02/12/2015 – Palmeiras 2 x 1 Santos – 4 x 3 pênaltis – Copa do Brasil


Vídeos: Reportagem Globo Esporte e pênaltis na íntegra.

Palmeiras 2 x 1 Santos – 4 x 3 pênaltis

Data: 02/12/2015, quarta-feira, 22h00.
Competição: Copa do Brasil – Final – Jogo de volta
Local: Allianz Parque, em São Paulo, SP.
Público: 39.660 pagantes
Renda: R$ 5.336.631,25
Árbitro: Heber Roberto Lopes (SC)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Carvalho Van Gasse (ambos de SP).
Cartões amarelos: Matheus Sales, João Pedro e Dudu (P); Gabriel (S).
Gols: Dudu (11-2), Dudu (39-2) e Ricardo Oliveira (41-2).

PALMEIRAS
Fernando Prass; João Pedro (Lucas Taylor), Jackson, Vitor Hugo e Zé Roberto; Matheus Sales e Arouca; Robinho, Dudu e Gabriel Jesus (Rafael Marques); Barrios (Cristaldo).
Técnico: Marcelo Oliveira

SANTOS
Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, David Braz (Werley) e Zeca; Renato, Thiago Maia (Paulo Ricardo) e Lucas Lima; Marquinhos Gabriel, Gabriel (Geuvânio) e Ricardo Oliveira.
Técnico: Dorival Júnior



Com gol de Prass, Palmeiras bate Santos nos pênaltis e festeja tricampeonato

A moderna arena do Palmeiras pulsou como o velho Estádio Palestra Itália na noite desta quarta-feira. Depois de vencer o Santos por 2 a 1 no tempo normal, o time da casa ganhou por 4 a 3 nos pênaltis com o goleiro Fernando Prass na cobrança decisiva e conquistou o tricampeonato da Copa do Brasil, primeiro título após a reforma do campo.

O atacante Dudu, vilão do vice paulista diante do próprio Santos, marcou os dois do Palmeiras. Nos minutos finais, Ricardo Oliveira fez o gol que provocou os pênaltis. Nas cobranças, além de defender o chute de Gustavo Henrique, Fernando Prass anotou o gol do título.

Fechado para reformas entre 2010 e 2014, o Palestra Itália foi reinaugurado em novembro do ano passado e diante do Santos recebeu 39.660 torcedores, um recorde da nova arena. Palco da conquista da Copa Libertadores 1999, o estádio não abrigava uma festa de título desde a conquista do Campeonato Paulista 2008.

Com o triunfo sobre o Santos, a Sociedade Esportiva Palmeiras comemora seu 12º título nacional, um recorde. Além do tri da Copa do Brasil (1998, 2012 e 2015), o clube ganhou a Taça Brasil (1960 e 1967), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967 e 1969), o Campeonato Brasileiro (1972, 1973, 1993 e 1994) e a Copa dos Campeões (2000).

O título é especial para Marcelo Oliveira, derrotado nas três decisões anteriores que disputou da Copa do Brasil (em 2011 e 2012 pelo Coritiba e em 2014 pelo Cruzeiro). Com o feito, ele se junta a Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari na galeria de técnicos campeões pelo Palmeiras desde 1977 – Flávio Murtosa, auxiliar do gaúcho, também triunfou.

Se não teve regularidade para brilhar nos pontos corridos do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras jogou o suficiente para bater adversários como Cruzeiro, Internacional e Fluminense nas séries eliminatórias da Copa do Brasil. Assim, além do título, o primeiro da gestão de Paulo Nobre, iniciada em 2013, garantiu uma vaga na Copa Libertadores 2016.

O jogo

Trajado com meias e calções brancos, como na final do histórico Campeonato Paulista 1993, o Palmeiras quase saiu na frente antes do minuto inicial. Pouco depois da saída de bola, Arouca cabeceou, Barrios desviou e Gabriel Jesus, livre, bateu para defesa do goleiro Vanderlei.

Inteligentemente, o Santos procurou explorar a fragilidade do jovem João Pedro na marcação. Aos sete minutos, Zeca desceu pela esquerda e cruzou para Marquinhos Gabriel finalizar. Após grande defesa de Fernando Prass, Victor Ferraz apanhou o rebote e acertou a trave.

O Palmeiras, como há muito não se via, ditou o ritmo do jogo e criou boas chances de marcar. Em uma oportunidade clara, aos 27 minutos, Robinho cruzou da direita para Lucas Barrios. O centroavante esperou o quique da bola e cabeceou para defesa de Vanderlei.

Gradualmente, o Santos aumentou o volume de jogo e equilibrou as ações, mas não conseguiu levar perigo a Fernando Prass até o final do primeiro tempo. Lesionado, o zagueiro David Braz foi substituído por Werley ainda na etapa inicial. Assim como Gabriel Jesus, trocado por Rafael Marques.

O marcador inalterado no primeiro tempo preocupou a torcida alviverde, mas o Palmeiras manteve a frieza e finalmente abriu o placar aos 11 minutos da etapa complementar. Lucas Barrios fez pivô e tocou para Robinho entrar na área. O meia cruzou e Dudu apenas empurrou para o gol. De tipoia, Gabriel Jesus deixou o banco para comemorar na beira do gramado.

Lucas Barrios, lesionado, saiu para entrada de Cristaldo. Em seguida, o técnico Marcelo Oliveira colocou Lucas Taylor no lugar de João Pedro, advertido com o amarelo. Dorival Júnior, por sua vez, tirou Thiago Maia e Gabriel e lançou Paulo Ricardo e Geuvânio.

O Palmeiras fez o segundo aos 39 minutos do segundo tempo. Em cobrança de falta pelo lado direito do ataque, Robinho levantou na área. De cabeça, Vitor Hugo desviou para o meio. Dudu acompanhou a jogada e completou para o fundo das redes.

A alegria alviverde durou pouco, já que o Santos fez sua torcida vibrar no setor visitante dois minutos depois. No lance que provou a decisão por pênaltis, Marquinhos Gabriel cobrou escanteio pelo lado esquerdo do ataque, Werley desviou de calcanhar e a bola sobrou livre para finalização certeira de Ricardo Oliveira.

Pelo Santos, Geuvânio, Lucas Lima e Ricardo Oliveira converteram seus pênaltis. Marquinhos Gabriel e Gustavo Henrique desperdiçaram. Pelo Palmeiras, Zé Roberto, Jackson, Cristaldo e Fernando Prass marcaram. Rafael Marques errou. E a Sociedade Esportiva Palmeiras ganhou por 4 a 3.

Bastidores – Santos TV:

Frustrado, Renato admite: “Sabíamos que isso poderia acontecer”

A perda do título da Copa do Brasil para o Palmeiras na noite desta quarta-feira caiu como um balde de água gelada sobre o Santos. Depois de uma recuperação incrível no Campeonato Brasileiro e uma campanha irretocável na Copa do Brasil, o Peixe termina o ano sem a vaga no G4 e sem o título nacional. Sendo assim, também sem uma vaga na próxima Copa Libertadores da América. Após o jogo. Renato, jogador mais experiente do elenco santista, com 36 anos, reconheceu que a equipe estava ciente do risco quando resolver priorizar apenas as finais diante do Verdão.

“Difícil, complicado. A gente sabia que poderia acontecer, mas a equipe está de parabéns, lutou até o final, mas, infelizmente, não conseguimos ser campeões”, comentou o volante, já na saída de campo, enquanto os palmeirenses iniciavam a comemoração.

Todos os outros jogadores do Peixe deixaram o campo rapidamente e em silêncio. Renato foi o único a falar antes de descer aos vestiários. O clima era de muita decepção, principalmente pelo futebol que a equipe apresentou no Palestra Itália.

Agora, o Santos finaliza a temporada no próximo domingo, contra o Atlético-PR, às 17 horas, na Vila Belmiro, pela última rodada do Campeonato Brasileiro. Em sétimo lugar na tabela de classificação, o clube luta apenas para entrar direto na fase de oitavas de final da Copa do Brasil no próximo ano.

Dorival chama Vila de “brejo” e assume responsabilidade pela derrota

Com um semblante sereno, obviamente nada feliz, mas, ao mesmo tempo, tranquilo, Dorival Júnior concedeu entrevista coletiva ainda no Palestra Itália, logo depois do Santos acabar derrotado pelo Palmeiras nos pênaltis e, assim, perder a chance de título da Copa do Brasil. O treinador fez questão de chamar toda a responsabilidade pelo resultado negativo, mas fez algumas ressalvas em uma tentativa de explicar os motivos que colaboraram para o clube não alcançar seu objetivo ao fim da temporada.

“Futebol você perde num todo e a responsabilidade é do treinador, não dos jogadores. Assumo essa condição. Fizemos nosso melhor e realmente não foi uma grande noite. De todo o período que aqui estou, foi a partida mais abaixo em relação ao que a equipe vinha atuando e fomos penalizados com o resultado. A maneira como perdemos marca muito, porque a campanha era irrepreensível. Aguardávamos um final diferente, por tudo que o Santos havia produzido”, confessou o treinador, que só mudou a fisionomia, para mais sisuda, quando questionado se a equipe alvinegra teria caído de produção nesta reta final. Neste momento, não faltou reclamações até para a Vila Belmiro.

“Não, pelo seguinte: nós tivemos um campo muito pesado, praticamente jogamos em um barro, em um brejo contra o Flamengo. Foi a única partida que jogamos abaixo. Fomos para Joinville, Curitiba, novamente campos encharcados, pesados. Faríamos a final na quarta, tomamos todas as medidas possíveis. Fomos ao limite”, explicou, refutando criticar as últimas atuações do Peixe.

“Tudo foi debatido, conversado para as decisões e não vi a equipe caindo de produção. Fez uma boa partida na primeira final e estava preparada na segunda partida. Tem dia que não acontece, não produzimos. O Palmeiras tem méritos e fez o resultado”, exclamou.

Outro ponto que deixou Dorival Júnior mais incomodado do que o próprio resultado adverso nesta quarta-feira foi a crítica sobre a escolha da comissão técnica em mandar apenas os reservas nas duas últimas rodadas do Brasileiro, quando o Santos acabou derrotado em ambos e viu a chance de conquistar uma vaga no G4 ir por água abaixo, para apostar tudo na Copa do Brasil, que também não veio.

“Quem fala isso desconhece os fatos, o dia a dia. Jogamos 12 jogos com gramado enxercado, pesado. Pegamos a Vila com um campo pisoteado. Os jogadores não suportam. Braz acabou sentindo hoje. Jogamos quinta e domingo. O Palmeiras quarta e sábado, 24 horas de diferença. Não tirei jogadores em momento nenhum, até o momento que eles me pediram. As pessoas que falam, falam com desconhecimento de causa. Não tem ideia do que é você ficar torcendo para os jogadores não se machucarem”, esbravejou o treinador.

Dorival tenta explicar derrota, mas admite Santos perdido em campo

Dorival Júnior proporcionou uma cena rara no futebol brasileiro. Logo após conceder entrevista coletiva, o treinador do Peixe interrompeu a entrevista do técnico campeão, Marcelo Oliveira, e o parabenizou pela conquista da Copa do Brasil em cima do seu Santos. A cena rendeu aplausos de todos que estavam na sala de imprensa. O treinador do Palmeiras agradeceu ao gesto de Dorival, que mais cedo teve dificuldades para explicar os verdadeiros motivos para a derrota do Peixe por 2 a 1, no Palestra Itália, que acabou com o sonho de título e de uma vaga na Libertadores depois das cobranças de pênaltis.

“(O Palmeiras) prevaleceu em volume. Não conseguimos a troca de passes que sempre tivemos. Em alguns momentos, sentimos a desorganização. O Santos não jogou com a leveza que vinha jogando. Estávamos preparados, fizemos uma semana excelente. Infelizmente, foi uma noite em que as coisas não aconteceram, bem na partida mais importante”, lamentou o técnico.

Diante da falta de argumentos, Dorival Júnior preferiu reconhecer os méritos do alviverde da Capital, mas sem antes deixar de lembrar as possibilidades que o Peixe teve de construir uma vitória na Vila Belmiro, na primeira final, que lhe desse mais tranquilidade para a decisão.

“Criamos muito na primeira partida, procuramos jogar, envolvê-los em todos os sentidos, tivemos a penalidade, possibilidades reais. Não fomos felizes. Talvez fosse o momento do Palmeiras. Foi uma noite muito boa, as coisas encaixaram. O Santos não se achou. Temos que reconhecer que o Palmeiras foi mais eficiente e tem que ser parabenizado”, afirmou.

Por fim, o comandante santista refutou fazer qualquer tipo de crítica sobre a ideia de seus dirigentes em alterar a data da primeira decisão, o que acabou, aparentemente, favorecendo o rival, que teve oportunidade de recuperar jogadores como Arouca, enquanto o Santos, ao invés de enfrentar o Palmeiras embalado pelas vitórias, chegou para o “jogo do ano” com um sobrepeso em função da impossibilidade de alcançar o G4 do Brasileiro a uma rodada do fim do Campeonato Brasileiro.

“É hipótese. Prefiro não falar. Não sei o que aconteceria. Temos que reconhecer o valor do Palmeiras, mereceu. Se deu muito bem nos pênaltis. Tivemos uma campanha equilibrada no ano. O Santos passou por grandes adversários, se credenciou a chegar e talvez merecesse melhor sorte”, finalizou.

Rafa Marques chama R. Oliveira de “mau caráter” e Dudu ironiza “pastor”

Os jogadores do Palmeiras não pouparam críticas ao atacante santista Ricardo Oliveira após a conquista do título da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, no Palestra Itália. Inconformado com a provocação feita pelo centroavante no último encontro das equipes no Brasileirão, Dudu acusou o rival de se aproveitar de um discurso religioso para mascarar suas atitudes fora do gramado. O alviverde afirmou que comportamento adotado por Oliveira não é condizente com a função de pastor exercida por ele em igrejas evangélicas.

“Desse cara aí eu nem falo. Eu nem falo. O cara fala que é pastor e faz umas coisas dessas, tenta humilhar as pessoas de alguma forma. A pessoa tem que ter mais respeito. O cara tem uma carreira brilhante, não precisa ficar falando essas coisas e dizendo que é pastor para cobrir os erros dele. É uma coisa muito feia”, disse Dudu, em referência a uma careta que Ricardo Oliveira fez para provocar o goleiro Fernando Prass ao anotar um dos gols na vitória por 2 a 1 do Santos sobre o Palmeiras, pelo segundo turno do Campeonato Brasileiro.

A revolta do elenco palmeirense era tamanha que os jogadores imitaram a faceta do santista ao posarem para a foto do título. O atacante Rafael Marques chegou a pegar uma máscara do centroavante com um torcedor para usá-la na comemoração da conquista. “Foi pela falta de respeito que ele teve por nós. Ele tem que aprender a respeitar meus companheiros, não importa qual seja o resultado da minha equipe. Ele extrapolou no último jogo contra nós no Brasileiro. Isso mostra o quanto ele, além de ser mau caráter, também é mentiroso”, disparou.

Dudu, autor de dois gols na final, ainda pegou um microfone durante a volta olímpica e puxou um dos gritos da torcida para provocar o rival. “Santos o c…! Lugar de peixe é dentro do aquário”, gritou o atacante, acompanhado em seguida pela massa alviverde. Ao conceder entrevista, o jogador lembrou que o Palmeiras está classificado à Copa Libertadores e desejou sorte ao Santos na disputa do Campeonato Paulista.

“Quando o Santos passou pelo São Paulo, eles falaram que iriam ser campeões. Falaram que iriam humilhar a gente nos dois jogos. As coisas não são assim. Futebol é dentro de campo e tem que ser jogado. Para ganhar é preciso mostrar os motivos que te fazem ser campeão. Então, no ano que vem, quando eles forem jogar com a gente, eu acho que não vão falar mais isso. Vão ter mais um pouco de respeito. E boa sorte para eles no primeiro semestre. Eles vão jogar o Campeonato Paulista, estavam tão crentes de que iam disputar a Libertadores e que iriam nos humilhar nos dois jogos. As pessoas precisam ter mais respeito e humildade”, provocou o atacante.

Com vice e sem vaga no G4, Santos vai deixar de ganhar R$ 7,2 milhões

“Nadou, nadou, nadou… e morreu na praia”. A metáfora é antiga, mas resume bem a forma como o Santos encerra seu ano. Depois de se reerguer no primeiro semestre, passando por um início de temporada repleto de turbulências extra-campo e muita desconfiança, e que acabou ficando marcado pelo título do Campeonato Paulista, o alvinegro praiano encerra seus trabalhos, ainda com uma partida a realizar, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, antes das férias coletivas, com um gosto amargo na boca. A perda da Copa do Brasil e o insucesso na tentativa de ficar com uma vaga no G4 do nacional por pontos corridos já surtem efeito negativo imediato no clube. Com o fracasso nestas duas competições, o Peixe vai deixar de embolsar pelo menos R$ 7,2 milhões.

A derrota para o Palmeiras no Palestra Itália na grande decisão da Copa do Brasil fará com que o prêmio pago pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ao campeão, de R$ 4 milhões, seja destinado aos cofres alviverdes. O vice-campeonato renderá apenas a metade do valor ao time da Vila Belmiro.

E depois de findar o jejum de cinco anos e entrar no G4 do Campeonato Brasileiro, o time de Dorival Júnior não conseguiu se manter no posto por mais de seis rodadas. Quando faltavam apenas quatro jogos para o fim da competição, a equipe emendou uma série de um empate e duas derrotas e caiu na tabela. Neste domingo, na partida de despedida, contra o Atlético-PR, em casa, servirá apenas para tentar amenizar o prejuízo.

Caso sustentasse a quarta posição, o Santos receberia R$ 3,2 milhões da CBF. Agora, dependendo de uma combinação de resultados, o máximo que o clube arrecadará com premiação são R$ 2,2 milhões, com um quinto lugar. Em um pior cenário, que é a oitava colocação (não há possibilidade do time terminar a competição abaixo disso), ‘apenas’ R$ 1,2 milhão serão repassados ao alvinegro praiano. Mantendo sua sétima colocação de momento, R$ 1,3 milhão serão pagos, com um acréscimo de R$ 100 mil se a equipe ficar em sexto lugar.

A ausência na próxima edição da Copa Libertadores da América também acaba frustrando planos do departamento de marketing para uma alavancada e valorização da marca em 2016. Confirmando-se a classificação do São Paulo no domingo, contando que Corinthians e Palmeiras já asseguraram suas vagas na competição continental, o Peixe terá muita dificuldade em atrair patrocinadores e parceiros com todos seus rivais locais tendo uma possibilidade de exposição muito maior na mídia.

Desde janeiro de 2013, o clube não chega a um acordo de no mínimo uma temporada para o espaço nobre da camisa. O famoso patrocinador master.

Apesar de “impacto”, Dorival pede calma e segue otimista para 2016

Perda de título para um rival costuma acarretar em desdobramentos internos e uma pressão muitas vezes insustentável para técnicos, jogadores e até dirigentes. No Santos, mesmo depois do fim do sonho de conquistar sua segunda Copa do Brasil e de ficar com uma vaga na próxima Libertadores da América, Dorival Júnior tenta minimizar a queda e prefere destacar o que enxerga de positivo diante deste cenário.

“Só lembrar o começo do ano. Terminamos um ano com uma equipe reconhecidamente forte. Infelizmente, não conquistamos a segunda final, mas chegamos com uma equipe montada, com jogadores numa crescente, despontando, aparecendo muito bem na temporada. Não vejo situação de desespero. Muito diferente do ano passado”, comparou o treinador, relembrando uma temporada que se encerrou cheia de incertezas e que antecedeu um momento de instabilidade muito grande no clube, com uma debandada de atletas, ações na Justiça e atrasos salariais.

Mesmo assim, Dorival não tentou mascarar as consequências de uma derrota que joga todo o esforço de um semestre inteiro por água abaixo. Para o treinador, ser vice realmente tem um peso muito grande no Brasil.

“Impacto sempre tem. No nosso pais, só se reconhece o primeiro. Foi o que falei para o Marcelo (Oliveira) na quarta passada. O segundo é a pior colocação, talvez pior que o último. Nunca é reconhecido, mas desvalorizado. Erramos em algum momento, alguém vai errar para o outro chegar a ser campeão. Perdemos. Mas não podemos baixar a cabeça”, comentou.

O plano era disputar a competição mais importante do continente. Agora, as coisas mudam um pouco. Os objetivos do Peixe para 2016 serão mais uma vez buscar essa vaga, pensando em 2017, mas principalmente tentar acabar com o jejum de 11 anos e conquistar o título Brasileiro, competição na qual o alvinegro praiano sequer conseguir obter um resultado melhor que um sétimo lugar nos últimos sete anos.

“Não muda o planejamento. Temos muitas coisas definidas. Conversamos nos últimos três, quatro meses. Chegamos a coisas muito mais boas do que ruins. Pegamos qualquer time de igual para igual. Tem que sair fortalecido. Mesmo que seja uma derrota doída, tem que se fazer presente em 2016. Algumas coisas serão corrigidas. O Santos se vê preparado para um ano muito melhor”, projetou Dorival Júnior, tentando manter seus jogadores e sua torcida animados com o futuro do time.


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