06/06/2015 – Santos 2 x 2 Ponte Preta – Campeonato Brasileiro

Santos 2 x 2 Ponte Preta

Data: 06/06/2015, sábado, 18h30.
Competição: Campeonato Brasileiro – 5ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 5.508 pagantes
Renda: R$ 159.545,00
Árbitro: Vinicius Goncalves Dias Araujo (SP)
Auxiliares: Gustavo Rodrigues de Oliveira e Ricardo Pavanelli Lanutto (ambos de SP).
Cartões amarelos: Lucas Lima (S); Gilson, Fernando Bob (PP).
Gols: Geuvânio (22-1); Felipe Azevedo (07-2), Ricardo Oliveira (15-2) e Renato Cajá (26-2).

SANTOS
Vladimir; Daniel Guedes (Chiquinho), Werley, David Braz e Victor Ferraz; Lucas Otávio, Elano (Thiago Maia) e Lucas Lima; Geuvânio, Gabriel (Neto Berola) e Ricardo Oliveira.
Técnico: Marcelo Fernandes

PONTE PRETA
Marcelo Lomba; Rodinei, Tiago Alves, Pablo e Gilson; Josimar, Fernando Bob e Renato Cajá (Juninho); Biro Biro, Felipe Azevedo (Cesinha) e Diego Oliveira (Borges).
Técnico: Guto Ferreira



Santos abre vantagem, mas cede empate para Ponte na Vila

O Santos esteve à frente no placar por duas vezes neste sábado, mas novamente não soube aproveitar a vantagem e cedeu o empate por 2 a 2 para a Ponte Preta, na Vila Belmiro. A igualdade manteve a Macaca invicta no Campeonato Brasileiro e deixou, definitivamente, o clima pesado no Alvinegro praiano, que agora já não vence há cinco partidas, contanto a derrota para o Sport pela Copa do Brasil.

Geuvânio foi, talvez, o único destaque santista na partida. O Caveirinha marcou um golaço no primeiro tempo e sofreu o pênalti que Ricardo Oliveira converteu na segunda etapa. Pelo time de Campinas, Felipe Azevedo aproveitou rebote de Vladimir, e Renato Cajá decretou a igualdade, de cabeça.

A Ponte Preta, com o empate fora de casa, chega a 12 pontos e se mantém provisoriamente na vice-liderança do Nacional por pontos corridos. Já o Peixe chega aos seis pontos após seis rodadas e caiu para a 15ª colocação, com o risco de ficar ainda mais próximo da zona de rebaixamento ao fim da rodada.

O jogo

Marcelo Fernandes resolveu, enfim, dar uma oportunidade para Gabriel começar jogando. Apesar de o técnico entender que o camisa 10 renda melhor na posição de centroavante, o garoto de 18 anos foi escalado pela esquerda, na vaga de Robinho, que está com a Seleção Brasileiro. E, logo aos 4 minutos, o atacante mostrou fome de bola e foi responsável pelo primeiro “uhh” da arquibancada ao arriscar chute de fora da área e ver Marcelo Lomba defender.

Com moral, a Ponte Preta reagiu no lance seguinte em boa jogada de Rodinei pela direita, que só não complicou o Peixe porque Elano tocou para escanteio antes que a bola chegasse a Biro Biro. O mesmo atacante na Macaca também obrigou Vladimir a trabalhar aos 12 minutos, em arremate de fora da área, mas o grande lance do jogo ainda estava por vir.

Aos 22 minutos, em jogada pela direita, Daniel Guedes tocou para dentro da área. Geuvânio escorou o corpo no zagueiro Pablo, girou e acertou uma bomba no ângulo esquerdo de Marcelo Lomba. Um golaço com a marca registrada do Caveirinha.

O gol empolgou o Peixe. Melhor em campo, a equipe praiana tentava a todo momento furar as duas linhas de quatro feitas pelo time campineiro e, para isso, tentava tocar de pé em pé, virando o jogo.

Aos 26, tabela de Victor Ferraz com Gabriel, que chutou firme, mas a bola explodiu no zagueiro. Aos 33, Ricardo Oliveira recebeu lançamento longo e ficou de frente para o gol. Na saída do goleiro, o camisa 9 tentou encobrir, mas não bateu com a força necessária e Pablo evitou o segundo do Santos no jogo.

O castigo quase veio no minuto seguinte. Josimar arriscou de longe e acertou o ângulo, mas Vladimir voou na bola e fez uma defesa espetacular, garantindo a vitória parcial santista no primeiro tempo.

No segundo tempo, o Santos mostrou claramente que tentaria matar o jogo o mais rápido possível. Em cinco minutos, o time da casa não deixou a Ponte pegar na bola e pressionou a saída de bola da Macaca. No entanto, no primeiro lance ofensivo dos ponte-pretanos, Felipe Azevedo não perdoou. O relógio marcava sete minutos quando Renato Cajá enfiou a bola na esquerda para Biro Biro, que bateu colocado. Vladimir fez linda defesa, mas, no rebote, Felipe Azevedo estufou as redes.

Precisando da vitória, o Santos recomeçou sua busca pelo gol já na saída de bola. Mais uma vez, Geuvânio buscou a jogada individual e soltou a perna, mas Lomba espalmou e afastou o perigo.

De novo pela direita do ataque santista, Caveirinha foi sozinho para cima da marcação, entrou na área e foi derrubado por Gilson, que acabou cometendo pênalti claro e infantil. Ricardo Oliveira deslocou o goleiro e colocou o Peixe em vantagem novamente aos 15 minutos.

A partir daí, o jogo ficou aberto e com as duas equipes dando espaço. A Ponte Preta forçava as jogadas pela direita de ataque, enquanto o Santos apostava no talento de Lucas Lima.

Mas o Peixe voltou a vacilar na marcação, assim como já havia acontecido na última rodada, contra o Sport, e a Macaca soube aproveitar bem. Renato Cajá mostrou que vive grande fase e, após receber cruzamento no meio da área, cabeceou no canto direito de Vladimir e anotou seu quarto gol no Campeonato Brasileiro. O gol silenciou a Vila Belmiro.

Marcelo Fernandes, então, mandou Thiago Maia, Neto Berola e Chiquinho para o jogo em uma tentativa desesperada de buscar o gol da vitória, mas as substituições não surtiram efeito, e o Santos foi mais uma presa da Ponte Preta neste Brasileirão. Agora, o time da Vila Belmiro já está há cinco jogos sem vencer, enquanto a Macaca segue invicta na competição.

Bastidores – Santos TV:

Santistas admitem incômodo e ‘não entendem’ novo tropeço

O torcedor santista que foi à Vila Belmiro no início da noite deste sábado viu o Santos repetir os erros da partida contra o Sport, há uma semana, também no estádio Urbano Caldeira, quando a equipe alvinegra ficou à frente no placar por duas vezes, mas, no fim, cedeu o empate. Desta vez, foi a vez da Ponte Preta aproveitar os vacilos santistas para arrancar resultado de 2 a 2.

Após o apito final do árbitro, as vaias deram o tom no estádio e os protestos na saída dos jogadores para o vestiário se dividiam entre Marcelo Fernandes e alguns atletas, como Gabriel, que novamente não aproveitou oportunidade e acabou sacado na segunda etapa.

“Temos que ter cuidado e atenção. Se a gente não estivesse criando, seria preocupante, mas estamos tomando gols por falta de atenção e isso, no final, pesa. Acho que a gente está mais do que na hora de se conscientizar que não podemos continuar cometendo esses erros, porque não é bom para ninguém”, disse Elano, capitão do time neste sábado, já que Renato não pôde atuar por causa de dores no joelho.

Ao comentarem o novo tropeço, os jogadores santistas tinham discursos variados e pareciam buscar uma explicação pela falta de vitórias.

“Eles tiveram posse de bola legal depois que a gente teve um a menos (Chiquinho se machucou no fim), mas uma hora a bola vai entrar, vamos voltar a ganhar e tirar o Santos dessa posição, que está incomodando”, analisou Victor Ferraz.

No entanto, ao ser questionado se a falta de gols estava atrapalhando o time nos jogos, Geuvânio discordou.

“Não. A gente fez gol hoje”, disse o atacante, de forma ríspida, para depois completar “A gente jogou bem, mas a vitória não está vindo. Mas o time não vai parar de lutar, não”.

David Braz também parecia atordoado e sem palavras para falar sobre o empate na Vila.

“Infelizmente, cara. Vamos trabalhar para melhorar logo, o Santos não pode estar nessa situação, fomos campeões paulistas agora, a gente está jogando bem, mas tem que trabalhar mais para concertar e voltar a ser o Santos do começo da temporada”, disse.

“A gente tem que corrigir alguns defeitos. A gente começou muito bem o primeiro tempo, no segundo tempo deixamos cair e cedemos o empate”, resumiu Vladimir. “Campeonato Brasileiro é sempre preocupante. A gente sempre começa bem e, em alguns detalhes, acaba pecando”, encerrou o goleiro santista.

Irritado, Fernandes pede chutão e esbraveja: “A gente sofre ganhando”

Marcelo Fernandes chegou pilhado para a entrevista coletiva na sala de imprensa da Vila Belmiro, neste sábado, poucos minutos após o frustrante empate por 2 a 2 com a Ponte Preta, que deixou o clube com apenas seis pontos no Campeonato Brasileiro e muito próximo da zona de rebaixamento. Até agora, o time venceu apenas uma única partida no Brasileirão e está há cinco partidas, sem sequência, sem sair de campo com a vitória.

“A conversa é de cobrança, todo mundo, não tem outra conversa. Seis pontos no Campeonato, desculpa, a Ponte Preta é uma excelente equipe, mas tinha que ganhar o jogo, não pode ter só seis pontos”, admitiu Marcelo Fernandes, inconformado com o fato da sua equipe, pela terceira vez seguida, não ter vencido após ficar à frente no placar.

“Nossa equipe se porta bem, 0 a 0 joga bem, recompõe…aí fazemos o gol e não tem mais controle do jogo. A gente sofre ganhando. Chegou no fundo, não deu, volta. Nós estamos indo, dando a bola para os caras, ganhando o jogo”, reclamou. “Eu sou da época de dar chutão, foi o que falei lá dentro (no vestiário). Nós já vimos que não é por aqui e fomos de novo. Três jogos 2 a 1 Agora tem que recuperar em Minas Gerais, Campeonato Brasileiro é difícil, não é simples assim recuperar esses pontos”, exclamou, já preocupado com o jogo desta quarta-feira, contra o Atlético-MG, pela sétima rodada.

Além do erro na saída de bola, que, claramente, é o que mais tem tirado Marcelo Fernandes do sério, as bolas aéreas voltaram a ser um tormento para a defesa alvinegra. Mesmo assim, o treinador fez questão de não pontuar um setor específico do time e chamou a responsabilidade.

“Não tem essa. Não estou aqui para falar de defesa, meio e ataque. Eu sou técnico do Santos e a culpa é minha, porque quem põe para jogar sou eu. Mas a gente já provou uma comida ruim e hoje a gente comeu da mesma comida. Tem hora que é melhor dar um chutão e não sofrer o gol”, voltou a enfatizar.

E mesmo com pouco tempo para consertar as falhas na equipe, o técnico sabe que não pode perder tempo e quer uma resposta já diante do Galo.

“É o que a gente pede, esperar o melhor momento. Você faz um gol, os caras vão vir para cima. A gente está fazendo gol e está sofrendo ganhando. Hoje foi a mesma coisa. O pessoal (time) vai fazer, mas no Brasileiro não dá para esperar. Já tem que ser na quarta-feira”, avisou.

Técnico rebate pressão no Santos: “Não fico sem dormir por isso”

Bastaram seis rodadas do Campeonato Brasileiro para todo o clima de paz e tranquilidade no Santos chegar ao fim. Campeão paulista em maio, o time está próximo da zona de rebaixamento no Nacional por pontos corridos e não vence há cinco partidas, acrescentando a derrota para o Sport, pela Copa do Brasil, nesta sequência. Neste sábado, depois do 2 a 2 com a Ponte Preta na Vila Belmiro, muitos torcedores vaiaram a equipe alvinegra e pediram a saída do técnico Marcelo Fernandes, que prontamente rebateu as críticas.

“Anota aí: 32574000, liga lá na presidência que o Modesto Roma vai te atender. Eu estou aqui para trabalhar, sou treinador do Santos, essa pergunta tua você tem que perguntar para o Modesto, não para mim”, disse, de forma direcionada ao primeiro jornalista a abordar o tema durante a entrevista coletiva.

Efetivado no comando da equipe desde a 8ª rodada do Campeonato Paulista, Marcelo Fernandes a todo momento evita falar de projeções para sua carreira e, neste momento de crise, usa o mesmo discurso para garantir que não sente qualquer tipo de pressão sobre seu cargo.

“Eu não sinto pressão nenhuma. Já cansei de falar isso lá na sala (de imprensa do CT). Acabei de falar para o teu amigo falar com o Modesto Roma, vai lá e fala com ele também”, afirmou a outro jornalista.

“Eu estou superbem, não tenho vaidade nenhuma, estou no grupo que eu gosto. Se a diretoria achar que tem que trocar, tudo bem, não fico sem dormir com isso. Mudança de técnico é supernomal no futebol, é assim. Estou chateado, sim, pela minha equipe jogar do jeito que joga e perder por erros dela. Mas eu trabalho em clube grande, que vive de resultado. E não estamos tendo resultado”, explicou.

Independentemente da forma como Marcelo Fernandes encare esse momento conturbado do Peixe na temporada, ele sabe que precisa voltar a vencer. E, por isso, já avisou que vai buscar os três pontos na quarta-feira, contra o Atlético-MG, ignorando o fato de o confronto estar marcado para o estádio Independência, em Minas Gerais, onde o Galo sempre é muito forte.

“Preste atenção: eu disputei 18 pontos, ganhei seis. Então, está na hora. Na situação que a gente está na tabela, a gente precisa ganhar e é para cima que a gente vai jogar”, finalizou, com o semblante fechado e de forma sucinta.

Fernandes diz que time sentiu saída de Elano e dá força a Gabriel

Marcelo Fernandes perdeu Renato para o duelo contra a Ponte Preta, neste sábado, por causa de dores no joelho de seu volante titular. Sem Leandrinho também, o treinador santista recorreu à experiência de Elano. Após o frustrante empate por 2 a 2 na Vila Belmiro, Fernandes elogiou a atuação de um de seus líderes no grupo e ainda viu o time cair muito após sua saída.

“Elano, até a hora em que ficou, fez uma partida irrepreensível, até onde deu o gás dele. É um jogador que põe a bola no chão, junto com o Lucas Otávio e o próprio Lucas (Lima). Fez uma grande partida, entrou muito bem na equipe. Quando ele saiu a gente não teve mais o domínio de bola, foi quando já não dava mais para ele. Normal isso, ele não vinha em uma sequência de jogos”, comentou o técnico, lembrando que Elano acabou substituído no minuto seguinte ao segundo gol da Macaca.

Junto com Elano, Gabriel foi sacado para a entrada de Neto Berola. Em má fase técnica e sofrendo com a concorrência no ataque, o camisa 10 do Peixe mais uma vez não aproveitou a oportunidade de começar jogando, porém, mesmo assim, Marcelo Fernandes fez questão de dar moral para o artilheiro do Santos na última temporada.

“Gabriel fez uma partida muito boa, é outro garoto que não vinha jogando, sentiu o cansaço também, por isso saiu no segundo tempo. Mas fez uma grande partida, ajudou, tentou, foi na linha de fundo. Quando não deu, acompanhou o lateral, fez aquilo que foi determinado para ele. Cansou e saiu, o que é normal”, disse, buscando minimizar a cobrança em cima do seu jogador.

Quem claramente se destacou individualmente em campo foi Geuvânio. O Santos tropeçou de novo no Campeonato Brasileiro, mas o Caveirinha fez sua parte com um lindo gol e sofrendo o pênalti, após partir para cima da marcação, que Ricardo Oliveira não desperdiçou.

“Geuvânio fez uma partida maravilhosa, de doação, de entrega, não só ele como o grupo todo”, enfatizou Marcelo Fernandes, antes de enaltecer a postura de seu elenco, independentemente da má fase. “Está todo mundo chateado, mas na parte da entrega não tenho o que falar, muito pelo contrário, todo mundo se doa e tem muita vontade de jogar com a camisa do Santos”, garantiu.

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