Santos 1 x 1 Cienciano
Data: 16/10/2003, quinta-feira, 21h40.
Competição: Copa Sul-Americana – Quartas-de-final – Jogo de ida
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público e renda: N/D
Árbitro: Martin Vázquez (URU).
Cartões amarelos: Robinho (S); Llanos, Lugo, Moran e Garcia (C).
Cartão vermelho: Chuantico (C, 42-1)
Gols: Alex (26-2, contra) e Robinho (32-2).
SANTOS
Fábio Costa; Reginaldo Araújo (Rubens Cardoso), Alex, André Luiz, Léo; Paulo Almeida (Fabiano), Renato, Elano e Diego (Jerri); Robinho e William.
Técnico: Emerson Leão
CIENCIANO-PER
Oscar Ibañez; Miguel Llanos, Carlos Lugo, Santiago Acasiete, Carlos Maldonado, Alessandro Moran, Juan Carlos Bazalar, Cesar Cchuantico, Julio García, Paolo Maldonado (Carlos Garcia), Rodrigo Saraz (Roberto Holsen).
Técnico: Freddy Ternero
Sonho de goleada vira pesadelo para o Santos na Sul-Americana
O Santos sonhava com uma goleada, mas teve um pesadelo ao apenas empatar em 1 a 1, na Vila Belmiro, com um rival numericamente inferiorizado, o Cienciano, pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana.
Desde os 42min do primeiro tempo, os peruanos atuaram com um jogador a menos. Mesmo assim, saíram à frente no placar. Agora, para se classificar à semifinal, o Santos terá de ganhar o jogo de volta, nos 3.400 metros de altitude da cidade de Cuzco.
“Tivemos muitas oportunidades para fazer um placar bom. Infelizmente, não fizemos, e agora não adianta reclamar. Com um a mais, tínhamos de ganhar”, lamentou o volante Renato.
Durante toda a partida, o Santos atuou muito mal. Após seis semanas de inatividade, o volante Paulo Almeida voltou lento, fora de forma física e errando passes.
Além Almeida, o lateral Reginaldo Araújo também falhava seguidamente. No meio-campo, o volante Renato e o meia Elano não conseguiam municiar o ataque. Com isso, o futebol santista na primeira etapa se resumiu às estocadas de Robinho pela esquerda, às frustradas arrancadas de Diego pelo meio e aos avanços desde a defesa do zagueiro Alex.
Mas, apesar de jogar mal, o Santos criou seis oportunidades para marcar no primeiro tempo. Desperdiçou todas em razão das habituais finalizações defeituosas.
Marcando individualmente os atacantes do Santos, os jogadores do Cienciano apelavam para a violência quando não conseguiam tomar a bola. Aos 42min, Ccahuantico derrubou Diego e acabou sendo expulso.
Após o intervalo, os treinadores fizeram trocas em decorrência da expulsão. Leão sacou Reginaldo Araújo e introduziu o meia Fabiano. Freddy Ternero, na esperança de garantir o 0 a 0 da etapa inicial, substituiu o atacante Paolo Maldonado pelo zagueiro García.
Mesmo assim, o Santos só começou a incomodar o goleiro Ibañez aos 12min, com William.
O castigo pela fraca exibição veio aos 26min. Numa cobrança de falta, o volante Bazalar cruzou na área, Alex se atrapalhou e marcou contra, de cabeça. Imediatamente, Leão tirou de uma só vez Diego e Paulo Almeida e fez entrar Jerri e Rubens Cardoso.
Com o time mal coletivamente, o empate acabou acontecendo em um lance individual de Robinho, o mais lúcido jogador santista. Ele recebeu na entrada da área, aos 32min, ajeitou a bola e acertou um potente chute no ângulo.
Longe do Cruzeiro, Santos se agarra à Sul-Americana (Em 16/10/2003)
A 12 pontos do líder do Brasileiro, equipe aposta em 1º título em 2003
O Santos entrará em campo hoje à noite na Vila Belmiro com o objetivo de marcar muitos gols no Cienciano, do Peru, e manter a esperança de conquistar pelo menos um título na temporada.
Segundo colocado no Brasileiro, mas a 12 pontos do líder Cruzeiro, o time já não acredita mais na possibilidade de conquistar o bi na competição.
Nos demais campeonatos que disputou em 2003, a equipe foi eliminada no Paulista e caiu diante do Boca Juniors na final da Libertadores.
Por tudo isso, a Copa Sul-Americana, torneio antes considerado menor pelos santistas, ganhou importância. “É um campeonato que não nos leva a nada mais adiante, mas a possibilidade de uma nova conquista é sempre uma satisfação”, disse o técnico santista, Emerson Leão.
O treinador compara a competição à extinta Copa Conmebol, que ele conquistou em dois anos consecutivos, com o Atlético-MG (1997) e com o Santos (1998).
“Para mim, foi um negócio muito importante. Marcou a minha vida positiva e negativamente”, afirmou Leão, em referência aos títulos conquistados diante de rivais argentinos (Lanús e Rosario Central, respectivamente) e à agressão que sofreu na final de 97, que o obrigou a se submeter a uma cirurgia plástica no rosto.
A ânsia em golear hoje, no primeiro jogo das quartas-de-final, decorre da necessidade de compensar, na partida de volta, a desvantagem frente àquele que o treinador classifica como “o melhor jogador” do Cienciano: a altitude de 3.400 metros de Cuzco.
Os santistas conhecem muito pouco do rival, nono colocado entre os 12 times que disputam o Campeonato Peruano.
“Quando você entra no jogo sem saber muita coisa, tem de esperar cinco, dez minutos para ver como a equipe se porta”, ensina o volante Paulo Almeida, que retornará hoje após seis semanas afastado por conta de uma lesão.
Com a volta de Paulo Almeida, Leão poderá colocar em campo todos os titulares, o que não ocorria desde o final de agosto.
Narciso
Curado da leucemia que o obrigou a fazer um transplante de medula óssea em 2000, o zagueiro Narciso se disse duplamente premiado nesta semana.
Além da confirmação da volta ao futebol após quatro anos -ele estará na reserva no domingo, contra o Atlético-PR-, nasceu às 23h10 de anteontem, em Santos, Ruan Matheus, segundo filho do atleta.
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