Santos-AP 1 x 1 Santos
Data: 21/04/2016, quinta-feira, 21h30.
Competição: Copa do Brasil – 1ª fase – Jogo de ida
Local: Estádio Olímpico Zerão, em Macapá, AP.
Público e Renda: N/D
Árbitro: Joelson Nazareno Ferreira Cardoso.
Auxiliares: Marcio Gleidson Correia Dias e Lucio Ipojucan Ribeiro da Silva de Mattos.
Cartões amarelos: Armando, Cavalo e Fabinho (SAP); Luiz Felipe, Paulinho e Alison (S).
Gols: Rafinha (44-1); Joel (33-2).
SANTOS-AP
Zé Maria; Cavalo, Jari, Dedé e Batata (Raí); Pretão, Lessandro, Renatinho e Armando; Fabinho e Rafinha.
Técnico: Romeu Figueira
SANTOS
Vladimir; Alison, Lucas Veríssimo, Luiz Felipe e Caju; Léo Cittadini, Leandrinho (Igor), Serginho (Ronaldo Mandes) e Rafael Longuine (Maxi Rolón); Paulinho e Joel.
Técnico: Lucas Silvestre (auxiliar)
Santos do Amapá arranca empate com o Peixe e “ganha” segundo jogo
Com uma folha mensal de R$ 70 mil por mês e o histórico de nunca ter avançado além da primeira fase na Copa do Brasil, o Santos do Amapá fez história na noite desta quinta-feira ao arrancar um empate por 1 a 1 com o Peixe Da Vila Belmiro. Fundado em 1973 justamente para homenagear a equipe de Pelé e companhia, os alvinegros do extremo norte do país chegaram a sair na frente com Rafinha. Joel descontou na segunda etapa. A partida ainda teve uma paralisação de 30 minutos por causa de um temporal que tornou o jogo impraticável.
Com a igualdade no modesto estádio Olímpico Zerão, em Macapá, as duas equipes voltam a se enfrentar no segundo jogo, por ora marcado para a Vila Belmiro, dia 28, na próxima quinta-feira. Só a viagem já foi motivo para muita comemoração dos nortistas.
Antes, Santos e Palmeiras fazem clássico na Vila Belmiro às 16 horas deste domingo pelas semifinais do Campeonato Paulista. O confronto é encarado como prioridade pelo clube da Baixada e, por isso, os principais jogadores ficaram no CT Rei Pelé treinando com Dorival Júnior, enquanto Lucas Silvestre comandou os reservas nesta quinta.
O jogo
A decisão de Dorival Júnior em mandar uma equipe repleta de reservas e meninos da base para a estreia na Copa do Brasil não diminuiu a responsabilidade do clube em conseguir um resultado positivo diante de um adversário que beira a condição de amador no futebol nacional.
Mas, Lucas Silvestre, que viajou ao norte do país para comandar a equipe, não conseguiu fazer com que os atletas correspondessem em campo. O time da Vila Belmiro finalizou apenas duas vezes na primeira etapa, ambas com Rafael Longuine. Na primeira, o chute de longe foi facilmente defendido pelo goleiro Zé Maria, de 37 anos. Em seguida, uma cobrança de falta que apenas assustou.
A equipe mandante, que claramente não se incomodava com o perde e ganha no meio de campo e com as poucas finalizações, chegou uma única vez ao gol de Vladimir. E bastou. Alison falhou no posicionamento pela direita e Rafinha recebeu a bola livre de marcação.
Dentro da área, o camisa 10 fuzilou. O goleiro do Peixe chegou a tocar na bola e Caju tentou evitar o gol. Apesar de toda a dificuldade do lance, o auxiliar confirmou que a bola passou totalmente da linha e o estádio Olímpico Zerão foi ao delírio, com direito a invasão do banco de reservas para comemorar o tento histórico.
“Não tenho dúvida nenhuma. Bola entrou realmente. É só felicidade. Sabemos da grandeza do Santos, impomos uma estratégia de jogo para fazer o gol em uma bola, mesmo jogando em casa, e estamos conseguindo”, comentou o autor da façanha, na saída para o intervalo.
Em busca de uma mudança de atitude, Lucas Silvestre sacou Serginho e Leandrinho para colocar Ronaldo Mendes e Igor, respectivamente. A equipe até voltou ligeiramente melhor, mas, logo aos 10 minutos, uma chuva torrencial, acompanhada de muito vento, obrigou o árbitro Joelson Nazareno Ferreira Cardoso a paralisar o jogo. Com o gramado encharcado, os dois elencos e a arbitragem foram para os vestiários para aguardar a situação melhorar.
Depois de 30 minutos, já sem chuva, mas com o campo ainda em péssimas condições, a partida foi reiniciada. E logo nas primeiras jogadas ficou claro que a bola aérea se transformaria na principal arma das duas equipes, pois a bola não rolava como deveria.
E assim, depois de muitas jogadas ríspidas e infinitas disputas pelo alto, o Santos da Baixada chegou ao empate aos 33 minutos. Em uma das dezenas bolas alçadas na área, Joel cabeceou, Zé Maria e falhou e a bola entrou. Tudo igual. E assim ficou até o apito final, obrigando o segundo confronto, dia 28, na Vila Belmiro.
Bastidores – Santos TV:
Joel marca de novo, mas lamenta jogo de volta com Santos do Amapá
O Santos apostou nos reservas e nos famosos meninos da Vila para a estreia na Copa do Brasil de 2016 contra o modesto Santos do Amapá, que disputa a Série D do Campeonato Brasileiro e nunca avançou além da primeira fase na competição nacional por mata-mata. Mas, em um jogo muito ruim tecnicamente e que ainda teve o agravante de um temporal que chegou a paralisar a partida na segunda etapa, o empate por 1 a 1 garantiu a necessidade de um segundo confronto, na próxima quinta-feira.
“No primeiro tempo, deixamos a desejar, mas a equipe está de parabéns. Lutamos até o final. Não queríamos levar o jogo para a Vila Belmiro, mas a equipe está de parabéns e, na Vila Belmiro, podemos passar de fase”, analisou Joel, em entrevista à Espn.
O camaronês era um dos principais destaques da equipe da Baixada, já que os titulares ficaram no CT Rei Pelé com Dorival Júnior focados na preparação para a semifinal do Campeonato Paulista, contra o Palmeiras, no domingo. E apesar de ter marcado seu quarto gol com a camisa santista e ter evitado a derrota, Joel não escondeu o ar de decepção.
“Eu pude dar o meu melhor. Não ajudei a sair com a vitória, mas a equipe está de parabéns. O Resultado não foi o que a gente queria, mas evitamos a derrota”, concluiu, sem sorriso no rosto.
Agora, a delegação alvinegra tem voo de volta marcado para às 5 horas desta sexta-feira. O planejamento prevê a sexta-feira de folga para o grupo que esteve no norte do país nesta quinta e um trabalho diferenciado no sábado, para que Dorival possa contar com todos no domingo, caso precise, durante o clássico decisivo com o Palmeiras.
Peixe lamenta jogo da Copa do Brasil em meio a finais do Paulista
Os reservas do Santos não conseguiram cumprir o papel esperado pela comissão técnico alvinegra com o empate por 1 a 1 na noite desta quinta-feira diante do Santos do Amapá. A ideia de matar o jogo de volta e focar totalmente em uma eventual final de Campeonato Paulista foi por água abaixo com a obrigatoriedade de fazer o segundo jogo contra o xará do norte na próxima quinta-feira. “O resultado não foi bom pelas circunstâncias do jogo. Tínhamos que ter vencido aqui e ter levado outro resultado para a Vila Belmiro”, admitiu Lucas Silvestre, auxiliar que substituiu o técnico Dorival Júnior em Macapá.
Neste domingo, às 16 horas, o Peixe enfrenta o Palmeiras em duelo único pelas semifinais do Estadual. Caso avance para a grande decisão, três dias antes do primeiro confronto frente ao vencedor de Corinthians e Osasco Audax, o alvinegro terá a missão de espantar a zebra na Copa do Brasil.
“São muitas competições, muitos jogos. Aí o jogador acaba acostumando. Claro que se tivéssemos só um jogo por semana seria o ideal. Jogando duas vezes por semana você não tem tempo para se recuperar e descansar. Seria interessante, mas, pelo número de competições, fica complicado”, disse, conformado, o zagueiro Gustavo Henrique.
Mas o Peixe não tem muito do que reclamar. Foi o único grande de São Paulo que não precisou dividir suas atenções em mais de uma competição até agora. Dorival Júnior tenta ignorar o fato do clube ter ficado de fora da Copa Libertadores durante todo este período, mas isso lhe garantiu semanas livres para recuperar atletas e treinamentos, bem diferente da rotina de seus rivais.
Até por isso, Dorival tem repetido mais suas escalações do que Corinthians, Palmeiras e São Paulo. Mesmo assim, Lucas Silvestre garantiu que os atletas que viajaram para o Amapá estarão prontos para o clássico do fim de semana, caso o técnico recorra ao banco de reservas. “Creio que para domingo esses jogadores vão poder ajudar a gente”, vislumbrou o auxiliar e filho do comandante santista.
Ao menos Dorival Júnior não tem problemas com seu time principal. O treinador passou toda a semana realizando trabalhos fechados à imprensa no CT Rei Pelé, preparando os titulares para a semifinal. “A expectativa é de um grande jogo. Sabemos da qualidade do Palmeiras. Eles vêm para ganhar. Vamos tentar fazer nosso melhor para colocarmos o Santos mais uma vez em uma final”, avisou o zagueiro Gustavo Henrique, um dos atletas poupados na Copa do Brasil, empolgado com o momento do time.
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