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28/06/2015 – Internacional 1 x 0 Santos – Campeonato Brasileiro

Internacional 1 x 0 Santos

Data: 28/06/2015, domingo, 18h30.
Competição: Campeonato Brasileiro – 9ª rodada
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, RS.
Público: 26.143 pessoas (22.495 pagantes)
Renda: R$ 618.895,00
Árbitro: Dewson Freitas Silva (PA)
Auxiliares: Rodrigo Corrêa (RJ) e Celso Luiz da Silva (MG).
Cartões amarelos: Jorge Henrique, William e Lisandro López (I); Neto Berola (S).
Cartão vermelho: David Braz (S)
Gol: Valdívia (31-2).

INTERNACIONAL
Alisson (Muriel); William, Ernando, Alan Costa e Alan Ruschel (Valdívia); Rodrigo Dourado, Anderson, Jorge Henrique e D’Alessandro; Nilmar (Rafael Moura) e Lisandro López.
Técnico: Diego Aguirre

SANTOS
Vladimir; Daniel Guedes (Caju), Werley, David Braz e Victor Ferraz; Lucas Otávio, Thiago Maia e Lucas Lima; Geuvânio (Marquinhos Gabriel), Ricardo Oliveira e Gabriel (Neto Berola).
Técnico: Marcelo Fernandes



Valdívia sai do banco e define vitória do Inter sobre o Santos no Beira-Rio

Depois de passar algumas rodadas fora da equipe do Internacional por lesão, o garoto Valdívia voltou a ver sua estrela brilhar. Neste domingo, ele saiu do banco e marcou o gol de uma difícil vitória colorada sobre o Santos, no Beira-Rio, por 1 a 0. Aos 31 minutos da etapa final, ao tentar efetuar um cruzamento para a área em falta lateral, ele bateu fechado demais e encobriu o goleiro Vladimir, marcando um golaço.

O jogo foi bastante aberto no Beira-Rio, com boas chances para os dois lados no primeiro tempo. Na etapa final, o Inter conseguiu se impor e chegou ao gol. A expulsão do zagueiro David Braz logo após o gol, por reclamação, facilitou a administração do resultado por parte da equipe gaúcha.

O jogo

O Beira-Rio viu um primeiro tempo agradável e aberto, com apenas seis faltas ao todo e muito tempo de bola rolando. O Santos começou melhor, chegando com perigo em um chute de Geuvânio e numa cabeça de Gabriel, esta defendida por Alisson. Aos 13 minutos, o goleiro colorado sentiu lesão e teve de sair do jogo. Muriel, seu irmão e reserva, entrou e já teve trabalho aos 16, pegando falta batida por Geuvânio em dois tempos.

Depois de um começo morno, o Inter saiu de trás e ensaiou uma pressão. Primeiro, D’Alessandro fez boa jogada individual e chutou por cima, com perigo. Aos 20, o argentino lançou Nilmar, que dominou na área e bateu cruzado para defesa de Vladimir. A melhor chance viria aos 22, em cabeçada de Ernando no travessão após escanteio curto levantado na área por Anderson.

O jogo caiu um pouco de ritmo a partir dos 25, mas ainda assim algumas oportunidades foram criadas. Ricardo Oliveira e Victor Ferraz obrigaram Muriel a boas defesas em chutes de fora da área. Aos 32, D’Alessandro lançou Nilmar na cara do gol, mas Vladimir abafou a conclusão e salvou o Peixe. O time paulista ainda teve boa chegada aos 44, com chute de primeira de Gabriel por cima, aproveitando sobra dentro da área.

O Santos voltou novamente mais aceso no segundo tempo. Aos três minutos, Geuvânio arriscou de longe e Muriel pegou em dois tempos com dificuldade. Aos 11, Lucas Lima cruzou da direita para Ricardo Oliveira, mas Ernando salvou de carrinho. O Inter respondeu em cabeçada de Valdívia, que entrara no começo da etapa complementar, por cima.

O Inter passou a pressionar mais a partir dos 20 minutos. Primeiro, Nilmar tabelou com D’Alessandro e cruzou para um lindo sem pulo de Lisandro López por cima. Aos 25, Jorge Henrique cruzou, Nilmar escorou e D’Alessandro pegou de primeira, para fora. Aos 31, o gol: em falta ao lado da área, Valdívia levantou fechado demais e acabou encobrindo o goleiro santista. Após o lance, o zagueiro David Braz foi expulso por reclamação.

Valdívia ainda quase marcou outro aos 35, quando um chute seu da entrada da área se desviou na zaga e por pouco não entrou. A melhor chance do Peixe para empatar veio aos 45: Lucas Lima bateu na entrada da área, a bola desviou na defesa do Inter e quase enganou Muriel.

Fernandes lamenta “gol achado” e se diz cansado de não vencer jogando bem

Marcelo Fernandes julgou a derrota por 1 a 0 para o Internacional incompatível com o que produziu o Santos em Porto Alegre. Ele lamentou muito o lance que decidiu a partida – Valdívia admitiu ter tentado cruzar a bola que entrou – e a “sortezinha” que tem faltado à sua equipe.

“Não vou abrir mão de o Santos jogar o que está jogando porque vai pegar A ou B fora de casa. Infelizmente, mais um detalhe nos prejudicou hoje. Com todo o respeito, o Inter achou um gol, o gol foi achado. É um resultado até mais decepcionante do que outros que a gente teve”, afirmou o técnico.

“Cansa. A gente jogou bem, teve tantas finalizações e não ganhou. Os caras tão chateados. A gente sai muito chateado porque tinha totais condições de conseguir outro resultado. Vem faltando o detalhe, faltando a sortezinha, o arremate final. São situações de jogo, que acontecem no Beira-Rio e em qualquer outro lugar”, acrescentou.

A derrota no Rio Grande do Sul ampliou o jejum do Santos como visitante – a última vitória aconteceu no distante dia 14 de março, contra o Marília, no Campeonato Paulista. Chateado, Fernandes fez uma defesa não tão empolgada de Vladimir, encoberto por Valdívia no gol colorado.

“Não, eu não cogito nada”, disse o treinador, questionado sobre a possibilidade de sacar o goleiro. “Só não posso tomar gol em bobeiras nossas, como foi com Lucas Lima outra vez, com David Braz em outra. Mas o grupo é fechado. O Vladimir já salvou o Santos em várias partidas. Não tem essa, não tem caça às bruxas.”

David Braz reclama de cartão vermelho e diz que juiz “quis aparecer”

Expulso por reclamação pelo árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva, David Braz deixou revoltado o gramado do Beira-Rio na derrota por 1 a 0 do Santos para o Internacional. Mesmo bem mais calmo no vestiário, o zagueiro insistiu veementemente que não mereceu o cartão vermelho em Porto Alegre.

“Ele quis aparecer, na verdade”, resumiu. “Não pode ser assim, cara. Não dá nem para trocar ideia. É futebol. Futebol é comunicação também. Eles podem errar, como nós, faz parte. Eu procurei ter equilíbrio ali, tive muita tranquilidade para falar com ele. Na minha opinião, quis aparecer.”

David Braz tinha recebido um cartão amarelo no primeiro tempo ao perder disputa com Lisandro López e agarrar o argentino. Após o gol de falta de Valdívia, aos 34 minutos da etapa final, o beque se aproximou do árbitro, falou com ele por alguns instantes e acabou levando mais um cartão.

“Foi uma bola à queima-roupa, não tinha como o Lucas Otávio tirar o braço”, disse o zagueiro, referindo-se ao lance que originou o tento colorado. “Saiu o gol, eu comentei dessa regra para ele. Falei que vi a regra nessa semana. Ele não lembrava que eu tinha amarelo. Se lembrasse, não daria outro cartão.”

Há uma determinação da comissão de arbitragem responsável pelo Campeonato Brasileiro para não admitir reclamações. A orientação é que se puna com rigor as queixas feitas pelos jogadores dentro de campo, especialmente quando há gesticulação com os braços.

“Foi isso mesmo. Ele falou que fui acintoso. Em nenhum momento falei palavrão, não teve nenhuma situação para ele me dar cartão. Falei tranquilo, mas ele quis aparecer”, acrescentou Braz, lembrando que Robinho já havia sido vítima de Dewson no ano passado, quando ainda nem havia essa determinação aos juízes.

“Ele já teve essa falha. No Botafogo e Santos da Copa do Brasil, expulsou o Robinho. Todo o mundo criticou porque foi muito rigoroso. Expulsou o Robinho em um lance em que ele nem reclamou”, comentou. “Todos os jogadores estão sendo perseguidos. Não dá para falar com o juiz. Nada”, concluiu.

Acha que é Dewson?
Victor Ferraz se mostrou tão irritado quanto David Braz na saída do gramado do Beira-Rio. Ao ser questionado sobre a derrota do Internacional, começou a disparar contra Dewson Fernando Freitas da Silva, assegurando que as palavras foram ditas pelo zagueiro em tom respeitoso.

“A bola pegou na mão do Lucas Otávio. Depois, ele expulsou o David Braz. Estava ali, sou testemunha. O David Braz não falou um palavrão para o juiz. Isso não existe. Qualquer coisa que diz, o cara é expulso. Expulsou por quê? Agora, é Deus”, esbravejou o lateral.

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