24/10/2015 – Figueirense 0 x 0 Santos – Campeonato Brasileiro

Figueirense 0 x 0 Santos

Data: 24/10/2015, sábado, 18h30.
Competição: Campeonato Brasileiro – 32ª rodada
Local: Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, SC.
Público: 7.634 pagantes
Renda: R$ 120.180,00
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Auxiliares: Alessandro A Rocha de Matos (BA) e Cleriston Clay Barreto Rios (SE)
Cartões amarelos: João Vitor, Dudu, Sueliton, Thiago Heleno, Fabinho (F); Gustavo Henrique e Ledesma (S).

FIGUEIRENSE
Alex Muralha; Sueliton (Bruno Dybal), Thiago Heleno, Bruno Alves e Juninho; João Vitor (Marcão), Fabinho, Yago e Rafael Bastos (Thiago Santana); Carlos Alberto e Dudu.
Técnico: Hudson Coutinho

SANTOS
Vanderlei; Daniel Guedes, Werley, Gustavo Henrique e Zeca; Renato, Ledesma (Léo Cittadini) e Lucas Lima; Marquinhos Gabriel, Geuvânio (Neto Berola) e Nilson (Ricardo Oliveira).
Técnico: Dorival Júnior



Peixe empata sem gols e agora seca rivais para não perder vaga no G4

Com um time recheado de reservas, o Santos não passou de um empate por 0 a 0 com o Figueirense na noite deste sábado e agora vê sua posição do G4 ameaçada. Dorival Júnior mandou o time a campo no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, sem David Braz, Thiago Maia, e Ricardo Oliveira. Paulo Ricardo ainda sentiu uma indisposição estomacal e foi cortado em cima da hora, além de Gabriel, que cumpriu suspensão. Com isso, a falta de entrosamento ficou latente em campo e o ponto conquistado nesta 32ª rodada do Campeonato Brasileiro ficou até barata para o time da Baixada Santista.

O Figueirense jogou com a gana de quem briga para fugir do rebaixamento. A equipe teve muitas oportunidades de marcar, principalmente no primeiro tempo, mas parou nas defesas de Vanderlei e na falta de pontaria de seus atacantes. Com isso, chega aos 35 pontos, por enquanto, ainda na 15ª posição.

Com 50 pontos, o Peixe agora só se mantém temporariamente na 4ª colocação por causa dos critérios de desempate, já que o Internacional bateu o Joinville e alcançou a mesma pontuação. O Palmeiras, que poderia ultrapassar o alvinegro, acabou derrotado pelo Sport também neste sábado. Porém, o São Paulo, que visita o Coritiba neste domingo, ainda pode assumir o posto no pelotão de elite ainda nesta rodada.

Agora, o Figueirense tem a semana inteira para se preparar para o duelo do próximo sábado, contra o Coritiba, no Couto Pereira, às 21 horas. Já o Santos faz confronto direto pelo G4 com o Palmeiras, às 17 horas do domingo, na Vila Belmiro.

O jogo

Dorival Júnior não conseguiu colocar em campo neste sábado o time principal do Santos. O desgaste dos atletas causado pela brigada partida contra o São Paulo no meio de semana ‘obrigou’ o técnico a fazer algumas alterações. E a equipe sentiu a falta de entrosamento em campo.

Mais ligado e com o ímpeto de anfitrião, o Figueirense dominou as ações no primeiro tempo. Com Dudu atormentando a defesa santista e Sueliton aparecendo com perigo pela direita, o Figueira criou as melhores oportunidades. Porém, pecou na pontaria.

Aos 19 minutos, Yago bateu cruzado e Vanderlei fez grande defesa. No rebote, Dudu pegou de primeira, mas o goleiro do Peixe operou um milagre, ainda quase caído, e evitou o gol.

Aos 24, em lance isolado, após lançamento da intermediária, Dudu dominou a bola no peito foi empurrado por Gustavo Henrique pelas costas dentro da área. Mas Leandro Pedro Vuaden mandou o atacante se levantar e nada marcou, revoltando os poucos torcedores no Orlando Scarpelli.

Na sequência, a reclamação só mudou de lado. Geuvânio recebeu passe também dentro da área e acabou sendo puxado por Juninho. Mais uma vez, Vuaden ignorou a jogada.

O Santos chegava esporadicamente ao ataque. Lucas Lima tentava algumas jogadas individuais, mas a lentidão na saída de bola e os excessivos erros de passe acabavam rápido com as jogadas. Já o Figueirense seguia martelando em busca do primeiro gol.

Aos 29, Sueliton entortou Zeca pela direita do ataque e cruzou. Carlos Alberto chegou atrasado e a bola cruzou da a área santista com muito perigo. E pouco antes do intervalo, aos 43, Dudu recebeu lindo lançamento e saiu na cara do gol. O atacante tentou encobrir Vanderlei, já vendido no lance, mas deu de canela e desperdiçou a melhor oportunidade de gol dos primeiros 45 minutos.

A segunda etapa começou com o peixe tentando mudar o cenário da partida e partindo para cima. A blitz pegou o Figueirense de surpresa. Marquinhos Gabriel arrancou pela esquerda, fez linda jogada e cruzou. Geuvânio furou a cabeçada, mas teve a chance de marcar com seu forte chute de esquerda na sequência. Muralha salvou o time da casa.

Sueliton, então, fez questão de mostrar que seguiria dando trabalho. O lateral passou por dois jogadores santistas e acertou bateu. Dessa vez foi Vanderlei que teve de trabalhar para manter o 0 a 0 no placar.

Diferente da primeira etapa, o jogo passou a ser disputado de forma mais equilibrada. Mas, com muitos erros de passe, o que deixou o duelo mais feio de se ver. Os lances de perigo aconteciam por causa de jogadas individuais, como a de Sueliton aos 19 minutos. Pouco antes de se machucar e ser substituído, o lateral outra vez assuntou ao arriscar chute de longe, mas a bola saiu pela linha de fundo.

Dorival então resolveu apostar em Neto Berola e Ricardo Oliveira. Geuvânio e Nilson deixaram o jogo e o Santos passou a apostar mais no correria de seus contra-ataques, enquanto o Figueira de novo foi punido pela falta de eficiência. Aos 33, Thiago Santana não conseguiu completar cruzamento da esquerda e Juninho pegou a sobra e mandou mais uma bola nas mãos do camisa 1 santista.

O jogo ganhou muita emoção nos minutos finais, com as duas equipes se contra-atacando seguidamente, mas não era noite de gols em Florianópolis e a partida acabou mesmo com o empate sem gols, que acabou desagradando os dois lados.

Poupado, Ricardo Oliveira admite “jogo complicado” em Florianópolis

O empate sem gols na noite deste sábado não foi nada bom para o Santos. Diante de uma equipe que briga apenas para não entrar na zona de rebaixamento, o Peixe encontrou muitas dificuldades e por muito pouco não deixou o estádio Orlando Scarpelli com uma derrota na bagagem. Ricardo Oliveira, um dos jogadores poupados por Dorival Júnior, atuou apenas na parte final do jogo e pouco fez em campo. Depois do apito final, o camisa 9 reconheceu a noite infeliz dos santistas.

“Jogo muito complicado. A equipe deles com uma proposta muito cautelosa, jogando no contra-ataque. Infelizmente, não tivemos grandes chances durante o jogo”, analisou o artilheiro do campeonato Brasileiro.

Além do centroavante, Dorival Júnior deixou David Braz e Thiago Maia de fora da partida. Com isso, o time da Vila Belmiro esteve em campo com uma formação bastante diferente do que a habitual, com a dupla de zaga formada por Werley e Gustavo Henrique, e Nilson no ataque. No meio, a ideia inicial do treinador era apostar em Paulo Ricardo, mas, com uma indisposição estomacal, o jovem jogador deu lugar a Ledesma em cima da hora. E Geuvânio atuou na vaga do suspenso Gabriel.

“Nós sempre estamos falando a respeito da força do nosso elenco. Me foi perguntado logo depois do jogo contra o São Paulo, no Morumbi, se eu estaria à disposição e eu disse que sim. Mas isso não significava que eu ia jogar. Ele (Dorival) tomou a decisão de optar pelo Nilson, e agente aqui, sempre na retaguarda, sempre motivando o companheiro que está la dentro”, explicou Oliveira.

Com isso, o Santos espera ter todos seus principais jogadores para a partida da próxima quarta-feira, contra o São Paulo, com a vaga na decisão da Copa do Brasil em jogo. E o goleador santista deixou claro que, mesmo com a vantagem de ter vencido o duelo de ida por 3 a 1, o espírito é o mesmo no clube praiano.

“Uma coisa eu te asseguro, vocês vão ver nossa postura na quarta-feira e vamos mostrar que não tem nada de ‘tranquilidade’, de ‘já ganhamos’, de ‘estamos na final’. Da mesma forma que conseguimos fazer gols no Morumbi, eles têm jogadores muito fortes, que podem fazer gols na Vila também. Nossa postura vai ser muito agressiva, poque queremos essa vaga na final”, garantiu.

Depois do San-São, é importante lembrar que o desafio no domingo é contra o Palmeiras, que vai à Vila Belmiro para um confronto direto na briga pelo G4 do Brasileirão.

Dorival Jr valoriza ponto fora de casa e culpa desgaste por tropeço

Dorival Júnior evitou lamentar o empate sem gols com o Figueirense neste sábado. O técnico do Peixe sabe que a posição da equipe na tabela de classificação ficou ameaçada, mas prefere valorizar o ponto conquistado fora de casa com uma equipe que precisou superar a falta de entrosamento em função da ausência de tantos titulares.

“Esse ponto tem que ser valorizado pela maneira com que foi alcançado, conquistado. É uma conquista, sim, porque as dificuldades foram grandes para o time estar em campo, jogando de igual e tentando criar. Mesmo com todos esses aspectos saímos com um ponto que vai ajudar e muito na sequência do campeonato”, avaliou.

O treinador também fez questão de enaltecer o trabalho de seu rival, neste sábado. Dorival elogiou a postura do Figueira, que briga apenas para fugir da zona da degola na competição e minimizou o fato do Peixe seguir com apenas uma vitória no Brasileiro como visitante.

“Hoje (sábado) nós enfrentamos um adversário muito difícil e complicado de se jogar. O Figueirense sempre complica jogando em sua casa. Foi um jogo disputado, forte, em que o Santos não se omitiu em momento nenhum. Tecnicamente não foi o que esperávamos em razão do desgaste anterior, mas acima de tudo temos que reconhecer as qualidades do Figueirense, as dificuldades que ele criou em um jogo franco e aberto”, disse.

O desgaste, aliás, fez com que Dorival resolvesse poupar alguns jogadores, de olho na partida da próxima quarta-feira, contra o São Paulo, pelo segundo confronto da semifinal Copa do Brasil, e para o clássico diante do Palmeiras, no próximo domingo, pelo Brasileiro.

“Estávamos sofrendo com esse desgaste. O David (Braz) vem lutando com uma dorzinha que ele sente e isso nos preocupa há algum tempo, temos cuidado especial com ele, tiramos de um trabalho ao longo da semana para estar melhor durante as partidas. Já o Ricardo foi mais precaução, por tudo que ele correu na quarta e dificultou nossa recuperação. Mesmo assim, fomos valentes pra conquistar um ponto”, concluiu.

Dorival vê Lucas Lima “caçado” e pede atenção especial aos árbitros

Lucas Lima recebeu sofreu sete faltas neste sábado, durante o empate por 0 a 0 com o Figueirense. O camisa 20 foi o jogador do Peixe que mais teve dificuldades de se desvencilhar a marcação, muitas vezes dobrada ou até mesmo feita por três jogadores. A prática tem se tornado rotineira em jogos do Santos. Em Florianópolis, Lucas Lima não conseguiu segurar sua insatisfação e ficou claramente irritado com a situação, discutiu com jogadores adversários e acabou dando uma atenção demasiada a este obstáculo individual. Para Dorival Júnior, a reação de seu meia é compreensível.

“Você tem que entender também o outro lado. Você apanhar, apanhar, apanhar e as coisas não acontecerem, é natural que desequilibre qualquer um. E isso tem acontecido na maioria dos jogos. O jogo no meio da semana foi assim, os jogos anteriores da mesma forma. Nós não queremos privilégio, mas queremos uma atenção especial para isso que está acontecendo. É um rodízio. E é claro, é nítido que isso está fazendo com que exista um desequilíbrio natural do atleta”, explicou o técnico santista, dando uma boa dose de razão ao seu atleta.

“Por mas que nós estejamos em cima, sempre chamando a atenção, é uma reação que faz com que qualquer um perca a cabeça e saia de uma normalidade e tenha uma reação inesperada em algumas situações”, completou.

O alerta de Dorival Júnior, no entanto vem acompanhado de um conselho para o próprio jogadores. Refém do próprio talento, Lucas Lima vai ter de se adaptar a este tipo de jogo, segundo o técnico.

“Ele está cativando uma condição em razão das suas qualidades, do potencial que possui. E é natural que tenha que conviver e aprenda a conviver com reações desse tipo, porque muitas delas ainda acontecerão”, avisou.

Arbitragem
Leandro Pedro Vuaden apitou a partida no estádio Orlando Scarpelli neste sábado e foi muito criticado por não ter marcado dois pênaltis, um para cada time. O árbitro gaúcho não viu pênalti no lance que Gustavo Henrique empurra Dudu pelas costas, dentro da área, e também ignorou o puxão de Juninho em Geuvânio, quando o atacante já recebia passe para sair na cara do gol.

Mas, para Dorival Júnior, o empate sem gols neste 32ª rodada não tem qualquer relação com a arbitragem. Pelo contrário. Após a partida, o treinador do Santos demostrou muito respeito com Vuaden ao revelar que ele foi a campo no dia seguinte ao falecimento de seu pai.

“Não acho que ele influenciou. E nós temos que entender. Ele foi até um profissional acima do normal. Ter perdido o pai no dia de ontem (sexta) e estando aqui hoje (sábado) para apitar uma partida de futebol, acho que nós temos, antes de tudo, reconhecermos um valor de uma pessoa, um ser humano, um profissional, que fez seu máximo. Alguns lances sempre acontecem, mas não acho que ele teve interferência diretamente, não. Se teve, foi um errinho para um lado, um errinho para o outro. Eu acredito que tenha sido uma arbitragem tranquila, até em relação a tudo que temos visto anteriormente, e apenas lastimamos e sentimos pela passagem de seu pai”, comentou Dorival Júnior.

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