Santos 0 x 1 Corinthians
Data: 13/06/2012, quarta-feira, 21h50.
Competição: Copa Libertadores – Semifinal – Jogo de ida
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 14.788 pagantes
Renda: R$ 969.701,00
Árbitro: Marcelo Henrique (BRA)
Auxiliares: Dibert Pedrosa e Roberto Braatz (BRA)
Cartões amarelos: Leandro Castán, Emerson, Cássio, Chicão e Alessandro (C); Neymar (S).
Cartão Vermelho: Emerson (C).
Gol: Emerson (27-1).
SANTOS
Rafael; Henrique, Edu Dracena, Durval e Juan; Adriano, Arouca (Felipe Anderson), Elano (Borges) e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Alan Kardec (Dimba).
Técnico: Muricy Ramalho
CORINTHIANS
Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex (Wallace); Emerson e Jorge Henrique.
Técnico: Tite
Corinthians vence o Santos e está a um empate de sua 1ª final de Libertadores
Com autoridade, time do Parque São Jorge fez 1 a 0 e leva vantagem para jogo da volta no Pacaembu
O Corinthians deu um passo e tanto rumo à sua primeira final da Libertadores. Com autoridade e melhor fisicamente que o combalido Santos , o time de Tite fez 1 a 0 na Vila Belmiro e jogará pelo empate na partida da volta, dia 20, no Pacaembu.
Com todos os ingredientes que fazem da Libertadores um torneio especial – ingredientes positivos e negativos – a Vila Belmiro foi palco de um jogo já histórico de dois clubes centenários. Antes, muita festa, foguetório, tensão à flor da pele. Durante, catimba e nervosismo dos dois times. Esta combinação somada à falta de estrutura da Vila Belmiro, torcedores brigaram com policiais militares (um deles teve o capacete roubado e atirado no gramado) e houve queda de luz aos 37 minutos do segundo tempo. O jogo ficou parado mais de 20 minutos.
No campo, Neymar perdeu a cabeça, fez faltas típicas para um brucutu e pouco fez para ajudar o Santos a ter um resultado diferente. No Corinthians, Emerson foi herói ao marcar o gol único do jogo no primeiro tempo. Mas como um juvenil, fez duas faltas feias e com dois cartões amarelos foi embora mais cedo. Sorte dele que Cássio estava iluminado e salvou o Corinthians nos ataques finais do Santos.
Todos estes fatores são típicos de um jogo decisivo. Ainda mais envolvendo rivais históricos valendo vaga na final do mais importante torneio do continente. No primeiro round deu Corinthians na casa santista. Agora caberá a esta geração santista reverter o cenário favorável aos corintianos, que ainda não sofreram gols no Pacaembu nesta Libertadores.
O jogo
As três semanas de espera para o grande clássico da Vila Belmiro só fizeram a tensão pré-jogo ir para o campo nos primeiros minutos de bola rolando. Santos e Corinthians escalaram seus melhores jogadores, mas os dois times, antes de tentarem criar as jogadas para marcar um gol, tinham claro receio de errar. Assim, com medo de dar chance ao rival, tanto Santos como Corinthians pouco criaram e não ofereceram perigo aos goleiros Rafael e Cássio nos primeiros movimentos da partida.
Em 20 minutos foram poucas as oportunidades criadas, mas o Corinthians era melhor. Com muita cautela, o Santos tinha evidenciado um receio maior em oferecer um gol ao rival em sua casa. Assim, o Corinthians, que não conseguiu marcar contra Emelec e Vasco nas visitas das fases anteriores, se lançou mais ao ataque. A recompensa acabou vindo em forma de golaço.
Paulinho, que começara a aparecer mais no ataque depois de um início tímido, lançou-se ao ataque, chamou a marcação, e lançou Emerson na ponta da grande área. Henrique não conseguiu acompanhar o corintiano que teve calma para chutar colocado no ângulo esquerdo de Rafael aos 28 minutos.
O Corinthians conseguia o tão valioso “gol qualificado” e acabou com ele chamando mais o Santos para o jogo. Com Ganso e Arouca mal fisicamente, o time da casa precisou contar mais ainda com as jogadas pelas laterais, principalmente com Juan, e também com Neymar, que rodou muito por todo o campo de ataque por um espaço que dificilmente era dado pela defesa corintiana.
Neste cenário, o Santos teve apenas uma grande chance de empatar. Aos 43 minutos, Adriano e Juan trocaram passes e o lateral invadiu a área. Levantou a cabeça, rolou para Elano, mas o meia não aproveitou o gol escancarado para encher o pé. Chute firme, venceu Cássio, mas Fábio Santos estava lá para salvar o Corinthians.
Na volta do intervalo, Muricy Ramalho tentou mudar o cenário que era totalmente favorável ao Corinthians optando pela saída de Elano, que pouco fez nos primeiros 45 minutos. A alternativa do técnico foi dar nova chance a Borges e assim aumentar a presença santista na área corintiana.
E a alteração deu certo de imediato. Foram 15 minutos de total domínio santista. Preso na defesa, o Corinthians apenas segurou o ímpeto santista. O time da casa forçou nestes primeiros minutos as primeiras defesas de Cássio na partida. Borges, Durval e de novo Borges levaram perigo real à meta corintiana mas pararam no goleiro de 1,95m. Ganso, muito mal no primeiro tempo, começou a pedir jogo e o desenho do jogo passou a ser favorável ao Santos.
No contra-ataque o Corinthians até ameaçou. Em um lance, aos 15, Emerson saiu na cara do gol, mas foi travado precisamente por Durval. O corintiano reclamou de pênalti, mas o juiz mandou o jogo seguir.
Com os minutos se passando e o Corinthians “cozinhando” a partida, os nervos dos jogadores foram à flor da pele. E aí a partida ganhou verdadeiro ar de Libertadores. Neymar fez falta feia e levou amarelo. Emerson revidou na mesma moeda e foi expulso. O Corinthians aproveitou a queda de luz para segurar o jogo e contou com mais uma ótima partida de Cássio para segurar o placar e levar a vantagem para o Pacaembu.
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