Mixto-MT 0 x 0 Santos
Data: 02/04/2014, quarta-feira, 22h00.
Competição: Copa do Brasil – 1ª fase – Jogo de ida
Local: Arena Pantanal, em Cuiabá, MT.
Público: 13.194 pagantes
Renda: R$ 748.760,00
Árbitro: Eduardo Tomaz de Aquino (GO)
Auxiliares: Ciro Chaban Junqueira (DF) e Márcio Soares Maciel (GO).
Cartões amarelos: Ítalo e Ruy Cabeção (M); Jubal, Mena, Diego Cardoso e Cicinho (S).
MIXTO (MT)
Igor; Denilson, Zé Adriano, Robinho e César Romero (Ítalo); Paulo Almeida, Kiko, Ruy Cabeção e Ferreira (Edílson); Fogaça (Gabriel) e João Paulo.
Técnico: Ary Marques
SANTOS
Aranha; Cicinho, Jubal, Nailson e Mena; Alison (Léo), Alan Santos e Lucas Lima (Serginho); Diego Cardoso (Giva), Stéfano Yuri e Rildo.
Técnico: Oswaldo de Oliveira
Reservas do Santos inauguram Arena Pantanal e não saem do zero com o Mixto
Focado na final do Paulistão, time paulista não usou os titulares na Copa do Brasil e terá que decidir no duelo da volta
A Arena Pantanal foi oficialmente inaugurada na noite desta quarta-feira, mas as suas redes continuam intactas. Nenhum dos jogadores do Santos ou do Mixto conseguiu deixar o local, sede da Copa do Mundo deste ano, com a placa prometida ao autor do primeiro gol. O empate por 0 a 0 garantiu o jogo de volta da primeira fase da Copa do Brasil, previsto para a quarta-feira de 16 de abril, na Vila Belmiro.
Mais preocupado com o Campeonato Paulista, o Santos utilizou uma equipe reserva diante do Mixto e buscou o gol durante todo o jogo. No segundo tempo, os seus novatos ganharam até a companhia do veterano Léo, enfim recuperado de contusão. Não adiantou, mas já é passado. O técnico Oswaldo de Oliveira agora pensa exclusivamente na decisão estadual com o Ituano – o primeiro jogo será neste domingo, no Pacaembu.
O jogo
Havia clima de amistoso quando Mixto e Santos subiram em campo para disputar a primeira partida oficial na Arena Pantanal. Enquanto torcedores vestiam camisas de distintos clubes nas arquibancadas – inclusive do Corinthians, grande rival santista -, jogadores adversários se confraternizavam no gramado. O volante Paulo Almeida fez questão de ir até o banco de reservas para dar um abraço no lateral esquerdo Léo, amigo dos tempos de Vila Belmiro.
Já Igor, goleiro do Mixto, confundia-se mesmo com um jogador do Santos – segundo o árbitro Eduardo Tomaz de Aquino, que mandou o atleta voltar ao vestiário para trocar o calção branco por um preto antes de autorizar o início do jogo. Quando finalmente a bola rolou, o arqueiro continuou a ter trabalho, já que os novatos utilizados por Oswaldo de Oliveira estavam bastante dispostos a mostrar serviço.
O primeiro a assustar o Mixto foi Diego Cardoso, que avançou pela ponta direita, tabelou com Lucas Lima, invadiu a área e bateu cruzado. A bola passou muito perto da meta. A partir de então, os donos da casa adotaram uma postura ainda mais cautelosa e fecharam-se no campo de defesa.
Para vencer a retranca, o Santos decidiu arriscar chutes de longa distância. O melhor deles saiu dos pés de Alison, que acertou a bola no travessão aos 16 minutos. Lucas Lima também tentou algumas vezes dessa forma, porém teve muito mais chances de levantar na área em sucessivas cobranças de escanteio. A defesa do Mixto estava atenta para levar a melhor pelo alto.
Com o tempo, o time mato-grossense deixou de se contentar em apenas conter a pressão do Santos. Ruy Cabeção assumiu o papel de camisa 10 e começou a articular as principais jogadas ofensivas do Mixto, quase sempre buscando Ferreira (o encarregado dos lances de bola parada) pelo lado esquerdo. Ali também estava Ítalo, que precisou substituir o lesionado César Romero.
Ainda que não tenha incomodado muito Aranha, o Mixto ao menos afastou o perigo de sua área na parte final do primeiro tempo. O objetivo era seguir assim no segundo, para sacramentar o objetivo de garantir o jogo de volta. Não foi o que se viu inicialmente. Logo aos quatro minutos, Diego Cardoso recebeu passe de Rildo e só não abriu o placar porque finalizou em cima de Zé Adriano.
Na tentativa de devolver mobilidade ao Mixto, o técnico Ary Marques recorreu a entrada de Edílson no lugar do cansado Ferreira. Oswaldo de Oliveira respondeu ao apostar em mais dois jovens – Serginho e Giva substituíram Lucas Lima e Diego Cardoso, que não estava com a pontaria afinada.
Como o Santos ganhou só volume de jogo após as alterações, seu técnico decidiu investir na experiência. Léo, enfim recuperado de contusão, foi bastante aplaudido ao ocupar a vaga de Alison no meio-campo. O público se levantou novamente pouco depois, aos 31 minutos. Alan Santos cobrou falta com categoria e foi mais um jogador de sua equipe a carimbar o travessão.
Àquela altura, o Mixto já pensava somente em segurar a igualdade sem gols. “Eles não querem mais jogo”, percebeu um jogador do Santos. De fato, o técnico Ary Marques gritava incansavelmente para Ruy Cabeção prender a bola no campo de ataque. O que permitiu os torcedores locais ironizarem os visitantes, com gritos de “olé” para a troca de passes mato-grossense.
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