Santos 1 x 1 Novorizontino
Data: 25/02/1996, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Paulista – 1º turno – 7ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 4.473 pagantes
Renda: R$ 36.065,00
Árbitro: Francisco Dacildo Mourão
Cartões amarelos: Claudio, Sandro, Marcos Adriano, Batista e Ronaldo Marconato (S); Paulo César e Genilson (N).
Cartão vermelho: Jura (N).
Gols: Ricardo (30-1) e Macedo (36-1).
SANTOS
Edinho; Cláudio, Ronaldo Marconato, Sandro e Marcos Adriano; Baiano, Batista, Jennedy (Gustavo Nery) e Kiko (Marcos Paulo); Macedo e Arthur.
Técnico: Candinho
NOVORIZONTINO
Alex; Jura, Rodrigo, China e Paulo César; João Batista, Genilson e Geraldo (Nei Júnior); Joel (Pereira), Gilson e Ricardo (Carlos Zara).
Técnico: José Teixeira
Empate com Novorizontino deixa Santos em sexto lugar
O Santos sentiu as ausências de Giovanni, Robert, Gallo e Vágner, suspensos, e ficou no empate em 1 a 1 com o Novorizontino, ontem à tarde, na Vila Belmiro.
O resultado irritou o técnico Candinho. Mas ele reconheceu que o time esteve descaracterizado.
A pretensão do treinador era aproveitar a sequência de oito jogos contra os chamados “pequenos” para encostar nos líderes. O empate deixou o Santos em sexto lugar no Paulista.
O time iniciou a partida sentindo a falta de entrosamento e foi surpreendido pelo Novorizontino, que adotou esquema cauteloso, explorando os contra-ataques pelo setor direito, com Jura e Joel.
A primeira chance de gol foi do Novorizontino. O lateral Jura chutou forte de fora da área, e Edinho espalmou para escanteio.
Só que o mesmo Jura, principal opção de ataque do Novorizontino, cometeu falta violenta no atacante Macedo e foi expulso.
Quando todos esperavam o Santos sufocando o adversário, o atacante Gilson fez boa jogada pela direita e cruzou forte. O meia Ricardo se antecipou à zaga e chutou no canto esquerdo, sem chance para Edinho.
O Santos empatou aos 37min. O lateral Marcos Adriano começou a jogada pela esquerda, invadiu a área e chutou forte e rasteiro. Macedo completou para o gol.
No segundo tempo, Candinho mandou o time à frente, mas a equipe pecou nas finalizações.
O Santos fez duas jogadas de perigo: um chute de fora da área do volante Batista, com uma difícil defesa de Alex; e uma cobrança de falta do zagueiro Sandro, com Alex mandando para escanteio.
No final, os próprios santistas reconheceram que o empate foi um resultado justo.
Candinho pede calma à torcida
O técnico Candinho reconheceu que está difícil a classificação no primeiro turno. “Mas a torcida tem que ter calma. Teremos muitos jogos pela frente e se classificam quatro para a decisão.”
“Hoje, o time sentiu a ausência de alguns titulares. Falhamos no gol e não soubemos trabalhar a bola”, acrescentou.
O lateral-esquerdo Marcos Adriano procurou levar o time ao ataque, mas encontrou dificuldade.
“Não é desculpa, mas sentimos a falta de entrosamento. O Novorizontino soube se fechar e mereceu o empate”, disse.
O Santos volta a campo no próximo sábado, enfrentando o Mogi, em Mogi Mirim. Para a partida, Candinho terá dois desfalques: os zagueiros Sandro e Ronaldo receberam o terceiro cartão amarelo.
Em compensação, Giovanni, Vágner, Robert e Gallo voltam ao time, depois de terem cumprido suspensão por cartão amarelo.
Camanducaia e Marcelo Passos permanecem no departamento médico. A diretoria espera regularizar a situação do centroavante Clóvis, contratado por empréstimo junto ao Benfica, de Portugal.
Santos apela a reservas e juniores hoje ( Em 25/02/1996 )
O Santos enfrenta o Novorizontino, às 16h, na Vila Belmiro, tendo novamente que recorrer a jogadores juniores para formar o time.
Todo o meio-campo, composto de três meias defensivos (Kiko, Baiano e Batista) e um ofensivo (Kennedy, do Zimbábue), será de jogadores reservas.
Eles substituem Gallo, Vágner, Robert e Giovanni -titulares que cumprirão suspensão automática por terem recebido o terceiro cartão amarelo.
No ataque, o técnico Candinho deverá manter Macedo como centroavante. Ao seu lado, deve jogar o sul-africano Arthur.
Outra hipótese para a formação do ataque é o aproveitamento do recém-contratado Clóvis, que atuou no último Brasileiro pelo Corinthians. Nesse caso, Arthur ficaria na reserva, e Macedo voltaria a jogar pela ponta direita.
Entretanto, até o final da tarde da última sexta-feira, a diretoria não havia conseguido a regularização da documentação de Clóvis na Federação Paulista de Futebol. O atacante foi contratado por seis meses junto ao Benfica, de Portugal, por R$ 40 mil.
Mas nem a possibilidade de contar com o atacante deixou Candinho animado.
“Nunca passei por uma fase dessas. Corro o risco de não ter jogadores para completar o banco de reservas. O jeito é tocar o barco.”
Candinho, pelo fato de o time jogar com três homens de marcação no meio-campo, quer os laterais Cláudio e Marcos Adriano atuando com “grande participação ofensiva”.
Fonte: Estadão
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