Palmeiras 2 x 1 Santos
Data: 10/10/2001, quarta-feira, 15h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 1ª fase – 18ª rodada
Local: Estádio do Parque Antarctica, em São Paulo, SP.
Público: 14.982 pagantes
Renda: R$ 151.475,00
Árbitro: Luis Marcelo Vicentin Cansian
Gols: Taddei (42-1); Edmílson (36-2) e Cléber (41-2).
PALMEIRAS
Marcos; Arce, Alexandre, Tiago Matias e Misso; Galeano (Flávio), Fernando, Taddei e Lopes; Pedrinho e Fábio Júnior (Edmílson).
Técnico: Celso Roth
SANTOS
Fábio Costa; Preto, Galván e Cléber; Russo (Renato), Marcelo Silva, Paulo Almeida, Robert e Leandro; Elano (Weldon) e Viola.
Técnico: Cabralzinho
Palmeiras lidera, Santos despenca
Time de Celso Roth ganha clássico e volta à dianteira do Brasileiro-2001
O Palmeiras selou sua recuperação ontem com uma vitória por 2 a 1 no clássico contra o Santos, no Parque Antarctica, e afastou o rival da disputa por uma das vagas na próxima fase do Brasileiro.
A vitória também recolocou o time da capital na liderança do torneio, com 35 pontos -pode perdê-la se o Atlético-MG superar, hoje à noite, o Fluminense. Antes, o Palmeiras havia vencido o São Paulo, sábado, após cinco jogos sem ganhar, e evitado que o técnico Celso Roth tivesse o pedido de demissão negociado.
O resultado deu fôlego ao treinador, mas uma derrota ontem reeditaria a tensão enfrentada pelo clube na semana passada, com muros pichados e manifesto da organizada Mancha Alviverde.
Para o Santos, foi a segunda derrota seguida -havia perdido do São Caetano. Sua posição, que já não era na zona de classificação, dependia da rodada noturna.
Cautelosos, os dois treinadores procuraram ontem anular os jogadores de criação do rival. Cabralzinho, do Santos, colocou Paulo Almeida para marcar Lopes individualmente, enquanto Celso Roth incumbiu Galeano de fazer o mesmo com Robert.
A diferença é o que o Palmeiras tinha Pedrinho, que atuou mais avançado, ao lado de Fábio Júnior, e preparava as jogadas. Em contrapartida, com Robert bem marcado -e sem Marcelinho, que cumpriu suspensão-, o Santos tinha dificuldades para se aproximar do gol palmeirense.
Com mais opções para atacar, os palmeirenses criaram as melhores chances no primeiro tempo. Lopes teve a chance de abrir o placar no início, mas, livre na área, não aproveitou lançamento de Galeano e chutou por cima.
O Santos, que passou a explorar os lances pelas laterais, principalmente com Russo pela direita, demorou para chegar com perigo. Ainda assim, só conseguiu criar uma chance ajudado por uma falha grotesca de Galeano, que perdeu a bola para Elano na área. O meia-atacante santista avançou e chutou, mas o goleiro Marcos rebateu. No rebote, Viola cabeceou nos pés de Thiago Matias.
Quando o jogo estava mais equilibrado, a equipe da capital chegou ao gol, aos 43min. Lopes cruzou pela direita, e Taddei, de cabeça, finalizou: 1 a 0.
Antes do final do primeiro tempo, Viola ainda perdeu a chance do empate ao, livre à frente de Marcos, cabecear para fora.
Atrás no placar, o Santos voltou mais ofensivo para a etapa final. Cabralzinho adiantou Robert, que passou a jogar mais próximo de Viola no ataque e a levar vantagem no duelo com Galeano. O rival, porém, se aproveitava disso para contra-atacar.
Mesmo exposto aos contragolpes adversários, o Santos tinha de se lançava ao ataque. Robert tentou marcar em chute de fora da área, e Marcos cedeu escanteio. Na cobrança, após confusão na área, o próprio meia-atacante chutou a bola, que tocou a trave esquerda e voltou para o santista, que cabeceou para fora.
O Palmeiras respondeu com Lopes, que acertou a trave. O rival voltou a fazer o mesmo depois de cruzamento de Elano.
Apesar da pressão dos santistas, foi o Palmeiras que ampliou. Aos 36min, Pedrinho lançou Edmílson, que havia entrado no lugar de Fábio Júnior. O atacante invadiu a área e chutou cruzado na saída de Fábio Costa: 2 a 0.
O Santos ainda descontou com Cléber, de cabeça, aos 43min.
Cabralzinho minimiza derrota
Apesar de ter perdido a segunda partida consecutiva no Campeonato Brasileiro, o técnico do Santos, Cabralzinho, disse ter “gostado” do desempenho de sua equipe ontem à tarde. “Eu estou satisfeito. Todo clássico é isso. O equilíbrio de forças, a tradição. Alguém teria que sair vencedor e, infelizmente, foi o Palmeiras”, declarou.
O treinador santista negou que as ausências do meia-atacante Marcelinho Carioca, suspenso, e do lateral-esquerdo Léo, contundido, tenham influenciado o resultado. “São dois jogadores que fazem falta. Mas, apesar dessas duas ausências, o time se portou muito bem. Foi um belo jogo, com muitas bolas na trave. Não demos sorte nas finalizações”, afirmou Cabralzinho, que reclamou da marcação de Galeano em Robert. “As estrelas são coibidas de jogar. Isso está acabando com o futebol.”
O técnico santista também ressaltou que sua equipe ainda tem boas chances de classificação à próxima fase do Brasileiro. “Muita água ainda vai rolar. Tem muito jogo pela frente. Uma equipe com jogadores renomados como a do Santos jamais pode se dar por vencida”, completou Cabralzinho, que dirige a equipe domingo, contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte.
Para o zagueiro Cléber, o Santos ainda está tentando se “afirmar”, mas as duas derrotas seguidas “dificultaram a situação da equipe na competição”. “Não podemos mais pensar em perder se quisermos chegar”, afirmou o zagueiro.
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