Marília 1 x 4 Santos
Data: 14/03/2015, sábado, 18h30.
Competição: Campeonato Paulista – 1ª fase – 10ª rodada
Local: Estádio Bento de Abreu Sampaio Vidal, em Marília, SP.
Público: 6.849 total
Renda:R$ 181.480,00
Árbitro: Adriano de Assis Miranda
Auxiliares: Marco Antonio de Andrade Motta Junior e Maria Eliza Correia Barbosa.
Cartões amarelos: Gilberto Trindade (M) e Valencia (S).
Gols: Thiago Ribeiro (31-1); Marquinhos Gabriel (18-2), Bruno Farias (20-2), Thiago Ribeiro (30-2) e Gabriel (36-2).
MARÍLIA
Rodrigo Calchi; Gil, Thiago Gomes, Braga e Deca; Juninho Ortega (Gadelha), Boquita, Gilberto (Gilberto Trindade) e Evandro (Thiago Elias) e Bruno Farias; Leandro Costa.
Técnico: Bruno Quadros
SANTOS
Vanderlei; Cicinho (Vitor Ferraz), David Braz, Gustavo Henrique e Zeca; Valencia (Renato), Lucas Otávio e Elano (Lucas Lima); Marquinhos Gabriel, Thiago Ribeiro e Gabriel.
Técnico: Marcelo Fernandes
Reservas do Peixe goleiam por 4 a 1 e afundam o lanterna Marília
Mesmo com o time formado basicamente por reservas, o Santos conquistou mais três pontos no Campeonato Paulista nesta noite de sábado. A equipe do agora efetivado Marcelo Fernandes esteve longe de fazer uma grande partida, mas goleou o frágil Marília por 4 a 1, no estádio Bento de Abreu, pela 10ª rodada.
O resultado mantém o Peixe na liderança geral do Estadual com 26 pontos. Já são 8 vitórias e apenas dois empates do time de Vila Belmiro, líder disparado do Grupo D. Por outro lado, o Mac parece não ter mais salvação. Esta foi a oitava derrota da equipe, que soma apenas 2 pontos e segue na lanterna tanto do Grupo C, quanto da classificação geral do Paulistão.
Logo após o jogo, a delegação santista já iniciou a viagem para Londrina. Na terça-feira, o time estreia na Copa do Brasil contra a equipe paranaense, no estádio do Café, às 19h30, provavelmente com os titulares de volta.
Pelo Paulistão, o Santos recebe o Audax no próximo sábado, às 16 horas, no Pacaembu. No dia seguinte, o Marília visita o São Paulo, no Morumbi, no mesmo horário.
A chuva e o tipo de gramado do estádio Abreuzão fizeram com que muita lama se acumulasse no campo de jogo. Escorregadio e pesado, o gramado deixou a partida lenta. Além disso, a falta de inspiração dos jogadores atrapalhou o espetáculo na primeira etapa.
O time da casa abusou dos passes errados e conseguiu chegar ao gol de Vanderlei apenas após os 40 minutos, com dois chutes de fora da área que assustaram, mas não acertaram o alvo.
O Peixe, apesar de ter mais posse de bola, também não fez um grande jogo. Com sete reservas em campo, a equipe sentiu a falta de entrosamento e encontrou muitas dificuldades para furar a retranca do Mac.
Na única grande oportunidade que criou, o time de Marcelo Fernandes chegou ao gol. Cicinho, que deixou o jogo logo em seguida por causa de uma lesão muscular, fez jogada individual pela direita e cruzou baixo. O goleiro Rodrigo Calchi falhou e a bola sobrou para Thiago Ribeiro completar para o gol vazio.
“Resultado importante, temos de ter tranquilidade para ter uma boa postura e tentar fazer o segundo ou o terceiro. Tocamos bem a bola, mas está faltando velocidade no passe. Temos espaço, mas a bola está chegando muito devagar, fica ruim para jogar”, comentou o camisa 11, na saída para o vestiário.
E, assim como pediu o atacante, o Santos retornou para a etapa complementar mais aceso. Na verdade, o jogo ficou mais veloz, com o Marília ousando sair de trás para buscar ao menos um empate.
Diferente do primeiro tempo, o Mac chegou ao de Vanderlei antes dos 5 minutos, em chute de Bruno Farias, que mais uma vez passou perto do travessão. Na sequência, Thiago Ribeiro por pouco não marcou seu segundo gol no jogo em lance inusitado. O atacante recebeu na ponta esquerda e, ao tentar cruzar a bola para a área, mandou a bola direto para o gol, obrigando Rodrigo Calchi a fazer grande defesa.
Aos 18, depois de tanto martelar, o alvinegro ampliou sua vantagem no placar. A zaga do Mac falhou ao tentar fazer linha de impedimento e deixou Gabriel cara a cara com o goleiro. O camisa 10 não foi fominha e serviu Marquinhos Gabriel, que só empurrou a bola para as redes.
Mas nem deu tempo dos santistas comemorarem nas arquibancadas, pois, na saída de bola, o Marília foi para cima e Bruno Farias marcou um belo gol em chute de fora da área. Vanderlei deu o golpe de vista, mas foi surpreendido.
A partida, então, passou a ficar aberta, com o Marília criando chances pelas laterais, mas se expondo ao contra-ataque. E mesmo com o apoio da torcida local, o desnível técnico entre os times falou mais alto.
Assim, o Santos definiu sua vitória com mais dois gols. Primeiro, Thiago Ribeiro recebeu de Gabriel e bateu no canto, deslocando o arqueiro rival, para abrir 3 a 1. E já aos 36, foi a vez de Lucas Lima deixar Gabriel sozinho para fazer o seu e transformar a vitória em goleada.
O Marília ainda acertou o travessão com Leandro Costa nos minutos finais, mas o placar não foi mais alterado e o líder do Paulistão deixou a parida com a sensação de dever cumprido ao superar o lanterna da competição.
Bastidores – Santos TV:
Marcelo Fernandes dedica vitória ao elenco santista e ignora contrato
A carreira de treinador não podia iniciar de melhor forma para Marcelo Fernandes. Antes, como interino, o ex-auxiliar comandou a equipe nas vitórias por 3 a 0 em cima do Botafogo-SP e 2 a 1, de virada, no clássico com o Palmeiras. No último sábado, em seu primeiro desafio após ser efetivado no cargo, o Peixe bateu o Marília por 4 a 1. São três vitórias em três jogos, nove gols marcados e apenas dois sofridos.
“Sabíamos que era um jogo difícil, mas tínhamos confiança total no grupo. Você vê que tiramos vários jogadores por lesão e todos estão aí, viajaram, isso é o mais importante. Essa vitória é para eles”, disse Marcelo, lembrando que até os atletas que não foram relacionados para o duelo desta décima rodada do Campeonato Paulista, como o capital Robinho, foram ao estádio Bento de Abreu dar força à equipe.
Ao todo, sete reservas iniciaram a partida contra o lanterna do Estadual. Vitor Ferraz, Lucas Lima e Renato ainda chegaram a entrar na segunda etapa e ajudaram a construir a goleada debaixo de chuva, em um campo com muita lama.
“É o que eu falo para eles, não é papo de teoria. Elenco é isso aí, na hora que precisa tem que ser usado. O grupo todo é muito importante. Futebol hoje é assim, de grupo. Hoje você não é titular, mas sabe que vai entrar. E hoje o Santos está muito bem servido”, explicou Marcelo, garantindo que sua postura com o time não mudou após ser promovido.
“Não, eu só fui efetivado no cargo porque estou exercendo da melhor forma possível, não muda nada. Às vezes é difícil fazer o simples, e é isso que nós estamos fazendo. Eu, Serginho (Chulapa), Edinho, estamos tentando dar moral para os jogadores e simplificar”, ressaltou.
Técnico sem contrato
A situação do treinador santista pode ser considerada uma novidade no futebol brasileiro. Marcelo Fernandes é membro da comissão técnica permanente do Santos e foi efetivado com a condição de retornar ao posto de auxiliar caso a diretoria alvinegra, em algum momento, opte por contratar um novo técnico.
Diante disso, nem mesmo um contrato com prazos e condições salariais foram acordados. Marcelo Fernandes, assim como Serginho Chulapa e Edinho, recebeu apenas uma “gratificação de função”. Seu salário agora é de aproximadamente R$ 10 mil por mês. Só para se ter uma ideia, Enderson Moreira, que recebia um salário considerado baixo no mercado, ganhava R$ 180 mil mensais.
“Estou tranquilo, nem tratei nada disso, estou focado em ajudar o time, despreocupado quanto a isso. O presidente vai saber reconhecer o que a gente está fazendo, isso é o mais importante agora”, minimizou Marcelo Fernandes.
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