São Paulo 3 x 2 Santos
Data: 10/08/2019, sábado, 17h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 14ª rodada
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo, SP.
Público: 47.277 torcedores
Renda: R$ 3.103.842,00
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Auxiliares: Neuza Ines Back e Daniel Luis Marques (SP).
VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (SP)
Cartões amarelos: Raniel, Everton, Bruno Alves, Tchê Tchê, Raniel (SP); Felipe Aguilar (S).
Gols: Sasha (43-1); Alexandre Pato (03-2), Alexandre Pato (25-2) e Reinaldo (11-2) e Raniel (40-2, contra).
SÃO PAULO
Tiago Volpi; Igor Vinícius, Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo; Luan (Hernanes) (Hudson), Tchê Tchê e Everton; Toró, Raniel e Pato (Vitor Bueno).
Técnico: Cuca
SANTOS
Éverson; Lucas Veríssimo, Aguilar, Gustavo Henrique e Jorge; Diego Pituca, Carlos Sánchez (Evandro) e Felipe Jonatan (Jean Mota); Derlis González (Marinho), Eduardo Sasha e Soteldo.
Técnico: Jorge Sampaoli
Com 2 gols de Pato, São Paulo vira sobre o Santos e vence 1º clássico no ano
Missão cumprida. O São recebeu o Santos na tarde deste sábado, no estádio do Morumbi, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, e não decepcionou os mais de 40 mil torcedores que lotaram as arquibancadas. Tendo pela frente o líder da competição, o Tricolor não se intimidou e venceu o seu primeiro clássico no ano de virada, por 3 a 2, graças aos dois gols de Alexandre Pato e outro de Reinaldo, de pênalti. Sasha e Raniel, contra, balançaram as redes para o Peixe.
O triunfo tricolor foi um presente e tanto não só à torcida, que fez uma bonita festa no Morumbi, mas também a Daniel Alves e Juanfran, que acompanharam o jogo ao lado do presidente Leco. Com o resultado, o São Paulo retomou a quinta colocação, que antes pertencia ao Corinthians, e segue na cola de Flamengo e Atlético-MG.
O Santos, por sua vez, perdeu a oportunidade de assegurar os quatro pontos de vantagem para o vice-líder Palmeiras. O Verdão entra em campo amanhã, contra o Bahia, no Allianz Parque, e pode diminuir a distância para o Peixe para apenas um ponto em caso de vitória.
O jogo
O Santos foi quem chegou pela primeira vez com perigo na partida. Logo aos sete minutos, em contra-ataque, Sasha abriu para Derlis González na direita, que bateu cruzado, mas viu Arboleda aparecer no meio do caminho para interceptar a bola que sobraria livre para Carlos Sánchez no segundo pau. O São Paulo, por sua vez, respondeu aos 12 minutos com Raniel, que se antecipou para completar a cobrança de escanteio de Reinaldo, tirando tinta da trave de Éverson.
A partida era bastante disputada, com ambas equipes propondo o jogo e tentando o gol a todo momento. Aos 19, Felipe Jonatan recebeu sem marcação, de frente para o gol, e arriscou de fora da área, batendo cruzado e assustando o goleiro Tiago Volpi. O Tricolor só voltou a incomodar aos 31 minutos, quando Reinaldo bateu falta na entrada da área e mandou à direita da meta defendida por Éverson.
Na reta final do primeiro tempo, quando o São Paulo subiu de produção e aproveitou a queda de desempenho do Santos para tentar abrir o placar, veio a desilusão dos torcedores que lotaram o Morumbi. Depois de Tiago Volpi salvar a equipe aos 37 minutos fazendo uma defesa à queima-roupa em cruzamento de Sánchez, e Toró desperdiçar uma grande oportunidade em jogada ensaiada aos 40, quando recebeu livre dentro da área, mas mandou por cima do gol, aos 43 não teve jeito. Diego Pituca carimbou a trave com um belo chute de média distância e, no rebote, Sasha apareceu apenas para completar para o fundo do gol e garantir a vantagem ao Peixe antes de as equipes irem para o intervalo.
O São Paulo voltou a campo para a etapa complementar com Hernanes na vaga de Luan e logo no início a pressão dos donos da casa deu certo. Após Éverson defender a cobrança de falta do Profeta e mandar para escanteio, Alexandre Pato aproveitou o cruzamento na área para, depois de um desvio, ficar com a sobra, dominar e bater forte, deixando tudo igual no Morumbi.
Mas a blitz são-paulina não parou por aí. Um pouco depois do empate, aos nove minutos, Hernanes cobrou escanteio pela esquerda, Everton cabeceou, e a bola tocou no braço de Felipe Aguilar dentro da área. Raphael Claus, por sua vez, não titubeou e marcou o pênalti. Reinaldo, que começou a partida como capitão, foi para a cobrança e não desperdiçou, virando o jogo para o Tricolor.
A euforia da torcida deu lugar à tensão aos 15 minutos, quando Hernanes foi ao chão e teve de ser substituído por Hudson. Quatro minutos depois, contudo, os mais de 40 mil são-paulinos que estiveram presentes no Morumbi voltaram a fazer barulho graças a Raniel, que soltou uma bomba de fora da área e viu Éverson voar para fazer grande defesa.
Aos poucos, o Tricolor foi mostrando que a ausência de Hernanes não abalou o time. Aos 25 minutos, Reinaldo fez o desarme pela esquerda e tocou rasteiro para Alexandre Pato, que dominou e bateu forte, mas Éverson novamente salvou o Santos. Entretanto, no minuto seguinte, não deu para o goleiro do Peixe. Pato aproveitou o vacilo do meio-campo adversário, saiu em velocidade, contou com um tombo de Felipe Aguilar no meio do caminho e saiu frente a frente com o arqueiro rival, precisando apenas tocar no alto para fazer o terceiro e praticamente matar a partida no Morumbi.
Só que o jogo, até então tranquilo para os são-paulinos, voltou a ficar dramático com o gol contra de Raniel aos 40 minutos do segundo tempo após o cruzamento de Evandro. Novamente com apenas um gol de vantagem no placar, o Tricolor teve de segurar o ímpeto da equipe comandada por Sampaoli nos instantes finais para somar mais três importantíssimos pontos na tabela.
Sampaoli explica ‘3-2-5’ e lamenta “desconforto” em derrota no San-São
O técnico do Santos, Jorge Sampaoli, lamentou o “desconforto” da equipe na derrota por 3 a 2 para o São Paulo neste domingo, no Morumbi, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O treinador explicou a opção por Lucas Veríssimo pela direita, com Victor Ferraz no banco, e disse que o time não atuou como está acostumado no clássico.
“Jogamos um jogo de muitas idas e voltas. Treinamos dessa forma, não é a que habitualmente jogamos. Tivemos chances claras, fomos para o intervalo vencendo e depois não encontramos linha de passe e jogo coletivo. Deixamos o jogo cômodo para o São Paulo. Mais do que as intenções, jogo não foi como de costume. Pensamos em transições rápidas, por isso pensamos em três centrais. Ideia era controlar a saída com três centrais e jogar num 3-2-5. Jogo nos levou a que ele (Veríssimo) fosse lateral. Não foi determinante, é coincidência (outras derrotas com três zagueiros). É fácil coincidir pontualmente porque não ganhamos. Não foi por isso, não tocamos muito, não encontramos os livres na pressão, superar o tempo que São Paulo não nos deu para sair com limpeza”, disse Sampaoli, em entrevista coletiva.
“Foram dois gols de bola parada e um erro não forçado. São Paulo não criou tanto além da pressão individual. Tivemos chances no primeiro tempo, Volpi defendeu o cabeceio e tivemos aproximações antes do 3-2. Partida não nos deixa muitas coisas porque não jogamos como estamos acostumados”, completou.
Sampaoli espera que o Santos dê a volta por cima no Brasileirão e saiba pontuar mesmo em jornadas ruins.
“Espero que entendamos nossa maneira de jogar e nossos limites. Seguir trabalhando para fortalecer. Não jogaremos bem sempre e temos que seguir adiante. Não jogaremos sempre bem. Hoje não jogamos. Temos que estar cômodos com o jogo, com a bola, não correndo por 90 minutos”, afirmou.
“Temos que trabalhar muito mais para reverter jogos ruins. Temos que resolver jogando, mais além da pressão do rival. Treinamos sempre o jogo. Hoje tivemos uma queda. Ganhamos os sete e não fomos tão bons. Jogamos melhor que o rival e aproveitamos chances. Das sete chances claras do primeiro tempo, poderíamos ter mudado a história do jogo. Esse é o futebol”, concluiu.
O Santos, ainda líder, voltará a campo para enfrentar o Cruzeiro no domingo (18), no Mineirão, pela 15ª rodada do Nacional.
Felipe Aguilar compromete no San-São, recebe 3º cartão e não enfrenta o Cruzeiro
Felipe Aguilar recebeu o terceiro cartão amarelo durante a derrota do Santos por 3 a 2 para o São Paulo neste sábado, no Morumbi, e desfalcará o Peixe contra o Cruzeiro no dia 18, no Mineirão, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O colombiano foi um dos piores do Alvinegro. Ele comete o pênalti ao colocar a mão na bola antes de Reinaldo virar o jogo e tropeça no lance do terceiro gol, de Pato.
“Começamos bem, tomamos dois gols e caímos um pouco. Só levantamos depois do terceiro gol. Não fizemos o que trabalhamos”, disse Aguilar, após o apito final.
Sasha lamenta ‘apagão’ do Santos, mas diz: “Essa derrota não tira o que temos feito”
Eduardo Sasha lamentou o “apagão” do Santos na derrota por 3 a 2 para o São Paulo neste sábado, no Morumbi, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Após gol de Sasha e boa etapa inicial, o Peixe sucumbiu à pressão do rival no segundo tempo e perdeu depois de sete vitórias consecutivas.
“Fiquei feliz pelo gol, mas não jogamos bem no segundo tempo. Essa derrota não vai tirar o que temos feito no campeonato. Temos que trabalhar da mesma forma”, disse Sasha.
“Entramos no segundo tempo não tão ligados como no primeiro. Eles cresceram, em dois lances infelizes… É o futebol, mas estamos no caminho certo. Ninguém pode falar que nosso trabalho não é bem feito”, completou.
Jean Mota desabafa após virar reserva do Santos: “Afeta a confiança”
Jean Mota desabafou no início da noite deste sábado, após a derrota do Santos por 3 a 2 para o São Paulo, no Morumbi, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O meia disse não entender o motivo de ter virado reserva e criticou a falta de comunicação com a diretoria. O Peixe recusou uma proposta de empréstimo do Al Ahli, dos Emirados Árabes, recentemente.
“Fiz um gol e uma assistência contra o Atlético-MG, depois nem entrei. Eu queria uma resposta. Saem matérias e eu nunca sei de nada. Não sei se a diretoria ou o treinador contam mais comigo, mas afeta a confiança”, disse Jean, na zona mista.
“Presidente manda, mas a gente tem que ter essa conversa. Ele precisa falar o que acontece. Se ele decidiu não me emprestar, não chegou até mim para saber minha intenção. Eu quero estar aqui, tenho contrato”, completou.
Depois de Jean Mota falar, o presidente José Carlos Peres também conversou com os jornalistas e negou qualquer influência da diretoria na decisão de Jorge Sampaoli: “Se chegar proposta, vamos conversar com carinho”.
Melhor jogador do Campeonato Paulista, Jean é atualmente um dos reservas de Sampaoli. O meia tem 25 anos e contrato até 30 de junho de 2022. O Santos detém 80% dos direitos econômicos.
Sampaoli responde a Jean Mota após derrota do Santos: “Colocarei quem está melhor”
O técnico do Santos, Jorge Sampaoli, respondeu ao desabafo de Jean Mota após a derrota por 3 a 2 para o São Paulo neste domingo, no Morumbi, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Jean, atualmente reserva, disse não entender o motivo para ter saído da equipe titular depois de ser o melhor do Paulistão. Sampaoli, de forma sucinta, explicou.
“Porque há quem está melhor. Ganhamos sem ele, assim como ganhamos com ele. Colocarei sempre quem creio que está melhor”, disse o treinador.
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