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12/02/2003 – Portuguesa Santista 2 x 0 Santos – Campeonato Paulista

Portuguesa Santista 2 x 0 Santos

Data: 12/02/2003, quarta-feira, 21h00.
Competição: Campeonato Paulista – Grupo 2 – 5ª rodada
Local: Estádio Ulrico Mursa, em Santos, SP.
Público e renda: não divulgados
Árbitro: Romildo Correia
Cartões amarelos: Vandir e Adavílson (SP); Elano e Robinho (S).
Cartões vermelhos: Nelsinho e Fabrício (PS); Fábio Costa (S).
Gols: Rico (21-1) e Rico (39-1).

PORTUGUESA SANTISTA
Maurício; Nelsinho, Zambiasi, Nenê e Adavilson; Vandir, Adriano, Fabrício e Souza; Rico (Marlon) e Elizeu (Reinaldo).
Técnico: Pepe

SANTOS
Fábio Costa; Reginaldo Araújo (Nenê), Preto (Pereira), Alex e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego (Júlio Sérgio); Robinho e Ricardo Oliveira.
Técnico: Emerson Leão



Portuguesa Santista bate o Santos e derruba tabu de 33 anos

A Portuguesa Santista quebrou hoje um tabu de quase 33 anos: bateu o Santos por 2 a 0, no Estádio Ulrico Mursa, e deu um passo decisivo para garantir sua classificação à próxima fase do Campeonato Paulista. O último triunfo da equipe no “clássico das praias” havia ocorrido no dia 30 de abril de 1969, na Vila Belmiro, quando ganhou por 2 a 1.

O resultado pôs a Santista na liderança do Grupo 2 do estadual, com dez pontos e um saldo de gols melhor que o do Santos, que também tem dez unidades, assim como o Santo André. Com sete pontos, o São Paulo caiu para a quarta posição na chave e terá de vencer o clássico contra o Santos, sábado, para manter suas chances de classificação. O jogo também é decisivo para o Santos, que precisa da vitória para não depender de outros resultados.

Quem viu o começo do jogo imaginou que o roteiro seria o esperado. Apesar de iniciar recuado, o Santos tomou as rédeas da partida aos poucos, tentando surpreender o adversário com jogadas pelas laterais. Faltou acertar mais os passes, mas a Portuguesa Santista aparecia apenas esporadicamente no ataque, parecendo ser apenas uma coadjuvante.

Sem criatividade, o Santos começou a ter dificuldades para impor sua melhor qualidade técnica. Muito marcados, Robinho e Diego não mostraram o mesmo futebol das rodadas anteriores do Campeonato Paulista. Só Robinho ainda conseguia, em lances individuais, proporcionar alguma emoção.

Com a razão e um toque de bola cerebral, a Santista foi tomando conta das ações a partir dos 15min. Uma falha de Diego, que perdeu a bola aos 21min, acabou mudando de vez os rumos do jogo: Rico ficou com a sobra, passou pelos zagueiros santistas e bateu rasteiro, na saída de Fábio Costa, abrindo o placar.

O gol transformou o Santos no franco-atirador. Sem coordenação, o campeão brasileiro imaginou que poderia empatar com chutes de longa distância ou cruzamentos desconexos para a área. A defesa da Santista e o goleiro Maurício, com tranquilidade, intervieram em todas as situações e evitaram qualquer perigo.

Tocando a bola de pé em pé e com o peito estufado, a Portuguesa ainda faria mais um gol na etapa inicial, em novo contragolpe, aos 39min. A bola acabou passando por Pereira (que entrou no lugar de Preto, contundido) e encontrou novamente Rico. O atacante teve tempo de driblar Fábio Costa e ampliar.

Das tribunas de Ulrico Mursa, o técnico Leão mostrou o que estava errado: tirou o lateral Reginaldo Araújo e colocou o atacante Nenê, deslocando Elano para a ala direita. Não houve tempo para reação na etapa inicial

No segundo tempo, a situação do Santos se complicou logo aos 12min, quando uma nova desatenção da defesa deixou Rico sozinho na entrada da área. O goleiro Fábio Costa abandonou a área, atingiu o adversário e foi expulso.

Com dez em campo (o reserva Júlio Sérgio entrou em lugar de Diego), ficou ainda mais difícil para a equipe de Leão. Satisfeita com o placar, a Santista ganhou todo o tempo que pôde, sempre tentando explorar os contra-ataques.

O lateral Nelsinho ainda foi expulso aos 37min, mas a igualdade numérica não foi suficiente para fazer o Santos diminuir a vantagem do rival. Os mesmos cruzamentos dispersos e chutes sem precisão do primeiro tempo foram tentados, novamente sem sucesso. No final, Fabrício também levou o vermelho, mas o tabu já havia caído.



Créditos:
Vídeo: Indicado por Danilo Barbosa.

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