona de rebaixamento), pegamos um adversário que não vinha bem, todo mundo correu e estava ciente da situação que a gente se encontrava. E conseguimos dar essa vitória para dar tranquilidade ao time no campeonato. A gente sabe que precisa melhorar. Claro que vitória dá confiança e hoje a gente precisava vencer, independente do placar”, analisou o camisa 8.
Vitor Bueno, muito aplaudido quando sacado por Dorival Júnior para a entrada de Valencia, comemorou ao lado de Thiago Maia, autor da linda assistência para o gol do meia, a vitória do Peixe no Pacaembu.
“É isso que nós queremos. O Santos merece brigar em cima”, comentou Bueno, antes de ser questionado sobre seu belo gol no primeiro tempo. “Saiu naturalmente. A bola foi metida pelo Thiago, fui muito feliz na finalização”, explicou, dando a palavra ao amigo volante. “A gente merecia essa vitória. Agora é pensar no próximo jogo”, concluiu o santista.
Mais que a vitória, Dorival Jr valoriza nova postura: “Isso é o Santos”
O Santos venceu e convenceu na manhã deste domingo. Apesar da fragilidade inegável do Botafogo, agora lanterna do Campeonato Brasileiro, o Peixe não vencia há três rodadas e precisava dos três pontos para se afastar da zona de rebaixamento. Após os 3 a 0 em cima dos cariocas, o técnico Dorival Júnior fez questão de ressaltar seu contentamento com a forma como o time se portou em campo para alcançar o objetivo.
“É a disposição que tivemos em campo. Agressividade no combate, preocupação em criar. Isso é o espírito do Santos. Resultado importante, mas muito mais pela maneira com que a equipe procurou o resultado. Tivemos dificuldades após o pênalti, mas, de uma maneira geral, tivemos uma boa postura. Já deixamos pontos importantes para trás”, analisou o treinador, agora esperançoso em uma reação na competição.
“Acho que a atitude foi diferente. Enfrentamos grandes adversários que foram superiores. Hoje, o Santos veio com outro propósito, com cada um tentando fazer seu melhor e não perdendo espírito de equipe. Espero que tenhamos uma semana boa de preparação para que tenhamos uma equipe melhor postada ainda, já que a exigência é sempre alta”, avisou.
Apesar dos elogios, Dorival Júnior sabe que o Botafogo não é uma equipe que pode dar ao Santos muito parâmetro para o restante da competição. A má fase do Glorioso e os poucos obstáculos encontrados pelo Peixe neste domingo fazem com que treinador ainda contenha a empolgação.
“Nós temos de ter consciência que foi um resultado importante, nada além disso. A equipe não deixou de jogar nas duas partidas passadas por desaprender, e nem recuperou padrão para ter confiança total. Temos de ter calma. Mudamos muito nossa concepção de jogo em função das perdas, e agora temos de nos recompor dessa forma, encontrando novas peças, com a chegada de reforços, para que tenhamos o Santos um pouco mais forte, mais preparado para ser mais competitivo no Brasileiro”, concluiu o comandante alvinegro.
Léo Cittadini ganha elogios de Dorival e assume vaga de Lucas Lima
Depois de buscar alternativas com Rafael Longuine, Ronaldo Mendes e Serginho, Dorival Júnior parece ter encontrado o substituto para suprir a ausência de Lucas Lima. Léo Cittadini recebeu a confiança do técnico santista para começar a partida deste domingo entre os titulares e deu conta do recado. Após a vitória por 3 a 0, no Pacaembu, o jovem meia recebeu elogios raros do comandante alvinegro, que dificilmente fala individualmente do desempenho dos atletas.
“Cittadini já tinha entrado muito bem na partida contra o Corinthians, que foi a primeira dele depois de uma lesão muito séria na semifinal contra o Palmeiras, pelo Paulista (entorse no tornozelo direito). Ainda não está suportando toda a parida, mas teve uma participação muito importante, foi muito bem em todos os aspectos, quer seja trocando passes, se apresentando, sendo uma opção para a saída de bola, chegando a frente, criando oportunidades, participando muito do nosso sistema de marcação. Ele foi fundamental. Espero que ele continue assim”, disse Dorival Júnior, deixando claro que agora vai dar sequência ao garoto.
“Quem vai me dar essa resposta são os jogadores campo. Se a equipe continuar fazendo apresentações como a de hoje, naturalmente eles vão ocupar um espaço que está em aberto. Foi importante”, explicou.
Léo Cittadini tem apenas oito jogos na temporada e fez sua estreia na última quarta, no clássico contra o Corinthians. O jogador de 22 anos, meia de origem, estava sendo preparado para ser um reserva imediato de Thiago Maia. Mas, com a escassez de opções, Dorival resolveu apostar na revelação santista ao lado de Vitor Bueno, mais centralizado, e gostou do que viu.
“Hoje sim nós apresentamos alguma coisa diferente do que vinha acontecendo, principalmente nas duas partidas (anteriores). Hoje voltamos a ter um bom volume de jogo, voltamos a ter criação do meio para o ataque, marcação encaixada, troca de passes…O segundo gol foi isso que aconteceu, tivemos paciência. É isso que nós queremos. É questão de tempo. É muito pouco espaço para treinamentos. Essa semana teremos uma semana inteira. Vamos ver se aceleramos isso”, concluiu Dorival.
O próximo desafio do Peixe no Campeonato Brasileiro será diante do Santa Cruz, domingo, no estádio do Arruda, em Pernambuco, às 19 horas (horário de Brasilia). O clube da Vila Belmiro tem 7 pontos ganhos em seis rodadas até aqui.
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