Santos 2 x 1 São Paulo
Data: 17/09/1997, quarta-feira, 21h40.
Competição: Campeonato Brasileiro
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 19.048 pagantes
Renda: R$ 186.280,00
Árbitro: Ubiraci Damásio (RJ).
Cartões amarelos: Rogério Seves, Ânderson Lima, Baiano, Caíco e Marcos Bazílio (S); Alexandre, Edmílson, Cláudio, Luiz Carlos, Sídnei e Dodô (SP).
Gols: Jean (38-1); Macedo (10-2) e Aristizábal (45-2).
SANTOS
Zetti; Ânderson Lima, Jean, Ronaldão e Rogério Seves; Marcos Bazílio, Baiano e Caíco (Marcelo Passos); Muller (João Santos), Macedo e Caio (Edgar Baez).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Cláudio, Rogério Pinheiro (Alexandre), Bordon e Serginho; Sídnei, Edmílson, Luiz Carlos (Marcelinho) e Reinaldo (Fabiano); Dodô e Aristizábal.
Técnico: Dario Pereyra
Santos, 100%, derrota São Paulo na Vila
O Santos derrotou o São Paulo por 2 a 1, ontem, na Vila Belmiro, mantendo um aproveitamento de 100% nos jogos disputados em casa no Campeonato Brasileiro.
Foram seis jogos e seis vitórias. O time chegou a 23 pontos, alcançando a sétima posição, ao lado do Paraná. Se o torneio terminasse hoje, a equipe, que pega o Palmeiras domingo, estaria classificada.
A situação do São Paulo é oposta. O time completou quatro jogos sem vitória -três derrotas e um empate- e entrou definitivamente na zona de rebaixamento. O São Paulo ocupa a 20ª posição, com 17 pontos. Em pontos perdidos, o São Paulo é o 23º.
O treinador Vanderlei Luxemburgo dedicou a vitória à torcida que lotou a Vila Belmiro. “A torcida é o meu principal artilheiro. Foi dela o primeiro gol, antes do do Jean”, disse.
Os dois técnicos resolveram modificar as escalações das equipes momentos antes da partida.
No São Paulo, o técnico Dario Pereyra desistiu da idéia de improvisar o lateral Cláudio no meio-campo, para dar mais experiência ao time, e manteve Edmílson na posição.
No Santos, com a recuperação de Muller, Vanderlei Luxemburgo optou por escalar três atacantes -Muller, Macedo e Caio.
Na Vila Belmiro lotada, o time da casa tomou a iniciativa do jogo, mas esbarrou na forte marcação são-paulina.
O jogo logo se transformou numa sucessão de faltas e jogadas violentas. O Santos tentou explorar as bolas paradas com as cobranças de falta do lateral Ânderson, mas pouco conseguiu.
Aos 29min, o santista baiano deu uma entrada desleal no joelho direito de Rogério Pinheiro, que precisou ser substituído. O técnico Dario Pereyra colocou o volante Alexandre, deslocando Edmílson para a zaga.
O time piorou e, no momento em que estava com dez homens em campo -Reinaldo estava sendo atendido pelos médicos do lado de fora-, tomou o gol.
Só poderia ser por meio de uma bola parada. Ânderson cobrou falta, a defesa parou, e Jean subiu livre para marcar de cabeça. Mais uma vez, como nos dois jogos anteriores, a zaga são-paulina mostrou-se falha nas bolas altas.
No segundo tempo, o São Paulo se abriu e virou uma presa fácil. O Santos fez o segundo logo aos 10min. Novamente, o gol foi originado após uma falha da defesa do São Paulo em bola alta na área.
Caio chutou no travessão, e, na sobra, Muller rolou para Macedo, que bateu cruzado, vencendo o goleiro Rogério.
Logo em seguida, Luxemburgo retirou Muller, que jogou fora das melhores condições. O são-paulino Dario Pereyra colocou Fabiano e Marcelinho, em vão.
O time só conseguiu descontar aos 45min, com Aristizábal, e não teve tempo de tentar o empate.
Santos aposta em ex-rivais ( Em 17/09/1997 )
O Santos tem em seu elenco seis jogadores que já defenderam o São Paulo -Zetti, Ronaldão, Muller, Alexandre, Caio e Macedo.
O goleiro Zetti lembra que o São Paulo é a chamada “asa negra” do Santos. “Desde os tempos em que eu estava lá, o Santos jogava melhor, mas a vitória era nossa.”
“Mudei de lado, mas parece que a escrita permanece. Nos últimos jogos, não merecíamos perder. Chegou a hora de dar um basta na situação”, afirmou Zetti.
Hoje à noite, Caio enfrenta pela primeira vez seu ex-time. “Defendendo o São Paulo, nunca perdi para o Santos, mesmo quando jogava na Vila Belmiro. Hoje, começo um novo tabu”, disse o atacante.
Caio garante que “o inferno astral passou” e promete gol no clássico. “Não marquei gol contra Atlético-MG e Coritiba, mas hoje deixo minha marca e vou comemorar junto com as pessoas que acreditam no meu potencial.”
Caio referiu-se aos companheiros e ao treinador da equipe santista. “O professor Vanderlei tem conversado muito comigo e transmitido tranquilidade e confiança.”
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