Santos 2 x 1 Corinthians
Data: 11/09/2016, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 24ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 8.610 pessoas
Renda: R$ 434.160,00
Árbitro: Raphael Claus (SP).
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse e Danilo Ricardo Simon Manis (ambos de SP).
Cartões amarelos: Copete e Vecchio (S); Fagner (C).
Gols: Marlone (36-1); Vitor Bueno (25-2) e Renato (40-2).
SANTOS
Vanderlei; Daniel Guedes (Caju), Gustavo Henrique, Luiz Felipe e Zeca; Renato, Thiago Maia (Vecchio), Jean Mota e Vitor Bueno (Walterson); Copete e Rodrigão.
Técnico: Dorival Junior
CORINTHIANS
Cássio; Fagner, Vilson, Balbuena e Uendel; Camacho, Giovanni Augusto (Willians), Marlone, Rodriguinho e Lucca (Romero); Gustavo (Marquinhos Gabriel).
Técnico: Cristóvão Borges
Santos vira para cima do Corinthians na Vila Belmiro e fica perto do G4
Apesar dos desfalques do lateral direito Victor Ferraz, do meia Lucas Lima e do centroavante Ricardo Oliveira, além de uma atuação ruim no princípio do clássico deste domingo, o Santos conseguiu reagir no Campeonato Brasileiro com uma vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians, na Vila Belmiro. O time da casa havia sofrido um belo gol de Marlone no primeiro tempo, mas chegou à virada com Vitor Bueno, de pênalti, e Renato, de cabeça, no segundo.
O resultado deixou o Santos com 39 pontos ganhos, na quinta colocação, apenas um atrás do próprio Corinthians, o pior dos times que estão na zona de classificação para a Copa Libertadores da América. Antes do tropeço diante do rival, os comandados de Cristóvão Borges se mostravam entusiasmados, já falando em uma “possibilidade muito real” de conquistar o título.
O jogo
Com a mesma formação ousada utilizada no bom segundo tempo da vitória sobre o Sport, deixando Camacho como único volante de origem no meio-campo, o Corinthians pretendia se sentir em casa para atacar na Vila Belmiro.
Do outro lado, no entanto, o desfalcado Santos se apegou à torcida única presente no estádio para tentar se beneficiar da postura ofensiva corintiana e acuar o rival no princípio do clássico. Rodrigão chegou a cabecear a bola na trave logo aos seis minutos, porém o árbitro Raphael Claus viu impedimento na jogada.
O tempo passou, e o Corinthians controlou o ímpeto santista, sendo ainda mais incisivo quando atacava. Como aos 18 minutos, quando Fagner foi à linha de fundo do lado direito da área e cruzou para trás. Renato cortou mal, e o próprio lateral visitante emendou cruzado – para fora, mas com perigo.
O lado direito do ataque, onde Marlone jogava bem, parecia mesmo o melhor caminho para o Corinthians incomodar a defesa do Santos. Aos 34, Fagner voltou a aparecer, só que um pouco mais atrás, enfiando a bola para Rodriguinho avançar pelo meio. O armador concluiu na saída de Vanderlei, por cima do travessão. Era um prenúncio do que estava por vir.
Dois minutos mais tarde, o Corinthians abriu o placar. Marlone – pela direita – clareou e acionou Rodriguinho, que fez uma bela assistência de letra para o companheiro chutar para a rede já dentro da área. Um golaço.
A mudança no marcador desanimou a torcida santista. Enquanto um e outro ainda tinham forças para gritar que apoiavam “o time da virada”, o Corinthians ficou próximo de ampliar no final do primeiro tempo. Na melhor dessas chances, Rodriguinho completou de primeira um cruzamento da esquerda de Uendel, na pequena área, e Vanderlei teve reflexo para defender.
Sem alterações no intervalo, o Santos também não mudou muito de postura no começo da etapa complementar, permitindo que o Corinthians voltasse a ocupar o campo de ataque. O time da casa até se mostrava empenhado, mas sem criatividade, sentindo a ausência de Lucas Lima.
O técnico Dorival Júnior, então, resolveu recorrer à entrada de Vecchio no lugar de Thiago Maia – a princípio, quem sairia seria Jean Mota. No Corinthians, Cristóvão Borges trocou Gustavo pelo ex-santista Marquinhos Gabriel e colaborou com a estratégia adversária.
O Santos levou a melhor depois das substituições. Aos 24 minutos, Vilson trombou com Luiz Felipe dentro da área, e o árbitro enxergou pênalti no lance. Vitor Bueno se apresentou para a cobrança, deslocou Cássio e conferiu para empatar o clássico.
Satisfeito, Dorival mandou Caju a campo na vaga de Daniel Guedes, jogando Zeca para o lado direito. Já Cristóvão foi mais comedido quando Giovanni Augusto reclamou de dores musculares e optou pelo contestado Willians.
Empurrado por sua torcida, o Santos assumiu totalmente o controle do clássico a partir de então, tirando proveito do posicionamento defensivo do Corinthians, que já errava muitos passes. O gol da virada parecia questão de tempo. E era.
Aos 40 minutos, Jean Mota cobrou escanteio, e Renato se antecipou a Fagner para cabecear para dentro. De imediato, Cristóvão Borges sacou o inofensivo Lucca para gastar a sua última ficha com Romero, que pouco tempo teve para mudar os rumos do clássico na Vila Belmiro.
Bastidores – Santos TV:
Gustavo Henrique admite início ruim contra o Timão, mas destaca força do elenco
Vindo de três derrotas, o Santos começou perdendo para o Corinthians, com gol de Marlone, neste domingo, na Vila Belmiro, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. Após fazer uma apresentação ruim no primeiro tempo, o Peixe dava impressão de que seguiria com o jejum de vitórias. Porém, os comandados de Dorival Júnior cresceram na segunda etapa e buscaram a virada por 2 a 1. O zagueiro Gustavo Henrique reconheceu a má apresentação no início do clássico, mas vibrou com o resultado final.
“Primeiro tempo nós sofremos um pouco por causa do entrosamento, eles estavam marcando bem. No segundo nós mudamos nossa postura e conseguimos a vitória”, afirmou o defensor.
Para o clássico diante do Timão, o Santos entrou em campo sem Lucas Lima, Victor Ferraz e Ricardo Oliveira, suspensos. O volante Thiago Maia, que cumpriu suspensão contra o Internacional, na última quinta-feira, entrou em campo neste domingo. Porém, o volante não fez uma boa apresentação e foi substituído por Emiliano Vecchio.
Após a entrada do argentino, o Peixe empatou com Vitor Bueno, de pênalti, e buscou a virada aos 40 minutos do segundo tempo, com Renato. Segundo o zagueiro, as boas entradas de Vecchio e Jean Mota, que deu a assistência para o segundo gol, mostram a força do elenco santista.
“Sabíamos que estávamos mal, mas também temos consciência da força do grupo. Nos fortalecemos no intervalo. Falamos que o jogo não tinha acabado ainda e conseguimos vencer”, completou.
Com a vitória, o Santos se recuperou no Brasileirão, chegou aos 39 pontos e encostou no próprio Corinthians, que está em quarto, com 40.
Após vitória no clássico, Dorival elogia arbitragem: “Foi digna”
Apesar da virada por 2 a 1 sobre o Corinthians, neste domingo, na Vila Belmiro, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Santos ainda não esqueceu a polêmica arbitragem na derrota para o Internacional, na última quinta-feira, em Porto Alegre. Na entrevista coletiva após o triunfo no clássico, o técnico Dorival Júnior elogiou o trio que apitou o jogo desta tarde, voltando a criticar o juiz Rodrigo Raposo, que expulsou Lucas Lima no Beira-Rio, após interpretar que o meia estava retardando o reinício da partida.
“A arbitragem hoje foi digna. Independentemente do que aconteceu, o trio de arbitragem foi bem de um modo geral. O que nós vimos na quinta pode ser considerada qualquer situação, menos uma arbitragem. E nós já tínhamos percebido isso desde o começo, não foi só com a expulsão”, disparou o comandante santista.
Com três derrotas seguidas antes do clássico, para Coritiba, Figueirense e Internacional, respectivamente, o Santos tinha se afastado do G4. Com a vitória sobre o Corinthians, o Peixe encostou novamente na zona de classificação para a Libertadores. Chegando aos 39 pontos, os santistas mantiveram a quinta colocação, mas colou no próprio Timão, que não saiu dos 40 e está em quarto.
O técnico Dorival Júnior destacou a importância do triunfo deste domingo e voltou a alfinetar o árbitro Rodrigo Raposo. “A derrota de quinta eu desconsidero, mas nós precisávamos dessa recuperação. Além de ser um clássico histórico, ganhamos de um rival direto na parte de cima da tabela”, completou.
Renato valoriza paciência do Santos para buscar virada no clássico
Aos 36 minutos do primeiro tempo, o meia Marlone tabelou com Rodriguinho e abriu o placar para o Corinthians contra o Santos, na Vila Belmiro. Com a derrota parcial, o Peixe ficava sete pontos atrás do Timão e se distanciava mais da briga pelo G4 do Campeonato Brasileiro. Além disso, a equipe já vinha com o peso de três derrotas seguidas no torneio, para Coritiba, Figueirense e Internacional. Por conta desses problemas, os santistas mostraram nervosismo no começo do clássico, tanto que até o experiente Renato estava cometendo erros pouco comuns.
Porém, após o intervalo, os comandados de Dorival Júnior colocaram a cabeça no lugar e pressionaram o Corinthians até conquistar a virada. E ela veio justamente com Renato. Aos 40 minutos do segundo tempo, o volante subiu mais do que todo o mundo e desviou a cobrança de escanteio de Jean Mota, decretando a vitória santista.
Após a partida, o camisa 8 destacou a paciência dos jogadores para buscar o resultado, mesmo com todas as adversidades. “Sofremos o gol e mantivemos a tranquilidade. Tivemos paciência e não fomos de uma vez porque poderíamos tomar o segundo. Essa foi a tônica do jogo. Fomos eficientes e fizemos o que sabemos” comentou o herói do clássico.
Para o duelo diante do Timão, o Santos entrou em campo sem Lucas Lima, Victor Ferraz e Ricardo Oliveira, suspensos. Para Renato, a vitória deste domingo mostrou que o Alvinegro praiano tem elenco para disputar o Brasileirão na parte de cima da tabela.
“Isso aqui é um grupo, e todos vão ter oportunidades. Todos treinam e aproveitam as chances. O Jean Mota jogou e deu o passe da virada. É uma vitória do grupo, que perdeu três jogadores fundamentais”, completou.
Herói no clássico, Renato recebe elogios de Dorival: “Impressionante”
Aos 37 anos de idade, o volante Renato dá demonstrações claras de que realmente é igual vinho. Mesmo com a experiência, o atleta segue em alto nível e sendo fundamental para o Santos nesta temporada. Neste domingo não foi diferente. Aos 40 minutos do segundo tempo, o camisa 8 subiu mais do que a zaga do Corinthians e desviou o escanteio para o fundo das redes, virando o jogo e decretando a vitória santista por 2 a 1, na Vila Belmiro, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Ditando o ritmo do meio campo do Peixe, Renato também vem mostrando faro de gol. Além do tento diante do Timão, o volante já marcou na vitória sobre o Vasco, pelas oitavas da Copa do Brasil, e também foi decisivo na virada sobre o Coritiba, na segunda rodada do Brasileirão, no dia 25 de maio. Detalhe é que os três gols foram de cabeça.
Após a vitória no clássico deste domingo, o técnico Dorival Júnior rasgou elogios ao camisa 8. “Não é de hoje que o Renato faz uma campanha impressionante. Qualidade que dá, sequência e frequência com que trabalha. E acima de tudo um equilíbrio. Com Renato em campo, Santos tem padrão de jogo bem definido. Com postura e liderança que tem perante todo o grupo. E ele melhora a cada dia. É impressionante a longevidade dele como atleta. A maneira como se cuida e como se prepara. É um dos grandes profissionais com que trabalhei.”
Vitor Bueno ressalta personalidade para iniciar reação santista
Horas depois de ser decisivo para a vitória por 2 a 1 do Santos sobre o Corinthians, de virada, na Vila Belmiro, o meia Vitor Bueno já estava na TV Gazeta para participar do programa Mesa Redonda da noite de domingo. O jogador de 22 anos falou com orgulho do gol de pênalti que marcou no clássico paulista.
“Todo o mundo sabe que o nosso batedor oficial é o Ricardo Oliveira. Treino bastante também. Ele não estava, e eu já havia feito um gol de pênalti contra o Figueirense. Então, consigo me ver cobrando as bolas paradas do Santos. Tive personalidade para bater e fazer o gol”, comentou Vitor Bueno.
O meia garantiu que se preparou para a oportunidade da marca da cal na Vila, estudando as ações do goleiro Cássio, do Corinthians. “Sei que ele cai para aquele lado na maioria das vezes. Por sinal, é para onde mais bato”, sorriu. “Mas, na hora, já vou determinado a chutar para um canto. Não olho para o goleiro. Só vejo um pouco do reflexo dele e bato.”
Seja como for, Vitor Bueno converteu o pênalti e abriu caminho para o triunfo do Santos, que havia deixado a desejar no primeiro tempo, sofrendo um gol do também meia Marlone. Após o empate, o volante Renato sacramentou a virada com uma cabeçada já aos 40 minutos do segundo tempo.
“Tivemos desfalques importantes, mas quem entrou deu conta do recado. Realmente, não estávamos bem no primeiro tempo. O Corinthians criou bem mais chances e estava mais perto do segundo gol do que a gente do primeiro”, reconheceu, enaltecendo o trabalho do técnico Dorival Júnior. “O professor conversou com a gente no intervalo e mudou as nossas cabeças. Precisávamos ir para cima e entramos de outro jeito. Felizmente, saímos com a vitória”, celebrou.
Passado o clássico, Vitor Bueno agora já se concentra na sequência do Campeonato Brasileiro e em conquistar ainda mais espaço no Santos. O atleta vindo do Botafogo-SP para o clube do litoral paulista lembrou que poderá dar um grande retorno ao baixo investimento feito pela diretoria em sua contratação. “Não chegou a R$ 1 milhão”, apontou o meia.
Sem Copete, Santos terá retorno de três titulares contra o Botafogo
Apesar da virada por 2 a 1 sobre o Corinthians, neste domingo, na Vila Belmiro, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Dorival Júnior tem pelo menos uma coisa para lamentar. Após tomar o terceiro cartão amarelo no triunfo sobre o Timão, o atacante Jonathan Copete é desfalque certo do Santos para o próximo compromisso no torneio, diante do Botafogo, nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro.
Líder de assistências do alvinegro no Brasileirão, com quatro passes, o colombiano ainda não tem um substituto definido. Na tarde desta segunda-feira, Dorival começa a preparação para a partida contra o Fogão e deve dar pistas sobre a nova formação. O argentino Emiliano Vecchio, que chegou a treinar na vaga de Copete na semana passada, é o mais cotado para ficar com a vaga de titular.
Apesar da ausência do colombiano, o técnico santista tem três motivos para sorrir. Afinal, Victor Ferraz, Lucas Lima e Ricardo Oliveira retornam ao time, após cumprirem suspensão contra o Corinthians. Com isso, Daniel Guedes, Jean Mota e Rodrigão, que foram titulares no clássico, retornam ao banco de reservas.
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