28/09/1996 – Santos 1 x 2 Internacional – Campeonato Brasileiro

Santos 1 x 2 Internacional

Data: 28/09/1996, sábado, 15h30.
Competição: Campeonato Brasileiro – Turno único – 1ª fase – 11ª rodada
Local: Estádio Municipal Primeiro de Maio, “Vila Euclides”, em São Bernardo do Campo, SP.
Público: 8.900 pagantes
Renda: R$ 84.875,00
Árbitro: Cláudio Vinícius Cerdeira (RJ)
Cartões amarelos: Jean, Jamelli, Robert, Baiano e Anderson (S); Fernando, Marcelo, Paulo Isidoro (I).
Cartão vermelho: Arílson (14-2).
Gols: Fabinho (35-1); Leandro (26-2) e Jamelli (35-2).

SANTOS
Edinho; Ânderson Lima, Jean (Andradina), Narciso e Gustavo Nery (Camanducaia); Baiano, Carlinhos, Vágner e Robert; Jamelli e Alessandro.
Técnico: José Teixeira

INTERNACIONAL
André; César Prates, Tonhão, Gamarra e Arílson; Fernando, Enciso, Marcelo e Paulo Isidoro (Luis Gustavo); Fabinho (Cleomir) e Leandro Machado (Ânderson Luís).
Técnico: Elias Figueroa



Time reclama do gramado

Com a Vila Belmiro em reformas e o Estádio do Ibirapuera recebendo festividades, o Santos teve que mandar o jogo no Estádio da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo. O estado do gramado era lastimável e pior ainda o vestiário, onde várias torcedoras do Santos espiavam os jogadores se trocarem devido as frestas nas paredes.

A diretoria santista arrependeu-se de ter marcado o jogo em São Bernardo. “Não sabia que o gramado estava tão ruim e que não havia condições de trabalho para a imprensa”, disse o dirigente Clodoaldo Tavares Santana.

“Estou preparado para ser criticado por ter decidido jogar aqui.”

Os jogadores do Santos lamentaram os buracos no campo. “Fica difícil tocar a bola”, disse o meia Jamelli.

“O problema é que havia uma festividade no Ibirapuera e não podíamos enfrentar o Inter lá.” Clodoaldo explicou ainda que a diretoria decidiu não jogar no Morumbi com medo da pouca presença de público. “Em São Bernardo vieram mais torcedores.”

Após a derrota os torcedores do Santos pediram as saídas do técnico José Teixeira e do goleiro Edinho.

Dirigente critica o treinador do Santos

A diretoria santista fará hoje uma reunião com a comissão técnica para avaliar a crise que tomou conta do clube após a derrota de anteontem, 2 a 1 para o Inter-RS.

O técnico José Teixeira, criticado pelo vice-presidente Clodoaldo Tavares Santana no segundo tempo, corre o risco de perder o cargo. O dirigente achou que o meia Vágner estava “sem fôlego” e deveria ter sido substituído. No final do jogo, torcedores pediram a saída do técnico e do goleiro Edinho.

O treinador rebateu as críticas dizendo que o Santos jogou melhor e merecia ter vencido. “No primeiro tempo, o Inter deu um chute a gol e marcou.”

Ele aproveitou também para defender Edinho. “Quem diz que ele falhou no primeiro gol não fala que o lance começou numa falta desnecessária do Robert.”

O gol de Fabinho, cobrando falta, foi aos 35min da primeira etapa, quando o Santos dominava.

No segundo tempo, o Inter fez 2 a 0 com um jogador a menos, já que Arílson havia sido expulso. Leandro foi o autor do gol.

Jamelli, a dez minutos do final, fez o único do Santos.

A esperança

Apesar da situação delicada no torneio, 14 pontos em 11 jogos, Teixeira acredita na classificação.

“Temos que trabalhar. Não vou ficar parado reclamando que preciso de um matador”, afirmou, referindo-se ao técnico Valdyr Espinosa, demitido do Corinthians após criticar a diretoria por não contratar um atacante.



Santos teme desfalques na defesa em São Bernardo

O Santos enfrenta o Internacional hoje, às 15h30, em São Bernardo do Campo (SP), desfalcado de três jogadores de defesa.

O zagueiro Sandro, o lateral-esquerdo Marcos Adriano e o volante Marcos Assunção, todos suspensos, não jogam. É provável que entrem Jean na zaga, Gustavo na lateral, e Baiano no meio-campo.

“Desfalques preocupam, mas meu estilo sempre foi o de prestigiar os reservas. Nos treinos, todos têm demonstrado estar integrados ao estilo de jogo do Santos. Acho que não vai haver problemas”, disse o técnico José Teixeira.

A equipe deve manter uma forte marcação no meio-campo, provavelmente com três volantes. Isso não significa, segundo o treinador, que o time vai jogar na defesa.

“Quero ver os volantes fazendo a ligação rápida com o ataque. Temos de aproveitar a velocidade dos atacantes, principalmente do Alessandro, que está numa boa fase.”

O técnico gostou do gramado do estádio de São Bernardo. “A grama está curta e o piso é duro, fazendo com que a bola role bastante”, afirmou.
Teixeira disse ainda acreditar nas chances de classificação do time.

“Estamos quase na metade do campeonato. Agora é que a equipe vai começar a pegar entrosamento”, disse. O Santos tem 14 pontos em 10 jogos, ocupando a 14ª posição na tabela de classificação.

Para o jogo contra o Internacional, o técnico optou por escalar Edinho no gol, em lugar de Sérgio.

Foram colocados dez mil ingressos à venda para a partida.

Time pode priorizar Supercopa

Se não conseguir derrotar o Internacional, o Santos deve passar a priorizar a Supercopa, já que as chances de classificação da equipe no Campeonato Brasileiro ficarão remotas.

O time está na segunda fase do torneio sul-americano. Vai enfrentar o Atlético Nacional de Medellín (Colômbia) tentando um título inédito. Anteontem, o Santos bateu o Peñarol por 3 a 0, gols de Sandro, Vágner e Alessandro, eliminando o time uruguaio.

O atacante Alessandro, destaque da equipe na vitória sobre o Peñarol, disse que o trunfo do Santos “é o estilo operário.”

No Inter

O ex-zagueiro chileno Elias Figueroa será o técnico do Internacional no jogo contra o Santos. Ele substitui Nelsinho Batista, que pediu demissão na última terça-feira para treinar o Corinthians.

Figueroa poderá trocar o cargo de supervisor do Inter pelo de técnico, dependendo do desempenho da equipe a partir de hoje. Ele foi bicampeão brasileiro jogando pelo Inter, em 1975/76.

O chileno quer que sua equipe marque a saída de bola do Santos. O volante paraguaio Enciso atuará mais avançado. Fabinho, que estava na reserva, e Paulo Isidoro, que cumpriu suspensão, jogam hoje.

Figueroa disse que foi “até bom” o Santos ter vencido o Peñarol pela Supercopa. “Eles ficaram mais tranquilos, mais eufóricos.”


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