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03/05/2011 – América-MEX 0 x 0 Santos – Copa Libertadores

América-MEX 0 x 0 Santos

Data: 03/05/2011, terça-feira, 22h45.
Competição: Copa Libertadores – Oitavas-de-final – Jogo de volta
Local: Estádio Corregidora, em Querétaro, México.
Público: 40 mil pessoas
Árbitro: Carlos Vera.
Auxiliares: Luis Alvarado e Marco Muzo.
Cartões amarelos: Reyna, Reyes, Sanchez e Valenzuela (A).

AMÉRICA-MEX
Ochoa; Rojas, Valenzuela, Mosquera e Reyes; Treviño, Pardo (Reyna), Rosinei, Montenegro (Gallardo); Sanchez (Esqueda) e Vuoso.
Técnico: Carlos Reinoso

SANTOS
Rafael, Jonathan, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Arouca (Rodrigo Possebon), Danilo e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Zé Eduardo (Bruno Aguiar).
Técnico: Muricy Ramalho



Rafael salva Santos no México, garante empate sem gols e vaga nas quartas de final

Nem Paulo Henrique Ganso, nem Neymar. O responsável pela classificação do Santos às quartas de final da Libertadores foi Rafael. O goleiro fez quatro boas defesas no segundo tempo, e garantiu o empate por 0 a 0 diante do América-MEX, em Queretáro, na noite desta terça-feira. Como venceu o jogo de ida na Vila por 1 a 0, o alvinegro consegui a classificação de forma dramática.

O Santos sofreu grande pressão do adversário nos 90 minutos. O América colocou uma bola na trave no primeiro tempo, e viu o “paredão” Rafael impedir o tão esperado gol que levaria a decisão da vaga para os pênaltis. Agora, o time da Vila espera o vencedor de Cruzeiro e Once Caldas na próxima etapa – o time brasileiro venceu o jogo de ida na Colômbia por 2 a 1.

O empate no México foi conquistado com muito suor, e até mesmo sangue, o que determinou a saída de Edu Dracena nos minutos finais de jogo. Antes disso, Arouca foi substituído por Rodrigo Possebon reclamando de dores musculares, chorou no banco de reservas, e deve ser desfalque na final do Campeonato Paulista, contra o Corinthians, no próximo domingo, no Pacaembu.

Um dos poucos lances de lucidez do Santos em Queretáro foi uma falta cobrada por Ganso na trave, aos 4 minutos do segundo tempo. Muricy, que deixou o time extremamente retrancado, precisa agradecer a Rafael pela vaga conquistada.

O treinador do América, Carlos Reynoso, optou por poupar o artilheiro da equipe na temporada, Reyna, o deixando no banco de reservas. A escolha foi pela presença do “grandalhão” Vuoso na área, jogador que levou perigo nas jogadas aéreas, mas teve dificuldade de manter o bom toque de bola da equipe mexicana pelo chão.

Já Muricy Ramalho entrou em campo com Adriano no lugar de Elano, vetado pelo departamento médico, e apostou nas investidas ofensivas de Danilo, pela esquerda, e Arouca, pela direita. Não deu certo. Os dois jogadores tiveram atuação discreta no primeiro tempo.

A sólida defesa santista armada por Muricy contou bastante com a colaboração de Léo, que pouco avançou ao ataque e funcionou como um terceiro zagueiro em muitas ocasiões. Apesar disso, o Santos sofreu alguns sustos.

Em lances de bola parada, o América esteve duas vezes bem próximo do gols, sendo que a segunda tentativa foi uma cabeçada na trave de Mosquera. Ainda na primeira etapa, o atacante Sánchez também perdeu uma ótima chance de marcar.

O América teve amplo domínio no primeiro tempo, e sequer levou sustos do Santos. Por isso, a ordem de Muricy para a volta no segundo tempo foi, ao menos, finalizar.

“Ele falou para ter calma, e arriscar mais chutes para o gol”, disse Léo, em entrevista ao Sportv, ao voltar para o segundo tempo.

De fato, o Santos voltou mais arrojado a campo mesmo sem alterações. A equipe esteve perto de abrir o placar logo aos 4 minutos em cobrança de falta na trave de Paulo Henrique Ganso. Depois desse lance, o treinador mexicano optou por, enfim, o artilheiro Reyna em campo no lugar do volante Pardo.

A resposta de Muricy veio pouco depois com a entrada do zagueiro Bruno Aguiar no lugar do atacante Zé Eduardo. O Santos passou a jogar extremamente retrancado e voltou a sofrer pressão.

Foi a partir desde momento que Rafael entrou em ação. O camisa 1 santista fez defesas lindas, três em chutes de fora da área, e um em uma cabeçada firme de Esqueda. O goleiro santista roubou a cena, viveu noite de Ganso e Neymar, e saiu de campo como o herói da classificação do Santos às quartas de final da Libertadores.

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