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Santos 3 x 0 São Paulo
Data: 02/10/2013, quarta-feira, 21h50.
Competição: Campeonato Brasileiro – 25ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 7.788 pagantes
Renda: R$ 210.816,00
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Auxiliares: Marcio Eustáquio (MG) e Marcelo Van Gasse (SP),
Cartões amarelos: Cícero, Thiago Ribeiro e Aranha (S); Luis Fabiano (SP).
Cartão vermelho: Alison (S)
Gols: Edu Dracena (22-1); Thiago Ribeiro (12-2) e Léo (44-2).
SANTOS
Aranha; Cicinho, Edu Dracena, Gustavo Henrique e Mena; Alison, Arouca, Leandrinho (Everton Costa) e Cícero; Thiago Ribeiro (Léo) e Willian José (Renê Júnior).
Técnico: Claudinei Oliveira
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Douglas, Paulo Miranda, Edson Silva (Aloísio) e Reinaldo; Wellington, Rodrigo Caio, Jadson (Maicon) e Paulo Henrique Ganso; Osvaldo (Lucas Evangelista) e Luis Fabiano.
Técnico: Muricy Ramalho
Com um a menos, Santos vence clássico por 3 a 0 e devolve São Paulo à crise
Alison foi expulso no primeiro tempo, mas equipe santista soube aproveitar as chances para deixar o rival em situação ainda mais delicada no Brasileirão
Mesmo jogando boa parte do clássico com um a menos em campo – o volante Alison foi expulso no fim do primeiro tempo -, o Santos conquistou uma importante vitória diante do São Paulo, por 3 a 0, na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro. Edu Dracena, Thiago Ribeiro e Léo marcaram os gols no reencontro com o técnico Muricy Ramalho, demitido no fim de maio do clube praiano.
Os santistas pularam para o sexto lugar do Campeonato Brasileiro, com 36 pontos. Já o São Paulo segue na 16ª posição da Série A, com 27 pontos.
O jogo
A primeira boa jogada da partida foi do Santos. Aos três minutos, o meia Cícero se livrou da marcação e arriscou de longa distancia, mas a bola saiu ao lado do gol de Rogério Ceni, sem oferecer maior perigo ao camisa 1 do São Paulo.
A resposta dos visitantes veio aos oito, quando o lateral-direito Douglas cruzou para a área, buscando Luis Fabiano. O centroavante bateu de primeira, exigindo grande defesa do goleiro Aranha.
Depois de uma sequência de três escanteios consecutivos a seu favor, a equipe praiana abriu o placar. Aos 22, o meia Leandrinho cobrou o tiro de canto com precisão, para a cabeçada firme do zagueiro Edu Dracena: 1 a 0 para os santistas.
No minuto seguinte, os alvinegros quase marcaram o segundo gol, mas Rogério Ceni defendeu um forte arremate do atacante Thiago Ribeiro, salvando os são-paulinos.
O São Paulo tentou responder aos 27, mas o volante Wellington bateu à direita do gol de Aranha, após receber a bola do meia Jadson.
O Santos também esteve perto do segundo gol quando, aos 34, Thiago Ribeiro driblou a marcação e chutou rasteiro, de fora da área. Sem precisão, a bola saiu à direita da meta de Ceni.
No fim do primeiro tempo, o Santos ficou com um jogador a menos em campo. O volante Alison fez falta dura em Douglas, recebendo o cartão vermelho, aos 42.
Antes do intervalo, o São Paulo quase empatou. Aos 47, o volante Rodrigo Caio exigiu boa defesa de Aranha e Douglas não aproveitou o rebote, chutando por cima do gol santista.
Na volta para a etapa complementar, os visitantes tentaram exercer uma pressão, mas o time praiano soube aproveitar os contra-ataques e chegou ao seu segundo gol. Aos 14, Thiago Ribeiro bateu no canto esquerdo de Rogério Ceni, após receber bom passe de Cicinho, estufando as redes são-paulinas.
Em desvantagem, o técnico Muricy Ramalho colocou os tricolores no ataque. O zagueiro Edson Silva saiu para a entrada de Aloísio, aos 16. O atacante Osvaldo também deixou o gramado, com Lucas Evangelista sendo o seu substituto.
Com as mudanças no São Paulo, o treinador santista, Claudinei Oliveira, também resolveu mexer na sua equipe. O atacante Everton Costa entrou no lugar de Leandrinho, aos 22. Três minutos mais tarde, Thiago Ribeiro saiu para a entrada do veterano Léo, fortalecendo o setor de meio-campo. Pouco depois, do lado visitante, Maicon substituiu Jadson.
Nos últimos minutos, os alvinegros ainda alcançaram o terceiro gol. Aos 44, Léo aproveitou cruzamento preciso de Cicinho, escorando a bola para o fundo das redes e decretando o placar final do clássico: 3 a 0 para o Santos.
Bastidores – Santos TV:
Edu Dracena enfatiza “resposta” após tropeços, e Thiago Ribeiro sonha com G4
Para o zagueiro, autor de um dos gols, a vitória no clássico também foi importante para dar um suporte a mais ao trabalho do técnico Claudinei Oliveira
Após empatar com o Náutico e ser derrotado pelo Atlético-MG, o Santos voltou a vencer no clássico diante do São Paulo, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro. Satisfeito com o resultado, o zagueiro Edu Dracena, que abriu o caminho para o triunfo de sua equipe por 3 a 0 diante do time tricolor, valorizou a resposta dada pelos jogadores dentro de campo, contra um dos maiores rivais do Peixe.
“Não vínhamos de bons resultados e uma vitória contra o São Paulo dá moral. Além de jogarmos bem, foi uma vitória convincente. Todo mundo está de parabéns, pela dedicação integral. Todos marcaram e procuraram se ajudar em campo. Mesmo com um a menos (o volante Alison foi expulso no final do primeiro tempo), nós não demos espaço para o São Paulo”, afirmou o capitão santista.
Para Dracena, a vitória no clássico também foi importante para dar um suporte a mais ao trabalho do técnico Claudinei Oliveira, questionado por alguns torcedores após os recentes tropeços e, também, alvo de críticas do promotor de justiça Francisco Cembranelli, membro do Comitê de Gestão do clube.
“Algumas vezes, a gente escuta coisas que acaba nos chateando. Mas no futebol, isso é natural. A gente respeita as opiniões e procuramos lutar dentro de campo, fazer o nosso melhor. O importante é que vencemos um jogo importante e ele tem o apoio de todos nós, atletas, e da diretoria também”, concluiu.
Thiago Ribeiro sonha com o G4
Autor do segundo gol da vitória do Santos sobre o São Paulo, na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro, o atacante Thiago Ribeiro comemorou o fato de ter balançado as redes no clássico. O tento anotado pelo avante deixou o time mais calmo para administrar a vantagem com um jogador a menos e, ainda por cima, marcar mais um gol no fim da partida, sacramentando o resultado positivo diante do Tricolor Paulista.
“Fui feliz no chute. Quando vi a bola passando por todo mundo e o Rogério (Ceni) caminhando para o centro, bati no contrapé dele. Gosto desse tipo de bola, tirando do goleiro. Fui feliz no lance e fico feliz por ter feito o gol, pois deu tranqulidade ao time, já que estávamos com um a menos”, disse Thiago Ribeiro.
Com a vitória sobre os são-paulinos, os santistas pularam para a sexta posição no Campeonato Brasileiro, com 36 pontos, apenas cinco atrás do Atlético-PR, último integrante do G4. No entanto, os alvinegros ainda precisam aguardar o complemento da rodada para saberem a exata colocação da equipe praiana – Atlético-MG e Internacional-RS jogam nesta quinta e, caso vençam seus respectivos compromissos, podem ultrapassar o Santos na tabela.
O atacante destacou a necessidade de o Peixe acumular uma série de vitórias dentro do Brasileirão. “Na nossa cabeça, a meta é chegar ao G4. Só que para alcançarmos esse objetivo, é preciso ter regularidade. Vencemos hoje (quarta), foi legal, mas temos que procurar ganhar da Portuguesa (domingo, no Canindé), para chegarmos lá em cima”, concluiu.
Claudinei não alimenta polêmica com dirigente do Santos e enaltece atletas
“O que falei para o doutor Francisco Cembranelli não foi irônico. Eu o vejo como um grande profissional, um promotor sério”, disse o treinador
Criticado pelo promotor de justiça Francisco Cembranelli, membro do Comitê de Gestão do Santos, após a derrota para o Atlético-MG, o técnico Claudinei Oliveira optou por não alimentar a polêmica com o dirigente, depois da vitória da equipe praiana sobre o São Paulo , na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro.
Cembranelli chegou a declarar, em uma rede social, que o Peixe necessitava de um técnico com “t” maiúsculo. Claudinei, que já havia classificado o membro do Comitê Gestor como um promotor com “p” maiúsculo, um dia antes, minimizou o episódio e negou ter sido irônico em sua resposta.
“Não tenho nada para responder mais. O que falei para o doutor Francisco Cembranelli não foi irônico. Eu o vejo como um grande profissional, um promotor sério. Estou falando de coração, não tenho nada pessoal contra ele. Respeito a sua opinião. Eu, também, por vezes penso muitas coisas que não posso falar. Na minha função, eu tenho que ter discernimento, saber o que eu posso ou não dizer. Continuo sendo o mesmo cara, na derrota ou na vitória. A minha conduta não muda”, afirmou o treinador.
O comandante alvinegro ainda agradeceu ao empenho dos jogadores na vitória sobre o rival paulista e enalteceu o futebol apresentado, mesmo com o time atuando durante o fim do primeiro tempo e toda a segunda etapa com um atleta a menos – o volante Alison foi expulso, por falta dura no lateral-direito Douglas.
“A participação maior foi deles. Eles se doaram ao máximo, inclusive se dedicaram a mais pelo Alison, que sempre se dedicou bastante pela equipe e hoje (quarta) foi expulso. Foi uma partida digna de todos os elogios”, ponderou Claudinei, satisfeito com o resultado: “Foi uma vitória maiúscula”, completou.
Feliz na Vila Belmiro, Muricy se confunde e quase usa banco do Santos
Hoje no comando do São Paulo, técnico retorna ao estádio quatro meses após ter sido demitido do clube
Quatro meses depois de ter deixado a Vila Belmiro, Muricy Ramalho voltou ao estádio nesta quarta-feira sentindo-se como se ainda trabalhasse no Santos . Antes do início do clássico, o agora treinador do São Paulo dirigiu-se ao banco de reservas mandante e só se deu conta do engano quando já ia se sentando.
“Confundi mesmo, não é piada. Estava acostumado, fui sozinho. Foi muito estranho”, disse, negando espontaneamente que a atitude fosse um jogo de cena para reiterar sua identificação com o clube no qual trabalhou entre abril de 2011 ao fim de maio deste ano.
“Não faço tipo. Foi muito estranho o que fiz ali. É que fui muito feliz aqui. Muito feliz mesmo. Sou muito grato ao Santos e à torcida do Santos. Foi um dos melhores lugares em que trabalhei. Por isso fui sentar no banco ali”, explicou, já devidamente acomodado no local correto.
Pelo Santos, Muricy foi campeão paulista e da Libertadores, além de tê-lo levado ao vice-mundial e ao título da Recopa Sul-Americana. Foram 150 jogos ao todo no comando da equipe, com 72 vitórias, 42 empates e 36 derrotas.
Demitido do clube logo após a transferência de Neymar para o Barcelona, ele passou mais de três meses sem emprego até ser convidado para substituir Paulo Autuori no São Paulo (onde se sagrou tricampeão brasileiro) e tentar salvar o time do rebaixamento.
O resultado da partida desta quarta-feira, no entanto, não foi bom para o treinador. Mesmo com um jogador a mais desde o fim do primeiro tempo, o São Paulo foi derrotado por 3 a 0 (com dois gols na etapa final) e corre o risco de terminar a rodada entre os quatro últimos colocados.
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