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01/10/2015 – Santos 3 x 2 Figueirense – Copa do Brasil

Santos 3 x 2 Figueirense

Data: 01/10/2015, quinta-feira, 21h00.
Competição: Copa do Brasil – Quartas de final – Jogo de volta
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo, SP.
Público: 25.930 pagantes (29.468 total)
Renda: R$ 1.281.485,00
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO)
Auxiliares: Jesmar Benedito Miranda de Paula e Evandro Gomes Ferreira (ambos de GO).
Cartões amarelos: Leandro Silva, Saimon, Carlos Alberto (F).
Gols: Gabriel (20-1), Marquinhos Gabriel (28-1) e Bruno Alves (36-1); Neto Berola (02-2) e Carlos Alberto (41-2).

SANTOS
Vanderlei; Daniel Guedes, David Braz, Gustavo Henrique e Zeca; Thiago Maia, Renato e Rafael Longuine (Neto Berola); Marquinhos Gabriel (Marquinhos), Gabriel (Serginho) e Ricardo Oliveira.
Técnico: Dorival Júnior

FIGUEIRENSE
Felipe; Leandro Silva, Bruno Alves, Saimon e Juninho; Jefferson, Fabinho, Ricardinho (Dudu) e Bruno Dybal (Carlos Alberto); Thiago Santana e Elias (Clayton).
Técnico: Hudson Coutinho



Peixe despacha o Figueira e garante San-São na semifinal da Copa do Brasil

Os jogadores do Santos não negam a preferência pela Vila Belmiro. Em compensação, provam a cada oportunidade que o Pacaembu é, sim, a segunda casa santista. Nesta quinta-feira, o time de Dorival Júnior passeou em cima do desfalcado Figueirense e chegou à nona vitória seguida no estádio paulistano. Aliás, onde não perde em competições nacionais desde 2010. A vitória por 3 a 2 confirmou o favoritismo do Peixe, que já havia vencido em Santa Catarina, por 1 a 0. Com isso, está confirmado o clássico contra o São Paulo em uma das semifinais da Copa do Brasil. Do outro lado, Palmeiras e Fluminense decidem uma vaga na grande final. A CBF ainda fará os sorteios para definir a ordem dos mandos e os horários dos jogos, mas as datas estão reservadas para 21 e 28 de outubro.

Nesta quinta, Gabriel mais uma vez foi o grande nome do jogo. O jovem atacante de 19 anos abriu o placar, depois de receber longo lançamento de Marquinhos Gabriel e ainda contar com a sorte, já que a bola desviou no goleiro Felipe antes de entrar. Pouco tempo depois, o camisa 10 retribuiu o ‘favor’ e mostrou toda sua técnica ao dar um lindo passe de ‘trivela’ para o meia do Peixe ampliar de cabeça.

Ainda no primeiro tempo, Bruno Alves descontou, após cobrança de escanteio. Porém, no primeiro lance da etapa complementar, Neto Berola marcou seu primeiro gol em 16 jogos pelo Peixe e decretou a classificação do Alvinegro praiano para enfrentar o São Paulo na próxima fase. Carlos Alberto ainda descontou novamente, mas nada que alterasse o rumo da classificação santista.

Independentemente de comemoração ou lamentação, agora as duas equipes voltam suas atenções para o Campeonato Brasileiro. Neste domingo, o Santos luta para entrar no G4 na partida contra o Fluminense, às 16 horas, na Vila Belmiro. No mesmo dia e horário, o Figueirense visita o Goiás, no Serra Dourada, em duelo direto na briga contra o rebaixamento.

O jogo

Longe da Vila, mas com apoio maciço de seu torcedor na capital paulista, o Santos se mostrou à vontade na noite desta quinta-feira e jogou do jeito que gosta contra o desfalcado Figueirense.

O clube catarinense até iniciou a partida de forma ousada, com uma marcação alta e tocando bem a bola. Thiago Santa chegou a aparecer livre nas costas de Daniel Guedes logo aos quatro minutos, mas acabou adiantando muito a bola e perdendo o domínio.

O problema do Figueira era a falta de entrosamento da equipe. Gabriel usava a linha de impedimento mal feita de seu rival para aparecer sempre com perigo pelas pontas. E, aos 20 minutos, mesmo com menos posse de bola, o Peixe abriu o placar justamente desta forma. Marquinhos Gabriel lançou do campo de defesa e o camisa 10 recebeu livre, já dentro da área. Sem ângulo, Gabriel tentou cruzar para Ricardo Oliveira, mas a bola bateu na perna do goleiro Felipe e entrou no cantinho.

Era tudo o que o Santos queria. A torcida se empolgou e o time cresceu. Assim, não demorou para o placar ser movimentado mais uma vez. Desta vez, Gabriel retribuiu a assistência e, em um lindo cruzamento de ‘trivela’, pela direita, encontrou Marquinhos Gabriel livre, no meio da zaga do Figueirense. De cabeça, o meia ampliou: 2 a 0.

Apagado, Ricardo Oliveira por pouco não deixou sua marca depois de uma cobrança de escanteio. Felipe defendeu a cabeçada do centroavante. Mas, para quem esperava um Figueirense já entregue, veio a surpresa aos 36 minutos. Escanteio pela esquerda do ataque dos visitantes e o zagueiro Bruno Alves se antecipou na primeira para diminuir antes do intervalo.

Se alguém no Figueirense se empolgou com o gol marcado pouco antes do fim da primeira etapa, esse sentimento durou apenas enquanto os times descansavam nos vestiários, porque, assim que o duelo recomeçou, o Peixe não perdeu tempo e marcou seu terceiro gol. Neto Berola, que entrou no lugar de Rafael Longuine, aproveitou cruzamento de Daniel Guedes e partiu para o abraço.

O técnico Hudson Coutinho, mesmo ciente de que só um milagre lhe traria a classificação, resolveu rodar o elenco e usou suas três substituições. O time, já sem qualquer responsabilidade, passou a dominar as ações e rondar o gol de Vanderlei.

Thiago Santana perdeu uma grande chance, pela esquerda, ao estufar as redes pelo lado de fora, e Saimon por pouco não diminuiu o marcador ao aproveitar cobrança de escanteio e cabecear com perigo, à direita de Vanderlei. Mas, a deficiência técnica impediu qualquer tipo de reação. Carlos Alberto, em jogada individual, ainda descontou aos 41 minutos do segundo tempo, mas a equipe pecava no ‘último passe’ e, mesmo em maioria em alguns ataques, não conseguia ser efetivo.

Ao Santos, restou administrar, jogar com a vantagem estabelecida e até mesmo se poupar em campo. Dorival também usou todas as alterações a que tem direito e o jogo caiu de ritmo, até de uma forma natural. Nos instantes finais, foi possível apenas ouvir os gritos de “olé” da torcida do Peixe, agora ciente de que terá uma missão bem mais difícil pela frente, contra o São Paulo.

Bastidores – Santos TV:

Dorival reprova atuação do Santos na vitória em cima do Figueirense

O Santos atingiu seu objetivo. Venceu o Figueirense mais uma vez e garantiu vaga na semifinal da Copa do Brasil. Mas o semblante de Dorival Júnior durante a entrevista coletiva deixou claro que o técnico não estava satisfeito com os dois gols que a equipe sofreu, e muito menos pelo desempenho em campo.

“Muito diferente daquilo quem o Santos vinha jogando. Resultado, lógico, deixa satisfeito, mas o principal não foi executado. Talvez, pelo resultado alcançado, não tenha chamado tanto a atenção, mas precisamos melhor muito para que possamos ir bem na próxima partida, contra o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro”, alertou o comandante.

Dorival não gostou, principalmente, do fato de sua equipe não ter aproveitado a larga vantagem no placar agregado para se poupar e administrar o jogo. Pelo contrário, deixou o Figueirense crescer no segundo tempo e, apesar de a classificação não ter corrido riscos, os jogadores acabaram saindo de campo bem mais desgastados do que se imaginava.

“O maior problema hoje (quinta) foi o desgaste excessivo. Jogamos muito distante, com bolas alongadas desde o primeiro tempo. Não encaixamos nossa primeira bola, perdemos muito a segunda bola, não tínhamos presença no ataque, como sempre fazemos. Hoje, talvez nosso maior prejuízo tenha sido esse, essa falta de posse de bola. E demos, inclusive, chance para que o adversário pudesse nos contra-atacar, com espaço para isso”, analisou Dorival, sempre preocupado com a recuperação de seus atletas, já que o clube não pretende abrir mão de nenhuma competição.

“Nós vamos continuar acompanhando os dois campeonatos da mesma forma. Não faremos opção. Agora, nosso foco passa a ser o Fluminense”, concluiu.

Com gol e assistência, Marquinhos Gabriel diz que está dando a vida em campo

Com seus direitos ligados ao Al Nassr, da Arábia Saudita, Marquinhos Gabriel está emprestado ao Santos até dezembro. Depois de ficar perto de ser dispensado, o jogador tem provado a cada jogo seu valor e, nesta quinta, voltou a ser importante para o Peixe na vitória por 3 a 2 em cima do Figueirense, que garantiu a equipe na semifinal da Copa do Brasil.

“Eu estou dando minha vida, né? Fazendo o máximo dentro de campo. Às vezes na técnica não vai, a gente vai procurar na raça, na dedicação”, afirmou o meia.

Depois de balançar as redes contra o Fluminense, Marquinhos Gabriel mostrou todo o entrosamento dele com Gabriel nesta quinta. Primeiro, o meia fez a assistência para o atacante abrir o placar. Em seguida, foi a vez de Gabriel servir Marquinhos, que não desperdiçou.

“A gente vem numa crescente. Foi uma bela assistência do Gabriel. A gente tem treinado bastante contra-ataque. Sabemos o que temos que fazer dentro de campo. Temos que voltar a ter pegada. Deixamos a desejar nessa parte”, comentou o jogador, lembrando a importância da equipe esquecer um pouco da Copa do Brasil.

“Agora temos um jogo decisivo, contra o Fluminense. Primeiro vamos concentrar e esperar o sorteio (dos mandos das semifinais), mas temos jogos importantes antes”.

Aliás, o adversário nesta semifinal da competição por mata-mata promete dar mais trabalho que o Figueirense. Apesar de não ter perdido nenhuma partida para o São Paulo nesta temporada, Marquinhos Gabriel faz questão de ressaltar que o momento é outro.

“São situações diferentes. O São Paulo tem outro treinador, agora é Copa do Brasil. São coisas de passado. Precisamos manter o foco aqui. A equipe deles melhorou muito e vamos trabalhar por mais um título”, finalizou.

Apesar de vitória e bom retrospecto no Pacaembu, Santos jogará semi na Vila

Mesmo com a vitória sobre o Figueirense por 3 a 2 na Copa do Brasil e o recorde de público no ano como mandante, jogando no Pacaembu, o Santos irá jogar as semifinais da competição nacional contra o São Paulo na Vila Belmiro. A confirmação veio através do presidente do clube, Modesto Roma Júnior, após o jogo desta quinta-feira.

“Vamos mandar na Vila. A festa foi bonita hoje, mas não vou deixar nossos amigos lá na Vila. Tenho certeza que vamos fazer uma peixada lá junto com o Carlos Miguel (Aidar, presidente do São Paulo). Eu não abro mão da Vila. Não abro!”, afirmou o dirigente.

Jogar no Pacaembu, mesmo com 25.939 pagantes (29.438 espectadores) e uma ótima renda como no duelo contra o Figueira, não agrada a comissão técnica e os jogadores, podendo ser uma das causas para o Santos atuar na Vila Belmiro no duelo contra o São Paulo pela Copa do Brasil. A ordem das partidas ainda não foi definida, mas as datas das partidas serão nos dias 21 e 28 de outubro.

“A questão não é renda. As torcidas não estão nos abandonando. Nós temos que usar da nossa estratégia para jogar na Vila quando é dia de Vila. E jogar em São Paulo quando é dia de São Paulo. Precisamos ter o equilíbrio para sabermos quando é necessário utilizarmos a pressão da Vila Belmiro e também para jogarmos em um estádio tão agradável como o Pacaembu”, afirmou o presidente santista.

Apesar das reclamações pela diretoria ter colocado o jogo para ser disputado no Pacaembu o Santos tem um ótimo retrospecto no recinto da capital paulista. Desde 2010, a equipe da Vila Belmiro venceu 14 partidas e empatou três no estádio jogando em competições nacionais. Pela Copa do Brasil foi o segundo triunfo. Ainda assim, Modesto Roma prefere o histórico da equipe na Vila Belmiro.

“Vocês dizem que o Santos é imbátivel na Vila, então eu vou jogar na Vila. Eu compenso a perda de arrecadação ano que vem. Se eu for campeão, vou compensar com a Libertadores. Tenho certeza que a minha torcida vai me apoiar”, sentenciou o dirigente santista.

Gabriel marca contra Figueira e se iguala a Neymar na Copa do Brasil

No jogo em que o Santos se garantiu nas semifinais da Copa do Brasil, o atacante Gabriel se igualou a Neymar. Na noite desta quarta-feira, o jogador marcou um gol no estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP), diante do Figueirense, que foi derrotado pelo elenco da Vila Belmiro por 3 a 2. Com isso, o jovem de 19 anos está empatado em tentos com o atleta do Barcelona, dividindo o posto de maior goleador da história do Peixe no torneio, ambos com 13.

“Muito contente em alcançar essa marca. Ser o maior artilheiro do Santos em Copa do Brasil com grandes jogadores que esta equipe teve, mas eu não penso no individual e sim no coletivo, eu quero muito ser campeão”, afirmou.

De quebra, Gabigol ultrapassou Robinho no ranking de artilheiros santistas na Copa do Brasil. Jogando no futebol chinês, o ex-jogador do Santos tem 12 gols, ficando atrás de Gabriel e Neymar.

Na atual edição, Gabigol tem seis gols e empatou na artilharia da competição com Ronaldo, do Ituano, clube que já está eliminado da competição. Um rival em potencial pelo topo da tabela de goleadores é Alexandre Pato, do São Paulo, que tem quatro tentos.

Em seu gol contra o Figueirense, Gabriel recebeu um belo passe de Marquinhos Gabriel aos 20 minutos do primeiro tempo. O atacante invadiu a área e, sem ângulo, tentou servir Ricardo Oliveira, mas a bola desviou no goleiro Felipe e foi para o fundo das redes.

O jogador até teve outras oportunidades para bater o recorde e se tornar o maior artilheiro do Santos na Copa do Brasil, mas o técnico Dorival Júnior optou por tirar Gabigol aos 26 minutos do segundo tempo.

Refugiados sírios vão ao Pacaembu e assistem a triunfo santista na Copa do Brasil

Após irem a Vila Belmiro, cerca de 80 refugiados sírios marcaram presença novamente em um jogo do Santos. Na noite desta quinta-feira, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, os “convidados especiais” assistiram à vitória do Peixe diante do Figueirense por 3 a 2 e vibraram muito com a experiência de ver a partida.

A ação que é promovida pelo Santos é feita em parceira com a Oasis Solidário, associação que dá assistência aos refugiados no Brasil. O sírio Amer Masarani, presidente da entidade, está no Brasil desde 1996 e afirmou que a ideia partiu do time da Vila Belmiro, lembrando que a equipe é famosa por atos de solidariedade, como quando parou a guerra de Biafra, na Nigéria, em 1969.

“Essa ação foi iniciativa do Santos mesmo. Historicamente eles têm um trabalho muito grande com esse tipo de solidariedade, tanto que eles pararam uma guerra uma vez. Eles chamaram a gente para trazermos os refugiados sírios. Fizemos isso na Vila Belmiro e agora viemos para o Pacaembu”, relata Amer.

Segundo Amer, a ação promovida pelo time santista serve para os sírios recém-chegados ao Brasil esquecerem os traumas causados pelos conflitos da região. O presidente da Oasis Solidário afirma que os refugiados esperam ter uma chance de viver sem preocupações no país sul-americano, diferente dos muitos outros estrangeiros que chegam aqui.

“Quando eu vim pra cá em 1996 estava na esperança de melhorar meu futuro, eles por outro lado querem ter uma chance de viver. O jogo do Santos para o povo distrair, esquecer o trauma causado pela guerra. Deixar as preocupações de lado, principalmente aquelas que eles viveram em meio a tanto sofrimento”, revela.

Inicialmente eram esperados 100 sírios, mas muitos não foram ao jogo porque trabalham à noite ou estavam cuidando a família. Inclusive, entre os refugiados que estão no Brasil existem esportistas. Segundo Amer, um jogador de futebol, que atuava no Al-Ittihad Aleppo, tradicional clube do país asiático, não pôde ir à partida porque estava no serviço.

Os sírios presentes no Pacaembu mostraram empolgação em conhecer o estádio. Alguns arriscavam um “obrigado” para agradecer as pessoas que os ajudavam a chegar em seus lugares. Um grupo mais empolgado entoou o grito de “Santos!”, aguardando o início do confronto contra o Figueirense.

O grupo que foi ao Pacaembu já está sob os cuidados da Oasis. A associação trata de ajuda-los a encontrar emprego e moradia, além de ensinar o português para quebrar a barreira do idioma.

“Os refugiados antes de chegar no aeroporto se comunicam com a gente através da nossa página. Nossa associação vai busca-los lá, faz a preparação dos documentos deles com a Polícia Federal, carteira de trabalho, emprego, além de procurar moradias para eles. Também ensinamos português para eles porque a maior barreira é o idioma”, sentencia.

Ricardo Oliveira não reclama de desgaste: “Qualquer um gostaria de ter”

A vitória do Santos por 3 a 2 em cima do Figueirense expôs um cansaço maior que o normal por parte da equipe santista. O time não rendeu o que era esperado e viu a equipe de Santa Catarina muitas vezes dominar as ações do jogo. A atuação inclusive rendeu críticas do técnico Dorival Júnior. Por outro lado, o capitão Ricardo Oliveira fez questão de agradecer às 29.468 pessoas que foram ao Pacaembu prestigiar a equipe nesta quinta à noite e admitiu um esforço extra.

“Fica o agradecimento pelo apoio do torcedor, que compareceu para incentivar. A gente tenta fazer o que está dentro das nossas possibilidades. Em concordância com o departamento de fisiologia. A gente está pensando em como recuperar, pois já domingo temos jogo importante. Estamos conseguindo manter a parte boa”, comentou o artilheiro do time na temporada.

Mas, ao ser questionado de forma insistente sobre a maratona de jogos a que o time vem sendo submetido, o centroavante de 35 anos evitou fazer qualquer reclamação. Vale lembrar também que, após a partida contra o Fluminense, o camisa 9 ficará à disposição de Dunga para os dois primeiros jogos do Brasil nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, dias 8 e 13. Pelo Brasileirão, o Santos enfrenta o Grêmio, no Sul, dia 15.

“Temos agora que recuperar o quanto antes, porque temos jogos dentro de casa e queremos vencer pelo Campeonato Brasileiro. Está ótimo. É uma sequência que qualquer jogador gostaria de ter. Temos esses dias para recuperar, temos jogo domingo. Depois, sim, é se apresentar à Seleção Brasileira”, minimizou Oliveira.

Ao falar sobre o São Paulo, próximo adversário na Copa do Brasil, o experiente jogador usou poucas palavras e preferiu ressaltar o peso da competição, e o fato de três times paulistas estarem entre os quatro que sobraram pela briga do título.

“É uma grande equipe, com grandes jogadores. É uma semifinal aberta. A Copa do Brasil desse ano mostra a força dos paulistas. Temos três clubes de São Paulo (na semifinal) e nós esperamos aquilo que nós traçamos para a Copa do Brasil, que é chegar a uma final. Porém, sabendo que temos que passar pela semifinal”, concluiu.

Dorival detona CBF por perder titulares em reta final: “É o Brasil”

A boa fase do Santos na temporada vai custar ao clube perder quatro jogadores na próxima semana por causa de convocações. Lucas Lima e Ricardo Oliveira vão servir a Seleção principal nas Eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo, enquanto Gabriel e Zeca se apresentarão à Seleção olímpica. Portanto, no período de dez dias sem jogos pelo Campeonato Brasileiro e pela Copa do Brasil, Dorival Júnior sequer poderá aperfeiçoar sua equipe ou mesmo dar aos seus principais atletas o tão aguardado período de recuperação.

“Praticamente vai me tirar a possibilidade de trabalhar a equipe, porque são 40% da equipe fora. O que seria um ponto altamente favorável, para mim em particular, vai ser uma perda considerável, porque ele vão continuar jogando. O desgaste vai ser o mesmo. A recuperação vai inexistir, porque vamos receber de volta um dia antes do jogo. O prejuízo todo será do Santos”, esbravejou o treinador.

Logo após a partida deste domingo, contra o Fluminense, os jogadores santistas já se apresentam às seleções. O time olímpico atuará dias 9 e 12, em Manaus. Já a equipe principal entrará em campo dias 8, no Chile, e 13, em Fortaleza. Dia 15, Todos viajam com o Santos para Porto Alegre, local do confronto direto com o Grêmio por uma vaga no G4 do Brasileirão, seis dias antes da primeira semifinal contra o São Paulo, pela Copa do Brasil.

“Não vou conseguir preparar a equipe sem quatro jogadores fundamentais. Vai provocar um prejuízo grande na semifinal. Quem faz tabela não trabalha diretamente com futebol. Não tem ideia do prejuízo que proporciona, porque não imagina que êxito leva a convocações. É o Brasil. Não temos o que reclamar. Temos que trabalhar. Fazer o quê?”, questionou o treinador santista, inconformado com a situação.

Time
Dorival Júnior também se mostrou ansioso em poder contar com seus atletas lesionados. Nesta quinta, Lucas Lima não pôde jogar por causa de um estiramento na coxa direita e Geuvânio segue em tratamento também de um problema na coxa, este, porém, mais acentuado.

“É natural que fazem muita falta. Estão habituados àquilo que a equipe joga. O Lucas Lima espero contar já neste domingo. Geuvânio possivelmente para a segunda partida contra o São Paulo (dia 28). Talvez não na primeira. Vamos tentar acelerar, mas acho difícil. No mais, melhor aguardar”, explicou Dorival, antes de enaltecer o crescimento de outros atletas durante essa fase de necessidade do elenco em mostrar sua força.

“O Berola está começando a encontrar um caminho, a buscar uma regularidade importante. O Gabriel realmente vem crescendo muito. Vem chamando atenção, tem jogado de uma mameira madura, equilibrada. Tem participado de quase todos nossos gols. Vamos esperar que ele continue assim, se interesse ainda mais, porque ele tem capacidade para jogar não só finalizando, mas também armando, fato comprovado pelo segundo gol”, elogiou o técnico.

Dorival agradece escolha “sensata” de Modesto e vê rival “perigoso”

O objetivo santista em levar a partida desta quinta para o Pacaembu foi alcançado. O time venceu, garantiu vaga na semifinal da Copa do Brasil e bateu seu recorde de público na temporada. 25.930 pessoas pagaram para assistir a vitória por 3 a 2 em cima do Figueirense, mas 29.468 estiveram no estádio paulistano. A renda de R$ 1.281.485,00 também agradou a diretoria santista, que só arrecadou um valor superior na decisão do Campeonato Paulista, contra o Palmeiras, quando o clube registrou seu segundo maior público no ano, com 14.662 espectadores, e arrecadou R$ 1.555.280,00. Na ocasião, porém, além do fato da partida valer um título, o valor dos ingressos também eram mais caros. Já para esta quinta, havia até uma promoção, que liberava meia-entrada para os setores de arquibancada, caso o torcedor fosse à bilheteria com a camisa do Santos.

“Ninguém gosta de sair da Vila Belmiro. Essa é a grande verdade. Mas o que for decidido, nós acataremos”, disse, curto e grosso, Dorival Júnior, ao ser questionado sobre as possibilidades para a semifinal, frente ao São Paulo.

Em seguida, ao ser informado que o presidente Modesto Roma Júnior já se antecipou e confirmou o mando do Peixe na Vila Belmiro, o técnico se mostrou aliviado.

“Posição sensata. Fico feliz com isso e vamos nos preparar para os dois jogos”, afirmou.

O último San-São, aliás, foi disputado justamente na Baixada Santista. Naquela oportunidade, no entanto, o público e a renda decepcionaram. 5.552 torcedores levaram ‘apenas’ R$ 342.290,00 aos cofres do clube.

Aproveitando a oportunidade, Dorival Júnior fez questão de deixar claro, principalmente para o seu torcedor, que a vitória conquistada recentemente em cima do Tricolor Paulista não servirá como parâmetro para esta decisão.

“Aquela partida da Vila Belmiro foi muito bem disputada. O número de gols não condiz com aquilo que naturalmente aconteceu, pelo equilíbrio que tivemos. O Santos prevaleceu em determinado momento, mas hoje o São Paulo é mais compacto e equilibrado. Teremos dois grandes jogos”, avisou, lembrando os 3 a 0 impostos na 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, há menos de um mês.

“O histórico inexiste nesse momento. São duas partidas com outra característica. O São Paulo é perigoso, está evoluindo na competição, com todas essas incertezas que falam, mas está praticamente dentro do G4, brigando por vaga, como o Santos. Não vejo esse desequilíbrio todo”, explicou, minimizando as turbulências recorrentes em seu rival por consequência de alguns atritos entre diretoria, comissão técnico e elenco.

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