Nacional-URU 1 x 0 Santos
Data: 01/05/2018, terça-feira, 21h30.
Competição: Copa Libertadores – Grupo 6 – 5ª rodada
Local: Estádio Gran Parque Central, em Montevidéu, Uruguai.
Árbitro: Wilmar Roldan (COL)
Auxiliares: Alexander Guzman e Cristian de la Cruz (ambos da COL).
Cartões amarelos: Léo Cittadini e Alison (S); De Pena, Romero e Barcia (N).
Cartão vermelho: Léo Cittadini (S).
Gol: Barcia (12-2)
NACIONAL
Conde; Fucile, Corujo, Polenta e Espino; Romero, Oliva, Zunino (Rodríguez) e Viúdez (Barcia); De Pena (Bueno) e Bergessio.
Técnico: Alexander Medina
SANTOS
Vanderlei; Daniel Guedes, Luiz Felipe, David Braz e Dodô; Alison, Léo Cittadini e Jean Mota (Vecchio); Copete (Arthur Gomes), Rodrygo (Vitor Bueno) e Gabriel.
Técnico: Jair Ventura
Apático, Santos perde para o Nacional, mas avança na Libertadores
O Santos perdeu por 1 a 0 para o Nacional na noite desta testa terça-feira, no Uruguai, mas se classificou para as oitavas de final da Libertadores da América com uma rodada de antecedência. Antes de entrar em campo, o Peixe viu Real Garcilaso e Estudiantes empatarem. No fim da quinta rodada, o alvinegro continuou na liderança, a um ponto dos uruguaios e desperdiçou a chance de garantir o primeiro lugar.
A notícia da classificação antecipada não fez bem ao Santos. Apático, o time da Baixada Santista foi dominado pelo Nacional desde a segunda metade do primeiro tempo e não criou uma chance clara de gol em mais de 90 minutos no Estádio Parque Central.
O gol do Decano veio aos 12 minutos do segundo tempo, em falha coletiva da defesa santista. Copete perdeu bola no ataque, Daniel Guedes, Luiz Felipe e Léo Cittadini deixaram Espino sozinho, e o cruzamento encontrou Barcia, livre, no segundo pau, após cochilo de Dodô e Vanderlei estático na pequena área. Em vantagem, o Nacional administrou o resultado com tranquilidade.
O jogo:
Já classificado para as oitavas de final, o Santos entrou em campo disposto a marcar forte e explorar os espaços para contra-atacar. Nos minutos iniciais, a estratégia deu certo e o Nacional pouco criou. Na segunda metade do primeiro tempo, porém, os uruguaios cresceram e estiveram muito perto de abrir o placar.
O Peixe sofria para sair jogando e tinha um buraco no meio-campo entre a defesa e o ataque. Na melhor chance do Nacional, Espino chutou de longe, o goleiro Vanderlei errou no rebote e Romero, na pequena área, chutou na trave.
O alvinegro finalizou apenas duas vezes em 47 minutos, uma bola isolada por Gabigol e uma falta cobrada de forma direta por Daniel Guedes, acima do travessão. Rodrygo foi o destaque solitário. A joia deu duas canetas em Fucile e foi o desafogo santista pela esquerda.
Na segunda etapa, o Santos sucumbiu. O Nacional voltou ainda mais ofensivo e o Peixe, dominado, não soube se defender. Aos 12 minutos, o castigo veio em falha coletiva da defesa.
Copete perdeu a bola no ataque, caiu e pediu falta. O juiz mandou seguir, De Pena encontrou Espino entre Daniel Guedes e Luiz Felipe, e o cruzamento foi para Barcia, sozinho, só empurrar. Dodô cochilou na marcação e o goleiro Vanderlei não saiu na pequena área.
Com a vantagem, o Nacional recuou as linhas e passou a administrar o jogo. O Santos, passivo, seguiu sem criar oportunidades claras de gol. As entradas de Vecchio, Arthur Gomes e Vitor Bueno não surtiram efeito. Rodrygo, substituído após pancada de Fucile, foi substituído e preocupa. O camisa 9 se contorcia de dor em campo. A noite só pode ser pior se a joia tiver se lesionado.
Bastidores – Santos TV:
Jair pede equilíbrio ao Santos dentro e fora de casa: “Tem que vender caro”
O Santos está classificado para as oitavas de final da Libertadores da América com uma rodada de antecedência, mas mostrou fraqueza como visitante na derrota por 1 a 0 para o Nacional nesta terça-feira, no Uruguai. O Peixe foi dominado e não esboçou reação.
Depois do tropeço, o técnico Jair Ventura pediu equilíbrio ao alvinegro. Em casa, os santistas venceram e convenceram diante de Nacional, no Pacaembu, e Estudiantes, na Vila Belmiro. Fora, perderam para o Real Garcilaso, no Peru, e derrotaram o Estudiantes com muitas dificuldades na Argentina.
“Eu cobro bastante, na vitória, empate, derrota, goleada e jogo ruim. Busca da excelência é complicada. Entraremos em todas as competições para brigar por títulos. Tivemos grande aprendizado. Sofremos na altitude, grandes jogos em casa e não tão bom fora. É buscar o equilíbrio. Competição vai entrar no mata-mata e não adianta só jogar bem em casa. Tem que vender caro fora como contra o Estudiantes. Fator campo na Libertadores é muito importante”, disse Jair, em entrevista coletiva.
O treinador analisou a derrota para o Nacional e lamentou o lance do gol de Barcia em fundamento muito treinado nos últimos dias: a proteção defensiva aos cruzamentos.
“Difícil atribuir a derrota por um único motivo. Entramos classificados. E por já estarmos classificados, foi por conta do Santos ser superior. Não por mérito dos outros. A nossa responsabilidade é buscar o primeiro lugar e a obrigação de jogar no nosso melhor. Mas o adversário trabalhou muito bem nos nossos erros. As melhores chances deles foram nos nossos erros. As melhoras oportunidades fora do Nacional. Treinamos muito nossos cruzamentos. Acabamos tomando gol em um dos 30 cruzamentos. Mérito do Nacional. A responsabilidade é nossa. Não fizemos um grande jogo como fizemos contra o Estudiantes, em casa”, completou.
Santistas admitem superioridade do Nacional em derrota: “Má partida”
O Santos perdeu por 1 a 0 para o Nacional nesta terça-feira, no Uruguai, sem ter criado uma oportunidade clara de gol. Três finalizações e apenas uma na direção do gol. E como não poderia ser diferente, os jogadores admitiram o rendimento abaixo do esperado.
O goleiro Vanderlei e o volante Alison analisaram a atuação em Montevidéu. A dupla, alicerce santista na temporada, não foi bem. O camisa 1 mostrou insegurança e o volante não marcou como de costume.
“Não fizemos uma boa partida, como contra o Estudiantes. Eles foram superiores e conseguiram a vitória”, resumiu Alison, ao SporTV.
“Fizemos uma má partida. Tivemos a proposta do contra-ataque, mas não tivemos oportunidades. Falhamos no último passe. Fomos pressionados, era o jogo da vida deles. Agora é buscar o primeiro lugar”, analisou Vanderlei.
“É um grupo difícil, era importante classificar o quanto antes. Temos a oportunidade de passar primeiro e pensar nos outros campeonatos”, completou.
Mesmo com a derrota, o Santos se classificou para as oitavas de final com uma rodada de antecedência. O Peixe buscará o primeiro lugar do Grupo 6 no dia 24, em partida contra o Real Garcilaso-PER, no Pacaembu.
Cittadini é expulso no vestiário e desfalcará o Santos na Libertadores
Léo Cittadini recebeu o segundo cartão amarelo nos minutos finais da derrota por 1 a 0 para o Nacional, nesta terça-feira, no Uruguai. O árbitro Wilmar Roldan só percebeu após o apito final e foi expulsar o meia no vestiário. Com isso, ele será desfalque do Santos na partida contra o Real Garcilaso-PER, dia 24, no Pacaembu.
Cittadini pode ser substituído por Renato ou Vecchio. Outra alternativa é escalar Bruno Henrique ao lado de Eduardo Sasha e Rodrygo, com Rodrygo mais recuado, numa espécie de armador.
Bruno ficará à disposição pela primeira vez na fase de grupos da Libertadores. O atacante foi suspenso por cinco partidas pela expulsão em cusparada na eliminação santista para o Barcelona de Guayaquil, em 2017.
Rodrygo torce o tornozelo e vira preocupação no Santos
Além da derrota para o Nacional, no Uruguai, a derrota do Santos nesta terça-feira, pela Libertadores, trouxe outra notícia ruim: Rodrygo substituído após entorse no tornozelo esquerdo.
O atacante do Peixe foi marcado de forma dura por Fucile e, em uma das divididas no segundo tempo, o camisa 9 foi tocado, sofreu a torção e se contorceu de dor em campo antes de ser substituído por Vitor Bueno.
“Minha preocupação maior não foi a derrota, mas a lesão no Rodrygo. Lamentável pararem a técnica, habilidade e improviso com a violência. Uma pena. Vamos torcer para que não seja nada grave. Intensidade é muito alta. Se perdermos jogadores por pancada ou carrinho, prejudica mais ainda. Cobramos futebol arte e é parado com violência”, disse Jair Ventura, em entrevista coletiva.
Rodrygo iniciou o tratamento com gelo ainda no banco de reservas e será avaliado pelo departamento médico do alvinegro para saber se há alguma lesão. Em uma primeira avaliação, não acreditam em algo grave. A princípio, não haverá necessidade do exame de ressonância magnética.
Veja abaixo os lances do duelo entre o atacante Rodrygo e o lateral direito Fucile.
Em manifesto, Santos repudia declarações de Fucile: “Precisou apelar para a violência”
“Nossos Rodrygos não pararão. Nem com ameaças, nem com faltas, nem com exageros. Nem mesmo com Fucile”, escreveu o clube em nota oficial
A declaração do ex-santista Fucile, lateral-direito do Nacional, que afirmou que “precisou tirar Rodrygo de campo por ter tomado três canetas”, não foi bem digerida pelo Santos. Nesta quarta-feira, o Peixe divulgou um manifesto repudiando a fala do uruguaio.
Apesar de não incluir no comunicado, o clube estuda medidas, como pedir uma punição a Fucile. O gerente de futebol, William Machado, conversará com o presidente José Carlos Peres para avaliar se vale a pena se aprofundar nessa história
Aos 28 minutos do segundo tempo, o atacante tentava se livrar da marcação da equipe adversária, porém sofreu falta de Fucile pelo lado esquerdo do campo. O Menino da Vila foi atendido ainda dentro de campo sentindo muitas dores e teve de ser substituído imediatamente.
Depois de sentir o tornozelo, Rodrygo mal conseguia caminhar. Com uma bolsa de gelo no local, o atacante do Peixe ficou desolado no banco de reservas até o término da partida. Ele ainda será avaliado.
A princípio, sua situação não preocupa. Rodrygo já não manca mais, e Peixe acredita que não foi nada grave, apenas uma torção. Há a possibilidade de o Menino da Vila ficar à disposição contra o Grêmio, neste domingo, em Porto Alegre.
Confira a nota oficial do Santos na íntegra:
“Os Meninos da Vila nascem para jogar bola e são estimulados para isso. Nem sempre se ganha, mas aqui é lugar de jogar futebol. Dar e tomar dribles faz parte. Tomar três dribles desconcertantes de um novo craque do mundo do futebol não significa uma mancha na carreira. Mas tirar esse craque de campo, com uma falta grave, e reconhecer que o tirou por não saber como não tomar o quarto drible, isso é.
O lateral Jorge Fucile, do Nacional do Uruguai, e que jogou no próprio Santos FC em 2012, admitiu que precisou apelar para a violência para frear o atacante Rodrygo. O mais novo raio da Vila passará por exames assim que chegar ao Brasil. Fará isso para saber a gravidade da contusão que só existiu porque um adversário não sabe ainda, já em final de carreira e mesmo ainda jogando por um dos clubes mais tradicionais do esporte, que respeito à um colega de profissão é elementar.
Como afirmou nosso técnico Jair Ventura “A técnica não pode perder para a violência”. E se depender do Santos FC isso nunca acontecerá. Nem sempre ganhamos, é verdade. Mas nos entristecemos ao ver decisões como as tomadas pelo jogador uruguaio. Nossos Rodrygos não pararão. Nem com ameaças, nem com faltas, nem com exageros. Nem mesmo com Fucile.”
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