03/02/2016 – Ponte Preta 0 x 2 Santos – Campeonato Paulista

Ponte Preta 0 x 2 Santos

Data: 03/02/2016, quarta-feira, 21h45.
Competição: Campeonato Paulista – 1ª fase – 2ª rodada
Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, SP.
Público: 7.004 pagantes
Renda: R$ 100.535,00
Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho e Fausto Augusto Viana Moretti
Cartões amarelos: Eurico, Rhayner, Alexandro, Jeferson e Jonas (PP); Paulinho, Lucas Lima e Lucas Veríssimo (S).
Gols: Ricardo Oliveira (09-1) e Gabriel (37-1).

PONTE PRETA
João Carlos; Nino Paraíba, Tiago Alves, Ferron e Gilson (Jeferson); Eurico (Jonas), Elton, João Victor, Clayson (Rhayner) e Felipe Azevedo; Alexandro.
Técnico: Vinícius Eutrópio

SANTOS
Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, Lucas Veríssimo e Zeca; Renato, Thiago Maia (Alison) e Lucas Lima; Paulinho (Patito Rodriguez), Gabriel (Vitor Bueno) e Ricardo Oliveira.
Técnico: Dorival Júnior



Santos vence a primeira no Paulista e acaba com tabu contra a Ponte

Com gols de Ricardo Oliveira e Gabriel, de pênalti, ainda no primeiro tempo, o Santos findou, na noite desta quarta-feira, o tabu de não vencer a Ponte Preta desde 2009 no estádio Moisés Lucarelli. Carrasca em 2015, quando conquistou duas vitórias e um empate diante do Peixe, o time de Campinas desta vez foi completamente dominado desde os primeiros minutos. Bem diferente da estreia, a equipe de Dorival Júnior conseguiu ditar o ritmo do jogo com toques rápidos e bastante velocidade no ataque, evitando os lançamentos que tanto irritaram o treinador santista no último sábado.

Com a vitória nesta 2ª do Campeonato Paulista, a primeira nesta temporada, o alvinegro praiano chega a 4 pontos e assume a liderança provisória no Grupo A, seguido por Oeste, Linense, São Bento e Botafogo-SP. Já a Ponte Preta fica em situação delicada depois de duas derrotas seguidas. A Macaca é apenas a lanterna no Grupo B, atrás de São Bernardo, Palmeiras, Ituano e Novorizontino.

O jogo

Dorival Júnior avisou que manteria o mesmo time da estreia santista, mas que buscaria uma nova, ou melhor, a velha maneira do time se comportar em campo. E foi exatamente isso que aconteceu nos primeiros 45 minutos de jogo.

A Ponte Preta até chegou a iniciar a partida tentando fazer aquela pressão tradicional do mandante do confronto. Aos 4 minutos, Felipe Azevedo obrigou Vanderlei a fazer bela defesa. Alexandro chegou a marcar no rebote, mas em completa posição de impedimento.

Daí para frente, só deu Santos. Confortável e com muito espaço para jogar, o Peixe encurralou a Macaca em diversos momentos. Assim, não demorou para abrir o placar. Depois de uma falha na cobertura defensiva da Ponte, Gabriel recebeu com liberdade pela esquerda e cruzou rasteiro para Ricardo Oliveira pegar de primeira na segunda trave. 1 a 0.

O time campineiro sentiu o gol e encontrava muita dificuldade em ultrapassar o meio de campo. Com a bola no chão desde os primeiros toques da zaga, a equipe de Dorival ditava o ritmo do jogo. Apenas aos 31 minutos, a Ponte chegou com certo perigo, mas Clayson isolou após receber passe de calcanhar de Nino Paraíba, dentro da área.

Cinco minutos depois, Lucas Lima caiu pela esquerda, trocando de posição com Gabriel e partiu para a jogada individual. Depois de duas lindas fintas, foi derrubado por Nino dentro da área. Pênalti. Na batida, Gabriel deslocou o goleiro e correu para o abraço. 2 a 0 Santos.

Antes do intervalo, cada time ainda teve uma oportunidade. Primeiro, Felipe Azevedo cabeceou uma bola no travessão depois de cobrança de falta. Na sequência, em contra-ataque veloz, Lucas Lima recebeu de Victor Ferraz e bateu cruzado, para fora, com perigo.

Vestiário sem água

Uma cena atípica e lamentável aconteceu no intervalo do jogo. O vestiário destinado aos visitantes no estádio Moisés Lucarelli estava sem água nos chuveiros e nas torneiras. Além disso, o ar condicionado do local não estava funcionando, tornando o calor insuportável. Desta forma, os jogadores e a comissão técnica do Santos tiveram passar todo o intervalo no campo, atrás de um dos gols.

Com o reinício do jogo, foi possível perceber desde os primeiros lances uma nova postura da Ponte Preta, já com duas alterações feitas pelo técnico Vinícius Eutrópio. Clayson saiu para a entrada de Rhayner e Eurico deu lugar à Jonas.

Aos oito minutos, Alexandro aproveitou cruzamento da direita e cabeceou cruzado. Vanderlei se esticou todo e salvou o Peixe. Um minuto depois, Ferron furou uma cabeçada dentro da área e desperdiçou grande oportunidade. Na sobra, João Victor isolou.

Em meio a pressão da Macaca, o Peixe por pouco não marcou mais um no contra-ataque. Ricardo Oliveira deixou Paulinho livre, dentro da área. O atacante, apagado no jogo até então, matou com a direita e arrematou de esquerda. A bola explodiu no travessão e o gol do reforço alvinegro não saiu.

Correndo contra o relógio, a Ponte Preta passou a pressionar mais na base da raça e apostou muito nas bolas aéreas. No entanto, a defesa santista soube segurar a pressão e controlou o resultado. Nos minutos finais, o nervosismo dos jogadores ponte-pretanos era evidente e o árbitro saiu distribuindo cartões. Ao todo, foram cinco advertências para a Ponte e três para atletas do Peixe.

Desta forma, o Santos conquistou sua primeira vitória no Paulistão e se reabilitou do empate com o São Bernardo na estreia da competição. Por outro lado, a Ponte Preta chega a sua segunda derrota seguida e já começa a temer pelo seu futuro no Estadual.

Dorival Junior vê Peixe consistente e mais maduro jogando fora de casa

Uma rodada após estrear com o pé esquerdo diante do São Bernardo, na Vila Belmiro, o Santos já se reabilitou com uma vitória convincente em cima da Ponte Preta, na noite desta quarta-feira. Além do placar de 2 a 0, todo construído na primeira etapa, Dorival Júnior comemorou a forma como o time se comportou, depois de admitir que não reconheceu o Peixe no último sábado, durante o empate com a equipe do ABC.

“Nós fizemos um jogo com muita consistência. Um primeiro tempo muito forte, criando várias oportunidades, predominando ao longo dos 45 minutos. No segundo tempo nós procuramos trabalhar um pouco mais a bola. Ainda há um desgaste grande, a recuperação ainda é muito curta de uma partida para a outra, mas acho que nós temos sempre que buscar uma melhora e foi isso que aconteceu”, analisou o treinador alvinegro.

Em campo, Dorival repetiu a escalação da equipe e mexeu apenas no posicionamento dos atletas, buscando repetir a formação que fez tanto sucesso ano passado. Apesar do Paulistão ter alcançado apenas sua 2ª rodada, Dorival se mostrou satisfeito com a evolução e já mira o confronto diante do Ituano, no fim de semana.

“De uma rodada para outra, foi um time um pouco mais desenvolto, mais solto. Vamos ver se conseguimos alcançar uma recuperação para o próximo jogo, no sábado de manhã. Um jogo muito complicado, muito difícil e com muito pouco tempo de recuperação. Eu espero que a equipe dê uma boa resposta, que continue se apresentando como foi hoje, porque será fundamental para que confirmemos ai um bom início”, afirmou.

A vitória desta quarta quebrou um tabu que já ia para o seu sétimo ano. O Santos, que tanto sofreu com a Ponte Preta em 2015, não vencia a Macaca em Campinas desde 2009. Porém, Dorival se mostrou feliz mesmo foi com o fato de seus jogadores terem se portado com autoridade como visitante, já que jogar fora de casa foi o grande obstáculo do Peixe na última temporada.

“Já é um passo maior. Uma mudança comportamental. Isso ai reflete bem neste início. Tivemos um jogo muito complicado no domingo e a equipe deu uma boa resposta alguns dias depois”, concluiu.

Santistas enaltecem vitória fora de casa: “Essa é a cara do Santos”

A temporada de 2015 já faz parte do passado e o Santos já vive um novo desafio em 2016. Mesmo assim, as maiores falhas da equipe no último ano ainda estão bem vivas na cabeça do elenco alvinegro, que pouco sofreu alteração. Vencer a Ponte Preta nesta quarta, em Campinas, tem um significado muito maior para os atletas do que simplesmente os três pontos nesta 2ª rodada de Campeonato Paulista.

“Conseguimos colocar nosso ritmo de jogo, que a gente vinha devendo, principalmente ano passado. Sabemos que ainda não tem nada ganho, mas, time que quer ser campeão tem que ganhar dentro e fora de casa. Está ai a cara do Santos fora de casa”, avisou Lucas Lima, em entrevista à Espn.

Diferente da estreia, no último sábado, Lucas Lima teve uma atuação destacada na vitória por 2 a 0 em cima da Macaca. O meia participou da maioria das jogadas de ataque e ainda sofreu o pênalti que resultou no gol de Gabriel.

“Nós três (Ele, Ricardo Oliveira e Gabriel) e o Paulinho também. Acho que teve muita movimentação de nós quatro ali da frente. Acho que é o que a gente ficou devendo no primeiro jogo. Essa mobilidade é muito importante para o nosso time e é assim que a gente consegue os espaços para fazer as jogadas”, explicou.

Gabriel, inclusive, fez questão de minimizar a atuação abaixo das expectativas diante do São Bernardo na Vila e preferiu ressaltar a evolução que a equipe já mostrou em menos de uma semana.

“Não digo apagar. Acho que normal a estreia ser um pouco diferente do que a gente imaginava. Acho que nosso time criou poucas chances, mas conseguimos o empate. Acho que nosso time melhorou bastante, veio mais compacto, mais junto e conseguimos fazer os gols”, analisou, com o moral de quem já marcou dois gols e deu uma assistência em apenas duas partidas até aqui, sem contar com seu gol marcado no amistoso diante do Bahia, na pré-temporada.

“Graças a Deus, (é importante) não só para mim como para todo o elenco. Acho que o importante é citar o coletivo e não o individual”, disse o camisa 10 do Peixe.

Santos põe a bola no chão e anima Dorival Junior: “não desaprendeu”

As broncas, os berros e as conversas de Dorival Júnior com o elenco santista no CT Rei Pelé deram resultado nesta quarta. Inquieto após o empate com o São Bernardo na estreia do time no Campeonato Paulista por não reconhecer a forma como seus jogadores se comportaram em campo, o técnico transpareceu o ar de satisfação com a melhora apresentada durante a vitória por 2 a 0 em cima da Ponte Preta, nesta quarta.

“Nós vamos oscilar um pouco, começo de temporada. Mas a equipe mostrou que não desaprendeu, que sabe como jogar. E isso dai é uma amostra importante do que podemos fazer ao longo da temporada. Muito pouco ainda. Foi um belo resultado. Vamos nos recuperar e procurar fazer um bom jogo no sábado”, comentou Dorival.

Em Campinas, o Peixe deteve a posse de bola em 56% do tempo e acertou 90% de seus 447 passes na partida, quase o dobro do que conseguiu atingir a equipe mandante. Os dez impedimentos do sábado passado também foram solucionados. Nesta quarta, o ataque do Santos foi flagrado em apenas uma oportunidade. E para marcar dois gols, o time finalizou nove vezes, sendo quatro no alvo.

“Vamos ver agora nessa sequência, novamente um compromisso complicado, um jogo 11 horas da manhã no sábado, fatalmente pegaremos ali uma temperatura altíssima. Pouco tempo de recuperação para as equipes de uma rodada para outra. Eu espero que mantenhamos essa postura que tivemos e consigamos melhorar um pouquinho mais. É tudo que nós queremos, gradativamente irmos atingindo nosso melhor”, projetou Dorival, já de olho no confronto com o Ituano, de volta à Vila Belmiro.

Sem água no intervalo, jogadores voltam do ônibus para tomar banho

Os jogadores e a comissão técnico do Santos foram surpreendidos no intervalo da partida contra a Ponte Preta, nesta quarta. Após a disputa dos primeiros 45 minutos, quando o Peixe já vencia por 2 a 0, o vestiário ficou sem condições de receber os atletas. Com o ar condicionado quebrado e sem água nos chuveiros e nas torneiras, o grupo deve de fazer toda a recuperação no próprio gramado, atrás de um dos gols. Apesar de não esconder o incômodo com a situação inusitada, Dorival júnior preferiu não polemizar.

“Eu não tenho o que falar. Isso ai é um problema que tem que ser resolvido. Acabou acontecendo, eu não sei o motivo, mas, com certeza não foi de propósito. Foi um acaso, talvez. Não tem nem necessidade de falar alguma coisa neste sentido”, minimizou o técnico santista.

Após a partida, com a vitória sacramentada pelo placar construído no primeiro tempo, os jogadores mais uma vez perceberam que o problema não havia sido resolvido no vestiário do visitante no estádio Moisés Lucarelli. Por isso, alguns já foram se dirigindo ao ônibus, com a intenção de tomar banho no hotel onde a delegação está hospedada. Porém, em cima da hora, a água foi restabelecida e os atletas foram chamados de volta para poderem tomar seus respectivos banhos e se encaminharem ao hotel sem problemas.

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