22/05/2008 – Santos 1 x 0 América-MEX – Copa Libertadores

Santos 1 x 0 América-MEX

Data: 22/05/2008, às 21h50.
Competição: Copa Libertadores – Quartas-de-finais – Jogo de volta
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 19.539 pagantes.
Renda: R$ 609.820,00.
Árbitro: Jorge Larrionda (URU).
Auxiliares: Carlos Pastorino e Gustavo Siegler (ambos do URU).
Cartões amarelos: Silva, Villa, Sebá e Cabãnas (A); Trípodi (S).
Gols: Kléber Pereira (17-2).

SANTOS
Fábio Costa; Marcelo, Betão (Quiñonez), Fabão e Kléber; Rodrigo Souto, Marcinho Guerreiro e Molina; Wesley (Trípodi), Kléber Pereira e Lima.
Técnico: Emerson Leão

AMÉRICA-MEX
Ochoa; Castro, Sanchez, Sebá Dominguez; Ismael Rodríguez (Iñigo), Oscar Rojas, Germán Villa e Alejandro Argüello (Jesus Sanchez); Juan Carlos Silva, Cabañas e Esqueda (Mosqueda).
Técnico: Juan Antonio Luna



América tranca jogo na Vila, perde por pouco e elimina Santos

O Santos preparou formação ofensiva para reverter a desvantagem conquistada pelo rival mexicano na ida, mas esbarrou no forte jogo defensivo montado pelo América. A equipe paulista venceu por 1 a 0, nesta quinta-feira, na Vila Belmiro, resultado, entretanto, insuficiente para avançar às semifinais da Libertadores.

A eliminação não foi digerida pelo Santos, que culpou as arbitragens dos duelos das quartas. “Não deram o gol do Kléber lá no México e agora não marcaram pênalti. Nos roubaram”, esbravejou Molina.

Classificado, o time mexicano encara a LDU nas semifinais da Copa Libertadores. O outro cruzamento reserva Fluminense x Boca Juniors.

Derrotado por 2 a 0 no México, a equipe paulista tratou de segurar o ataque do América na Vila Belmiro para evitar maior estrago. Para isso, Emerson Leão montou operação “anti-Cabañas”, fixando um zagueiro na cola do atacante paraguaio durante todo o jogo.

A marcação pressão na estrela do América surtiu efeito nos 45 min iniciais. Fábio Costa foi apenas um espectador na metade inicial de partida.

O América armou esquema defensivo, com cinco atletas em linha povoando a grande área. Com dificuldade para furar o bloqueio mexicano, restou ao Santos arriscar cruzamentos feitos distante da área e chutes de longa distância. E foram de jogadas de tiro longo que surgiram as principais chances de gol na primeira etapa, com Molina e Rodrigo Souto.

Insatisfeito com o rendimento de Wesley, Leão promoveu a entrada de Trípodi depois do intervalo. A alteração fez com que o time santista abrisse mais o jogo no ataque. Limitado tecnicamente, Tripodi, porém, deu maior movimentação ofensiva. Dos seus pés saiu o passe para Kléber Pereira, que reclamou de pênalti não assinalado por Jorge Larrionda.

Apresentando as mesmas deficiências ofensivas da etapa inicial, o Santos não conseguia articular jogadas pelo lado em razão da falta de cacoete de Betão. Leão constatou a fragilidade de Betão pelo lado e pôs Quinonez. No primeiro lance do equatoriano, o Santos chegou ao gol, com Kléber Pereira, escorando de cabeça cruzamento na medida.

A necessidade de um segundo gol levou o Santos ao desespero no ataque. Pelo menos duas jogadas por pouco não resultam em gol alvinegro. Praticamente um atacante, Molina desferiu chutes perigosos. Já Pereira perdeu oportunidade na frente de Ochoa.

Decepcionado, Leão esbraveja: ‘Precisamos de ajuda’

Treinador afirma que Alvinegro foi sistematicamente prejudicado durante toda a Libertadores e diz que falta força nos bastidores

O técnico Emerson Leão, do Santos, é o retrato da decepção dos alvinegros com as arbitragens da Taça Libertadores. Após a vitória por 1 a 0 sobre o América-MEX, nesta quinta-feira, na Vila Belmiro, e a eliminação do time da competição continental (o Peixe precisava vencer por 2 a 0), o treinador afirma que sua equipe foi sistematicamente prejudicada durante a competição. Desde a estréia, em Cúcuta, quando a arbitragem anulou um gol legítimo de Kléber Pereira, até o jogo desta quinta-feira, contra o América-MEX, quando, de acordo com Leão, o uruguaio Jorge Larrionda não marcou pênalti em uma trombada do argentino Sebá em Kléber Pereira dentro da área.

A decepção do treinador santista com as arbitragens é tamanha que ele chega a apelar:

– Chega uma hora que eu nem sei o que dizer. Nós precisamos de ajuda. Não para jogar bola, mas outro tipo de ajuda – afirma o treinador, referindo-se à falta de uma força maior do Alvinegro nos bastidores. Para o treinador, chegou a hora de algum brasileiro se candidatar ao comando da Confederação Sul-Americana de Futebol para que os clubes nacionais tenham mais respaldo.

Para Leão, os juízes enterraram um trabalho que ele conseguiu construir à base de muito sacrifício, superando muitas críticas.

– O Santos não teve erro nenhum nesses jogos. Quem errou foi o árbitro. Errou em Cúcuta, em Oruro, no México, hoje (nesta quinta-feira)… É impressionante o que fizeram. Hoje, o juiz ficou rindo, não quis dar o pênalti. Se fazem isso na Bombonera (do Boca Juniors-ARG) ou no Uruguai, não saem vivos. Mas aqui é uma mãe – reclama o treinador.

Leão afirma que não é choro gratuito, que não é reclamar por reclamar. Ele diz que preferia ter perdido a classificação para um time que jogou melhor, que envolveu sua equipe. Mas diz que nem conseguiu cumprimentar o técnico do América, Juan Antonio Luna, pois acha que o time mexicano se classificou mais por erros da arbitragem do que por méritos próprios.

– Ninguém está chorando aqui não. Não estamos lamentando nada ou criando. Não perdemos para o adversário. Estamos perdendo para quem decide. Estamos entrando em campo, marcando gols, vencendo, mas não nos deixaram avançar – afirma, lembrando o gol anulado de Kléber Pereira na quinta-feira passada, no México, no primeiro confronto contra o América. O argentino Hector Baldassi, atentendo ao seu auxiliar, marcou impedimento no lance, já nos acréscimos. Caso o gol tivesse sido validado, o Peixe, com o 1 a 0 desta quinta-feira, estaria nas semifinais da Libertadores.

Leão desabafa e volta a disparar contra a ‘Turma do Carnaval’

Treinador diz que conseguiu resgatar um time que estava desacreditado e que, por isso, não vai engolir mais hostilidade da torcida

A eliminação do Santos da Taça Libertadores contra o América-MEX, nesta quinta-feira, faz o técnico Emerson Leão desabafar e deixar claro que não vai mais agüentar engolir tanto sapo. O treinador não se incomoda de receber críticas de jornalistas e comentaristas. O que ele não suporta é ser hostilizado pela própria torcida alvinegra.

Ele se refere a uma das torcidas uniformizadas do Peixe, que fez campanha a favor de sua demissão nas primeiras rodadas do Paulistão, quando o time andou marcando passo na zona de rebaixamento.

– Pegamos um time que todos falaram que era ridículo e montamos um grupo competitivo, que joga de igual para igual com todos. Então, chega uma hora que eu nem sei o que falar. Aqui, você sofre processo de sua própria torcida. Tem intimação policial. Isso é ridículo – lamenta o treinador.

Leão foi citado judicialmente pela torcida porque acusou seus membros de receberem pagamento para pedir sua demissão. Ele chamou o grupo de “Turma do Carnaval” porque o suposto pagamento serviria para que a facção pudesse organizar o desfile de sua escola de samba.

– Fui intimado para falar quem é a Turma do Carnaval. O que é isso rapaz? Eu sou trabalhador e honesto. Não estou mais aqui para isso. Ouvi todo tipo de ofensa e estou cansado disso – afirma o treinador, que, apesar do discurso duro não pensa em deixar o clube por causa desse problema.

Fora da Libertadores, Peixe prepara cortes no elenco para o Brasileirão

Leão quer trabalhar com apenas 28 ou 29 jogadores. Hoje, elenco conta com 35 atletas

Eliminado da Taça Libertadores, o Santos volta suas atenções para o Brasileirão. Com um elenco inchado, o técnico Emerson Leão prepara cortes. Como agora só disputa uma competição, o grupo santista terá entre 28 e 29 jogadores. Atualmente, tem 35.

O atacante Moraes já acertou com a Ponte Preta, mas outros devem sair. Caso dos meias Vítor Junior, Patrik, do volante Dionísio, e do lateral-direito Filipi. O atacante Alemão, cujo contrato vence em julho, não acertou sua renovação de contrato e deverá deixar a Vila Belmiro. O atacante Renatinho, que tenta se livrar de um contrato de gaveta, também está de saída.

O técnico Emerson Leão não cansa de dizer que não tem condições de trabalhar com tantos jogadores, pois causa uma situação constrangedora nos treinamentos: um grupo treinando separadamente, sem nenhuma perspectiva de sequer ficar no banco. Mas a redução no elenco não se fará apenas com a saída de jogadores que não são utilizados por Leão. Jogadores importantes, como o lateral-esquerdo Kléber e o volante Rodrigo Souto estão na mira de times europeus e podem deixar a Vila Belmiro em agosto.

Por outro lado, Leão espera a chegada de um lateral-direito e de um meia ofensivo que jogue pelo lado direito – Rodrigo Tabata não conseguiu emplacar e não tem agradado ao treinador.

– Quero jogador que chegue para resolver – costuma repetir Leão.


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