Botafogo 0 x 2 Santos
Data: 24/02/1999, quarta-feira, 21h40.
Competição: Torneio Rio São Paulo – Semifinal – Jogo de volta
Local: Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, RJ.
Público: 32.300
Renda: R$ 262.620,00
Árbitro: Alfredo dos Santos Loebeling (SP).
Cartões amarelos: Élder, Jean e Gustavo Nery (S); Reidner e Gálio (B).
Cartões vermelhos: Ânderson Lima e Alessandro (S); Zé Carlos (B).
Gols: Viola (03-1) e Alessandro (09-1).
BOTAFOGO
Wagner; César Prates, Edimar, Bandoch e Ronildo; Reidner, Gállo (Rodrigo), Marcos Aurélio (Milson) e Sérgio Manoel; Zé Carlos e Bebeto (Pontes).
Técnico: Valdyr Espinosa
SANTOS
Zetti; Ânderson Lima, Argel, Jean (Sandro) e Gustavo Nery; Claudiomiro, Marcos Bazílio, Jorginho (Élder) e Eduardo Marques (Michel); Viola e Alessandro.
Técnico: Emerson Leão
Santos vence e faz 2ª final em 3 anos
O Santos avançou à final do Torneio Rio-São Paulo ao bater ontem o Botafogo, no Maracanã, por 2 a 0. No domingo, o time paulista enfrentará o Vasco, no Rio, na primeira partida da decisão.
Será a segunda final do Santos em três anos do torneio (em 97, bateu o Flamengo e foi campeão).
Para o jogo de ontem, o Botafogo fez venda antecipada de ingressos, com preços promocionais. Mas, segundo o clube, um homem roubou R$ 65 mil da venda antecipada em sua sede em General Severiano.
Desde o início, as iniciativas de ataque foram, em sua maioria, do Santos, que jogava pelo empate.
O primeiro gol surgiu aos 9min, com Alessandro. Em jogada pela esquerda, o atacante cortou um rival e chutou para fazer 1 a 0.
O Botafogo não conseguiu se impor nem após sofrer o gol: ficava muito distante do gol de Zetti, restando como alternativa chutar de longe, como fez Marcos Aurélio, aos 14min -para fora.
O segundo gol do Santos começou após Bebeto tentar cavar um pênalti. O time paulista aproveitou a desatenção do adversário e armou um rápido contra-ataque. Alessandro recebeu livre pela direita e cruzou para Viola fazer 2 a 0.
No jogo anterior, em São Paulo, Viola havia reclamado que Alessandro não estava lhe passando a bola. “Eu tinha reclamado, (mas hoje) ele levantou a cabeça”, disse o atacante santista.
No segundo tempo, o Botafogo voltou pressionando mais o Santos, sem resultado. O time paulista teve Alessandro expulso aos 23min, após fazer falta em Bandoch. O próprio Bandoch teve uma chance para marcar o primeiro do Botafogo, aos 27min, mas chutou para fora.
Aos 31min, Ânderson e Zé Carlos se desentenderam após falta do último e foram expulsos. Tanto Ânderson quanto Alessandro poderão jogar domingo, pois não há suspensão no Rio-São Paulo.
O Botafogo ainda teve boa chance, aos 39min, com Mílson, que chutou na trave. E, aos 41min, Zetti, adiantado, quase foi surpreendido por cruzamento de Ronildo.
Santos troca ataque por marcação
O Santos vai inverter, na partida de hoje contra o Botafogo, no Maracanã, a estratégia de jogo que aplicou no primeiro confronto pela fase semifinal do Torneio Rio-São Paulo, no qual bateu a equipe carioca por 1 a 0, no Morumbi.
Se no jogo em São Paulo o técnico Leão optou por escalar três atacantes, hoje o time pode entrar em campo com até três volantes.
A contusão no ombro de Marcos Assunção -artilheiro do time no Rio-São Paulo com quatro gols- contribuiu para a escalação de um Santos mais defensivo.
Assunção será substituído por Claudiomiro, volante que vinha sendo aproveitado na zaga. Ao contrário de Assunção, que ataca bastante, a marcação é o forte de Claudiomiro, que não atuou no Morumbi por causa de um corte no supercílio durante um treino.
Leão acena com a possibilidade de escalar o volante Bechara na vaga do meia Eduardo Marques. “Já entrei em alguns jogos para ajudar o ataque e em outros para reforçar a marcação. Se atuar amanhã (hoje), acho que será para fechar o meio”, disse Bechara.
Caso o técnico Leão confirme Bechara, Jorginho será o único meia com função de apoiar os atacantes Viola e Alessandro.
O Santos necessita somente de um empate para conquistar uma vaga na decisão do Rio-São Paulo. Se perder por diferença de um gol, a classificação vai ser definida na disputa por pênaltis.
No treino de ontem, todos os jogadores do time titular -à exceção do goleiro- cobraram pênaltis. Somente o zagueiro Jean errou.
Embora evite comentar o assunto pelo fato de o Santos ainda não ter obtido a classificação, Leão começou a protestar contra a hipótese de uso do Morumbi nos dois jogos finais -caso a decisão envolva Santos e São Paulo, que disputa a outra vaga com o Vasco.
“O regulamento diz que os estádios para as semifinais e finais são Maracanã, Morumbi e Pacaembu”, afirmou o treinador.
Leão não considera o Morumbi um campo neutro porque o estádio pertence ao São Paulo. Por isso, defende que pelo menos uma das partidas decisivas -caso se confirme uma final paulista- aconteça no Pacaembu.
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