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Ponte Preta 3 x 1 Santos
Data: 17/02/2013, domingo, 18h30.
Competição: Campeonato Paulista – 1ª fase – 8ª rodada
Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, SP.
Público: 11.747 pagantes
Renda: R$ 318.547,00
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira, depois Rodrigo Braghetto.
Auxiliares: Danilo Ricardo Simon Manis e Maiza Teles Paiva.
Cartões amarelos: Edson Bastos e Bruno Silva (PP); Edu Dracena e Bruno Peres (S).
Cartões vermelhos: Artur (PP) e Neymar (S).
Gols: Bruno Silva (10-1); Alemão (38-2), André (41-2) e Alemão (47-2).
PONTE PRETA
Edson Bastos; Artur, Cleber, Ferron e Uendel; Baraka, Bruno Silva, Cicinho e Cachito Ramírez (Wellington Bruno); Diego Rosa (Memo) e William (Alemão).
Técnico: Guto Ferreira
SANTOS
Rafael; Bruno Peres, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Renê Júnior (André) e Marcos Assunção; Cícero (Patito Rodríguez) e Montillo (Felipe Anderson); Neymar.
Técnico: Muricy Ramalho
Com Neymar expulso, Santos cai diante da líder Ponte Preta em Campinas
Atacante Alemão, que começou sua carreira na Vila Belmiro, fez dois gols para o time da casa
No primeiro teste da tática 4-5-1 que o técnico Muricy Ramalho pretende implantar no time do Santos, nada deu certo. Desconfortável como centroavante, Neymar foi expulso aos 46 minutos do primeiro tempo, após se envolver em confusão com o lateral Artur. Sem reação, o time da Vila Belmiro foi derrotado por 3 a 1 em Moisés Lucarelli, com os gols marcados por Bruno Silva, logo no início do primeiro tempo, e Alemão, duas vezes. André marcou para o Peixe, mas não evitou que a Ponte Preta se consolidasse na liderança do Campeonato Paulista.
Com os três pontos somados no confronto entre os líderes do Estadual, a Ponte se isola com 18 e deixa o Santos só na quarta posição, com 14, e acumulando duas derrotas consecutivas na temporada. O Linense agora é vice-líder e seguido de perto pelo Mogi Mirim. Contando a última temporada, o time de Guto Ferreira acumula dez jogos de invencibilidade, mas não teve tanto trabalho para derrotar os comandados de Muricy, que pouco criaram após a expulsão de Neymar.
O primeiro gol da partida foi marcado aos dez minutos do primeiro tempo, após lançamento preciso do ex-corintiano Cachito Ramírez e conclusão de Bruno Silva. Apático, o Santos levou o segundo de Alemão e só reagiu aos 41 da etapa complementar, com André. Ainda houve tempo para falha de Rafael e mais um da revelação da base santista.
Como o meio de semana será de Libertadores e apenas uma partida adiada do Paulistão (entre São Caetano e São Paulo), Peixe e Macaca voltam a jogar apenas no próximo domingo, às 18h30. Enquanto a Ponte recebe o São Bernardo, em Campinas, o XV de Piracicaba viaja à Vila Belmiro para pegar o Santos.
O jogo
Os primeiros minutos de bola rolando exibiram dois times cautelosos na hora do ataque. A Ponte temia o novo esquema tático do Santos que, por sua vez, não sabia o que esperar de um time que tem como principal característica jogar no erro do adversário. Logo no primeiro lance da partida, o zagueiro Cléber se atreveu a driblar Neymar e tentar o lançamento para Diego Rosa, que sofreu falta de Arouca. Nenhum atacante da Ponte alcançou o lançamento e a bola da primeira chance do jogo saiu pela linha de fundo de Rafael.
O Santos chegou com perigo pela primeira vez quando Durval lançou Léo no campo de ataque e o experiente lateral esquerdo do Peixe, que fazia seu primeiro jogo na temporada 2013 recuperado de uma cirurgia no joelho direito, passou para Neymar, que tocou curto, recebeu de volta de Montillo e finalizou para boa defesa do goleiro da Ponte. Justamente no momento em que o Santos se soltava, mas encarava uma forte marcação da Ponte, o time de Campinas abriu o marcador.
O talentoso peruano Cachito Ramírez foi responsável por levantar a bola na área do Santos, que errou feio na tentativa de fazer linha de impedimento e deixou Bruno Silva livre para concluir na saída de Rafael e abrir o placar no Moisés Lucarelli. A Ponte fazia seu típico jogo naquele momento da partida, marcando forte no meio-campo e deixando Neymar isolado na frente. Com esquema defensivo sólido e sempre abrindo suas jogadas, aproveitou uma desatenção santista para marcar.
A partir do gol da Ponte Preta, que foi marcado aos dez minutos, o Santos buscou o ataque com mais pressa, mas a aposta foi sempre na bola parada de Marcos Assunção. Aos 20, em cobrança de falta, o camisa 20 do Peixe teve o tiro preciso desviado pelo último homem da barreira adversária. Dois minutos depois, o ex-palmeirense levantou na área para Durval aparecer frente a frente a Edson Bastos e obrigar o goleiro da Ponte a praticar uma grande defesa.
Enquanto a Ponte exercia marcação pesada para segurar a vantagem, o Santos batia cabeça e não conseguia nenhuma jogada diferente da bola parada de Marcos Assunção. O novo esquema tático não foi bem compreendido pelos atletas de meio-campo, que se enrolavam na hora de sair jogando e obrigavam Neymar a retornar para buscar a bola. Desconfortável de costas para o gol, o camisa 11 acabou dando dor de cabeça ao técnico Muricy Ramalho ainda no primeiro tempo.
No primeiro dos dois minutos de acréscimo do árbitro Luiz Flábio de Oliveira, Neymar se envolveu em uma confusão dentro da área da Ponte, após falta cometida por Edu Dracena no goleiro Edson Bastos. O camisa 11 do Peixe tentou chutar a bola, mas acertou por acidente o lateral Artur, que reclamou e começou a trocar tapas e provocações com o santista. A solução do árbitro foi segurar o jogo e expulsar os dois jogadores no ato.
De volta para a etapa complementar, o Santos teve André no lugar de Renê Júnior e encontrou uma Ponte Preta ainda mais enclausurada em seu campo de defesa. Montillo chamou a responsabilidade e começou a ser o jogador mais agressivo do time do Santos, mas logo encarou a falta de ritmo e parou e produzir. Com Assunção, Cícero e Arouca pouco produtivos, o Santos parecia ter ainda menos pressa que a Ponte Preta e não produziu nenhuma jogada eficiente.
Coube à Ponte Preta aproveitar a apatia do Santos para marcar o segundo, aos 35 minutos do segundo tempo. Cicinho armou boa chance e deixou Alemão na cara do gol para esperar a saída de Rafael e anotar o dele. Revelação da base do Santos, o reserva de Willian nem comemorou o gol marcado. Com base na velocidade de Patito Rodríguez e Felipe Anderson, o Peixe descontou: André, aos 41 da etapa complementar, para espantar a má fase, mas sem conseguir a vitória.
Nos últimos minutos, com novo árbitro por conta da lesão de Luiz Flávio de Oliveira, Alemão ainda aproveitou uma falha de Rafael na saída do gol para marcar o terceiro e fechar a contagem.
Neymar vê injustiça em expulsão e Muricy aponta exagero do árbitro
“Acho que não era para nenhum dos dois ter sido expulso, porque foi uma jogada normal de choque”, disse o atacante do Santos
O principal lance da vitória por 3 a 1 da Ponte Preta, neste domingo, sobre o Santos, não foi um dos gols de Alemão, mas sim as expulsões de Neymar e Artur, em confusão ocorrida aos 46 minutos do primeiro tempo. Logo na saída do gramado do estádio Moisés Lucarelli, o camisa 11 do Peixe se manifestou contrariamente à expulsão e acabou tendo o discurso acompanhado pelo técnico Muricy Ramalho, que viu ‘exagero’ na marcação do árbitro Luiz Flávio de Oliveira.
“Nem eu sei porque fui expulso. Acho que não era para nenhum dos dois ter sido expulso, porque foi uma jogada normal de choque. Era para ter sido expulso o Cleber, que não foi, mas me deu um tapa. Eu tentei chutar a bola, agora não pode mais fazer isso? Com certeza não merecia ter sido expulso, não acreditei”, explicou Neymar, logo após o recebimento do cartão vermelho que o tira da partida do próximo domingo, contra o XV de Piracicaba.
O lance começou após uma falta cometida pelo zagueiro Edu Dracena no goleiro Edson Bastos, da Ponte Preta. A bola sobrou no meio da área e Neymar tentou afastá-la pela linha de fundo, mas acertou a canela do lateral Artur, que logo lhe deu uma cotovelada nas costas. Para proteger o companheiro, Cleber acertou o rosto de Neymar, que caiu no gramado e foi expulso logo depois, ao lado de Artur.
“Se eu tivesse dado um tapa na cara dele eu teria sido expulso”, justificou o zagueiro Cleber, se isentando de culpa no lance. Nos vestiários do Moisés Lucarelli, o técnico Muricy Ramalho fez questão de comentar o lance das expulsões e apontou um exagero do árbitro, não um erro propriamente dito.
“Foi um pouco exagerado, porque não foi agressão, foi coisa de futebol. Nem o Neymar e nem o Artur praticaram agressão. Mas o árbitro tem seu critério, às vezes quer controlar a partida. Como ele (Luiz Flávio de Oliveira) é acima da média, a gente aceita, porque é seguro, correto e tem seus critérios, temos que respeitar. Foi ruim para o jogo, perdemos bastante com a saída do Neymar”, explicou o comandante.
Após segunda derrota seguida, Muricy fala em acertar o time do Santos
O comandante santista comentou a derrota no estádio Moisés Lucarelli apontando a expulsão de Neymar e a perda de velocidade do time como única culpada pelo resultado final
Em pleno Pacaembu, no feriado de Carnaval, o Santos sucumbiu para o Paulista de Jundiaí. O desafio deste domingo foi mais complicado, mas o resultado acabou sendo o mesmo: 3 a 1 a favor do adversário , a líder Ponte Preta. As duas derrotas seguidas fizeram o time cair da liderança para a quarta posição do Campeonato Paulista e já preocupam o técnico Muricy Ramalho.
Sem demonstrar a mesma irritação da semana passada, o comandante santista comentou a derrota no estádio Moisés Lucarelli apontando a expulsão de Neymar e a perda de velocidade do time como única culpada pelo resultado final. Sobre o 4-5-1, novo esquema tático que adotou e viu fracassar, Muricy preferiu falar pouco.
“Nosso time é muito ofensivo, joga para frente e às vezes se abre. Depois do primeiro gol acabou sendo outro jogo, a gente se abriu. É começo de ano, mas temos que acertar bastante para chegarmos fortes nas finais”, explicou o técnico do Santos, já pensando nas quartas de final do Campeonato Paulista mesmo restando 11 rodadas para a conclusão da primeira fase do Estadual.
Neymar era o único homem do ataque do Santos no primeiro tempo, quando acabou expulso aos 46 minutos. Na etapa complementar, André entrou na vaga de Renê Júnior, mas a equipe praticamente não criou chances de marcar. Com Felipe Anderson e Patito Rodríguez, Muricy tentou dar velocidade ao time, mas a tática também falhou.
“Em relação ao resultado foi justo, porque a Ponte jogou bem. Começamos bem, mas eles foram felizes. Os dois times ficaram presos nas marcações depois das expulsões. A Ponte teve que recuar o Cicinho, um jogador de velocidade, e nós perdemos muito porque o André é pivô. O Santos perdeu mais, ficou sem profundidade e velocidade”, justificou Muricy, contestado pela torcida do Santos após a derrota deste domingo.
Muricy vê Montillo “longe de ser o jogador que esperava”, mas pede paciência
Apesar de atuações abaixo do esperado, técnico lembra que argentino chegou depois e afirma que ainda é jogador que merece que se insista nele
Reforço mais caro da história do Santos, que pagou R$ 16,5 milhões ao Cruzeiro, além dos direitos do volante Henrique, o argentino Walter Montillo ainda não decolou vestindo a camisa 10 do time da Vila Belmiro. Discreto na derrota por 3 a 1 diante da Ponte Preta , neste domingo, o meio-campista reconheceu mais uma má atuação, mas preferiu não falar o termo “má fase”.
“O time todo do Santos foi mal, não existe um culpado ou outro. Temos que trabalhar, porque perdemos um jogo da Ponte Preta em que não fomos mal no primeiro tempo, mas depois não conseguimos virar. Claro que o Neymar faz falta”, comentou o camisa 10, repercutindo a derrota no estádio Moisés Lucarelli e esperando por melhor sorte no próximo domingo, quando a equipe recebe o XV de Piracicaba na Vila Belmiro.
Principal entusiasta da contratação de Montillo como um dos “nomes grandes” que a equipe necessitava para depender menos de Neymar em 2013, o técnico Muricy Ramalho recomenda paciência com o argentino. O discurso do comandante foi bem semelhante àquele utilizado com André, que também não vinha bem no Paulistão e acabou virando reserva de Miralles por conta das más atuações.
“Ele está longe de ser aquele jogador que esperamos”, assegurou Muricy, antes de se aprofundar na análise do futebol pouco convincente do camisa 10: “Para tudo tem explicação: ele chegou faz pouco tempo, menos tempo que os outros jogadores, então está entrando no grupo e entrando em forma aos poucos. É um homem que tem chegar na frente, e isso exige 100% fisicamente. Tem que ter paciência, mas é um jogador que merece que eu insista nele”.
Dracena lamenta derrota e cobra melhora: “Só isso não está dando”
Zagueiro santista disse que a equipe precisa ‘tomar muito dura’ para melhorar o desempenho em campo
A derrota para a Ponte Preta, por 3 a 1, no último domingo, no Estádio Moisés Lucarelli, foi a segunda do Santos no Campeonato Paulista. Após o segundo resultado negativo consecutivo, o zagueiro Edu Dracena lamentou o revés e cobrou uma melhora de rendimento na equipe.
“Fizemos uma boa partida antes de tomar o primeiro gol. Mesmo antes do segundo gol estávamos em cima, mas o time não pode tomar um gol daquele de escanteio, né?”, destacou o capitão do Peixe, se referindo a origem do primeiro gol de Alemão no jogo, em lance de contra-ataque depois de uma cobrança de escanteio a favor dos santistas.
Além do segundo tento anotado pela Macaca, os outros gols campineiros também contaram com falhas do Alvinegro Praiano. No primeiro, Bruno Silva teve liberdade para cabecear e vencer Rafael. No último, o goleiro do Santos errou duas vezes na saída de bola e Alemão aproveitou para a Ponte Preta, decretando o triunfo dos líderes do Paulistão.
Segundo Dracena, erros deste tipo comprometem qualquer exibição e, por isso, o time deve ser cobrado pelo técnico Muricy Ramalho. “Temos de tomar muita dura mesmo e trabalhar bastante, porque só isso não está dando”, disparou.
A derrota levou o Peixe para a quarta posição o Estadual, com 14 pontos. O próximo desafio dos santistas na competição, sem o atacante Neymar, expulso diante da Macaca, será contra o XV de Piracicaba, no próximo domingo, às 18h30 (horário de Brasília), na Vila Belmiro.
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