19/07/2015 – Palmeiras 1 x 0 Santos – Campeonato Brasileiro

Palmeiras 1 x 0 Santos

Data: 19/07/2015, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 14ª rodada
Local: Allianz Parque, em São Paulo, SP.
Público: 38.220 pagantes
Renda: R$ 2.741.640,00
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)
Auxiliares: Rodrigo Henrique Correa e Dibert Pedrosa Moises (ambos do RJ).
Cartões amarelos: Leandro Almeida, Arouca e Egídio (P); Ricardo Oliveira, Werley e Neto Berola (S).
Gol: Leandro Pereira (14-1).

PALMEIRAS
Fernando Prass; Lucas, Victor Ramos, Leandro Almeida e Egídio; Gabriel e Arouca (Amaral); Rafael Marques, Robinho e Dudu (Gabriel Jesus); Leandro Pereira (Lucas Barrios).
Técnico: Marcelo Oliveira

SANTOS
Vanderlei; Victor Ferraz, Werley, David Braz e Zeca; Renato, Thiago Maia (Marquinhos Gabriel) e Lucas Lima; Geuvânio (Neto Berola), Gabriel (Nilson) e Ricardo Oliveira.
Técnico: Dorival Júnior



Verdão se aproveita do Peixe para vencer, colar no G4 e afundar rival

O Palestra Itália recebeu neste domingo um clássico no qual o desespero foi decisivo. O Santos entrou em campo disposto a vencer para sair da zona de rebaixamento, mas se atrapalhou e deixou a bola para quem está embalado. A consequência está no placar: 1 a 0 para o Palmeiras, que cola nos primeiros colocados do Campeonato Brasileiro e afunda o rival.

O Verdão entrou desligado, mas, em uma de suas primeiras trocas de passes, Leandro Pereira girou sobre Werley para encher o pé, marcando um belo gol. Suficiente para definir a reedição da final do Campeonato Paulista. Mas quem ficou na taça só deu mais trabalho quando se jogou à frente, sem organização para superar a marcação palmeirense. Festa para a torcida que comemorou a estreia de Lucas Barrios, que entrou na metade do segundo tempo, como se fosse um segundo gol.

Artilheiro do torneio, Ricardo Oliveira deixou de ser esperança santista para discutir com adversários e passou em branco, bem diferente do centroavante titular do Palmeiras. Aplaudido neste domingo, Leandro Pereira ajudou o seu time a chegar a 25 pontos, a dois da zona de classificação para a Libertadores. O Peixe, por sua vez, estacionou em 13 pontos, na desesperadora 17ª colocação.

Invicto há seis rodadas, com cinco vitórias nesse período pelo Brasileiro, o Verdão volta a campo às 18h30 (de Brasília) do próximo sábado, visitando o Vasco em São Januário. O Santos, que venceu um dos seus seis últimos jogos, precisa derrotar o Sport e evitar sofrer gols às 22 horas de quarta-feira, na Vila Belmiro, para seguir na Copa do Brasil. Pelo Brasileiro, o time recebe o Joinville, às 11 horas de domingo.

O jogo

A torcida estava animada, mas parece não ter contagiado o Palmeiras. O time da casa não mostrou a marcação adiantada, o ímpeto para recuperar a bola e os passes em velocidade que têm simbolizado a recuperação com Marcelo Oliveira. Os anfitriões estavam desligados e a necessidade de dar uma resposta motivou mais o Santos.

O Peixe rapidamente usava a movimentação de Lucas Lima para buscar Geuvânio, Gabriel e Ricardo Oliveira, que estavam mais concentrados e pronto para receber a bola mesmo dentro da grande área adversária. O Verdão apenas assistia, pouco se aproximando. Parecia saber que o próprio rival se atrapalharia, tendo o obstáculo e a falta de qualidade em alguns momentos para não criar chances.

Sem muito esforço, o Palmeiras sabia que a bola chegaria aos seus pés e, quando encaixou uma troca de passes, abriu o placar. Aos 14 minutos, todos os setores foram envolvidos em tabelas vagarosas, mas que deixou a bola para Robinho entregar a Leandro Pereira, puxar a marcação e ver o centroavante girar sobre Werley soltando uma bomba no canto direito, balançando as redes em um bonito lance.

Na ânsia de responder, o Santos contou com a qualidade de Ricardo Oliveira, sua maior esperança. O centroavante dominou de peito e contou com erro de Victor Ramos para tocar a bola por cima do zagueiro e bater de longe, nas mãos de Fernando Prass, aos 16. Era uma rara oportunidade de gol em um clássico com pouca criatividade.

Para não correr tantos riscos, o Verdão ficou mais em seu campo, espalhado para fechar espaços, mas se ímpeto de recuperar a bola. O Peixe, por sua vez, estava desesperado demais mesmo para fazer o simples. Naturalmente, Lucas Lima já não conseguia armar como antes e foi sumindo, ocorrendo o mesmo, consequentemente, ao trio ofensivo.

O intervalo serviu para o Santos buscar mais velocidade e eficiência enquanto ocupava o campo palmeirense, mas o Verdão acordou nos vestiários. Enfim, mostrou agilidade para recuperar a bola e se aproximar do gol de Vanderlei. Assim, Leandro Pereira aproveitou cobrança de falta para cabecear rente ao travessão.

O lance abriu o clássico, já que o Peixe precisava atacar, e Marcelo Oliveira quis se aproveitar disso. Reforçou a marcação na cabeça de área, trocando Arouca por Amaral, e colocou o descansado Gabriel Jesus no lugar de Dudu. O Santos levou susto em choque que deixou Thiago Maia desacordado por alguns segundos e o volante, que chegou a ficar alguns segundos desacordado, saiu para Dorival Junior aumentar a ofensividade da equipe com a entrada de Marquinhos Gabriel.

A postura alviverde vinha dando certo, com o time mais presente e acordado no ataque, e a torcida se levantou para aplaudir Leandro Pereira e a estreia de Lucas Barrios, que entrou em seu lugar. Ao mesmo tempo, Dorival quis alguém mais agudo na frente, trocou Geuvânio por Neto Berola e o atacante, em seu primeiro lance, chutou rente ao travessão, aos 28.

Na base do desespero, o Peixe contou com a entrada do atacante Nilson no lugar do apagado Gabriel para ocupar o campo ofensivo. Enfim, aproveitou o cansaço da defesa do Palmeiras para fazer Fernando Prass trabalhar. Mas a confiança alviverde parece inabalável. Tanto que mal foi preciso acertar para vencer neste domingo.

Dorival evita termo “injustiça”, mas diz que Peixe não merecia a derrota

O Santos teve pouco menos de 60% de posse de bola mesmo atuando na casa palmeirense, neste domingo. O rival, no entanto, acabou sendo mais efetivo e venceu o clássico por 1 a 0. Ao analisar a partida em entrevista coletiva, o técnico Dorival Jr evitou falar em “injustiça”, mas não conseguiu esconder sua frustração com o resultado final.

“Falar de injustiça de resultado é difícil. O Palmeiras foi muito feliz em uma jogada individual, pelo giro. No mais, não aconteceu nada. O Santos tentou as jogadas, o segundo tempo ficou muito franco, com as duas equipes criando oportunidades. O que eu vi foi um jogo disputado, aberto. Acho que é isso que nós queremos ver de futebol”, disse o técnico, que comandou o Peixe apenas pela segunda vez desde que retornou ao cargo.

“O Santos, se tivesse que acontecer algo diferente, em razão do ímpeto que teve, não se entregou em momento nenhum, talvez tenha merecido uma sorte melhor”, completou.

Dorival também evitou criticar a exposição de sua equipe no segundo tempo. O treinador admite que colocou o time para frente em busca de pelo menos um gol e aprovou a atuação de seus comandados, mesmo com a derrota, que manteve o Peixe na zona de rebaixamento, em 17º lugar na tabela de classificação.

“Em razão de estar a todo momento buscando crianção, é obvio que acabamos dando espaço. Eu vi muito mais coisas positivas do que negativas. E talvez não merecíamos a derrota. Acredito que o Santos fez por merecer uma sorte melhor”, avaliou.

Ricardo Oliveira vê resultado injusto e Renato cobra efetividade

O Santos conseguiu enfrentar o Palmeiras de igual para igual no Allianz Parque, mas não conseguiu marcar ao menos um gol e acabou derrota por 1 a 0, gol de Leandro Pereira. Para Ricardo Oliveira, capitão alvinegro, o placar não diz o que foi a partida neste domingo.

“O resultado foi injusto pelo que fizemos no primeiro e no segundo tempo. Acho que merecíamos pelo menos um gol para ter empatado aqui”, avaliou o camisa 9, defendendo o zagueiro Werley das críticas no lance do único gol do jogo. “Eu acho que não dá para a gente falar de uma falha individual. O Werley estava ali com ele e ele (Leandro) foi muito feliz na jogada”, completou.

Renato, experiente volante de 36 anos, que voltou a jogar após nove rodadas fora, também gostou a atuação do Peixe e foi mais um a lamentar a derrota, após a equipe vencer bem o Figueirense.“A atitude foi a mesma. Nós tivemos a oportunidade de chegar na linha de fundo. Faltou o último passe para poder finalizar. A gente conseguiu neutralizar os contra-ataques deles. A chance que eles tiveram eles aproveitaram, mas a equipe não tem que abaixar a cabeça, não”, analisou.

Marquinhos Gabriel, que entrou na vaga de Thiago Maia, prefere já pensar no próximo desafio do time, quarta-feira, contra o Sport, em duelo decisivo pela Copa do Brasil. “A gente está começando a se organizar de novo. É um clássico. Qualquer detalhe a outra equipe sai vencedora. A gente teve chances, mas a equipe deles acabou se dando melhor. Mas já tem Copa do Brasil, temos que trabalhar”, afirmou.

Com a derrota por 1 a 0, o Peixe segue em 17º lugar na tabela de classificação, dentro da zona de rebaixamento.

Prass e Ricardo Oliveira trocam acusações de agressão e recusam paz

Dois dos jogadores mais velhos em campo neste domingo protagonizaram uma briga sem promessa de reconciliação. Fernando Prass e Ricardo Oliveira trocaram acusações de agressões no clássico vencido pelo Palmeiras e, ao se encontrarem na saída dos vestiários do Palestra Itália, evitaram até trocar olhares.

Ricardo Oliveira já tinha se estranhado e recebido cartão amarelo por confusão com Leandro Almeida, no primeiro tempo, e passou a se tornar inimigo de Prass na etapa final. O desentendimento entre o jogador do Santos e o goleiro fez até com que a partida fosse paralisada, mas seguiu mesmo depois do apito final, quando o atleta do Verdão chegou a pisar no pé do atacante enquanto o artilheiro dava entrevistas.

Prass diz ter sido atingido durante o jogo por um soco nas costas. “Sou um cara muito tranquilo, é difícil me tirar do sério. Mas soco nas costas, sem bola, não faz parte, não é de jogador profissional. Nem critico a arbitragem porque, no lance, eu já tinha tirado a bola e ela já tinha passado do meio de campo quando o Ricardo foi malandro. Se tivesse um árbitro atrás do gol, teria visto. Mas as imagens, com certeza, estão aí. Espero que analisem.”

Ricardo Oliveira devolve com outra acusação de agressão. “Disputo uma bola, nem toco nele, e ele solta o braço em mim por trás, sem bola. Na sequência, trombei mesmo, mas respondi sem agressão. A acusação dele não procede porque deu em mim sem bola primeiro. Com a cabeça quente do jogo, às vezes, é até normal uma provação, mas não ser desleal como ele foi. Quis se mostrar mais homem do que eu. E não vai ser. Não vai ser. Meu time e minha camisa vou defender. Vou com tudo. Com respeito, visando a bola”, avisou o atacante.

Enquanto o camisa 9 dava entrevistas na saída do gramado, Prass pisou em seu pé. Mas garante que foi acidental e agradeceu por não ter reconhecido Ricardo naquele momento. “Se eu visse que era ele ali, não teria esbarrado, teria feito coisa pior. Graças a Deus, não vi que era ele. Ainda bem que ficamos no meio de campo, cumprimentando a torcida, deu para esfriar um pouco a cabeça”, declarou.

Ricardo sorriu ao saber das ameaças do goleiro, adotando tom irônico. “Tive um livramento, então. Senão poderia ir para o hospital. Ainda bem. Graças a Deus vou poder chegar à minha casa. Foi um pisão, ele não viu, acho que não está enxergando direito. Faz parte”, falou o atacante, sorrindo.

Os dois concederam entrevistas lado a lado e Prass, ao ser alertado da presença do rival, passou a atender os repórteres dando as costas para o atacante. “Não tenho motivo nenhum para cumprimentar”, avisou o goleiro, que se concentrou no atendimento à imprensa e não viu Ricardo Oliveira passar às suas costas, claramente evitando olhar o jogador do Palmeiras.

Mas, aos microfones, o centroavante continuou provocando, lembrando do Paulista, quando deu um cavadinha para marcar gol em Prass na primeira fase e venceu a final nos pênaltis. “Acho que foi a rivalidade. É normal. Pode ser um ressentimento da final. Da cavadinha. Pode ser, sim. Até o lance, não tinha nada. É uma situação um pouco diferente do que estamos acostumados a ver no futebol”, disse Ricardo Oliveira.

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